Ascensão e queda do MySQL
Neste longo artigo em 2 páginas do The H, Glyn Moody rememora o histórico do MySQL, desde os diferenciais que permitiram que a empresa por trás deste software se tornasse um dos primeiros sucessos comerciais do software livre sem estar associada a uma distribuição, até o momento atual, que o autor descreve como o ocaso, ou crepúsculo, do MySQL.
É uma história longa e complexa, e o trecho que mais me chamou a atenção foi o que trata do surgimento do Drizzle, sistema alternativo proposto pelo criador do MySQL em 2008, que teria uma série de diferenciais cuja própria descrição servia como um diagnóstico dos problemas do MySQL, ferramenta à qual pretendia servir como alternativa. Entre eles, destaco:
- O Drizzle abriria o desenvolvimento do MySQL para a comunidade, que não teria mais que esperar anos por recursos e patches
- Bugs críticos que existiram por anos seriam resolvidos
- O refactoring do código, planejado há anos, finalmente poderia acontecer
- As decisões de desenvolvimento seriam tomadas por pessoas que usam o servidor diariamente
- O foco estaria nos usuários da web, cujos requisitos foram ignorados por anos enquanto os desenvolvedores centrais agregavam funcionalidades das quais eles não precisavam.
Como diz o autor, se isso era verdade, ao mesmo tempo constituía um julgamento severo e um claro sinal de que o MySQL estava com problemas.
Mas este foi só um pequeno trecho e, se você tem interesse no assunto, recomendo a leitura do artigo completo. (via h-online.com)
Enquanto isso eu uso o postgresql ;)
PostgreSQL neles!!!!!!!!
Senhores, de uma olhada no MariaDB… está bem encaminhado
Por aqui Firebird, e indo muito bem, obrigado. (PS: desde a versão 1.0)
Monty deve estar feliz e faceiro com um texto desses
Eu ainda acho difícil o mysql desaparecer assim sem mais nem menos.
Justamente por causa de uma coisa que se chama LAMP.
Será que se a SUN fosse vendida para a IBM ou HP, ou mesmo o MySQL estivesse nas mãos dos antigos controladores, enfim, não nas mãos da ORACLE, teríamos artigos dessa natureza?
De qualquer forma, acho que a Oracle vai matar o MySQL, simplesmente não investindo, deixando o morrer de desgaste (lembremos-nos de que software não deteriora).
Mas como é um software livre de sucesso, vai sobreviver, fazer barulho e incomodar a Oracle, mas claro, com outro codinome.
Esses problemas do MySQL já vem de longa data, da época da Sun. A Oracle não tem nada a ver com isso, muito pelo contrário. É uma chance que o MySQL tem de rever sua estratégia.
@Roger de Almeida
Pois vejo o contrário, a Oracle não vai querer perder uma grande oportunidade de investimento como essa, para ela essa é uma oportunidade de ganhar ainda mais clientes e crescer o seu principal produto (oracle), já que o mysql possui conceitos que valeriam uma integração e outra coisa considerando a mesma empresa dona do mysql é a mesma dona do oracle então pode acontecer de aumentar sua carteira de clientes, já que o próprio mysql será seu cartão de visitas.
Creio que problema mesmo seria se a oracle adquirisse o postgresql, já que o mesmo compete diretamente com seu principal produto.
@ marcosalex
Pelo que bem me lembro, esses problemas já vinham de antes da Sun. Sempre achei que ela pagou MUITO caro em algo que não valia tanto assim. Me enganei foi ao achar que ela conseguiria resolver, hehe.
Na realidade o Monty conseguiu o que queria…
Difamou bastante o MySQL para o pessoal começar a utilizar o MariaDB e ele poder vender novamente por outra fabula…
E tem otario que cai nessa ainda…
Olha, pra mim essa discussão sobre MySQL já acabou. Na verdade, ela nunca existiu, já que nunca fui usuário desse BD (usava o Firebird, que era bem completo na época que o MySQL era pior do que o MS Excel). Estou muito feliz com as muitas opções que tenho atualmente: Apache Derby, Firebird, PostgreSQL ou DB2 Express-C (sim, a IBM tem um BD gratuito sem limite de tamanho).
Ia ser legal um MySQL com PL/SQL.
O Mysql tem a sua propria linguagem para stored procedures muito parecido com PL/SQL…
E isso faz anos…
@Dyego Souza do Carmo: Se não me engano, o suporte a SPs só foi incluído à partir da versão 5.0, não foi?
Lembro que torci o nariz quando me mostraram o MySQL pela primeira vez. O professor chegou na faculdade com aquela “maravilha” que ainda por cima era Freeware. Quando comparei com o Firebird, não tive dúvidas e continuei com o “filho do interbase”, ainda mais depois que vi aquela licença dual, aquilo me despertou uma certa desconfiança >>
setModoParanoico(true);
=D
A versão 5.0 tem anos… ANOS….
E qual foi a SUPER FUNCIONALIDADE que o Interbase tem que o MySQl 5.1 não tem ?
@Dyego
O que o Juan quis dizer é que o My SQL demorou muito para se tornar um Banco relacional de verdade, e isto não há como negar. E além disso não exagera que não são tantos anos quanto vc leva a crer.
Victor ,
O que voce chama de um “banco relacional de verdade” , qual são as funções para um banco se tornar “relacional de verdade” na sua opinião…
Em minha opinião, quem já comprou vela pro enterro do MySQL vai ter de usá-la no dia em que a luz acabar.
O MySQL não deve ir desta para outra tão cedo.
LAMP, um ecossistema forte na área acadêmica (tem bancos enormes em MySQL na USP armazenando sequenciamento de genes ligados à cancer e eu sei disso pois trabalhei com eles), empresas com produtos sob o MySQL e que não deram sinais de mudar nada até esse momento, a alternativa MariaDB é uma espécie de MySQL castrado para ficar só como banco para web etc.
Firebird ainda não possui releases oficiais para a plataforma MS Windows 64. (segundo o site do Firebird). (e olhe que Windows é a plataforma que mais roda Firebird por ai ao contrário do MySQL cuja plataforma predominante é Linux).
Ou seja, MySQL é tão importante e roda em cenários tão vitais hoje em diversos ramos de negócio, que matá-lo é algo inviável.
@Victor e @ @Juan
O MySQL demorou para ter SP, triggers, bom suporte à integridade via transactions etc.
Mas hoje tem tudo isso, bem suportado.
Nisso ele não perde em nada para outros DBs. Ele perde na falta de recursos à mais que um Oracle 11g têm.
Mas ganha na facilidade de configiração (inclusive em ambientes como em clusters de alta disponibilidade), velocidade extrema sem nenhuma otimização manual (como as requeridas para um Oracle, um PostgreSQL, um Firebird, um DB2 etc) e ganha no preço. (ganha no preço na versão free e ganha até na paga).
É tão fácil, barato e eficiente usar MySQL em diversas aplicações, que fica difícil pensar em outro DB.
A única ressalva que tenho em relação ao MySQL é que não suporta CHECK CONSTRAINT. Ter que implementar uma TRIGGER pra isso é um saco.
wagner, pra isso existem os tipos enum e set no mysql.