Dia da Liberdade dos Documentos 2010 – Liberte seus documentos, salve sua informação!
Enviado por Fernanda Weiden (nandaΘfsfeurope·org):
Qualquer pessoa pode salvar documentos em Open Document Formats, que são baseados em padrões abertos, e ter certeza que qualquer pessoa poderá ler esses arquivos, independente do aplicativo que elas usem. Qualquer pessoa pode criar aplicativos que lêem e salvam documentos nesses formatos. A Internet foi construída baseada em padrões abertos, e este é um dos motivos pelos quais há tanta inovação online.
No Dia da Liberdade dos Documentos, nós organizaremos atividades no mundo inteiro com ajuda de nossas organizações parceiras e voluntários popularizar Open Document Formats e padrões abertos.
Durante todo o mês de março, vamos divulgar informação sobre Open Document Formats padrões abertos. Vamos publicar artigos, conversar com a imprensa, com amigos, e espalhar o logo da campanha por toda a Internet. Existem várias maneiras de participar da campanha, então escolha uma e junte-se a nós:
* Coloque um banner na sua página, com link para o site da campanha. Você pode encontrar banners na Página de artes gráficas[0].
* Publique algo o seu blog sobre a campanha ou sobre padrões abertos, e ajude a divulgar a campanha. Envie-nos um link, e adicionaremos na
nossa página.
* Use seu microblog para divulgar artigos e notícias sobre a campanha! Use as tags !dfd e #dfd2010
* Organize alguma atividade, no dia 31 de março, em sua cidade. Para idéias em tipos de atividades, visite a página da campanha.
* Faça uma doação[2]. Sua contribuição torna o Dia da Liberdade dos Documentos possível!
* Torne-se uma organização parceira. Contate nossa Equipe Organizadora[3] para obter mais informação.
Quer aprender mais sobre padrões abertos? Acesse:
http://documentfreedom.org/Open_Standards
O Dia da Liberdade dos Documentos serve para ajudá-lo a ser dono dos seus dados. Você não deve estar amarrado a um aplicativo em particular para poder viver no mundo digital, e você também não deve estar preso a nenhum aplicativo para poder interagir com o seu governo, escola, ou quem quer que seja.
Para mais informações sobre o Dia da Liberdade dos Documentos, visite nossa página: http://www.documentfreedom.org
[0] http://documentfreedom.org/Artwork
[1] http://documentfreedom.org
[2] http://documentfreedom.org/Support
[3] http://documentfreedom.org/About#Coordination_Team” [referência: fsfe.org]
Na verdade é bem possível que, caso a humanidade seja extinta hoje (no dia de hoje), uma possível civilização futura venha a conhecer mais coisas de povos passados do que da sociedade moderna de hoje. Isso porque mesmo que usemos documentos com padrões abertos, nossas mídias de armazenamento são muito breves.
Exemplo? Os homens das cavernas escreveram nas paredes há milhares de anos e até hoje conseguimos “ler” o que eles escreveram.
Hoje em dia uma mídia como um CD dura 100 anos (embora ninguém nunca tenha visto um CD de 100 anos… hauaha). A informação não pode ficar numa só mídia. Tem que ser copiada constantemente. Quando não é, se perde.
As mídias digitais atuais são frágeis. Devemos voltar a escrever na pedra, mas desta vez em linguagem binária.
No mais, até hoje só vi falar mal de padrões abertos por parte daqueles que vivem de padrões proprietários. Um exemplo? A maior parte das críticas que vi na Internet sobre o HTML5 (principalmente quando se fala no fim ou diminuição do uso do Flash) foi por parte de funcionários da Adobe.
Até hoje não vi nenhum pronunciamento da Microsoft em relação ao HTML5. Quando falarem em HTML5 substituir Silverlight, aí ela acorda :-)
Informação nenhuma está a salvo nos dias de hoje.
Também acredito que padrão aberto sozinho não ajuda muita coisa. Meus disquetes de 5 1/4 tinha todos os fontes dos meus programas da faculdade. Recentemente tentei abrir eles, mas onde vou achar drive? E o disquete vai funcionar?
Tentei o mesmo com os meus floppys e também não funcionaram. Aliás, nem meus CDs antigos funcionaram. Tudo bem que eu comprava mídia barata, mas tinham 15 anos!!
E mesmo padrão aberto, teria de ter um software que tivesse capacidade de abri-los. Seria difícil pra alguém comum construir um software em cima do documento e do padrão antigo. Teria que existir quem tivesse conhecimento técnico e interesse nesse tipo de coisa.
Sim ,mas hoje os tempos mudaram . Se as coisas piorarem ,é possivel que um dia as empresas que usem formatos proprietários processem usuários atraves de DMCA e outras, por fazer engenharia reversa de seus protocolos .
Ai o documento ficaria perdido para sempre.
E então ,é muito importante um padrão aberto.
MarcosAlex
Se o hardware fosse aberto e sem patentes, poderiam existir pessoas que criassem um hardware que pudesse ler estes disquetes e então passar por uma mídia mais atual.
“E mesmo padrão aberto, teria de ter um software que tivesse capacidade de abri-los. Seria difícil pra alguém comum construir um software em cima do documento e do padrão antigo. Teria que existir quem tivesse conhecimento técnico e interesse nesse tipo de coisa”
Por isso um padrão aberto deve independer de software que seja. Um padrão de arquivo é como um livro disponível à todos. Esta é a diferença com relação aos padrões fechados (muito ligado ao código, a um software). Ou seja, basta que alguém no futuro, que tenha a capacidade de ler um documento (hey! e o documento estará em que formato?), que pode ser digital ou mesmo na forma de um livro, para compreender um padrão aberto.
E, em se tratando de XML, é mais fácil ainda, por ser um formato mais compreensível ao homem e mais difícil de ser corrompido. Por isso o XML é utilizado como base da maioria dos padrões de arquivos abertos (SVG, XHTML, ODF, OOXML…).
Tenchi, É realmente interessante essa discussão sobre obsolescência dos dados. Recomendo a seguinte leitura: http://ronja.twibright.com/optar
1) O que tem a ver não ter patentes? Não sei se drives de disquete são patenteados em algum lugar, acredito que não, mas patente não tem nada a ver com essa história.
Pelo contrário, as patentes são justamente documentos explicando como uma invenção funciona. Se você tivesse uma patente de um drive de disquete, essa patente teria todos os esquemas do drive e a descrição básica do funcionamento dele. Pegue a patente da lâmpada do Thomas Edison por exemplo. Nela explica como uma lâmpada funciona: http://americanhistory.si.edu/lighting/history/patents/ed_inc.htm
E não, a patente NÃO proíbe você de montar uma invenção sem o aval do criador. Elas proibem basicamente a exploração comercial e a manufatura em série (para distribuição) da invenção (no caso de patentes de software seria redistribuição, mas estamos falando de patentes de hardware). Por exemplo, leia isso: http://ronja.twibright.com/development/philosophy.php
“Ronja can involve patented technology because patents restrict manufacture, not development. End product of the Ronja project is a design, not a physical piece of hardware. Patents do not cover manufacture for personal use :)”
Veja bem, não estou defendendo aqui o patenteamento massivo de tecnologia, MUITO MENOS a existência de patentes de software (que fique bem claro), mas isso que você disse em particular não é um problema do ponto de vista das patentes.
2)
E, SIM, as especificações dos disquetes 5 1/4 são abertas e bem conhecidas, tanto que tinha até empresa brasileira que fabricava os drives de disquete 5 1/4 aqui no Brasil. Se duvida, procure a respeito do drive Horacio, da Elebra.
Conclusão: alguma pessoa com um bom tempo livre pode sim desenvolver e construir um drive de 5 1/4 e plugar na USB de seu lindo e moderno notebook.
tenchi, eh por isso que o projeto rosetta nao vai usar armazenamento digital.
eles querem fazer um artefato que dure ao menos 10 mil anos, com informacoes linguisticas sobre 1500 linguas, armazenados de uma forma que praticamente toda civilizacao humana de que ja se ouviu falar saberia *como* ter acesso aos dados, assim que tiver acesso ao artefato. e dai fazer multiplas copias dele, e armazenar em varios lugares diferentes.
como eles fazem? uma serie de espirais de texto, em varias linguas, onde cada texto vai ficando progressivamente menor: a partir de alguma analise, fica obvio que com alguma lente de aumento voce consegue ver mais um pouco do texto, e se quiser ver mais, constroi uma lente melhor. vc precisa de um microscopio pra ler a maior parte do texto, mas, se vc nao tiver, a necessidade dele eh obvia pra quem ja conseguiu decifrar a parte mais facil (com uma lente primitiva, digamos)
( http://en.wikipedia.org/wiki/Rosetta_Project , http://rosettaproject.org/about/ )
linuxseven
Sim, mas o impedimento da produção comercial já atrapalha,pois no nosso sistema de hoje é muito baseado na exploração comercial .Fica dificil alguém montar um aparelho sozinho.
O do disquete já esperava que era isso mesmo . No entanto as tecnologias de armazenamento de hoje já estão cheias de patentes.
Salvem tudo em .txt e sejam felizes… :)