Nota de falecimento: Michael S. Hart, criador do projeto Gutenberg
Michael S. Hart é frequentemente creditado como o inventor do conceito de ebook, mas a sua maior realização, na minha opinião, foi a criação em 1971 do Projeto Gutenberg, um ponto focal para onde convergiam voluntários dispostos a digitalizar ou converter o texto de livros cujo copyright já houvesse expirado ou que de outra forma fossem de livre redistribuição, e disponibilizá-los livremente aos interessados, usando o poder da Internet como forma de disseminação.
Hoje o projeto oferece dezenas de milhares de livros em formatos de texto e também como ebooks na forma reconhecida por boa parte dos usuários contemporâneos: arquivos prontos para o Kindle e para os leitores do Android, do IOS e mais, além de PDF, HTML e até TXT.
Li muitos dos seus livros, desde clássicos até romances policiais e histórias de exploradores da África, a partir do início da década de 1990, quando comecei a ter acesso (direto ou indireto) a redes internacionais de computadores. Hoje, ao saber do falecimento de seu fundador, presto minha homenagem na certeza de que seu legado será um testemunho a seu favor ainda por muito mais tempo. Obrigado, Michael S. Hart, e descanse em paz. (via gutenberg.org)
RIP. :(
(Este artigo deveria ter uma foto do Steve Guttenberg.)
Tiro meu chapéu
Libertos vão os livros
Revoar no céu
vi uma foto dele no google. pelo tamanho do homem, não foi morte natural…
Sem dúvida um importante trabalho!
Deixou sua marca no mundo.
Descanse em paz camarada.
Projeto fantastico realmente.
Forca e Honra, pois no final somente sombras e po.
As glorias do trabalho deste homem geraram grandes sombras com certeza.
Michael Hart foi um visionário, arauto de uma causa nobre. Infelizmente, hoje, os demônios são díficeis de exorcizar: A indústria do Copyright lucra sobre os corpos de grandes homens que partiram, muitas vezes a milênios, utilizando brechas na constituição e leis.
O que nos assombra atualmente é a Máfia das traduções. Explico: Editoras mal-intencionadas têm traduzido grandes obras, um exemplo é a Arte da Guerra de Sun Tzu publicado pela péssima Madras, com o intuito de fechá-las. Assim, ao registrar o direito autoral sobre a tradução impedem a redistribuição de uma obra automaticamente, muitas vezes milenar, como a supracitada. Utilizando essa brecha da lei 9610, corremos o risco de não termos em pouco tempo nenhuma obra de domínio público realmente pública, se depender das indústrias mais caça-níqueis, como a Madras e Outras.