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LVM2 em servidores: obrigatório

Enviado por Pablo Hess (pabloΘhess·net·br):

“Já vi muitos administradores de sistemas evitarem usar LVM2 por motivos como “lentidão”, “aumento da complexidade” e outros. Pelo que vi, na grande maioria das vezes trata-se de puro desconhecimento dessa ferramenta excelente.

No meu último post no blog do IBM developerWorks, descrevo alguns cenários em que o uso do LVM2 pode poupar muito tempo de trabalho e também muita frustração.

O objetivo é desmistificar o poderoso LVM2 e fomentar seu uso mais difundido. Comentários construtivos e críticas são sempre muito bem vindos.” [referência: ]


• Publicado por Augusto Campos em 2011-07-27

Comentários dos leitores

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    Lucas Timm (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 9:19 am

    LVM é um dos diferenciais entre o administrador de sistemas e o micreiro.

    Alexandre Moura (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 9:35 am

    Sim, mas qual a vantagem entre o LVM2 e o LVM1 ?

    Lucas Timm (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 9:50 am

    @Alexandre Moura

    Leia o artigo. ¬¬

    capitão (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 10:57 am

    “LVM é um dos diferenciais entre o administrador de sistemas e o micreiro.”

    Aham, senta lá Cláudia.

    Weber Jr. (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 11:34 am

    Bom artigo, bem conciso e com exemplos práticos.

    Só senti falta do cenário de usar LVM com máquinas virtuais.

    Já ouvi falar que em alguns casos (XEN ou KVM, não lembro) é praticamente inviável.

    Não sei se é mito, se alguém tiver experiência e quiser compartilhar, agradeço.

    cafecraft (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 11:55 am

    “LVM é um dos diferenciais entre o administrador de sistemas e o micreiro.”

    huauau!.. de onde você tirou isso ? sou micreiro e administrador e uso LVM em alguns cenários.

    Eden (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 3:24 pm

    “LVM é um dos diferenciais entre o administrador de sistemas e o micreiro.”

    Aposto que ele é também mais um daqueles que fala “Particionar o Linux com / e swap é coisa de noob” sem nem explicar. Do mesmo jeito desse comentário agora.

    O artigo fala em 10% de perda de peformance. Isso é MUITO. Principalmente pra grandes volumes de dados sendo trabalhados constantemente.

    No artigo, cenário 1. Qual o motivo da mudança de dispositivo? Disco cheio? Mesma coisa então do cenário 2.

    Sobre disco cheio e necessidade de aumentar o sistema com LVM. Quem aqui particiona um disco e deixa espaço desparticionado? E outra, planejamento vem acima de tudo. Esse problema não deveria ocorrer sempre. Digamos uma vez a cada 5 anos. Ok LVM resolveria o problema mais facilmente nesse tempo pois o admin pode colocar um outro disco e usar no LVM., mas durante 5 anos meu disco está 10% mais lento. Vale a pena? Repito, planejamento.

    O artigo não fala nada sobre a peformance e confiabilidade de LVM por cima de RAID.

    O artigo não fala nada sobre recuperar um sistema LVM corrompido. Ou ainda com disco físicamente corrompido.

    E mesmo assim cita como obrigatório em servidores.

    Seria interessa o autor do artigo comentar esses pontos. E caso o primeiro comentarista dessa notícia quizesse também falar o motivo de não deixar de usar LVM seria ótimo. Agora, realmente explicar, e não ficar de “não”, “sim”, “é de noob”, “é de pro”, pois isso não contribui em nada o debate e o conhecimento da comunidade.

    danilo (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 4:11 pm

    @Eden, realmente vc não entendeu a proposta do LVM e por isso não vê necessidade de usar. Eu que não deixaria vc cuidar de nenhum servidor

    Bremm (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 8:33 pm

    @danilo

    Firewall não precisa de LVM. Proxy, precisa de RAM (LVM para quê mesmo?). LVM é interessante quando se lida com array. Particularmente, /boot e / em um HD SSD, /var e /home em array e /tmp em RAM (falando de SoHo). LVM só em alguns casos, onde o desempenho pode ser sacrificado em prol da flexibilidade (não acredito ser o caso de desktops/notebooks com apenas um HD e sem possibilidade de expansão).

    Falar sobre LVM sem analisar o cenário é chover no molhado.

    Patola (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 9:20 pm

    O artigo fala em 10% de perda de peformance. Isso é MUITO. Principalmente pra grandes volumes de dados sendo trabalhados constantemente.

    Realmente, 10% de perda de desempenho é ruim. Mas será que esse é o único fator? Com LVM2, já que você precisa de desempenho, você pode fazer striping e multipath com muita facilidade; também pode fazer regras para o posicionamento do volume lógico para deixá-lo mais rápido (mais para o centro do disco, por exemplo). E isso tudo de maneira mais flexível do que mexer com MD diretamente. A facilidade também importa porque, no momento em que der problema, o tempo que o administrador de sistemas leva corrigindo tem grande impacto. Com LVM, fica mais rápido.

    No artigo, cenário 1. Qual o motivo da mudança de dispositivo? Disco cheio? Mesma coisa então do cenário 2.

    Na minha experiência vários fatores podem levar a isso. Disco começando a ficar ruim ou não-confiável; atualização de tecnologia; simples relocação de dispositivo de armazenamento, por algum resizing ou mudança do projeto; e até mesmo necessidade de desempenho.

    Sobre disco cheio e necessidade de aumentar o sistema com LVM. Quem aqui particiona um disco e deixa espaço desparticionado?

    Acho que a pergunta deveria ir pra outro lado: quem aqui que particiona utilizando todo o disco e não acaba precisando de espaço em um dos filesystems? Porque no sistema de partições comum não é fácil aumentar uma partição como é em LVM! Em compensação, em TODOS os computadores em que uso LVM costumo deixar espaço livre justamente porque não sei qual é que vai crescer em ocupação mais rápido, ou se vou precisar de ainda outros logical volumes.

    E outra, planejamento vem acima de tudo. Esse problema não deveria ocorrer sempre.

    Planejar é preciso, mas nenhum planejamento é perfeito; e o LVM não é feito para problemas que ocorrem “sempre” (como a falta de espaço em um filesystem): basta que ocorram algumas poucas vezes. Em servidores de missão crítica, é importantíssimo resolver o problema rapidamente e sem dores de cabeça!

    O artigo não fala nada sobre a peformance e confiabilidade de LVM por cima de RAID.

    Talvez porque existam vários tipos de RAID, com características bem diferentes (e.g. RAID-0 vs. RAID-1)? Ou ainda porque o artigo tem um foco bem pontual, não querendo tratar tudo de uma vez só?

    O artigo não fala nada sobre recuperar um sistema LVM corrompido. Ou ainda com disco físicamente corrompido.

    Em um artigo introdutório explicando particionamento comum e suas vantagens, você já explicaria a complexa tarefa de recuperar um disco/filesystem?

    Bremm:

    Firewall não precisa de LVM.

    Claro, assim como não precisa de teclado. Mas ter um teclado no computador do firewall é uma vantagem se o acesso remoto falhar ou ele se “auto-travar” pela rede. Do mesmo modo, um firewall com LVM não vai ficar mais lento e ainda pode se beneficiar, por exemplo, de poder aumentar o espaço de log facilmente se ficar cheio.

    Proxy, precisa de RAM (LVM para quê mesmo?).

    Nah. Geralmente proxy precisa de RAM e bastante espaço em disco… O LVM poderia ser bem mais útil que no caso do firewall, até.

    Falar sobre LVM sem analisar o cenário é chover no molhado.

    Não acho: o ponto do Pablo é justamente que LVM é vantajoso para TODOS os cenários. E eu também acho, uso LVM no laptop, no desktop e no servidor, e já me quebrou o galho inúmeras vezes. Depois que você se acostuma, você fica se perguntando como alguém pode ainda utilizar o jurássico sistema de particionamento comum.

    Ivan (usuário não registrado) em 27/07/2011 às 10:08 pm

    Para Firewall usa-se um Servidor de Log e não LVM.

    Para Proxy depende da quantidade de usuários e cache size.

    Na minha opinião LVM não é obrigatório, exceto em cenários óbvios, como servidores de e-mail e demais serviços com crescimento agressivo de dados e ainda há de se planejar muito bem com esse impacto de 10% no desempenho.

    Eden (usuário não registrado) em 28/07/2011 às 3:23 am

    Patola, se ainda estiver lendo os comentários, poderia expicar o que você quis dizer com “atualização de tecnologia; simples relocação de dispositivo de armazenamento” relativo ao cenário 1 do artigo?

    Se o artigo é introdutório, e não quer tratar de tudo, o autor deveria ter escolhido um título menos agressivo. Se colocam no título um recurso como obrigatório, as pessoas querem ler e observar os motivos que o torna obrigatório, e não comodidades pro admin e perda de peformance.

    A maioria não usa LVM por se planejar bem antes de particionar. Não tem essa de “medinho” não. Os admins geralmente são bons.

    Se fosse realmente obrigatório, seria o default em todas as distribuições independente do uso.

    Tudo que o LVM faz é possível ser feito de outras formas, sem impacto na peformance enquanto o servidor está servindo sua função.

    Então na minha concepção, fora snapshots em casos críticos onde 10% não vai matar ninguém, nada justifica essa perda de peformance. O resto é over rated (na maioria dos casos).

    Como disseram “Falar sobre LVM sem analisar o cenário é chover no molhado.”

    Patola (usuário não registrado) em 28/07/2011 às 4:24 am

    Éden, pra começar, não sei por que estão implicando com essa suposta perda de desempenho. Você leu o artigo? Viu que o LVM pode até trazer melhorias do desempenho como falado no caso do Fedora? Então ficam elas por elas.

    Mas pra responder à sua pergunta, já mexeu com dispositivos de armazenamento de grande porte, especificamente SAN? Você pode decidir migrar uma LUN, aumentar o tamanho, mudar o zoneamento, criar novos dispositivos em um storage diferente, mudar de switch ou ainda fazer tarefas mais complexas. Em todos esses casos, o LVM é uma mão na roda, chegando a ser essencial.

    Eu acho que a “maioria” que você está vendo é mais viés de confirmação porque, visto de longe, você não percebe os links simbólicos dentro dos filesystems pra suprir deficiência de espaço ou os comprometimentos adotados para ficar naquilo (como adotar uma política de apagamento de logs agressiva demais).

    O motivo que eu acho de não ser default em todas as distribuições é que é mais um conceito novo pra ser aprendido, e a facilidade de uso tem pautado até a mais corporativa das distribuições – e ainda por cima distribuições corporativas tendem a ser mais conservadoras. Assim, LVM por default acaba sendo uma escolha impopular.

    Tudo o que o LVM faz pode ser feito de outras formas? Descontando novos paradigmas de filesystem que incorporam conceitos do LVM em si como ZFS e btrfs, pode me dizer como adicionar um disco de 50 GB e o usar pra crescer 3 filesystems que estão em volumes usando “outra forma”? E sem parar o servidor? E isso porque eu não coloquei complicações como os filesystems serem “striped”…

    Instalar um servidor com LVM não custa nada a mais, dá mais flexibilidade para todas as operações envolvendo armazenamento, permite maior gama de possibilidade para melhorar o desempenho, permite snapshots e muitas outras coisas. Qual é o argumento CONTRA ele, na verdade?

    Ivan:
    1 – Firewall – Pode ser. Depende do firewall, mas este firewall que usa um “servidor de log” separado nem precisa de disco então, pode bootar por DVD, gPXE ou semelhante. E aí não tem nem necessidade de falar em tecnologias de armazenamento, já que a máquina não o terá.

    2 – Proxy – vai depender de mais fatores, como tempo configurado de armazenamento dos dados, mas também de número de usuários como você disse (dependendo da configuração, pode ser um cache de tamanho compartilhado). Mas, realmente, ele pode ter um tamanho estático, planejado para não crescer. No entanto, estou imaginando um cenário corporativo, em que dado suficiente tempo, suas demandas e usuários podem aumentar e sua necessidade de armazenamento (cache) também. Máquinas muito pequenas, como o firewall exemplificado acima, podem dispensar não só armazenamento, mas outros elementos também, e nem por isso alguém diz que eles são genericamente “dispensáveis”.

    A idéia é: LVM não faz mal nenhum, os tais 10% de diminuição de desempenho podem não aparecer, e as facilidades e flexibilidade que ele traz mais que compensam. Isso já devia torná-lo tão obrigatório quanto um gerenciador de boot (que, na verdade, é dispensável: poderia cair direto no SO, não é mesmo? Nada de se preocupar em resgatar sistema, testar memória ou bootar por kernel diferente).

    Eden (usuário não registrado) em 28/07/2011 às 6:24 pm

    Migrar dados é essencial ter LVM?

    LVM não está por default na maioria das distros por ser um conceito novo não. Até porque é bem velhinho já. Faz muito tempo que me deparei com primeira oportunidade de aplicar LVM. Não está por não ser realmente essencial. “Mão na roda” não é o mesmo que essencial.

    Quando disse que dá pra fazer tudo sem o lvm quis dizer que dá mas não exatamente da mesma forma. Veja de novo meus posts, eu reconheço os benefícios, só não acho que valém a pena em 100% dos cenários, o tornando obrigatório / essencial.

    Migração, expansão tudo isso é possível, e muitas vezes no nível da aplicação. Vai ter que parar o serviço? Depende. Quando sim, dependendo do tipo dos dados, você pode diminuir bem isso. Migra o que dá online, migra o que falta offline. E o planejamento pode diminuir isso ainda mais.

    Agora me responda sinceramente. Parar um serviço uma vez na vida é o fim do mundo pra 100% dos cenários?

    Me responda essa outra. 10% de perda de peformance vai ser o fim do mundo para 100% dos cenários?

    Acredito que você vai concordar que a resposta para as duas perguntas é “não”.

    Então… depende. Se depende, não é obrigatório.

    O artigo inclusive fala de cenário 1, cenário 2. E na verdade não apresenta cenário algum. Só uns exemplos muito parecidos uns com os outros.

    Sobre o Fedora ter obtido ganho de peformance usando LVM. Isso é pelo fato de eles desativarem barriers no sistema de arquivos, aumenanto a chance de problemas.

    Fedora nem deveria ser usado em implementações críticas de toda forma. (E até isso, depende.)

    Talvez todo o problema esteja na forma de usar as palavras “obrigatório” e “essencial”. Talvez se o artigo tivesse uma interrogação no final da palavra “obrigatório” teria sido mais interessante.

    Vinícius (usuário não registrado) em 29/07/2011 às 10:22 am

    @Lucas Timm: Micreiro é o que mais tem na comunidade Linux. Um monte de gente que baixou alguma distro, fez uns servers em casa e acha que é administrador de sistemas (e muitos deles usam LVM ;)). Não duram 3 meses em ambientes corporativos de missão crítica.

    Bremm (usuário não registrado) em 30/07/2011 às 12:24 am

    Falando em LVM ser algo “novo”, lembro de ter lido pela primeira vez no manual do SuSE Linux 7.0, página 91, último parágrafo (puxei o manual da prateleira para conferir).

    A caixinha que tenho aqui é de 06/11/2000. Onze anos? :-)

    Cleverson (usuário não registrado) em 30/07/2011 às 1:45 am

    Também acho que faltou bom senso ao considerá-lo obrigatório em servidores. Mas um título infeliz não deveria ser motivo para tanto fuzué.

    O Eden deixou claro: aponte as vantagens e desvantagens e deixe que o administrador decida se convém usá-lo.

    LVM é um dos diferenciais entre o administrador de sistemas e o micreiro.

    Mas que po**a é essa?

    Carlos (usuário não registrado) em 31/07/2011 às 9:44 pm

    O Lucas TIMM quis dizer que “micreiro” = aventureiro. Conheço muitos assim, embora tenham estudado bastante na teoria, mas na pratica, são deficientes. Devemos lembrar que as aplicações e administração muda muito de um servidor para outro. Ha vantagem do LVM2, embora o artigo aqui tratado não explana mais profundamente sobre o funcionamento.
    Mas seria interessante a pesquisa por parte dos criticos contra e dos critico a favor, muitos recursos outrora criticados, esse vale a pena esdudar mais a fundo e usar, pois com a expansão da internet e uso dos recursos proporcionados por ela, as alterações nos servidores dispensaria menos tempo, quando bem configurado e aplicado o LVM.

    Se o LVM1, já era vantagem usar, o LVM2 vem mais vantajoso ainda por poder fazer as alterações e migrações sem problemas.

    Li varios artigos mas inda não testei na pratica. Farei isso nessa semana e voltarei na proxima para poder contribuir com alguma experiencia.

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