Zumo: Entrevista com executivo da Motorola explica como é a decisão de upgrade pro Android
Oh, produtos e seu tempo de mercado. Vivemos na ansiedade de ter sempre o produto mais recente e, no caso de um smartphone com Android, a versão mais nova do sistema operacional. Mas nem sempre isso é possível, por motivos técnicos, políticos ou operacionais.
Já que a negativa inicial da Motorola em atualizar o Milestone do Android 2.1 para o 2.2 se transformou em “vamos reavaliar a situação“, quis entender o que leva um fabricante a liberar (ou não) o upgrade de um aparelho para um Android mais novo.
Conversei agora com Edson Bortolli, diretor de produtos móveis da Motorola Brasil, para entender exatamente como funciona o processo do upgrade e ver o que falta pro usuário brasileiro ter o Froyo rodando no seu Milestone.
Zumo – Quando o Google libera um novo sabor de Android, como é feita a decisão pelo upgrade?
Edson Bortolli – É preciso adaptar o software para o país e para a operadora, já que cada um tem seus recursos únicos. Depois disso, é preciso homologar o pacote final com o Google e com a operadora. No varejo, é mais simples, já que não passa pela operadora e vai direto para o nosso site. Só que a implementação de um upgrade depende de critérios de performance (KPIs) definidos pela Motorola.Zumo – Como a Motorola escolhe qual produto que recebe o upgrade de software? (…) (via zumo.uol.com.br)
@brlinuxblog
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Mais alguém acho essa entrevista BASTANTE parcial, ou foi somente uma impressão minha????
A intenção inicial da Motorola, ao que me pareceu, foi de forçar uma “obsolência programada”, parecida com a que eu estou prevendo para o N900, lançado na República das Bananas, tardiamente.
Claro que é só um palpite meu, e tomara que eu esteja completamente enganado, para bem dos consumidores. Apesar de eu não comprar mais nada que venha da Nokia ou da Motorola, por opção (não gosto da forma como as duas empresas tratam seus consumidores), não significa que os demais usuários tenham que se danar.
Telefone para mim é bem de consumo, e eu uso até se “desintegrar”.
A Motorola mente e trava! Tchau Motorola…
Quando comprar um celular com Android e pensando nas possibilidades de upgrade, é bom escolher um hardware que permita fazer isto. Estas limitações impostas pelas fabricantes de hardware podem até ter as suas justificativas, mas se em outro país foi liberado o upgrade, é inadmissível que não o façam aqui na terra brasilis.
Por isto eu tinha comprado um Nexus One…
Nem abordar a trava do bootloader… totalmente parcial. Sem comentários.
É obsolescência programada e pronto! Tem uns MONTADORES de laptop por aí que fazem o mesmo… sua bateria ainda consegue 70% de carga e repentinamente 0%…
Vida de gado…
Gente, é óbvio que é parcial – a entrevista é com a Motorola. O que vocês esperavam???
@ SiBeRiaN` – você já viu um gráfico de vida útil de uma bateria recarregável? A grande maioria (com algumas raras exceções) perdem sua capacidade de armazenar carga de uma hora para outra após os 75%-70%. Isso é propriedade física, não obsolescência programada.
@Becker – Se vc tiver a URL, ampliaria meus horizontes, please. Thanks.
Jr: sim, foi bastante parcial, inclusive o final do post, onde o cara diz que SO de celular não é Ubuntu, e que outras marcas fazem o mesmo.
Posso levar meu Nokia 5530 com o Symbian recebendo sempre as últimas atualizações, em pt-br, via OTA, sem frescura alguma.
A decisão é feita no método do círculo…
…desenha um círculo no chão, e um monte de papéis com nome de países na mão. Joga pra cima, o que cair dentro, terá upgrade ¬¬
@ SiBeRiaN` – dei uma rápida busca no google e achei o seguinte:
http://www.mpoweruk.com/images/life-temp.gif – este é específico de baterias de Ácido/Chumbo, mas as outras baterias seguem +/- a mesma curva. Veja que até o gráfico desta só vai até 75%, pois além disso a vida útil é desprezível.
Reparem que a pergunta final, que deveria ser “afinal o froyo sai ou não pro milestone no Brasil?” virou “e quando sai o Milestone 2?” que é justamente o que a Motorola quer.
O entrevistador, devia ter feito uma pesquisa sobre as perguntas, os argumentos a serem usados, ou no mínimo visto as discussões desse blog ou nos vários outros.
Se o cara tivesse preparado, na hora que o cara dissesse que o “telefone é da pessoa… ela pode fazer o que quiser, não vamos restringir” era só mostrar a notícia sobre a Motorola ameaçando entrar com ação judicial sites que não retirassem as ROMs independentes do ar. Além daquele chip do Droid X que torna o celular um peso de papel muito caro, caso o dono queira instalar um SO que a Motorola não assinou.
De qq forma foi bom o cara dizer isso, pois pode-se pegar na palavra. É até importante que as empresas vejam que existem clientes que dão valor a liberdade (não necessariamente com software livre) e que há mercado para produtos que “são dos usuários, eles podem fazer o que quiser com os mesmos”. Ficar do lado da Apple que queria criminalizar os próprios consumidores que queriam liberdade é mau negócio e no mínimo péssimo marketing.
Xinuo: pelo menos a Apple libera os updates sempe que o hardware permite rodar de forma decente.
Engraçado as desculpas esfarrapadas da Motorola.Ela disse que se preocupa com a satisfação dos clientes e por isso eles necessitam ser homologadas ,mas se o cliente deseja fazer upgrade ,então o cliente deve ser atendido. Ela pode neste caso simplesmente lavar as mãos dizendo que não se responsabiliza por isso .
Mas quando quer entrar em ação judicial contra os sites ,então ai não é mais “preocupação com o cliente” ,mas sim querer a obsolescencia programada e forçar que ninguém faça upgrade.
Pena que as pessoas não olham para a Apple neste caso.
Concordei mais com o comentário no final: a Motorola não trata o Android como plataforma, nem seus celulares. Ela trata como produtos acabados e quem quiser evolução, que compre o modelo novo.
Estratégia diferente da adotada pela Apple com o iPhone.Vamos aguardar pra ver a abordagem da Nokia com o novo Symbian e o Meego.
Pode até ser @Paul, mas não é isso que se procura aqui, eu (e vários frequentadores desse site) queremos sistemas mais abertos. Então Apple e seu iPhone não são opção.
A Motorola quer vender equipamentos, então aprenda que tipo de consumidores são seus clientes. Consumidores mais informados que os que compram iPhone, por exemplo. Na minha opinião, a maioria dos usuários de Windows no desktop e de produtos da Apple para smartphones, são do tipo “Maria vai com as outras”. É claro que vai haver consumidores menos esclarecidos, mas que bom nós estarmos aqui para influenciá-los para o lado certo.
Xinuo, concordo.