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Criador do Ginga anda preocupado com os rumos de sua criação

Trecho do post no Circuito DeLuca:

Troquei vários e-mails hoje com o professor Luiz Fernando Soares, da PUC-Rio, sobre a interatividade na TV Digital e o surgimento de um mercado das implementações do  middleware Ginga já em uso pelos consumidores.

Na conversa, o “pai do Ginga” voltou a revelar alguma preocupação com a  necessidade de testes de conformidade  das implementações do middleware já existentes em relação às normas, para assegurar a compatibilidade das aplicações interativas com os produtos usados para rodá-las.  E também com fato de só uma empresa, até agora, ter desenvolvido uma implementação do Ginga completo. 

Do ponto de vista da disseminação e consolidação do padrão brasileiro de interatividade, seria bom que outras também o fizessem.

Como já há algum tempo venho solicitando uma entrevista com o professor, ele autorizou a publicação da conversa no link a seguir. (via idgnow.uol.com.br)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-07-30

Comentários dos leitores

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    devnull (usuário não registrado) em 30/07/2010 às 9:38 am

    A inclusão digital no Brasil é feita com PCs velhos com windows, para usar Orkut e MSN.

    Acho que pela TV não vai colar mesmo. Até o próprio criador já percebeu…

    Acho que muita água ainda vai rolar nessa história, a questão de inclusão digital é econômica e não propriamente e unicamente de tecnologia. Intereatividade pela tv digital dependerá do uso de um serviço de internet contratado a parte, provavelmente usando a infraestrutura telefônica ou de sistema via satélite usando o conversor. As duas opções ainda estão distantes economicamente de nós.

    Quanto a adoção da tecnologia e a questão da conformidade com padrões essas ainda exigirão um esforço político e de convencimento do padrão, até para evitar atitudes monopolistas sobre a implementação.

    Acho que as gestões junto à ITU-T muito mais promissoras do que somente atuar em questões domesticas, pois nokia e lg são emprsas mundiais, e se houver um padrão mundial será muito mais interessante para elas, e outras empresas, produzirem produtos compatíveis.

    James (usuário não registrado) em 30/07/2010 às 1:27 pm

    É uma coisa natimorta, todo mundo que tem um mínimo de percepção já sabia desde que se falou nele a primeira vez. Já há TVs com acesso direto à Internet, e em poucos anos dominarão o mercado, sem que tenha que haver um maior esforço por desenvolver um novo sistema (ainda por cima restrito como o tal Ginga), apenas utilizando o que já existe hoje, como o Android, por exemplo. O custo para ter essa TV com Ginga ou de ter uma TV diretamente plugada na internet hoje é alto, e quem poderia pagar por uma TV com o Ginga, prefere uma TV que já conecte na Internet. Em poucos anos, TV e internet interagirão completamente sem precisar de sistemas “jaboticaba” como esse Ginga.

    Já há TVs com acesso direto à Internet, e em poucos anos dominarão o mercado, sem que tenha que haver um maior esforço por desenvolver um novo sistema (ainda por cima restrito como o tal Ginga),

    O que vocês acham que essas tvs usarão para “ler” a internet???? è melhor termos um middleware livre ou esperar que lg, samsung…façam os seus, como já está ocorrendo.

    O custo para ter essa TV com Ginga ou de ter uma TV diretamente plugada na internet hoje é alto,

    O ginga tem um custo de menos R$10,00, o ginga-j foi prometido pela sun que não teria custos de impĺantação, agora caro mesmo é o conversor, mas isso é outra história.

    ejedelmal (usuário não registrado) em 30/07/2010 às 7:26 pm

    Por que pagar R$ 200,00 num bicho desse se eu posso por um celerdinho com vaga lembrança abandonado com um receptor de TV e ligá-lo no LCD da sala?

    Um bom motivo e que o celerdinho não tem poder de processamento para decodificar o vídeo em full hd (1080i). Ou quer assistir o 1seg, que tem menos da metade da resolução da TV analógica?
    Já o DSP presente nos conversores e TVs já com o decodificar consegue fazer o serviço, e gastando, digamos, 10% de energia que o tal celerdinho consome.
    E junta se a isso uma CPU para propósitos gerais (ARM), que alem de controlar o DSP e o resto das funções da TV (conversor), pode executar funções de um computador (rodar o interpretador Ginga).

    O problema de interatividade e que ele foi vendido como sendo uma forma de acesso equivalente a Internet. E, esqueceram de especificar no SBTVD o canal de retorno, poderiam ter reservado o último canal UHF para esse fim (dividido em sub-canais, de uso por emissoras). Teria banda suficiente?

    Marcos Fan (usuário não registrado) em 31/07/2010 às 7:45 pm

    Mania brasileira de criar Frankensteins inferiores aos produtos já implementados no mercado, só para dizer que é nacional e com tecnologia própria e fazer reserva de mercado.

    Agora nem podemos importar uma TV pela metade do preço pois não vai ser compatível, e os televisores brasileiros vão ficar com seus preços no mundo da lua por que tem reserva de mercado e podem cobrar num país pobre como o Brasil preços infinitamente superiores aos cobrados em países ricos como os da Europa e o preço dos EUA.

    Deveriam ter dito, deixa de frescura, pega o sistema japonês puro ou o americano puro que temos problemas mais importantes para resolver e em termos de tecnologia e implementação o governo só faz caca. Países sérios tem soluções sérias, Brasil tem remendo, empurrão com a barriga, projetos fracassados.

    É triste, não é patriótico e nem ufanista, mas é verdade, o Brasil entro no projeto de construção da estação espacial internacional, tinha que construir umas porcarias de parafusos, nem isso conseguiu fazer, atrasou a entrega 3 ou 4 vezes. É o nosso país, Ginga? Governo nem lembra mais o que é isso ou ao menos se importa.

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