Décadas depois, autor descobre que seu texto de programação estruturada serve para tempos de “Agile” mudando só uma palavra
Quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas?
Quando eu estudei para ser programador de sistemas, na década de 1980, programação estruturada era o tema em voga (a orientação a objetos já estava surgindo como uma “próxima onda”), e os textos de Weinberg surgiam como referência constante nos materiais dos professores. Por isso achei muito curioso o relato dele, trazido pelo InfoQ, da sua constatação ao procurar atualizar uma de suas obras daqueles tempos para os tempos de metodologias ágeis (ou pós-ágeis, para alguns). Trecho:
O autor e consultor Gerald M.Weinberg esteve envolvido ativamente com a indústria da computação durante mais de meio século; é uma figura reconhecida e reverenciada, que escreveu alguns dos livros mais influentes da área de informática.
Em seu blog Segredos da Consultoria, escreveu recentemente sobre a falta de atenção à história e sobre como parece se repetir o ciclo de modismos envolvendo inovações e avanços no nosso modo de trabalho – sem que as empresas e profissionais aprendam as lições dos ciclos anteriores.
Weinberg estava reformatando seu livro “Repensando a Análise e o Projeto de Sistemas” como um e-book e decidiu atualizar a seção “Além da Programação Estruturada”. Embora o texto tenha sido escrito há décadas, descobriu que bastaria substituir a frase “programação estruturada” por “Agile”, para que o conteúdo e a mensagem do texto se aplicassem a métodos ágeis:
Embora o artigo tenha sido escrito há uma geração e a “revolução” da programação ágil já tenha saído de moda para a maioria dos programadores, muitos dos (…) (via infoq.com)
Aposto que a próxima onda se chama Crowd Programming, o sistema de prosti…, digo leilão usado pelo Top Coder.
Eu, particularmente, acho uma bagunça, mas alguns executivos estão seguindo essa nova religião.
Mas programação nas nuvens não é uma nova roupagem para mainframe e terminal burro (mas hoje os terminais não são tão burros assim)?
Os métodos do java não é um novo nome para as funções do C++?
E por ai vai…
@Tiago, não discordando que “método” e “função” sejam, debaixo dos panos, a mesma coisa, mas o nome “método” surgiu com a Programação Orientada a Objetos, não foi Java quem inventou. E em C++, quando se programando OO, também se costuma usar o termo “método”.
E mais, o pessoal fala de ágil, RUP (ou RIP?), XP, etc. Mas, na hora que o prazo aperta, esquecem tudo que leram no “Mythical Man-Month” (ótimo livro) e fazem qualquer acochambrado.
Eu de novo (putz como eu estou chato hoje!).
E alguém duvida que esse negócio de “novas metodologias” não passa de uma maneira de vender mais livros, ferramentas e palestras?
Aí temos o lado bom: Mais gente se empolga, estuda, debate, se especializa e melhora.
Lado ruim: Tentamos isolar aquele programador ‘das antigas’ pois todo o seu conhecimento está defasado, mesmo com toda a experiência que ele carrega.
Lado bom de novo: Quando a sua nova metodologia cair em desuso, aquele mesmo programador vai ironizar: ‘eu sabia!’. Inclusive, é provável que ele esteja estudando a nova super solução definitiva.
Termos circulam
Velho bobo de novo
Egos adulam
Mesma coisa com bancos de dados:
Document Oriented Database, nome bonitinho criado por programadores que nunca ouviram falar de banco hierárquico.
Graph Oriented Database / Object Oriented Database, nome bonitinho para bancos em Rede.
Isso tudo é lá da época que banco relacional era o último traquinas no pacote.
E olha que tenho apenas 25 anos…
Agile, Cloud, Waterfall, etc, não passa de Gerentês para TI.
E no final das contas tudo não passa de um “sisteminha” mesmo.
Todos os paradigmas passam e a única coisa que sobrevive ao teste do tempo nessa área é a POG!
No fim, só o gohorse salva.