Java SE 7 aprovado sob um coro de protestos
A votação do Java Community Process (JCP) sobre o JAVA SE 7 ocorreu e concluiu pela aprovação, mas não sem um coro de protestos de participantes do processo.
O Google (em disputa judicial a respeito) foi o único a não votar, mas outros participantes como IBM, Red Hat, SouJava, London Java Community, Goldman Sachs e Fujitsu declararam estar apenas dizendo sim sobre os méritos técnicos da proposta, e que não aprovam a forma como a Oracle gerencia o licenciamento do Java, os expert groups ou a transparência do processo. Mais detalhes no link a seguir. (via h-online.com)
A frase “O Google foi o único a não votar” está errada. O Google votou “não”. O correto seria seria “O Google foi o único a votar ‘não’”. Uma pequena diferença, mas que muda o sentido da frase.
http://jcp.org/en/jsr/results?id=5207
Caro Larry ellison…Bem vindo ao passado….hehehh
No mundo do device agnostic e java poderia desempenhar o papel ao qual foi projetada. Certamente vocês tem condições de produzir telefones, tablets e torradeiras java, mas google, blackberry já fazem isso há um certo tempo talvez imaginem que tentar cobrar judicialmente seja mais vantajoso.
Mas para terminar só se pode afirmar que o bonde já passou e será difícil, ainda que não impossível, recuperar mercado e importância do java nessa nova era.
comentário do marcio alex reclamando das viúvas da sun em….
1….2….3….4….
“Stephen Colebourne, former JSR 310 lead, noted in a blog posting that Oracle had said it would continue with Java 7 no matter what the result of the vote was …”
O conceito de “comunidade” da Oracle lembra o das ditaduras islâmicas que estão caindo.
Stallman dizendo que o Java é uma armadilha e que devemos fazer um fork 100% livre em 3,2,1…
Interessante. Se o pessoal que votou a favor do java 7 não concorda com as politicas da oracle, por que votaram? Só a google teve a coragem?
É, tava na hora da comunidade debandar pra um fork mesmo e deixar a Oracle desenvolvendo sua versão sozinha.
Claro, a “comunidade” do mimimi que mal sabe fazer um hello world usando bash tem toda a capacidade técnica para fazer um fork e capacidade política para gerenciar os desenvolvedores e os recursos economicos.
Mas trollagem a parte, já existe um fork até que bem funcional. A parte mais interessante são justamente as patentes; não basta fazer um fork 100% livre, grátis e não-comercial (redundante). A hora que começar a incomodar, dá-lhe patentes. E acaba-se o fork. Vide mono.
só respondendo ao desenformado acima que a analogia que ele fez esta totalmente errada , a revolução islamica esta acabando com as ditaduras não o oposto ,não tem nada a ver com o tema mas vale a pena consertar o equivoco !!!!
Perdão se não fui claro, ó gênio, mas quando eu disse que “O conceito de “comunidade” da Oracle lembra o das ditaduras islâmicas que estão caindo.”, o “estão caindo” refere-se às ditaduras islâmicas e não ao movimento que deseja derrubá-las. Minha nobre intenção ao criar esta metáfora era dizer que o conceito de comunidade da referida empresa supracitada é aquele onde ela manda na comunidade e os outros obedecem calados, entendeu, ó magnânimo?
@ericodc
Corrigindo: é Marcos Alex.
@Todos
Depois da história do OpenOffice, “cantei a pedra” sobre o Java. Aliás, ninguém precisa ser a Mãe Dinah para saber que o barco da Oracle está com um rombo no casco no melhor estilo Titanic. /troll
“No, not even God could sink the Titanic.” E todo mundo já sabe o final da história.
acho que o oracle não sera batido, é uma ferramenta muito boa
Caramba já estava a 5 anos esperando o Java 7 que vem com recursos que na época estava desejando fortemente, mas quando cheguei no mercado de trabalho e como o pessoal é conservador (Socorro ainda trabalho com Struts 1 e meio mundo de XML), acabei que resolvendo estudar outra tecnologia (Viva Vala) e projetando aos pouquinho as idéias de framework web legal.
Vc. acha? Estranho…
Pq eu tenho a nítida impressão que a “importância do java nessa nova era” vai muito bem obrigado.
Com ou sem Larry brincando de Bush, com ou sem a Oracle trocando os pés pelas mãos, a plataforma Java e tecnologias relacionadas continua com sua costumaz presença tanto no ambiente corporativo quanto fora dele.
Ahhnnnn…
Assim, tipo o OpenJDK (GPLv2)?
Essa história de “armadilha Java” já expirou faz mais de dois anos…
Na moral o openjdk é muito ruim comparado ao jrockt da Oracle. Eu odeio a Oracle, mas agora ela é dona da tecnologia que bota comida na minha mesa. Java. Puts. Que dilema.
@henry:
Na verdade, a situação do OpenJDK (que já existe faz tempo) não tem absolutamente nada a ver com a do Mono.
Antes de “morrer” a Sun gastou uma grana violenta em um processo demorado e complicado para remover os vestígios de quaisquer patentes que pudessem prejudicar a implementação livre. Havia muita coisa de terceiros no JDK proprietário. Cada patente teve de ser comprada ou, no caso do detentor da patente estar irredutível, a tecnologia teve de ser substituída.
No final do processo, surgiram algumas pontas soltas (como a implementação de fontes True-Type e antialiasing, por exemplo). Estas foram deixadas em aberto para que a comunidade livre adaptasse as soluções livres disponíveis. O que demorou mais um pouco, mas finalmente aconteceu.
De forma que já existe um “fork” da implementação do Java e ele é completamente livre de patentes hoje em dia.
Já em relação à linguagem e outros aspectos da plataforma, extra-JSE, eles já estavam disponíveis faz tempo: padrões publicados e de domínio público, especificações abertas e a maior parte das JSR conta com uma implementação de referência livre ou aberta.
Resultado: por menos que a Oracle goste da idéia, não há mais como tomar a plataforma Java apenas para si, dissolver o JCP (ele continuaria sendo mantido por outros membros), ou acabar com o OpenJDK (mesmo motivo). A Sun escreveu bem seu testamento.
Até o mascote do Java (o Duke) tem licença aberta. ;-)
A única observação é que o OpenJDK, assim como o Java da Oracle, devem obedecer às especificações definidas no JCP. Então, quem não quer que a Java se torne algo que não queremos, deve arregaçar as mangas, se fazer ouvir e participar.
Com a compra da Sun a Oracle demonstrou todo o seu interesse em influenciar nas decisões dos rumos que o Java seguirá.
Nada surpreendente se analisarmos a lista de compras da Oracle nos últimos anos:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_acquisitions_by_Oracle
Na minha opinião, a HotSpot é a melhor implementação para uso em desktops e a JRockit é a melhor para uso em servidores. Vejo que a Oracle está com a faca e o queijo na mão, basta ceder um pouco ao que as outras empresas querem e ninguém mais lembrará de nada daqui 6 meses.
Na verdade, essa implementação do JDK era da BEA. A Oracle comprou tb.
Ela foi feita para ser aderente a especificação da Sun com mais um “plus” que justificasse sua comercialização (assim como a implementação da IBM, tb).
Com mais de 12 anos de java, não identifico esse “ruim” ao qual vc. se referiu, ao comparar a JVM da BEA com o Sun JDK ou mesmo o OpenJDK. Ambas as implementações sempre me serviram muito bem, mesmo em missão crítica. Normalmente eu posso trocar uma pela outra sem emendas (a menos que uma app tenha sido mal-escrita, usando recursos específicos de uma implementação).
O tunning nas implementações da BEA ou da IBM tem alguns recursos interessantes, de fato. Mas nada que seja indispensável.
Ela nem comprou a Sun realmente pelo Java, Filipe. Mas que ela vai influenciar pesadamente, não há a menor dúvida. Afinal ela herdou o posto de líder que pertencia à Sun.
Mas “líder” não significa dono da bola. Isso a própria Sun teve que aprender uma vez ou outra, e a Oracle ainda vai apanhar um pouquinho até entender isso direito.
@Alfaiataria:
Vc. deve estar se referindo ao Oracle SGBD, o banco de dados, não? Julgamentos desse produto à parte, ele nem está em pauta.
“Oracle” no texto, se referem à empresa mesmo.
Vejo uma nova linguagem surgindo! O.o sera que o Google vai encabeçar esse movimento?
@Diego
Na verdade a briga está nas definições da implementação, patentes, etc. Linguagem por linguagem o Google já tem o “Go” e acredito que ainda não caiu nas graças da galera. Nesse mercado corporate eu acho difícil surgir de uma hora para outra um fork, ou uma nova linguagem salvadora. Não é impossível claro, mas o esforço seria BEM grande.
Dificilmente uma linguagem com a importância do Java teria uma nova versão sem protestos. Até eu, mero mortal, tenho vários pitacos pra dar :D
@Copernico, todos esses anos em que se esperou mudanças siginificativas no java cobraram o preço, atrasaram o desenvolvimento da tecnologia, sem dúvida, dê uma olhada nos makert de aplicativos, a tendencia que se coloca hoje está na promesa do html5+css3+frameworks/javascript, webapps, estão presente nas plataformas iOS, win7mobile, webOS, blackberry, meego e android, nos desktops a concorrência com a plataforma Air da adobe já é sentida, porisso afirmei que a situação de java é bem diferente agora do que há dez anos.
no lado corporativo o alto custo do javaee também compromete ainda que o creditsuisse tenha dindin para bancar uma infraestrutura em java, no entanto eu vejo que grande parte dos servidores cresce ao largo do javaee, tomcat e afins, tornando este mais um nincho que padrão de mercado.
pra finaliza acho que a matéria do H foi clara, o voto dado foi mais pela evolução da plataforma pois os senões ainda continuarão a ser discutidos.
Google está aprendendo que não se pode depender de ninguém. Ainda mais quando esse alguém é a Oracle.
Chrome – para não depender do Firefox
Android – para não depender do iOS
WebM – para não depender do H.264
Alguém lembra de mais algum?
Senti falta do Marcos Alex citando a divina supremacia da Oracle… :D (na esportiva, hein?)
Pelo que entendi, esperam uma boa oportunidade para “chutar” a Oracle…
Tipo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dalvik_virtual_machine
Aos desinformados: desde a época da Sun, TODA votação metade dos participantes votam em SIM com os comentários sobre o licenciamento defendendo os méritos técnicos mas reclamando sobre a licença.
E antes que alguém me ataque, basta verificar as votações anteriores, incluindo do JSE 6 pra confirmar isso.
Eu estava lendo a licença do openjdk e tem essa referencia no GPL em “http://openjdk.java.net/legal/gplv2+ce.html”. Alguém pode me explicar o significado disso ???
CLASSPATH” EXCEPTION TO THE GPL
Certain source files distributed by Oracle America and/or its affiliates are subject to the following clarification and special exception to the GPL, but only where Oracle has expressly included in the particular source file’s header the words “Oracle designates this particular file as subject to the “Classpath” exception as provided by Oracle in the LICENSE file that accompanied this code.”
Linking this library statically or dynamically with other modules is making a combined work based on this library. Thus, the terms and conditions of the GNU General Public License cover the whole combination.
As a special exception, the copyright holders of this library give you permission to link this library with independent modules to produce an executable, regardless of the license terms of these independent modules, and to copy and distribute the resulting executable under terms of your choice, provided that you also meet, for each linked independent module, the terms and conditions of the license of that module. An independent module is a module which is not derived from or based on this library. If you modify this library, you may extend this exception to your version of the library, but you are not obligated to do so. If you do not wish to do so, delete this exception statement from your version.
@sandro:
A “Classpath Exception” para a GPLv2 foi desenvolvida para o projeto GNU Classpath da FSF: uma (tentativa) de implementação livre do Java, pré OpenJDK.
A questão é que a compreensão da diferença entre “trabalho derivado” a feito a partir de um soft livre e simplesmente um soft que use uma biblioteca ou soft livre como dependência sempre foi espinhosa.
No primeiro caso, um trabalho derivado a partir de um soft GPL o transforma automaticamente também em GPL.
Para ajudar a lidar com o problema, foi criada a licença LGPL, que permite o uso de bibliotecas GPL por softs licenciados de forma diferente, por exemplo.
No projeto GNU Classpath, optou-se por obter todos os benefícios da licença GPL, mas com uma cláusula extra: a “Classpath Exception”: é ela que permite linkar estática ou dinamicamente qualquer outro soft com qualquer outra licença. Sem isso, ficaria complicado, por exemplo, distribuir o Apache Tomcat (Apache Software Licence, código aberto mas não “livre”) com o GNUClasspath, por exemplo.
Seguindo a mesma idéia, a Sun optou para o OpenJDK pela mesma forma de licenciamento: “GPLv2 with Classpath Exception”.
@ericdc:
Ao contrário, permitiram que a tecnologia se tornasse sólida o bastante para ser confiável. Java é todo um ecosistema, que assumiu para si o compromisso de 100% de compatibilidade retroativa: em um cenário desses, faça uma mudança irrefletida e vc. terá que conviver com ela para sempre.
Sim. Promessa. Nada concreto ainda. Inclusive, tendências podem se basear em puro vapor. Eu não baseio meus projetos em tendẽncias e sim em padrões estabelecidos. Se e quando tais tendẽncias se tornarem padrões eles serão incorporados. Até lá…
Tendências por tendências, tenho outras a citar: Protocolo SIP, TTS, a volta do uso de clientes gordos para acessar serviços Web (como nos apps para tablets Android) ao invés de aplicativos Web gordos com HTML5, etc.
Bem mal o HTML5 saiu, pode ser que tenha chegado atrasado na arena, não conquistando todo o espaço para o qual foi feito.
O Adobe Air concorre com o Silverlight e o JavaFX, ambos mais antigos e maduros. O JavaFX, em particular, está passando por um processo cuja tendência é transformá-lo inteiramente em código aberto.
E para concluir, a plataforma java está preparada (e em alguns casos, lidera o esforço) para todas as tecnologias citadas no seu post e no meu. Então, sim: Java não é a mesma que a 10 anos atrás: está ainda melhor…
O “alto custo do JavaEE” tem sido implementado com soluções 100% livres apoiadas por um mercado de profissionais competentes que lhe dão suporte.
De um lado, o TCO bancado pela empresa que o emprega é mais barato que os altos custos de licença de soluções proprietárias. Por outro, é um stack muito mais robusto que LAMP.
“Tomcat ao largo do JavaEE”? O Apache Tomcat é um produto 100% aderente à especificação JavaEE e faz parte das opções de servidores utilizados para implementar o stack. Informe-se melhor sobre aquilo que vc. planeja discutir.
Tive um pouco de dificuldade para entender esse último parágrafo, confesso… De que “evolução” vc. está falando, JSE7? Não ficou muito claro para mim…
Só lembrando duas coisas que acho que nem todos sabem:
1. – O JavaEE7 vai suportar HTML5, até lá o JCP espera que o padrão esteja melhor definido.
2. – A máquina virtual de referência vai deixar de ser o JDK padrão para ser o OpenJDK, uma solicitação antiga dos desenvolvedores Java. Eles já estão migrando muita coisa do JDK padrão e da versão free do jRockit (que não é livre) para o OpenJDK.
E só avisando que a versão comercial do jRockit vai continuar existindo, antes que alguém publique “Oracle lança uma versão paga da JVM, corram para as colinas”
@marcosalex, não fique triste moço, você é indispensável ao br-linux, falo sério, senão isso aqui seria um coro dos que adoram odiar corporações…
@copernico, eu refleti melhor e vi que não preciso mudar o que escrevi, então vou tecer rápidas considerações ao que vc colocou. primeiro reafirmo que java perdeu tempo em todo esse período de discussões.
veja..
Quem inicia o estudo da plataforma/ecossistema java hoje pensa basicamente no enterprise, com os seus sabores spring, javaee, tomcat, geronimo… e quando pensa móvel é só no android. java no desktop, javaME e javacard são nincho.
vc fala com razão da superioridade do java sobre o LAMP(seja php ou python ou ruby) mas a distância entre essas plataforma não é a mesma de anos atrás, da mesma forma quanto ao preço, nem todo projeto exige um glassfish, seja a versão open source ou a da oracle. O que eu disse é que mesmo com uma ampla maioria de produtos open source ainda assim é uma plataforma dispendiosa.
Claro que isso a torna atraente também, pois é diferente trabalhar um site ou interfece web em php do que criar um portal com jBoss, o portal é voltado para grandes organizações que podem pagar mais a um consultor e etc..
quando fiz referencia ao tomcat queria me referir a ele como sendo um produto não-oracle.
Copernico Vespucio
”
@Alfaiataria:
acho que o oracle não sera batido, é uma ferramenta muito boa
Vc. deve estar se referindo ao Oracle SGBD, o banco de dados, não? Julgamentos desse produto à parte, ele nem está em pauta.
“Oracle” no texto, se referem à empresa mesmo.”
Offtopic mesmo, mas cabe comentar já que surgiu.
O produto Oracle SGBD deve ser batido pelo PostgreSQL. A Oracle faz anos tem focado muito em integração, desenvolvimento e tudo mais envolvendo enterprise e deixando meio de lado o Banco. Por mais doido que isso pareça, afinal ainda é lembrada muito por isso.
Antes eu achava que iria demorar mais, mas o PG tem acelerado em features avançadas como sincronização e distribuição.
E eu não duvido que no futuro(aí meio distante) a própria Oracle tranquilamente descontinue o desenvolvimento e dê suporte a PG. Economicamente faria sentido.
Ou simplesmente empacote o PG (sem liberar fontes, graças a licença que permite), como faz com o Oracle Linux.
A Oracle não é “inimiga AUTO declarada” de software livre como certa empresa, nos produtos da Sun que anda assim.
@ericodc, pra falar a verdade, me divirto com a fama que levei de “paladino”. Mas a opinião de qualquer um aqui a respeito de qualquer empresa da nada influencia na minha vida, cada um tem o direito a qualquer opinião, tanto sobre a Oracle, sobre o Java ou sobre mim.
Quando eu quero procurar algo sério sobre os rumos do Java, prós e contras, busco outras fontes menos parciais. Cada coisa no seu lugar.
@Weber Jr., o que você falou é verdade. A Oracle já faz alguns anos está focando seu SGBD para os grandes projetos Enterprise, deixando os pequenos e médios negócios para os outros bancos. Com a aquisição da Sun, ela tenta colocar o MySQL nesse nicho, tanto que melhorou muito ele na versão 5.5. Mais ou menos a mesma estratégia que a Sybase fez quando comprou o Watcom e chamou de Sybase Anywhere, dois bancos pra nichos distintos.