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Estatísticas dos navegadores, edição de maio: lançamento do Firefox 4 não mudou a tendência

Como temos feito com mais atenção nos meses recentes, a pedido dos leitores, analisamos em detalhes a série histórica mensal de participação percentual dos navegadores no mercado que o BR-Linux acompanha há anos: a NetMarketShare, anteriormente conhecida como Pesquisa NetApplications.

E os números do mês, ao contrário do que os do mês passado permitiram supor, não representaram uma virada na tendência do Firefox: o ganho registrado nos dados de março (o lançamento do Firefox 4 ocorreu em 22 de março) não persistiu, e o resultado negativo do mês de abril (0,17 pontos percentuais, ou 0,78% da sua fatia anterior) foi quase o triplo do resultado positivo do mês anterior – ou seja: agora o Firefox, com 21,63% está abaixo do nível em que ocupava em fevereiro, que na ocasião já era a menor fatia registrada ao longo dos últimos 12 meses.

(Ao interpretar o gráfico acima, atenção a um detalhe: o eixo vertical não começa em zero. O deslocamento permite perceber melhor a evolução mês a mês, mas arruina a proporção exibida.)

E o Firefox não é o único a ter registrado em Abril sua pior posição dos últimos 12 meses: o IE (com 55,11%, após uma queda de 0,81 p.p.) e o Opera (com 2,14%, após uma queda de meros 0,01 p.p) compartilham da mesma situação.

Mas se o navegador livre não teve um mês especialmente bom, ao menos os navegadores baseados no engine livre WebKit podem trazer alguma boa notícia. Começando pelo Chrome, também disponível para Linux: após um ganho de 0,37 p.p. (ou 3,20% de sua fatia anterior), ele agora está com 11,94% do total.

Já o Safari teve um mês extraordinário: manteve o histórico de não ter nenhum resultado mensal negativo nos últimos 12 meses, e ainda alcançou o seu maior crescimento no período: 0,54 p.p. (ou 8,17% de sua fatia anterior).

Nos próximos dias publicarei mais uma rodada das estatísticas de acesso, dessa vez exclusivamente sobre os usuários do BR-Linux, por navegador – é possível que neste público a inversão de tendência tenha ocorrido!


• Publicado por Augusto Campos em 2011-05-04

Comentários dos leitores

Os comentários são responsabilidade de seus autores, e não são analisados ou aprovados pelo BR-Linux. Leia os Termos de uso do BR-Linux.

    Olnei Araujo (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 10:13 am

    Estes números são preocupantes,mas a raposa com certeza, irá reagir!

    Eu sei que já falei isso aqui, mas vou repetir, o Firefox4 está, realmente, mais leve, mas ainda precisa melhorar a renderização de páginas, o Chromium/Chrome ainda é o mais rápido da paróquia.

    Denis (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 10:34 am

    Trata-se da concorrência natural que o Firefox reacendeu em 2004, já que o IE era absoluto. Na América Latina e no Brasil, o Chrome já tem mais mercado que o Firefox (segundo outro instituto de pesquisa). Ele vem numa tendência de alta e ainda não atingiu seu pico. Arrisco dizer que vai estabilizar em 30% no final do ano, o Firefox ainda vai cair abaixo de 20% e depois vai se estabilizar entre 20 e 25%. E o IE deve ficar próximo aos 35%, e o Safari, a 10%. Isto é, se as tendências continuarem…
    Acharia notável se aqui no BR-Linux houvesse a inversão da tendência, dado que os anúncios do Chrome estão reinando absolutos, e que o Firefox não se utiliza (ou não tem) de tantos recursos.

    Flávio Augusto (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 11:31 am

    R.I.P. Firefox

    André Moraes (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 11:48 am

    Depois do lançamento do FF 4 eu larguei o chrome quase que por completo.

    O principal problema hoje do FF é a rederização de gráficos e a arquitetura single-process dele.

    Com sorte as novas modificações que estão sendo feitas na gecko e outras engines dele vão matar esse problema.

    Já existe até uma branch (electorlysis) se não me engano que estuda a possibilidade de uma arquitetura multi-processos. Mas novamente a gecko não ajuda muito nisso e muito trabalho de engenharia de software e necessário.

    No Linux, pelo menos, acho que o Firefox não tem muito futuro. Pesadão e bugado, creio que não demorará muito para ser abandonado pelas principais distros. Hoje em dia não existe apenas o Chrome/Chromium como alternativa, mas também uma série de browsers baseados no webkit, como Arora e Midori. O Firefox não fará falta.
    Um sinal da queda de popularidade do Firefox no Linux é que versões alternativas do browser estão sendo abandonadas. O Swiftweasel, versão turbinada do Firefox, morreu. O Swiftfox parece que vai pelo mesmo caminho, pois parou no 3.6.13.

    Denis (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 12:06 pm

    @boi,
    Acho que você ainda não testou a versão 4… não está “pesada” nem “bugada”, mas exatamente o que você quis dizer com isso. Se puder especificar o que, fica mais fácil argumentar ;-)

    @Flavio Augusto,
    Recomendo o mesmo argumento do boi. Apenas em tom informativo, um dos primeiros nomes do Firefox foi Phoenix – então o seu comentário não deixa de ser bem vindo!!! Aguardemos um pouco mais (sei que a ansiedade é grande),

    Patola (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 12:14 pm

    @boi,

    Faça um teste simples. Abra 150 abas com sítios diferentes no Firefox e no Chrome ou Chromium, e veja qual fica mais lerdo, qual ocupa mais memória e usa mais disco. Arrisca o resultado?

    Fellype (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 12:26 pm

    Olhando os dados do NetMarketShare, fica claro que tanto o Firefox quanto o IE etão perdendo espaço para o Chrome (e um pouco para o Safari também). A parte boa disso é que o Chrome está conquistando mais usuários do IE do que do FF.

    Na América Latina e no Brasil, o Chrome já tem mais mercado que o Firefox (segundo outro instituto de pesquisa).

    Acredito que isso ocorra pelo fato de os latino-americanos serem mais ávidos por novidades do que a maioria dos outros povos e, principalmente, pela grande propaganda da Google nas redes sociais.

    Onde entra o Android nessa estatística? Chrome? Ou ainda é irrelevante e está no Outros?

    Spif (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 1:36 pm

    Mas o publico do chrome é o mesmo do IE: Pessoas que querem uma companhia atrás de um Browser.

    Ivan (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 1:47 pm

    A maioria das tentativas de explicações estão explorando o lado técnico, mas acho que o lado comercial é muito mais responsável.

    A esmagadora maioria das pessoas não escolhe qual browser usar… Usa o que estiver disponível por padrão. Por isso o IE ainda tem tanto Market-share. Por isso o Safari têm crescido tanto, na esteira do crescimento do iOS.

    Com o advento cada vez maior de Smartphones, Tablets, WebTVs e Netbooks, a tendência é o Chrome se tornar dominante, caso o Android confirme a tendência de crescimento.

    Eden (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 2:08 pm

    Preocupante? Um naveador novo de código aberto aparece na jogada e o Firefox perde 2% em um ano todo e vocês acham preocupante?

    A questão é que o Chromium/Chrome tem investido na plataforma GNU/Linux, um exemplo notável é a capacidade do Chromium/Chrome renderizar páginas utilizando a VGA, coisa que o FF só tem para o Win.
    Assim o Chromium/Chrome está entregando um Browser realmente de última geração para a nossa plataforma…
    Mas a Mozilla não está tão “feia na fita”, o Thunderbird está muito melhor do que o Evolution…

    André Moraes (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 2:15 pm

    @Eden,

    Em teoria é preocupante sim. Menos usuários são menos usuários.
    Não é pra arrancar os cabelos, mas é pra procurar entender o motivo de 2% terem saido.

    Sem contar que o público aumentou, então 2% de perda significa mais do que apenas 2% a menos do que havia no período anterior.

    Tanto é “preocupante” que a Mozilla já está dando os pulos dela para não perder o embalo que ela têm hoje.

    Alias fazer o que ela fez, que foi retirar boa parte dos usuários do IE, não é qualquer browser que faria (vide Safari e Opera).

    Pelo menos a “guerra dos browsers” dessa vez não está sendo destritiva como foi na época do Netscape vs IE.

    @marrcandre, o Android você encontrará na pesquisa de sistemas operacionais, e não na de navegadores!

    Ricardo (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 2:23 pm

    Um pouco de propaganda sempre ajuda
    http://www.youtube.com/user/googlechrome

    Rodrigo (usuário não registrado) em 4/05/2011 às 2:48 pm

    @Patola,

    150 tabs eh irreal pra qq usuario… mas continue com seu teste…

    Apos abrir as 150, feche 140 e deixe as mesmas 10 nos 2 navegadores e veja qual ocupa mais memoria e mantem a performance.

    @Augusto: vou refazer a minha pergunta. O navegador padrão do Android está em alguma dessas categorias ou ele entra em outros? Ele é “mascarado” no Chrome ou algum outro navegador?

    @marrcandre, recomendo olhar a pesquisa de sistemas operacionais, para ficar mais claro.

    Lá você verá que a disparidade entre desktop e mobile, no acesso à web medido pela NetMarketShare (que coloca tudo em uma mesma cesta, ao contrário da StatCounter), é muito grande – o sistema operacional Android em si só corresponde a menos de 0,7% do bolo, quando comparado com todo o conjunto de sistemas operacionais que acessam a web. É, portanto, natural que o navegador do Android fique no Outros.

    Pra ver o navegador do Android aparecer fora do Outros, recomendo a pesquisa do StatCounter, que tem universos separados para dispositivos com tela grande e com tela pequena. Nela você verá os tablets Android com cerca de 0,02%, e os smartphones Android com bem mais que isso: perto de 16%.

    Assim o navegador dele fica bem mais visível no resultado, sem ser vítima de critérios de arredondamento: a fatia dele é 15,49%, já encostando na do navegador da Nokia e se aproximando do navegador do iPhone.

    Robson (usuário não registrado) em 5/05/2011 às 12:06 am

    As pessoas querem algo leve e rápido. Por isso o Chrome e o Opera aqui são padrões. Firefox ainda é pesado, vc navega e parece que está num elefante. Se eles não mudarem radicalmente vão perder sempre marketshare.

    alberto (usuário não registrado) em 5/05/2011 às 2:21 am

    Acredito que mesmo se o Firefox for 100x mais rápido e melhor as coisas pouco mudarão. O crescimento do Chrome é fruto do gigantesco marketing realizado desde 2008.

    Até o Opera se fosse do Google já tinha passado a barreira dos 10%!

    Maikon (usuário não registrado) em 5/05/2011 às 8:10 am

    O crescimento do Chrome, para mim, tem mais a ver com as estratégias do google em distribuir o software, que da velocidade, que também é importante, claro, mas grande parte dos usuários nem chega a trocar por isso. A questão é que muitos programas que o usuário baixa da internet, muito populares no windows como, o avast e o ccleaner, se não me engano, entre muitos outros, oferece a possibilidade de instalar o Chrome. No meio de tantos “próximo” ou “Next” lá vai mais um pc com Chrome. Pode até ter, mas nunca vi nem o raposa nem o Opera com tal estratégia (acho que já vi o Opera, mas faz tempo) até porque é necessário algumas $$$$$ sobrando.

    Denis (usuário não registrado) em 5/05/2011 às 7:21 pm

    @Maikon,
    É interessante que é possível fazer alguns ajustes para dar mais responsividade ao Firefox, deixá-lo com a impressão de ser mais rápido – o que algumas extensões se propõe a fazer – acho que seria uma boa opção, se tecnicamente possível.
    Outro ponto é se o suporte a SOs antigos não está atrapalhando o desenvolvimento de novas features.
    Não tenho conhecimento técnico profundo sobre nenhuma dessas opções, pra mim são questões naturais de se perguntar… se alguém tiver mais detalhes,

    Denis (usuário não registrado) em 5/05/2011 às 7:25 pm

    @Maikon,
    Outra coisa, acredito sim que o slogan de “mais velocidade” leva o usuário sim… tenho familiares que foram por ele – e vamos dizer, por mais que eu goste (ou não) do Firefox, não são as minhas palavras que os convencem, mas a suas próprias experiências… vamos esperar então que venha coisa boa da Mozilla então.

    Maikon (usuário não registrado) em 5/05/2011 às 11:06 pm

    @Denis

    Realmente as propagandas de velocidade espalhadas pelo Youtube e outros sites, além do sistema de distribuição que eu citei, acho que são os grandes motivos do crescimento do Chrome.

    Como eu uso Firefox e não vou com a cara do Chrome torço que a raposa abocanhe a maior parte daqueles 55% do IE. É esperar pra ver o que a Mozilla faz.

    celson (usuário não registrado) em 8/05/2011 às 10:07 pm

    Eu acho q já vi esse gráfico em algum software proprietario e acho que se chama MS Office 2010
    kkkkkkkkkkkkk

    Se não me engano ele foi produzido no Office 2011.

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