Chefão da Linux Foundation canta vitória sobre a Microsoft, minimiza importância do desktop
Conforme se aproximam os aniversários de 20 anos do Linux (em agosto e em outubro), as retrospectivas e comparativos começam a abundar – e é o caso deste artigo da Network World baseado em entrevistas com Jim Zemlin, o diretor executivo da Linux Foundation, que paga o contracheque de Linus Torvalds e supervisiona grande número de projetos de código aberto relacionados.
E o artigo sumariza a opinião de Zemlin: a batalha contra a Microsoft terminou e o Linux venceu. Os argumentos que conduzem a este interessante são recheados de vitórias, mesmo, tais como a quase onipresença na lista dos 500 maiores supercomputadores do mundo, no mercado da tecnologia embarcada em eletrodomésticos e eletrônica de consumo (TVs, câmeras…), no Kindle, nos smartphones e tablets, nos mainframes e mais.
A conclusão de Zemlin é que o Linux está à frente da Microsoft em quase todas as áreas de atuação, com a exceção de apenas uma em que a Microsoft permanece dominante (a dos desktops, incluindo os notebooks – onde ela vendeu 300 milhões de licenças e faturou 20 bilhões de dólares no trimestre final de 2010), e por isso ele pensa que “nós não nos importamos mais muito com a Microsoft. Eles costumavam ser nosso grande rival, mas agora é como chutar um filhote.”
Certa ou errada, a conclusão de Zemlin como principal executivo da Linux Foundation deve ser levada em conta por quem aposta fichas no desenvolvimento do Linux para os desktops atuais, ainda mais quando se considera o que ele acrescentou: “a boa notícia é que o desktop PC tradicional está se tornando menos importante, e áreas em que o Linux é bastante forte em termos de client computing estão se tornando mais importantes”.
Não discordo da afirmação, mas a possível consequência em termos da estratégia da Linux Foundation para o mercado desktop me preocupa enquanto usuário. E ele ainda esclarece que “o pessoal do Linux” não está desistindo do mercado desktop ainda, já que os aplicativos mais usados pelos usuários finais hoje estão migrando para os navegadores, e há bons navegadores que rodam bem sobre Linux – mas “demora para as pessoas perceberem que seus requisitos para o desktop mudaram”. (via networkworld.com)
E nem quero que desistar de suportar o desktop.
O Chefão tem uma opinião muito ligada ao mercado.O mercado quer isso e fica impulsionando as areas para a nuvem dominar.
É mais um conformismo pois é muito mais fácil trabalhar para estes setores.
Quando me perguntam eu sempre digo o que o Linus disse, o foco do Linux não deve ser só o Desktop, mas várias plataformas. É buscar a escolha e por aí vai.
Isso é a mais pura verdade…quando nós falamos em Linux, não é apenas os Sistemas operacionais de desktop como muitos imaginam, mais na verdade estamos falando de muitas plataformas em que o Linux está muito presente…e na minha opinião, para os usuários comuns(que não realizam tarefas e precisam de alguns programas específicos)o Linux está muito mais do que pronto para desktop.
Seria isso um FUD reverso?
Porque quando a MS compara windows com linux no quesito “domino”. Eles comparam apenas os desktops. Que o windows detem 90% do mercado. Mac tem 8% e o resto é dividido entre linux e outros.
Simplesmente ignoram outros segmentos.
E agora tem um segmento em franca expansão que a MS não tem importância nenhuma. Celulares e Tablets.
Por um lado ele tem razão. Vejo muitos recém-formados que vão trabalhar em grandes empresas e são obrigados a aprender tudo (quase perda total um curso de 5 anos). Para desktops ninguém consegue se equalizar ao Windows devido a grandes investimentos nessa área e disseminação cultural feita pela Microsoft. Mas para os demais, o kernel Linux já é utilizado.
Mas ainda não se pode subestimar um concorrente. Fazer isso é revelar ou abrir uma chance contra.
Mas o desktop também é importante, uma vez que “treina” alguém para algo mais avançado. Em termos de desktop nós temos soluções já agradáveis, vide KDE 4.6. O que falta são os famosos aplicativos. O sistema está pronto para uso faz tempo.
O desktop linux é mais carente em softwares proprietários de uso profissional e games, é verdade, mas muito mais por culpa da falta de visão e de interesse das empresas desenvolvedoras desses softwares do que qualquer problema técnico do desktop linux.
Digo falta de visão porque quem desenvolve para Windows e Macs quase sempre usa os compiladores, IDEs e APIs exclusivas desses sistemas operacionais, tornando o código não portável.
Tanto é que temos programas maduros disponíveis para windows, mac e linux como firefox, libreoffice e vários outros. Se equipes de software livre conseguem fazer isso, por que as equipes de sw proprietário não conseguem ?!
Não sei porque, mas tô me lembrando agora de um filme, acho que é do Zé do Caixão. O nome é: “Delírios de um Anormal”.
linuxer, o problema não pe tanto a falta de visão mas sim de custos, se você fosse gastar milhões de dólares ao desenvolver um jogo, investiria mais tempo e dinheiro para portar seu jogo a uma plataforma que detém menos de 1% de seu público alvo? Com a comercialização on-line dos jogos (sem a necessidade de material impresso e demais problemas de distribuição) talvez este cenário mude. Visto que não será mais necessário enviar para lojas caixas de jogos para diferentes plataformas e não correrá o risco de ficar com o material “encalhado”.
@Víctor
Também acho que a distribuição online é a ferramenta para reduizir ou até eliminar a figura do “distribuidor do jogo”.
Porém não são muitas empresas que disponibilizam seus títulos on line, o próprio steam da valve ainda não veio para o GNULinux.
Voltando para a notícia, que o Linux já tinha matado a MS fora do desktop isso não é “novidade” e com os “dispositivos inteligentes” ninguém vai querer pagar $$$ pra MS toda vez que vender uma geladeira ou fogão. Até pq seria engraçado:
“Antes de usar sua geladeira você deve aceitar está EULA (aqui entra a EULA gigante do Janelas).
E você não poderá vender/trocar/repassar sua geladeira para outras pessoas pois o Windows que vêm nela é só “SEU”"
Oxi!! agora fiquei curioso para ver o filme “Delírios de um Anormal”.Huahuhauahuu
Eu também me preocupo mais com uma possível acomodação do que comparar mesmo.
Dinheiro paga lobby. E Muito dinheiro faz maravilhas (do ponto de vista do pagador, claro) em legislações e publicidade.
Isso comentando só o que acontece as claras, dentro da lei.
Ele só poderia ter sido elegante, e ter apenas exaltado os feitos do Linux (como fez), mas evitar atacar a empresa de Redmond.
Fora do tema, mas só para lembrar: http://www.gnome.org/
Lançado o GNOME 3 :D
Vocês queriam o quê, depois que empresas de grande porte se juntaram ao Linux, fora a comunidade científica etc.
A Microsoft dançou , será que ainda tem tempo para se recuperar?
E outra coisa, no desktop quem domina é o XP.
Ele só poderia ter sido elegante, e ter apenas exaltado os feitos do Linux (como fez), mas evitar atacar a empresa de Redmond. [2]
Microsoft fatura 20 bilhões e a Linux Foundation diz que ela é um filhote? Perai né, vamos mostrar algum respeito ao nosso inimigo, mesmo que eles não mostrem a gente ;-)
Ele pode ter esta opinião,mas muitos outros usuários tem opiniões diferentes. E muitos gostam da computação pessoal .
Ele não pode inserir tendencias baseadas nas tendencias das empresas financiadoras do Linux.
Agora fico infeliz com o resultado do Linux no desktop.Demonstra a nossa falta de prática em unir ,organizar e criar coisas capazes. Claro ,isso é uma coisa que mal aprendemos em todas as nossas vidas.
Está na hora da comunidade livre do desktop mudar e se aperfeiçoar LOGO.
Não vai ser necessário desenvolver a comunidade de desktop. Os dispositivos móveis vão tomar este mercado. E hoje, em smartphones, o Linux já é dominante. E este é um mercado muito interessante até outra jogos.
Não concordo .Isso é mais uma tendencia dita pelos outros ai.
Nao é todo mundo que gosta e precisa de um aparelho movel. Sem contar eles são menos flexíveis e menos especificados do que desktop.
De novo você cai na mesma tendencia do “chefão” da LF.
O cara (da linux foundation) tem razao.. enquanto no desktop vende-se UM computador, netbook, notebook, vende-se dezenas de celulares, tablets, routers, wireless… tudo com kernel linux dentro. e como dizia um profeta amigo meu. O futuro vai para o mobile (smartfone, tablet, nuvem).. nao adianta fazer sistemas para agora. Tem que pensar em 5 anos no futuro, e comecar a fazer sistemas para estes usuarios (se é que existirao usuarios…). E neste futuro vai dar linux Dizem que o mercado de mobile é no mínimo 40 (eu disse 40) vezes o mercado de desktop.. entao se a MS tem 90% de 1/40, que significa 2,25% isso na melhor das hipóteses… e neste mercado, o linux domina. A medida que o android avança, o dominio vai ser maior ainda.. e vai chegar a mercados hoje nao explorados: jogos por exemplo.
Falei.
self_liar, vou repetir o mantra até perder a voz: Enquanto n se combater a pirataria no Brasil, o Linux n terá lugar nos desktops. Tenho fotos de banners na porta de lan-houses onde vc pode ler: Troco Linux por Windows: R$ 50″. Pergunta se esse Windows é original?
psantos e Rael, eles nos ignoram e dizem q somos fracassados o tempo todo, por n dominarmos o desktop como eles entendem (lembrem-se q Windows é um sistema + familiar, não + amigável), então deixa alguém (no caso, o pessoal da LF) bater um pouco neles. Afinal das contas… Cachorro zumbi tb pode ser chutado. É só n deixar o cérebro dando bobeira. =)
O cara é sem noção.
Se servidor fosse tão importante assim, a Novell seria a rainha do pedaço até hoje.
Prestando mais atenção ao meu redor, tem mais Linux que Windows. Três roteadores (Linux), Smartphone Samsung Wave Bada S7230 (Linux), minha filha Desktop (Ubuntu Linux), Smartphone Samsung Galaxy 5 (Linux), Minha Esposa computador com Windows XP e Linux Ubuntu, Eu computador Windows e Linux (o Windows para uns testes)… E conheço muita gente que tem Windows para Orkut e joguinhos emuladores de Snes… E só não usam Windows, porque se der problema no Linux os chamados técnicos de m**** dizem que Linux não presta (mas nunca experimentaram ou pelo menos leram algo sobre seu funcionamento). E se fossem técnicos de verdade, deveriam saber instalar e dar manutenção em Windows, MacOS, Linux etc…
Essa declaração me faz repensar meu SO pra desktop. Sempre foi a área que mais eu gostaria de ver o Linux dominando, mas se nem a LF tem interesse, não vejo mudança de perspectiva.
Como não gosto da MS, é hora de considerar alternativas. heheheh
Falar em sistemas para web sem falar em infraestrutura de rede é um erro, e a do Brasil, por exemplo, não é lá essas coisas. Era pior, mas não melhorou muito não. Além disso, um desktop com aplicações standalone ou semi é ainda muito mais rápido e seguro do que uma solução via web, pois posso até usar o computador sem rede numa boa. E a computação em nuvem, existe sem rede?
O comentário é interessante, se realmente formos considerar que os tablets são o futuro, algo que não pode ser descartado, ele está certo. Basta lembrar que só no Brasil já existem quase dois telefones celulares para cada habitante, isso não é nem de longe o número de computadores. Há ainda o fato, que muitos se esquecem, que a maioria dos usuários é consumidor de informação, no máximo um processador de textos básico e uma planilha e pronto, isto não é nada muito longe do que um tablet oferece a um custo menor e com uma praticidade muito superior a um laptop ou mesmo a um desktop. A dura realidade, eu mesmo sou um amante de desktops, é que esse dispositivo será apenas para uma quantidade reduzida de usuários com aplicações muito específicas, basta notar o avanço notável dos netbooks.
Hum!!… Não é por nada, não, mas tô me lembrando quando sairam os primeiros netbooks (todos com Linux, só) e foi o maior sucesso. Aí todo mundo da comunidade falou que a MS já era, porque o futuro era dos netbooks. Enquanto tripudiavam do inimigo, este reagiu e tomou o mercado.
Prá mim, tá acontencendo a mesma coisa agora.
Uma boa política é jamais duvidar da capacidade da MS de reagir e se reinventar.
@David, discordo quanto “ao custo menor”. Tablets você não encontra por menos de 2500, enquanto é possível comprar computadores por 800 rais e netbooks por 450.
Quanto ao Linux no desktop, a maior dificuldade acredito que faz anos que não é o SO em si, mas a falta de aplicativos. Quando surgiu o Adobe AIR, pensei que iria ver muitas aplicações nele e que rodariam em múltiplas plataformas, popularizando de uma forma que o Java nunca conseguiu, mas me enganei.
A última chance do Linux seriam as aplicações web e a nuvem, mas não acredito mais.
“Digo falta de visão porque quem desenvolve para Windows e Macs quase sempre usa os compiladores, IDEs e APIs exclusivas desses sistemas operacionais, tornando o código não portável. ”
É que as APIs nativas são muito mais rápidas do que usar esses toolkits multi plataforma. Sem falar que eles se limitam ao que há em comum entre elas, nivelando as plataformas por baixo e não usando o menor delas.
Quanto a jogos, não há nada comparável ao DirectX em performance e produtividade. Infelizmente.
Acho que tal declaração mais atrapalha do que ajuda. Essa “guerra” contra uma empresa nunca deveria existir. O foco deveria ser produzir um bom produto e só.
Mesmo achando que Jim Zemlin fala com mais entusiasmo daquilo que entende melhor (ou go$ta mai$!), sua declaração me soa um tanto óbvia: A penetração do linux em outros dispositivos é muito maior que qualquer produto da MS. E este é um caminho sem volta, por uma série de fatores que não vou comentar. Podemos afirmar até que muita gente usa linux sem nem saber o que é isto, e mesmo assim não o trocaria por nada (qualidade e desempenho falam por si).
Particularmente não me preocupo com o futuro nos desktops por dois motivos:
1- mesmo que as necessidades dos usuários finais migrem de dispositivos(movimento natural e cíclico), os desktops e afins sempre existirão, ainda que em nichos(é só lembrar o ocorrido com mainframes);
2- Sempre existirão as comunidades com seus esforços e articulações, e isto Jim Zemlin não poderá controlar. Uma vez iniciado o modelo “bazar”, o mesmo não pode ser destruído!(vide “A catedrau e o bazar). ;-)
Ele tem razão
Olha, eu não sei o que falar. Eu acho que foi meio leviano.
Mas de certa forma não deixa de ser verdade. O que confirma coisas que falamos: linux não é para desktops.
eu particularmente gosto de desktop. Mas eu inclui laptop no grupo dos desktops por considerá-lo um desk portátil. O que não seria desktop são os tablets e smartphone. Notebook, netbook e desk para mim é todo a mesma coisa mudando o tamanho.
Bem, então o que eu tenho lá em casa não é desktop, já que “dizem” que linux “não é para desktop”. Sei lá, deve ser um máquina alienígena, mas vou lhes contar, roda o Ubuntu há 6 anos com perfeição!!! Agora vou investigar de qual planeta pode ser aquela caixa preta em cima da minha mesa…
TVs digitais com Linux, Geladeira com Linux,do que adianta se o povão não sabe disso?