Vendas de smarphones Android superam iPhone no primeiro semestre
Os números das vendas são bem interessantes para o lado do Android, mas há um aspecto curioso identificado na mesma pesquisa: 21% dos proprietários de celulares com Android disseram que fariam a troca por um iPhone – e a recíproca não é verdadeira: só 6% dos donos de iPhone mudariam para o outro sistema.
Trecho inicial da matéria do iG Tecnologia
Um relatório publicado esta semana pela consultoria Nielsen, revelou que aparelhos com o sistema operacional de código aberto da Google continua vendendo mais que o telefone da Apple, nos Estados Unidos.
De acordo com o site Mashable, o estudo confirma os números sugeridos por uma pesquisa semelhante, feita no primeiro quarto do ano, quando os celulares com Android registravam 28% das vendas. A fatia do iPhone era de 21%.
Apesar disso, a diferença diminuiu. Agora, os smartphones rodando o sistema operacional Android representam 27% das vendas nos EUA, enquanto os smartphones com o iOS, da Apple, marcam 23%. (via tecnologia.ig.com.br)
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Então o Android nos EUA é como o Computador para todos no Brasil? :-)
Na verdade o problema desta pesquisa é que ela leva em consideração “todos” os celulares com Android, desde o mais simples até coisas semelhantes ao Nexus one.
Logicamente o que vende mais (imagino eu) sejam os modelos com preços mais populares, desta forma a comparação com o iPhone se torna injusta.
Afinal qual usuário de um celular simples não gostaria de migrar para um mais completo? Imagino eu que se a pesquisa fosse focada nos usuários de aparelhos Top com Android a quantidade de gente com vontade de migrar para o iPhone seria menor.
Isso sem levar em consideração a parte estética, nisso realmente o iPhone não tem concorrentes. Dá impressão que só na Apple tem gente com bom gosto…
Deve ser pq é novidade, e o povo nos EUA é muito consumista. Tanto é que em torno de 20% dos proprietários de Androids trocariam pelo iPhone, enquanto que apenas uns 6% fariam a troca inversa, ou seja, aparentemente, a satisfação com o iPhoe ainda é maior.
Acho que isso nao é uma comparacao justa, nao se pode comparar Android (sistema operacional) com o iPhone ou iOS, o Android é utilizado em aparelhos Motorola, Samsung, LG, HTC, Sony, … e o iOS apenas em aparelhos Apple (iPhones em geral). É uma comparação desleal. Antes que alguem ache que sou fanboy da Apple, prefiro muito mais Android por termos mais opções de aparelhos que o iOS.
Glauco, para os desenvolvedores de aplicativos para as plataformas (e este é um setor estratégico para todas elas), o crescimento do número de dispositivos com algum sistema é um indicador essencial.
Fico curioso quando vejo os desenvolvedores ensalivando para o mercado de celulares / smartphones. Será que eles acham que todo mundo que entra nesse mercado fica rico que nem o cara que criou o ifart (killer app do iphone ^^)?
Daqui a pouco vai ficar igual ao mercado de aplicação desktop, que virou um monte de programadores vb(.net) programando por comida.
devnull, corrige seu post: programador VB não migraram pro .Net, morreram de fome com o VB 5 ou 6.
Mas isso é óbvio. Agora que temos um concorrente bem superior, as pessoas acordam e não querem ficar amarradas ao Iphone.
depende, né? quem chega cedo e/ou tem uma proposta de valor que os consumidores estejam interessados em adquirir (e consegue chegar a eles) tem chance de se dar bem comercialmente.
Quem hoje ainda está programando em troca de pouca comida em outras plataformas já exauridas e migrar tarde demais para a sua próxima plataforma tentando oferecer o que outros já ofereceram antes perpetuará sua fome.
@Glauco, toda vez alguém vem com essa argumentação, toda vez outro alguém diz que a Apple é que escolheu fazer desse jeito, não licenciando seu sistema para outros fabricantes.
Pense bem, se vc quer uma comparação que vc ache “justa”, faça ela, ou procure na internet por uma que se adeque ao que vc quer. A comparação que foi divulgada nesse e noutros posts do tipo é qual SO de SmartPhone vende mais, e espero que não tenha tido manipulação.
Acompanho blogs sobre automóveis e por agora é época de sair o resultado de vendas do mês anterior (julho). A maioria dos blogs divulga dois rankings, os veículos mais vendidos (1º VW Gol,2º Fiat Uno,…) e as marcas que vendem mais (1º Fiat, 2º VW, …), mas com base no primeiro ranking vc pode divulgar diversos outros.
Fazendo uma analogia com a sua reclamação aqui, vc estaria reclamando que é injusto o blog divulgar só o ranking de vendas por marcas (de SO para SmartPhones). Nos blogs de carros acredito que ninguém diria que é injusta com a VW, a divulgação desse ranking por marcas.
É… depende. Para desenvolvedores, realmente pode ser uma boa notícia. Afinal, se tem mais gente usando Android, tem mais mercado.
Por outro lado, estão comparando toda a gama de dispositívos android com apenas o iPhone, um produto. O que isso indica? Que o iPhone vende pacas mesmo. É necessário um somatório de aparelhos para fazer frente ao iPhone.
Para um desenvolvedor, porém, esses números devem ser vistos com cautela. Inclusive pelos que aqui comemora o fato. Porque, como o Google não tem controle nennhum sobre o Android, o que garante que o software de um desenvolvedor vai atigir todo esse mercado? Nada. Só coisas bobinhas que sejam compatíveis com todos os aparelhos androids.
Já o iPhone, mesmo com as inovações trazidas nos novos modelos, você pode perfeitamente desenvolver um software complexo que sabe que vai rodar em todos os iPhones.
Lógico, se você usar um recurso que só tem no iPhone 4, o software não funcionará nos anteriores. Mas esses recursos não são tantos assim para inviabilidar o desenvolvimento como pode ocorrer com o Android e sua gama de aparelhos diferentes e incompatíveis.
Vale lembrar também que, a quantidade de iPhones vendidos nos últimos 4 anos é muito grande para ser ignorada.
Outro detalhe que pesa é a lambança da Apple no iPhone 4. Era muito mais facil e claro a Apple dizer “me desculpem, nós erramos” e fazer um recall do que esse teatro infernal que ela fez. Muito provavelmente esse fato influenciou nos números.
Ainda tem que melhorar muita coisa. Eu não troco o meu iPhone por um Android.
O sistema operacional do iPhone não é e nunca será melhor que o Android, pois o Android já mostrou isto com pouco tempo de vida. E todos sabemos que ele será o melhor entre os smartphones por ter liberdade de crescimento e se surgir um problema não vai ficar amarrado quando se tem somente uma empresa para resolvê-lo e nós usuários temos que ficar chupando dedo e esperar… Agora claro que a maioria da população usuária de “phones” no mundo se liga no status e isto o visual do iPhone ganha de lavada, mas é só por isto. Mas, já se vê muito smartphone lindíssimo por aí com Android e pretendo aposentar o meu 2.1 da china e comprar um de “marca” com Android 2.2…
E antes que alguém fale de atualização do 1.5, 1.6, 2.0, 2.1 para 2.2 por exemplo…, a versão nova do iOS da apple não ficou legal na atualização do 3gs não…
Fico feliz de ver o crescimento de outras plataformas móveis, pois fomenta a concorrência e o desenvolvimento de todos.
Torço para que o Android estabilize as APIs para não dificultar tanto a vida dos programadores ( se bem que não é tão difícil assim… hehe )
Acho o iPhone um p*** aparelho, mas não me deu vontade de comprar. Acho que toda essa história de jailbreak, Steve Jobs controlando, etc etc etc não me agradou muito.
Já o Milestone foi paixão à primeira vista. hehehe
Quem hoje ainda está programando em troca de pouca comida em outras plataformas já exauridas e migrar tarde demais para a sua próxima plataforma tentando oferecer o que outros já ofereceram antes perpetuará sua fome.
Senti aí uma crítica velada ao Meego, e discordo desse pensamento incluindo o uso da palavra “exauridas” e o exercício de futurologia trágica e derrotista alegando que quem investir nisso “ficará com fome”. Se assim fosse, o próprio GNU/Linux nunca teria tido chance no mercado (e o br-linux não existiria) pois passou por fenômeno semelhante.
E é aí que esse raciocínio falha, pois continua cometendo o equívoco limitado de enxergar a computação como somente um “mercado” e software somente como “produto”. É esse mesmo tipo de raciocínio estreito que eludiu as pessoas e empresas que não viam no software livre um concorrente à altura.
O que pode acontecer para quebrar este ciclo de mercado/desenvolvedores então? Ora, o diferencial do Meego (que já era do maemo antes) é que ele pode reutilizar a base de software livre disponível pra GNU/Linux com pouca ou nenhuma modificação — já tem uma biblioteca de software considerável por default, embora não muito adequada para dispositivos pequenos (um detalhe cada vez menor na medida em que o mundo da computação móvel e de desktop convergem).
Mas, acima de tudo, a característica que mais lhe atribuem como desvantagem pode servir como vantagem e ajudar na virada do jogo. Os erros da Nokia em fomentar o desenvolvimento comercial de aplicações para o maemo/meego com sua Ovi Store e a conseqüente pouca disponibilidade de aplicações comerciais fez com que a (grande) comunidade interessada, composta de muitas pessoas com habilidades técnicas, procurasse suprir esse “buraco” criando substitutos em código livre e exercendo a criatividade em um espaço com poucos nichos tomados pelo software comercial.
Isso trouxe pra plataforma Maemo/Meego uma grande diversidade e riqueza de APIs livres e software reusável. Muito desse código tem soluções preciosas para problemas típicos de dispositivos móveis que não eram conhecidas publicamente. De repente você tem um jeito específico de fazer o “fix” de GPS que é muito mais eficiente e vai encontrar isso no código de um dos programas de GPS disponíveis pra Maemo. Você pode ter uns macetes não-óbvios no manuseamento de mensagens SMS que façam com que elas ocupem menos espaço, e vai encontrar isso em um software livre que envia SMSs automáticas. Você pode ter uma aplicação de desenho (MyPaint) que conseguiu achar um jeito eficiente de implementar a detecção de pressão da canetinha. Essa herança das soluções de problemas para os quais você no mundo proprietário tem que pagar caro é importantíssima para a plataforma, ainda que seja pouco visível por usuários finais.
Herança até que, inclusive, é demonstrada por uma plataforma que todo mundo acha que foi um fracasso (e o foi na parte comercial), o OpenMoko, mas tecnicamente também trouxe várias soluções e software úteis que foram reutilizados no Maemo e continuarão sendo utilizados no Meego.
Daí essa ecologia que não caracteriza o software somente como “produto” e permite reuso de código pode, no fim do dia, não somente dar fôlego a uma plataforma como, quem sabe, até colaborar para que no futuro ela seja preponderante e até tenha grande sucesso comercial. Não será tão difícil, pois o mal do software proprietário é o encastelamento de cada software e dependência da sobrevida do feedback comercial. Em outro post aqui no br-linux eu já critiquei que a plataforma Android, tão repleta de aplicações, não tem alternativas livres para o emulador de Playstation proprietário! Em contraste, o tão criticado maemo 5 tem 3 alternativas livres, que inclusive reusam código uma da outra. Esse fenômeno acontece em vários níveis e temos aplicações livres para Maemo que, já hoje, “dominam” um nicho com sua excelente qualidade e recursos e não só dão acesso ao código como também tornam o uso da plataforma bem mais barato do que uma que é dominada pelo software proprietário.
O que acontece de fato, hoje, é que quem usa um N900 com Maemo tem sim um dispositivo utilíssimo com aplicações que fazem praticamente de tudo. Se por um lado suas aplicações não são os joguinhos super-sofisticados ou ferramentas específicas de um iPhone ou Android, por outro lado brilham com aquilo que será a Excalibur do embate final: são software livre.
Como o Tiago falou bem, dá pra interpretar os números como bom pros dois lados, com o Android melhor em tamanho do mercado de OSs e o iPhone com maior se comparar números de um modelo.
E mesmo sendo concorrentes, uma boa parte do público deles é distinto, quem usa iPhone usa por uma série de qualidades e o fato de se dedicar a uma única plataforma de hardware é a maior vantagem.
Quem usa Android, já considera vantagem o contrário. hhehehehee
Credo, nem mesmo sei qual a relação que o MeeGo pode ter com a idéia de plataformas exauridas e migrações tardias que oferecem o que outros já ofereceram antes.
Eu estava me referindo ao exemplo hipotético citado, dos programadores que hoje ainda estão oferecendo aplicativos VB pelos quais já não conseguem bom retorno, e possam estar ainda “salivando” com a ideia de pular para o mercado mobile.
Se demorarem muito, ou se chegarem oferecendo mais do mesmo (ou pior), continuarão na mesma realidade, em novo cenário apenas.
Tudo bem, pelo menos minha suposição errada serviu de estopim para o desabafo, haha. Pois tem gente que vê a coisa assim em relação ao Meego.
Nada a ver com a discussão, mas enquanto tiver empresas usando Windows 95, vai ter mercado para VB. Que deus os protejam, hehehehehe