Aos 30 anos, PC segue caminho da vitrola e da máquina de escrever, diz IBM
Será que um dia lembrarei nostalgicamente do Eee PC como lembro da Olivetti Lettera 22 na qual datilografei (mal) tantos trabalhos de aula?
Interessante a declaração de um dos envolvidos no projeto original do IBM PC – o computador principal dele hoje é um tablet. Tomara que ainda dê tempo de acontecer o ano do Linux no desktop ;-) Trecho do IDG Now:
Trinta anos atrás, a IBM criou o primeiro computador pessoal com MS-DOS. Hoje, IBM e Microsoft têm visões bastante diferentes sobre o futuro do PC.
Mark Dean, CTO da IBM para a divisão do Oriente Médio e África, foi um dos 12 engenheiros que projetaram a primeira máquina revelada em 12 de agosto de 1981. Ele diz que os PCs estão “seguindo o caminho da válvula, da máquina de escrever, dos discos de vinil, do monitor de tubo e das lâmpadas incandescentes”.
A IBM, claro, vendeu sua divisão de PCs à Lenovo em 2005. Em seu blog, Dean escreve que “eu, pessoalmente, deixei o PC para trás. Meu computador principal é um tablet. Quando ajudei a projetar o PC, não pensei que viveria o suficiente para ver seu declínio. Mas, apesar de os PCs continuarem a ser bastante utilizados, eles não são mais a vanguarda da computação”.
O comentário de Dean dá continuidade a um debate sobre se já vivemos ou não na era “pós-PC”, na qual smartphones e tablets substituiriam desktops e laptops (…) (via idgnow.uol.com.br)
“Tomara que ainda dê tempo de acontecer o ano do Linux no desktop ;-)”
Lembrei-me do “meio amigo”, também não acredito, mas…
Ainda tem muito laptop e mesmo desktop rodando por aí. Estamos em uma era em que há de tudo: laptops, desktops, smartphone, tablets, todos ainda têm seu espaço. Dizer que laptops e desktops já teriam sido substituídos é forçar demais a barra; talvez isto ocorra realmente no futuro, mas ainda não! (e estou escrevendo esta mensagem de um laptop, com várias pessoas usando desktop ao redor de mim neste momento)
Sinceramente, acho até um pouco cômica esta discussão “se já vivemos na era pós-PC”, uma vez que não há absolutamente nenhuma evidência de que isto JÁ aconteceu (há uma tendência, talvez, mas não algo consumado ainda, e isto parece-me bem claro).
Putz, bateu um momento sou velho pacas quando vi essa máquina de datilografar.
Aprendi a datilografar em uma Olivette também, e achei revolucionário o dia que vi uma máquina de escrever eletrônica!
E olha que tenho apenas 25 anos.
O PC pode ser substituído por dispositivos como tables somente para atividades triviais. Quero ver alguém utilizar um AutoCAD ou PhotoShop em um tablet ou smartphone e ser PRODUTIVO.
Como dispositivos de acesso móvel, estes sim tem o seu espaço.
Enquanto não inventarem nada mais produtivo que o teclado para escrever textos, os Laptops e Desktops sobreviverão.
Caro ioca100,
Observe que os objetos não morreram, apenas perderam a posição dominante que tinham no mercado (menos o monitor de tubo, que não consigo achar alguma vantagem nele).
Acredito que o que estamos vivenciando no mercado, nos leva à crer que em pouco tempo o PC* deixará de ser a principal fonte de consumo/geração de informação.
* Entendo PC como o conceito do equipamento, não se restringindo ao PC x86.
“O PC pode ser substituído por dispositivos como tables somente para atividades triviais. Quero ver alguém utilizar um AutoCAD ou PhotoShop em um tablet ou smartphone e ser PRODUTIVO.”
Concordo plenamente.
Bom, o notebook e o tablet são apenas variações do PC, são essencialmente PCs miniaturizados.
Comparar essa “evolução” com o salto da máquina de escrever pro computador, é como comparar um avião de papel com um Boeing.
Não sei não esse pra mim esse gringo ta nas drogas, quer dizer que amanha teremos servidores tablet?? estação de trabalho android, e como vou jogar meu FSX ou os CODs
Gozado como ele não menciona mainframes. :)
É claro que nichos sempre existirão, mas teclado não faz falta, ainda mais quando reconhecimento de escrita e de voz forem padrão.
Este texto, por sinal, escrito web um ponto de ônibus de meu smartphone, como todas as entradas em meu blog. Swype é fenomenal!
Bom, talvez o Desktop sim, mas o notebook acho que vai sobreviver um bom tempo ainda.
Muitos fabricantes de tablets vendem o teclado como opcional.
@Umav Ozatroz, esse seu último parágrafo está péssimo, será que o seu smart não atrapalhou nessa hora?
Não consigo imaginar uma agência de publicidade sem desktops…
Na verdade, os notebooks, tablets e etc são os verdadeiros “Personal Computers”: cada um tem o seu e o leva consigo para onde vai.
Mas eu acho que a tendência é que os desktops agreguem novas funcionalidades: TV, centro multimídia, etc… Eu, por exemplo, muitas vezes trabalho enquanto assisto TV (via PIP). Já outros, enquanto assistem TV ficam interagindo com os programas que assistem. É claro que dá pra fazer isso com notebooks e tablets, mas, com as tecnologias atuais, a vida útil destes equipamentos não permite um uso tão intensivo destes aparelhos. E é aí que o desktop volta à cena.
Na minha “humildiota” opinião, está claro que a opinião acima só pode ser tendanciosa. Seria curioso vê-los enaltecer uma divisão da qual não atuam mais.
É evidente que o PC não vai morrer tão logo. O que pode acontecer é um grande número de pessoas passarem a utilizar dispositivos móveis e práticos para consumo de coteúdo. As pessoas que produzem continuarão a utilizar o PC, a menos que mudem as designações técnicas do que seja um PC.
É a mesma história do Linux. Mais ou menos 1% do pessoal utiliza ele. Prefiro qualidade do que quantidade. Ser líder não significa ser uma plataforma boa, robusta e bem projetada.
Será que eu sou o único por aqui que ODEIA touchscren?
Como todos estão fazendo, também vou colocar aqui meu prognóstico.
“PCs e Notebooks produzem e smartfones e tablets consomem”.
@Mario
tambem odeio touch.
Esse cara ai da IBM só jogou M#%$a no ventilador, como os colegas ai em cima disseram, tem muita coisa que os tablets e smartphones ainda nao fazem de forma eficiente como em notes e desks.
@Xinuo, swype trocou “em” por “web”. Falha minha por não ter revisado. Ele tem mais dificuldade precisamente com palavras pequenas. Por sinal, vos falo enquanto espero por um kibe…
Essa “substituição” talvez nunca ocorrerá, são máquinas de propósitos diferentes.
Um caminhão nunca correrá mais que uma ferrari, mas se você tem 20 toneladas de areia pra transportar, qual será o mais útil?
Substituição total eu acho difícil. Mas com certeza vai acontecer uma boa mudança.
Hoje mesmo já vemos a primeira. Conheço várias pessoas que possuem notebooks mas não tem 1 desktop em casa. Eu mesmo consigo realizar todos meus trabalhos no meu notebook. E o smartphone realmente complementa para acessos rápidos, mas não substituiu ainda meu note e acredito que não deve acontecer tão cedo (apesar de alguns já terem entrada usb e saida hdmi, ainda falta processamento).
Cara não consigo imaginar estes tais tablecas substituindo os desktops. Como programar num tablet, sem teclado e com suas telinhas minúsculas? Nada substitui o conforto de um desktop.
Os tablets são realmente um ótimo negócio (para os fabricantes).
Como instalar uma GPU mais poderosa num tablet? E principalmente, como substituir um componente defeituoso num tablet?
Quem perde com isso é o consumidor, como sempre.
Na minha opinião há muita gente que não precisaria de um desktop mas mesmo assim possui, por ser acessível economicamente e pela pressão do marke. Por isso tais pessoas trocariam o desktop por qualquer outra coisa que satisfaça as suas necessidades, que não são grande mesmo. Idem para notebooks. Mas isto não significa que vai deixar de haver demanda para os PCs, o que vai diminuir é a escala de produção e, portanto, ficar mais custoso para adquiri-los.
“… pela pressão do marketing”, quis dizer. Peço desculpas.
Quanta bobagem. Um tablet ainda é bem menos poderoso que um PC, mas acredito que seja só questão de tempo para igualar a situação. Enquanto isso não mudar, não estaremos na tal “era pós PC”. Talvez seja uma era de transição, a era do vício. Eu entendo que muitas pessoas conseguem sobreviver com um tablet ou com um smartphone, que ainda estão longe de serem equipamentos completos. Um tablet das duas é uma: ou é um brinquedo ou um equipamento sério, para necessidades bem específicas (mas que hoje pode ser substituído por algo mais poderoso e completo). Talvez a experiência do tablet seja melhor, mais intuitiva. Mas ainda não estamos lá.
Para mim isso é apenas tendencioso e não verdadeiro, e nada mais… só cria uma tendência de mercado. A IBM está apenas seguindo o caminho que tem mais grana, é óbvio. Acho incrível como a Apple consegue alienar as pessoas com essa conversa de “era pós PC”. O feitiço ainda está fazendo efeito.
Acho muito cedo para dizer que o pc morreu. Tem muita coisa que consigo fazer do meu smartphone. Mas, certas atividades, só dá para fazer bem mesmo com teclado e mouse. Ainda vamos viver com desktops e notebooks por muito tempo.
Fico impressionado com os comentários de alguns: “como vou programar, como vou arquitetar com CAD” como se essas fossem necessidades de usuários comuns ao invés de nichos.
Lembro que na aurora do Século XXI o momento era falar que os computadores de mesa estavam fadados ao fracasso, que os notebooks iriam massacrar completamente os PCs, não ocorreu.
Até hoje essas previsões são falhas e cheias de segundas intenções, não mostrando a realidade , mas mostrando a realidade que eles querem. Até hoje não é possível montar facilmente um notebook, não é possível montar facilmente um tablet, enquanto eu monto um PC em menos de 20 minutos, até crianças são capazes, sem falar na alta adaptabilidade e possibilidade de reuso de hardware, preço imbatível por hardware SUPERIOR.
O problema é que alguns estão querendo que as pessoas abandonem a adaptabilidade por equipamentos descartáveis, ou vocês acham que quando a placa-mãe de um notebook queima completamente é barato trocar?! Muito melhor trocar por outro, enquanto com os PCs seria só eu comprar outra placa, igual ou compatível, nem falo nada se um tablet seu queimar depois que a garantia acaba…
Estamos caminhando para isso mesmo.
Mas que inversão de causa e efeito essa de dizer que a IBM está falando isso porque vendeu sua divisão de PCs, como se a decisão da venda tivesse sido algo casual e impensado.
Mais natural é pensar que a IBM vendeu a divisão de PCs há alguns anos porque sua visão estratégica é a de um futuro em que a computação pessoal estará em outras plataformas diferentes, em sintonia com o discurso dela de agora.
E imaginar que isso quer dizer que essa gente acha que o computador pessoal está prestes a ser completamente extinto? Ora façam-me o favor.
Pra ter idéia, o note que uso pra programar tem 16 polegadas…
O futuro são as dockstations…. vc conecta seu celular em um negocio que tem tela, mouse e teclado e usa… depois coloca no bolso e vai embora….
99% das pessoas que aqui estão nunca trocaram o desktop ou notebook por um tablet, mas 70% ou 80% das pessoas do mundo lá fora poderão sim trocar o pc por um tablet ou smartphone. A esmagadora maioria das pessoas usam por entreterimento e não para trabalhar, é só ter um jeito facil de imprimir e um teclado(que ja existe) e até trabalhos escolares poderão ser feitos num tablet ou smartphone conectador a tv sem fio :D
Por vezes, fico assustado em como as pessoas tem dificuldade de olhar o mundo de forma mais ampla, extrapolando da realidade específica em que vivemos.
O mundo não é feito por programadores, Heavy User, nem de servidores. Este mercado é o desvio estatístico (que é o mercado do Linux nos desktops hoje).
Observem que ele não falou que os PCs estão mortos, nem que sumirão.
Apenas que deixarão de ser a base da tecnologia.
Outro ponto, é que ele observa o mundo segundo os padrões de consumo do 1º mundo, que são diferentes dos nossos.
ha ha ha.
Quero ver essa falácia aplicada a produção intelectual.
Na verdade, eu estou realmente interessado em ver o cidadão que disse isso, que ja deve ter suas teses de mestrado e doutorado prontinhas, ter que começá-las do zero, digitando em um tablet, inserindo gráficos da planilha para o editor de textos usando touchscreen, fazendo desenhos de CAD e inserindo como anexo. Realmente, enquanto mecanismo de entretenimento e mero consumo, não acredito que haja coisa melhor que tablet, até mesmo para o meio ambiente a curto prazo, com a diminuição do consumo de energia que um pc comum exige.
Mas dai a decidir que meros tablets de 7,8.10 polegadas irao condenar o pc na área produtiva intelectual humana, é de dar risada.
Nem um pc com 10 polegadas de tela consegue produzir algo decente, imagino então sem teclado e com autonomia de bateria de 8 horas, com ciclo médio de vida de 500 recargas da bateria de polimero, isso dá 1 ano na pior das hipoteses…
Pena que há 28 anos não existiam blogs, eu gostaria de olhar os comentários de quem na época dizia que essa ideia de computador pessoal nunca ia vingar, que era coisa pra hobbystas e desocupados, e que a memória, disco e capacidade de processamento dos modelos de IBM PC daquele ano jamais seriam capazes de fazer o que um mainframe ou um mini faziam ;-)