Diretoria do Ubuntu mantém a regra: sem aplicativos não-livres na instalação default
Em tempos de sistemas populares rodando Linux que não disponibilizam os fontes dos seus próprios componentes (licenciados como software livre) de uma versão corrente, é interessante ver a reafirmação de uma política de código aberto de outro sistema popular: a diretoria técnica do Ubuntu se reuniu e aprovou por unanimidade a continuidade de uma política tradicional da distribuição: não incluir aplicativos não-livres na instalação default.
A proposta alternativa (rejeitada) era simples: deixar a opção de instalação do Flash ativada por default – mas eles consideraram que isso equivalia a incluir o Flash na instalação default. Eu também acho – embora instale o Flash sempre, acho simpática a medida, em uma época em que estão mais frequentes as medidas da outra categoria por parte de distribuidores. (via lwn.net)
Nem o Mac OS X vem com o Adobe Flash por padrão (não mais), por que o Ubuntu deveria vir? Além disso é bem fácil instalar o Flash e os codecs de áudio e vídeo depois da instalação do sistema, se não me engano, o Ubuntu detecta quando o Rhythmbox é aberto pela primeira vez e já mostra uma opção de instalar os codecs de MP3. A mesma coisa no Firefox quando se entra num site cheio de Flash, ele mostra uma opção para o usuário instalar o Flash se quiser. Vai continuar a mesma praticidade de sempre, o que é ótimo.
Quanto mais coisa instalada por default melhor. Como no final das contas vou acabar instalando flash e codecs, fico com o Linux Mint mesmo.
Apoiada a medida! Acho que é assim mesmo que deve ser, nenhum aplicativo proprietário deveria ser incluído por default nas distros. Acho, isso sim, que a distro não deve é dificultar a sua instalação depois que o usuário estiver com o sistema no HD. Mas sei que o Mark pensa exatamente dessa maneira e me simpatizo com a ideia dele. Uma coisa que seria interessante, no entanto, é a tentativa de incluir um substituto do flash por default na distro. Gnash, Lightspark.. etc. Se fosse o caso, o usuário instalava o proprietário depois.
Acho que a política do Ubuntu esta certa, na instalação ele pergunta se o usuário ja quer instalar o Flash e os codecs de áudio e vídeo, é só marcar a opção e pronto, tudo funcionando.
Com isso o Linux Mint perde uma de suas vantagens. Apesar que na próxima versão o Mint vai se diferenciar um pouco do Ubuntu, pois vai usar o GNOME 3 sem o Unity e sem o shell, vamos ver como ele vai se sair.
frescura
Tem tantos remasters que já trazem: Linux Mint (para mim, um remaster), Super OS (Super Ubuntu), Tuquito Linux; pessoalmente eu acho que a Canonical não põe até para economizar espaço da mídia e ao mesmo tempo procurar soluções mais nativas nos próprios aplicativos (por ex, firefox e HTML5) antes de pedir arrego aos proprietários.
O windows por default não vem nada disso também e, ainda por cima tem que sair vasculhando na internet para baixar aplicativos codecs… Já o flash é bem fácil no Windows e no Ubuntu também…
Ah! Esqueci de mencionar que a distro Caixa Mágica não será mais baseado no Mandriva, mas sim no Ubuntu/Mint na sua próxima versão, de praxe será também out-of-box.
[humor on]
Diretoria do Ubuntu diz: Stallman, to contigo e não abro.
[humor off]
É uma boa iniciativa mas acho que deveria ser mais completa, deveria sugerir opções livres, e se não existirem, que corram atrás do desenvolvimento de opções, até hj nem sabia que existia engine de flash alternativa, agora vou dar uma pesquisada e se funcionar bem, vou usar uma alternativa.
Concordo também sobre a tendência por opções como HTML5, que além de fugir de recursos proprietários, também é uma solução mais integrada.
Agora, isso tudo está gerando uma perda de mercado do ubuntu, na distrowatch o mint acabou passando na frente no ranking. Eu mesmo ainda não uso o mint por falta de tempo para formatar a máquina. Mas agora vejo que também tenho que levar o lado social mais em consideração, visto que é o motivo pelo qual uso linux.
Bom isso. Além de ter um fundo incentivador do software livre, a instalação fica mais leve, mantendo 1 CD. Quem quiser é só assinalar, como acontece hoje em dia, que quer componentes proprietários que daí é baixado antes mesmo de terminar a instalação.
Substitua o Flash para vídeos no Firefox: https://addons.mozilla.org/en-US/firefox/addon/flashvideoreplacer/
O Trisquel usa esse plugin por padrão.
@Ícaro,
Que extensão excelente!
Obrigado pela dica.
Gostei da dica da extensão.. Valeu…
Hoje testei no Ubuntu 11.04 Unity o acesso remoto a aplicativos nos servidores da Canonical. Mesmo com um link lento acessei: firefox, abiword e também criei um link para o gnome-terminal na área de trabalho remota e pude acessar alguns dados do servidor que está em uma máquina virtual. Fiquei brincando de abrir alguns aplicativos pela linha de comando. Muito massa… É preciso instalar o gtnx:
$sudo apt-get install qtnx
Daí é só ir em adicionar e remover programas e nas informações vai ter se liberada a opção “Testar”, depois é só criar o link para o gnome-terminal e procurar por mais aplicativos, sem ter que voltar ao adicionar e remover programas. Penso que se a Canonical perceber isto vai tirar a opção de usar o terminal, ou criar link para outros aplicaitivos. Dá até para editar um texto e salvá-lo no home de lá… Desculpe alguns erros na digitação, pois estou com muita pressa.. fui …
Sinceramente, acho muito HIPÓCRITA essa atitude da Canonical.
Por que ?! Porque as distribuições que realmente se importam com a filosofia do software livre não trazem nada que seja proprietário ou fechado (como BLOBs no kernel) e também não têm repositórios de pacotes não livres, ou seja, não trazem nem facilitam a instalação desses softwares proprietários.
Qual é a diferença de trazer ou não trazer o flash na mídia de instalação se ele pode ser instalado apenas habilitando um repositório oficial de pacotes não livres e instalado com um clique ?
Sim, o windows e o mac também não trazem o flash instalado mas convenhamos que para um usuário leigo é bem mais fácil instalar o flash nestes sistemas. E eles não trazem o flash por questão de ideologia e sim porque não ganhariam nada com isso. Ou seja, a MS e a Apple só se preocupariam com isso se a Adobe pagasse a elas para fazer isso.
E no caso da MS, ela tem o Silverlight que é concorrente do flash e por isso não interessaria nada facilitar o uso do flash.
Amarok, instalar o Flash no Ubuntu é mais fácil que no Mac e Windows. Quando você entra no Youtube no Firefox ele informa que é preciso instalar um plugin, é só clicar.
Assim como também pode baixar o .DEB do site da Adobe e instalar em um clique.
Mas concordo com você em relação a hipocrisia. Ubuntu nunca pensou na filosofia de software livre, ele fazem parte do open source e contém os repositórios não-livres, incluindo Adobe Reader e Skype.
Bobagem isso. Estão perdendo mais uma vez o foco, que é a usabilidade e simplicidade para o usuário.
O problema de não incluir softwares proprietários não é, ao meu ver, ideologia, mas problemas com licenças.
Claro que o usuário poderá instalar o software depois, mas nesse caso a iniciativa será do usuário.
olha nem a microsoft instala o silverlight por padrão, pelo mnos quando tive que instalar um win7…então nem sei porque a preocupação…
quanto a “facilitar’ a vida do usuário com repositórios não-livres é melhor ficarem usando o gNewSense mesmo.
O buraco eh mais embaixo.
O Mono ja esta la instaladinho, prontinho pra sair da dormencia e atacar o universo do software livre na hora que for conveniente.
Ter o Banshee como tocador de musica default e’ pior que ter Flash ja instalado.
Estão certíssimos e além do mais instalar codecs entre outras coisas no ubuntu é muuuuito mais fácil que qualquer outro aplicativo, com um simples clicar de aceitar e sua senha você tem instalado na sua máquina, não precisa vasculhar internet nem nada.
Aprovo a atitude de vir desabilitado por default. Mas poderia vir no CD pro caso de quem precisar não exigir uma conexão com a Internet.
Além do mais, tá passando da hora de um live DVD, né Canonical?