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O que está acontecendo na comunidade BrOffice?

Paulo de Souza Lima construiu, a partir do histórico de mensagens trocadas nas listas das organizações e comunidades associadas ao BROffice, a sua resposta à pergunta reproduzida no título acima, relacionada à recente carta aberta divulgada no âmbito daquela comunidade.

Trecho:

(…) Há alguns dias, as comunidades de software livre observam com atenção, e com uma certa angústia, os acontecimentos que criaram um cisma na comunidade BrOffice. A própria comunidade está dividida entre os que estão no olho do furacão e os que estão tentando entender o que está acontecendo.

No olho do furacão estão o conselho da OSCIP BrOffice.org que se divide entre:

- Os que apóiam o presidente Cláudio Filho no resgate dos objetivos históricos da instituição, ou seja, servir de figura jurídica para a comunidade, assim como apoiá-la, buscando formas de financiar suas atividade.

- Os que apóiam um pequeno grupo de pessoas que decidiram que a OSCIP não existe para apoiar a comunidade, mas para comandá-la. Assim, a OSCIP se tornaria, digamos, uma empresa que representaria a TDF (The Document Foundation) no Brasil, à revelia da comunidade brasileira.

A comunidade BrOffice no Brasil é composta, basicamente, pelos (…) (via almalivre.wordpress.com)


• Publicado por Augusto Campos em 2011-02-10

Comentários dos leitores

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    elias (usuário não registrado) em 10/02/2011 às 4:25 pm

    A gota d’água aconteceu quando ficamos sabendo que a OSCIP “decretou” que não haveria o Encontro Nacional do BrOffice – EnBrO – neste ano. A partir daí, várias coisas aconteceram.

    hmm. e sem a OSCIP, não tem condições de se organizar o evento, certo? seria adequado ela se explicar..

    mas um comentário extraído de lá ajuda a explicar o problema muito melhor do que a carta pública e esse post:

    Por exemplo: usando voluntários para desenvolver uma revista, que se torna amplamente conhecida, mas colocam uma pessoa de confiança como “editora chefe”, sem a concordância da comunidade, essa pessoa começa a decidir sozinha, ou em conluio com seus comparsas, o que será publicado ou não na revista que, supostamente, é de todos. Assim, caso você não tenha percebido, nos últimos meses, vários dos artigos que foram publicados na revista tinham alguma ligação com “treinamentos”, por que será, né? Eu, que contribuo com a revista, não sei. Você sabe?

    (ênfase minha)

    parece plausível que o problema seja devido à influência com intenção de lucro, mesmo (apesar de que, não tem nada demais a simples divulgação desses treinamentos, o que não parece o caso)

    André Machado (usuário não registrado) em 10/02/2011 às 4:41 pm

    O que eu ainda quero saber é quem autorizou ou pediu para aquele advogado que apareceu aqui tomar qualquer ação legal em nome dos envolvidos. Do jeito que foi feito, parece mais uma sacada de oportunista – não que tenha necessariamente sido. Gostaria que o jurista em questão aqui viesse para prestar este e outros esclarecimentos à comunidade, em especial o que será feito e o que ele ganhará com isso.

    meus humildes dois cents:

    na carta do claudio filho, que pelo post agora se tem certeza foi uma questão pessoal, ela é complicada porque ele atribui a ele, e a comunidade, o sucesso das comunidades, isso mesmo, do firefox e postgre, bom o personalismo começa por aí.

    lendo o post, os emails na lista, dá pra ver que a oscip cresceu à margem da comunidade e talvez até com a conivência de alguns, que agora estão se sentindo traídos. Outra coisa, não é ruim que a revista sirva como difusora de dicas e informação sobre a suíte.

    eu penso que realmente falta corrones pro pessoal da oscip em criar um empresa mesmo, e agora está se aproveitando do selo “comunidade” para tentar um diferencial. Olha, uma comunidade não pode constituir uma pessoa jurídica para atuar como empresa, pelo estatuto é possível restringir isso, até para que outras empresas possam apoiar. Ao meu ver associações ou qulquer tipo de PJ criada para atuar em prol de cultura/software livre não pode concorrer como uma empresa.

    alguém elege esses diretores?? talvez porisso querem cancelar o enbro, né? Tradicionalmente eu vejo oscips como ente jurídicos destinados a prestar serviços ao estado, ora sempre se teve a intenção de prestar serviços. PJ sem fins lucrativos é outra coisa. Inclusive talvez até isso permitisse a manutenção da marca openoffice

    Olha por mais que possa doer em vocês, e em todos nós, mas a ferramenta agora se chama libreoffice, openoffice.org.br agora é um problema da oracle, então já que se possui um dominio http://pt_br.libreoffice.org, se a pessoa que tenta resistir a esse processo também é o representante do brasil junto à TDF(the document foudation) é hora da forquilha.

    a luta é só para preservar a lista, os materiais que estão no site e seguir em frente.

    Spif (usuário não registrado) em 10/02/2011 às 6:39 pm

    @Ericodc – O simplismo dos simplórios. Claro, vamos acabar com tudo, afinal não é um produto brasilei…. PARA! Tá cego? As comunidade que se unem na BROffice.org tem muito à perder. Vai ignorar todo o trabalho que transforma o BROffice em muito mais que o OpenOffice? Acha que eles só traduzem? Geram conteúdo! Geram diferenciais adaptados para nós, brasileiros!

    @AndréMachado – Advogado que não se identifica com número de registro na OAB? Sei. Eu acho que isso é manobra.

    Spif (usuário não registrado) em 10/02/2011 às 6:48 pm

    Oras Srs, é simples o que acontece aqui: Pessoas estão agindo contra a comunidade, por interesse próprio ou por ingenuidade, e devem se retirar dos cargos que ocupam e convocar uma assembléia geral. Assim, o problema se resolve.

    Estariam os srs conselheiros dispostos a serem julgados pelos seus pares? Se achassem o que fizeram justo e correto, aceitariam.

    Ozzy (usuário não registrado) em 10/02/2011 às 9:27 pm

    “conluio”, “comparsas”, advogados…
    Daqui a pouco estaremos nas páginas policiais…

    O.O.

    r. (usuário não registrado) em 10/02/2011 às 9:58 pm

    independente de quem vence a disputa, o broffice continuará o mesmo: irrelevante

    Boniotti (usuário não registrado) em 11/02/2011 às 12:12 am

    Sinceramente, eu não entendi muita coisa desta matéria mas estou injuriado com o Open Office. Quando a briga era entre MS Office 2003 e OpenOffice 3.0, a coisa ficava pau a pau.. mas a suíte gratuita parou no tempo, compara hoje o MsOffice 2010 com o Open Office 3.2, tem condições?!
    :(

    Barba (usuário não registrado) em 11/02/2011 às 8:49 am

    Por mim que o broffice acabe e usemos o libreoffice com um language pack pt_br

    André Machado (usuário não registrado) em 11/02/2011 às 10:03 am

    @Boniotti

    Muitas pessoas ainda não se adaptaram à nova interface ribbon das novas versões do Office da Microsoft. Para elas, o Open/Libre/Br-Office seria uma boa alternativa, visto que se aproxima do visual clássico da suíte proprietária. Além disso, há algum tempo, foram liberadas algumas telas do que viria a ser o OpenOffice 4 e ele teria as famigeradas abas. Só não sei se a TDF vai continuar com a ideia ou seguir um caminho diferente. E, é claro, não podemos nos esquecer do preço: enquanto o Office da Microsoft custa de 200 a mais de mil reais, o Open/Libre/Br- Office é gratuito e, além disso, livre, o que além de lhe tornar socialmente justo, transforma-o em uma alternativa viável à população de baixa renda.

    @Barba

    Caso ainda não tenha percebido, o Br-Office É o LibreOffice com um pacote de linguagem.

    No entanto, a tradução está mal feita; vide, por exemplo, que na splash screen, na caixa sobre e na ajuda aparece Br-Office e, na barra de título, LibreOffice.

    Agora, se continuar esse mimimi, acho que o melhor seria encerrar as atividades da OSCIP e a utilização da marca Br-Office e padronizar tudo com o nome LibreOffice, deixando a comunidade atuar sem uma entidade legal para lhe representar. Por que só o Brasil tem que ser diferente do resto do mundo?

    Marcos (usuário não registrado) em 11/02/2011 às 10:30 am

    Bom, pra começar, “a cumunidade” não é um ser único, que fica sentado em uma cadeira participando de tudo. É um coletivo de pessoas que nem sempre tem as mesmas ideias, intenções e necessidades.

    Por isso, não existe como dizer que está ou não atendendo “a comunidade”.

    Se tem muita gente que não está contente com os rumos que a revista está tomando e quem as produz não pretende mudar, é uma boa oportunidade de criar outra publicação, quem estiver contente, que continue com a revista original, quem estiver que trabalhe com nova.

    Não foi por isso que surgiu o LibreOffice? E não está dando certo? Imagine se os desenvolvedores do OO ficassem nesse xororô e continuassem no projeto?

    Spif (usuário não registrado) em 11/02/2011 às 10:33 am

    @AndréMachado

    E jogar as outras comunidades que trabalham associadas à BROffice.org na rua? Cegueira dos leitores deste blog chega à ser incômoda.

    BROffice é uma marca forte no mercado brasileiro, tem projetos que não incluem apenas a localização do processador de textos e outras comunidades também usufruem dos serviços da OCISP.

    Hora de ficarem espertos e abrirem os olhos: Software Livre no Brasil não é só BR-Linux.

    bom concordo com o @andrémachado, e quem quer queira continuar no mercado de treinamento vai ter que explicar porque dá treinamento de broffice, mas a ferramenta se chama libreoffice, o mico não é meu.

    quanto a jogar no vento os empregados da OSCIP, não é isso o que está sendo sugerido, veja a sobrevivencia da oscip pode até ter depender de não realizar o encontro nacional, por uma questão de fundos, até porque não é vantajoso quebrar a OSCIP só por causa de um evento, mas entendam. O crescimento das comunidades precisa de eventos, revistas, installfests… porisso quem está agindo contra é quem se apequena.

    dividir a comunidade? não, isso não é comigo, até porque a desgraça já está feita. Vamos olha ao redor e ver qual a situação da suíte de escritório livre no brasil, hoje. A OSCIP tá queimando internamente, a CELEPAR, um dos apoiadores financeiro, vai ser dirigida pelo ex-presidente de uma empresa que trabalha com windows e o atual governador do Paraná quer privatizá-la, o MSOffice, apesar do ribbon, não está parado, em pouco tempo a concorrência do openoffice (oracle) se consolidará com a força dos canais de venda da oracle

    e aí….vão fazer o quê? como eu tinha sugerido… a luta deve ser também para preservar a lista, os materiais que estão no site e seguir em frente.

    devnull (usuário não registrado) em 13/02/2011 às 5:09 pm

    > Hora de ficarem espertos e abrirem os olhos: Software Livre no Brasil não é só BR-Linux.

    Ainda bem, senão já tinha até acabado.

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