Chromebook e o “sonho” do Network Computer
Trecho do meu post no TechTudo:
Um computador pessoal que serve apenas como canal para recursos externos pode ser um sonho ou um pesadelo, dependendo de como você o analisar.
A versão moderna deste conceito, materialixada em uma linha de dispositivos chamados de Network Computer, geralmente sem disco local, com pouco poder de processamento, baixo custo, servindo essencialmente como interface entre o usuário e recursos informatizados que residiriam “na rede”, vem datada corporativamente de 1996, quando a Oracle (com parceiros como Sun e IBM) tentou fazê-la pegar no mercado.
Era uma época em que muitos de nós tínhamos PCs em casa, a Internet comercial no Brasil era um fenômeno recente, e muitos de nós sonhávamos com o ganho de desempenho que poderíamos ter quando conseguíssemos fazer um upgrade para um modem discado de 56Kbps.
(…) Na época, a ideia em si acabou não vingando, por fatores diversos – incluindo o barateamento dos componentes de hardware para montar computadores completos -, e acabou se aposentando na virada para o século XXI, embora antecessores (como os terminais) e concorrentes (como os thin clients) floresçam até hoje.
Mas se o sonho da Oracle não virou realidade na época, a ideia de transformar o computador do usuário final em uma mera interface para recursos disponíveis em um ponto central também não morreu.
(…) Uma coisa é certa: o mercado (produtores de hardware, de software e distribuidores de conteúdo) se encaminha nessa direção, rumo ao “Network Computer do século 21″. Minha dúvida é: será que este título vai chegar a ser conquistado pelo Chromebook, ou ele será mais um dos que se aproximarão sem atingir, abrindo caminho para um produto futuro que agrade melhor ao consumidor? (via techtudo.com.br)
Network Computer? É uma cilada Bino!
Essa armadilha de fornecedor querendo empurrar equipamento com componentes anacrônicos com a desculpa de que “você só precisa disso” já foi tentada várias vezes. Sempre o truque é o mesmo: o equipamento é mais “barato” que o PC tradicional, mas que custa muito para o pouco que faz.
Sempre desconfiei que isso era fruto da tentativa de se livrar do estoque de componentes velhos…
“materialixada”
Emuxês?
Na época das primeiras iniciativas, o ‘network computer’ não fazia sentido como agora. Naquela época não havia o know-how atual em aplicações server-side, nem redes sociais. Coisas como Office remoto (na web) então, era uma realidade distante.
Mas agora o cenário é outro, a internet faz parte do cotidiano pessoal/cultural/profissional. Assim que a cloud computing atingir a maturidade certa, não teremos escolha: seremos arrastados.
Em alguns nichos, isso já é possível. Acho que se o Steve Jobs lançasse um iPad sem HD, com storage web, tenho certeza de que os usuários não sentiriam falta. Seria o início do fim…
Tudo tem limite. Tudo que o computador da Google faz, o meu iPhone e qualquer Android faz melhor. Melhor porque tem maior durabilidade de bateria, está com você realmente o tempo todo e para onde for.
Ok, ok, você precisa de uma tela maior, tem os tablets.
Sinceramente, esse computador do Google sim, é algo que não vejo utilidade nenhuma.
Alias, nenhuma não, serve como computador descartável, quando não se tem um computador disponível e por algum motivo bem específico, o seu Smartphone ou até um tablet, não são suficientes para realizar a tarefa. Mas esse computador tem que custar 20 dólares.
bom, em 96 eu não tinha computador….usava o de familiares e universidades, bibliotecas….
Na era pós-pC é fácil ter produtos complementares a computador, mas que são alternativos, e não a única fonte. Para min parece claro que o chromebook e os tabletts são coisas de nincho e qeu tem o seu uso restrito.
Da mesma forma que quem reclama que esse tipo de aparelho não serve para jogos, programas CAD/3D, também vive em um nincho, e o pior não percebe pois crê que aquilo é o computador de verdade.
Computadores que não seja nicho (jogos, HA, alto desempenho etc), não existe mais motivo para que não se migra e para nuvem.
Desde que se escolha o parceiro correto, claro.
Gosto mais do owncloud que faz o mesmo que dropbox mais é bastante mais ambicioso que isso como guardar seus datos e fazer streaming direto com o Amarok mais tudo isso funcionando desde seu servidor. Em este momento estao reformulando o projeto para uma versao 2.0 que promete muito , inclusive com cliente para android e Windows.
Realmente deixar meus datos para que uma empresa tenha aceso nao gosto nao ….
Para quem nao conhece http://owncloud.org/index.php/Main_Page
Concordo que pra muita gente esse conceito é uma mão na roda. Os benefícios de acesso remoto são consideráveis.
Só que a diferença de preço pra esse tipo de equipamento teria de ser bem menor, senão não compensa a desvantagem de suas limitações.
Na rua uso um smartphone, no trabalho tenho computadores a disposição e, em casa… uso a televisão! Isso mesmo…
Para acessar emails, facebook, youtube, assistir filmes ou ouvir minha coleção de mp3 uso a tv. As novas tvs tem acesso a internet, acessam hds externos tudo usando sua rede wireless. O mercado que vejo para este note com o sistema da google talvez se restrinja a empresas e escolas, onde tudo pode e deve ser armazenado num servidor.
A diferença deveria ser “maior” se é que entendi sua indagação @Marcos. Mas, a diferença de preços sendo pequena e claro com uma tecnologia duradoura (que eu não tenha que trocar de PC a cada 4 ou 5 anos…) seria uma boa para muitos departamentos. Onde eu trabalho, os PCs são subutilizados, pois se compra um core 2, 2GMB memória, 320 HD e não se usa 20% disto. Você quer um super PC para rodar aquele super jogo? Você quer um PC que rode Autocad, Dreamwaver, Photoshop, Office 2010, mas nunca vai usar estes aplicativos? Pensem bem, o mundo pode até não ser perfeito se tudo for repensado, mas com certeza seria bem melhor.. @Marcos estas palavras são genéricas, talvez não caibam a você e muitos outros leitores de espaço.
Abraços a todos que sejamos realmentes sensatos…
Netework computer, cloud computing.
Resistirei até o fim.
Network*
Concordo em alguns pontos que foram levantados. Mas vou explicar o que eu acho.
Primeiro: defendo que cada usuário compre e gaste com aquilo que responderá às próprias necessidades. Nunca recomendaria alguém que só usa Orkut a comprar hoje um computador com Core i7 com 16 GB de RAM, por exemplo. É um computador bem superior aos mais baratos, verdade, mas não é o melhor para o usuário, sairá mais caro para fazer algo trivial. Se for pela questão da “durabilidade”, daqui a alguns anos, quando for trocar de computador (o que inevitavelmente acontecerá), poderá comprar esse Core i7 com 16 GB de RAM pelo preço de um computador popular. Somando os dois preços, sairá ainda mais barato do que ter comprado um Core i7 com 16 GB de RAM desde o início.
Segundo: levando em consideração a lógica do primeiro item, posso garantir que o Chromebook não é para mim. Temos a questão dos serviços de internet brasileiros, que vivem caindo o sinal, a conexão e etc. O segundo ponto é a imaturidade dos aplicativos oferecidos pela nuvem atualmente. Não dá nem pra pensar em trocar o LibreOffice pelo Google Docs, quem dirá o Microsoft Office. Mas falo isso porque, SEGUNDO AS MINHAS NECESSIDADES, preciso de algo bem mais completo do que um Google Docs. Aliás, foi pensando nessa maneira que resolvi não gastar 1 centavo com o Microsoft Office, optei apenas pelo LibreOffice no Windows e no Linux.
Terceiro: voltando ao usuário do primeiro ponto, que só usa Orkut e se não tiver internet nem ligará o computador, o Chromebook é ótimo, isso considerando que terá um preço bem mais em conta. Afinal, ele fará o mesmo que faria em qualquer outro computador, certo?
Resumo: vejo tanta gente falando por aí que sonha com um Mac, um iPhone, um iPad, por NECESSIDADE… Pergunto: precisa mesmo ou é só desejo de consumismo? Não vou negar que também tenho os meus desejos de consumismo (poderia comprar um Mille, por exemplo, mas prefiro um carro mais bonito), mas acho que sei ponderar bem o que quero na maioria das vezes, e acho que poucos se atentam a isso. Atualmente quero um smartphone com Android e, lendo vários reviews e opiniões, nem adiantaria, PARA MIM, pagar por um iPhone ou um Atrix. Vou comprar um smartphone Android mais em conta, comprarei o melhor que a minha faixa de preço pré-determinado poderá comprar. Ou seja, é uma questão de bom senso. Se o Chromebook não é pra mim, talvez tenha quem queira.
Obs: recentemente critiquei um tablet Android da Multilaser em outro tópico e só para não confundirem o meu ponto de vista: por aquele preço e pelas especificações, ainda acredito que ninguém precisará daquilo. Melhor comprar um xing-ling importado, mais barato e melhor. O preço caro daquele tablet enganará quem pensa em adquirir um produto de boa qualidade.
Agora jogar virou atividade de nicho? o_O
Tá sobrando muito dinheiro nesse pessoal para ficar comprando tablets por preços absurdos.
Vai dar certo, pq com html 5.
Uma aplicação internet, pode rodar offline.
Ex: google docs, gmail.
e as aplicações que forem surgindo
Marcos
“Só que a diferença de preço pra esse tipo de equipamento teria de ser bem menor, senão não compensa a desvantagem de suas limitações.”
Pois é, eu fico até curioso pensando como uma coisa dessas passa toda a cadeia de projeto, produção e comercialização. Será que ninguém diz “Chefe, legal a idéia, mas tá MUITO caro, não tem diferença significativa”.
E po.. cadê os note/netbooks com Arm ? Já seria uma diferença significativa de bateria.
Ah, sei, vão esperar o windows 8 poder rodar com Arm. Sempre assim.
@devnull
Jogar em desktop, hoje em dia é praticamente atividade de nicho.
A maior parte do pessoal que compra um computador hoje usa o famoso Orkut, joga aqueles joguinhos Flash, Farmvile etc.
Jogar em desktop/laptop ficou para quem pelo menos sabe instalar um jogo.
E isso a maioria, não sabe. Apesar do Next, Next, Finish.
Então jogos não serão o problema para boas vendas de uma maquina baseada apenas em aplicações cloud. Não para as massas e para o mercado corporativo.
E são esses dois que interessam. Quantidade faz o lucro do Google.