Funcionários que usam sua própria tecnologia são mais produtivos
Enviado por André Machado (andreferreiramachadoΘgmail·com):
Cada vez mais ansiosos para evitarem a “maquinaria velha”, os trabalhadores estão começando a usar suas próprias tecnologias para trabalhar, sempre que possível. E, segundo uma nova pesquisa, as empresas que deixam os funcionários usarem seu próprio kit tecnológico veem a produtividade aumentar em até 30%.
Como os softwares se tornam cada vez mais baseados na web, os detalhes do hardware importam cada vez menos. Isso faz com que seja importante que a tecnologia seja tão boa em casa quanto é no escritório, com 45% das empresas no Reino Unido já permitindo que seus funcionários usem seus próprios equipamentos.” [referência: hypescience.com]
E com isso a empresa ainda tem o “efeito colateral” que é economizar na compra desse hardware que os funcionários trazem de casa.
Eu estava em dúvida entre mandar essa notícia para o BR-Linux ou para o Efetividade, mas ainda bem que ela foi bem-vinda.
É claro que, como diz o próprio artigo, uma contraparte é que a empresa terá que se preocupar um pouco mais com a segurança de rede, mas as vantagens são maiores: na maioria dos casos, o empregado vai usar o sistema operacional e os aplicativos que mais lhe convém, e não os impostos pelo ambiente de trabalho; talvez esse seja um dos motivos do aumento de produtividade.
Imaginem quantos vírus, softwares piratas e outras porcarias que virão nos micros desses funcionários!
Creio que para empresa o maior problema seja segurança. Seja dos outros equipamentos ligados na rede, seja das informações estratégicas/sigilosas que poderão ficar nos equipamentos desses funcionários, seja pela solidariedade legal que pode ser alegada por um terceiro que queira punir a empresa por algo ilegal (software pirata, etc.) que o funcionário esteja usando.
Para contrapor a vantagem de uma maior produtividade que possa ser alcançada, há também muitas oportunidades de dispersão do funcionário, que pode trazer trabalho de casa para fazer na empresa, bem como trazer seus jogos favoritos.
Se a moda pega teremos que comprar nosso próprio equipamento se não quisermos usar as “velharias” (que não deveriam ser!) na empresa? Fim do mundo…
@Xinuo
Como essa estratégia já está sendo aplicada no Reino Unido, assim como trabalho em casa, acredito que essas questões já devem ter sido resolvidas. Por exemplo: o contrato de trabalho do funcionário poderia incluir uma cláusula a qual delega a ele a responsabilidade pela licença dos softwares instalados em SUA máquina. Além disso, como a máquina não pertence à empresa, em teoria não vejo como a mesma possa ser responsabilizada por um software ilegal. Já vi, para você ter uma ideia, uma dessas escolas de informática oferecendo um curso, se não me engano, de After Effects, onde o software deveria estar instalado no laptop do aluno. Quanto à segurança e aos vírus, isso é trabalho para os administradores e quanto à dispersão por causa de jogos, é para isso que se estabelecem metas e existem ferramentas da qualidade, como os 5S e o método kayzen.
É uma estratégia muito interessante. Agora é implantar na mentalidade do pessoal e a gente diminui os custos com os equipamentos e ainda ganha em produtividade. Acho que a etapa dois poderia ser ratear com os funcionários, não, ‘colaboradores’ que fica mais pomposo e não é preciso melhorar a remuneração, o inss, fgts, cofins, conta de água e luz. Bom, muito bom. ;-)
Quando fui “graxeiro” (técnico em mecânica automotiva, lá em 1991), fabricava minhas próprias ferramentas de trabalho para desmontar carburadores, remover velas e sensores de difícil acesso. Isso porque normalmente não existiam ferramentas apropriadas e, quando existiam, custavam os olhos da cara. Também fabriquei sensores de nível para usar em válvulas eletromecânicas para caixas d’água, os circuitos de controle (coisa simples, com componentes discretos) e tudo aquilo que precisei e não encontrava no comércio. Dimmers para lâmpadas incandescentes, alarmes simples com sensores infravermelho, enfim, todo que estava ao meu alcance. Minha diversão era ir à biblioteca do IPCT (na PUCRS, entre 1995 e 1998) e ficar folheando os databooks atrás de especificações para os meus projetos domésticos. Aliás, foi no Laboratório de Informática, em 1996, que tive o primeiro contato com Linux.
Atualmente transportei esse conceito para a informática, onde desde 1994, monto meus PCs porque aleḿ de ser mais barato, saem com os componentes que eu quero. Só compro “pronto” se for baratinho como os do ARB da Dell.
@André Machado, mas é isso que eu quero saber, como se faz isso? (se deixa o funcionário usar o próprio micro na empresa) Vc deu várias ideias de como fazer, mas acho que ainda há muitas lacunas a serem preenchidas.
Sobre o problema de uso de software pirata no micro particular de um funcionário, que está trabalhando dentro da empresa para fazer coisas para a empresa, isso dá muito pano para manga e com certeza os “lesados” (em diversos sentidos :) ) vão querer culpar a empresa, que certamente têm muito mais dinheiro para perder numa ação legal do que um simples funcionário. Digo isso pensando nos problemas causados por funcionários terceirizados em ações trabalhistas querendo que a empresa “primária” responda solidariamente.
Na verdade eu não sou contra a ideia, eu tinha comentado com um colega de trabalho (da área de segurança) sobre isso há umas 3 semanas, mas ele rechaçou a possibilidade. Eu uso no trabalho um Core 2 duo da Intel (que deu defeito semana passada) e estava pensando que um AMD de 6 núcleos novinho, de uma marca que eu confiasse (deixando para lá a marca padrão que a empresa me impõe) seria bem interessante. Provalvelmente eu iria esperar a AMD lançar algo melhor, ou a Intel baixar mais o preço do Core i5 ou i7, antes de comprar, mas que me passou pela cabeça comprar um micro (não pensei nem num notebook) bom para deixar no meu trabalho, isso me passou.
Puxa, quem sabe um dia programadores também não poderão usar sua próprias ferramentas e linguagens favoritas?
Usar o gVIM no windows no lugar dos editores de texto para windows é uma benção.
Uso o SVN via terminal pois estou mais acostumado.
Sem contar que com as ferramentas certas e um pouco de programação .net o “prompt do DOS” pode se tornar um amigão.
Mas seria muito bom se pudesse instalar ubuntu no PC aqui e virtualizar todo o resto.
Desisti do gvim porque ele não se dá bem com a codificação unicode usada pelas ferramentas da Microcifrão. Quando em Roma…
Com certeza, uma pessoa que desenvolve suas própria coisas ja sabem como foi feita, e como falharia entre outros, isso ajuda muito na produtividade