Ubuntu vai oferecer download automático de atualizações e Codecs não-livres durante a instalação
Vem do OMGUbuntu a tela abaixo e a informação de que o instalador do Ubuntu 10.10 vai oferecer com bem mais clareza a opção de fazer download de Codecs não livres (MP3, etc.), bem como firmwares para placas de rede sem fio, o Flash e outros componentes não-livres, durante a instalação.
A mesma tela também permitirá aceitar fazer o download das atualizações já durante a instalação, o que me parece um bom uso para todo aquele tempo em que boa parte dos recursos do PC ficam disponíveis enquanto o sistema operacional é copiado para o disco. (via omgubuntu.co.uk)
• Publicado por Augusto Campos em
2010-08-30
@brlinuxblog
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O ubuntu realmente está tentando inovar para facilitar a vida do usuário. Essa notícia junto com a previsão de um repositório de programas pagos disponíveis direto pela Central de Programas ( http://andregondim.eti.br/?p=2073 ) me parecem grandes jogadas.
Mas fique com uma dúvida. E nos países onde o MP3 é protegido, essa funcionalidade não traria problemas para a Canonical??
Acho que não existe MP3 protegido e sim cópia de MP3.. ou seja, se você comprou um MP3 ou mesmo um CD, você tem direito de ter e escutar o MP3, o que não pode é repassar. E neste caso a Canonical não teria problemas, pois ela fornece a ferramenta para escutar ou mesmo gravar, mas.. como vai ser usado, sai das mãos dela.
“E nos países onde o MP3 é protegido, essa funcionalidade não traria problemas para a Canonical??”
Até onde eu sei, o Fluendo é uma forma legal de ter acesso ao codec MP3.
@ Diniz
A função da “checkbox” é não tornar a instalação compulsória do CODEC. A meu ver, é só uma forma de facilitar a vida de quem vai instalar, até porque há o alerta sob a caixa (e provavelmente ela venha desmarcada por padrão). Até o momento é necessário habilitar-se o repositório Medibuntu.
Fellipe,
Não é bem assim que a banda toca. Em alguns países a conversão das músicas de um CD em MP3 é considerada pirataria. Se não me engano, é assim nos EUA, por exemplo.
Já aqui no Brasil é permitido criar cópias de segurança para uso pessoal.
Ótima notícia. Vai facilitar ainda mais a vida do usuário iniciante.
Mas o codec, ou seja, o código executável para decodificar MP3, não possuí restrições?
@Diniz
Penso que os codecs da Fluendo já são licenciados.
A Canonical pode distribuir legalmente o Fluendo nas máquinas porque ela tem contrato de licença e paga pela distribuição, portanto, é permitida a distribuição do codec para reprodução apenas, se não me engano, a Fluendo apenas é uma distribuidora do decoder mpeg-layer 3 para Linux, acho que não cobre o encoder no Ubuntu, só se a Fluendo tiver um pacote que ela vende e é portanto mais caro. Portanto, a Canonical pode distribuir, mas quem usa vorbis pelo menos tem a liberdade de não instalar o decoder mp3 da Fluendo. É uma comodidade a mais para quem tem uma coleção de mp3 e não conhece vorbis ou outra livre. Outras sabem, mas poucas das que sabem acabam convertendo as mídias.
@Paulo Cesar
Acho que é exatamente o contrário. A Canonical não pode distribuir abertamente o codec numa distribuição comercial sem pagar a licença, mas um usuário pode baixar o codec sem essa limitação. A Canonical só facilitou o processo.
Acredito que a Canonical pague para a Fluendo, que paga os royalties para o Fraunhofer Institute. Pelo menos é isso que a pequena mensagem no screenshot deixa a entender. Alguém que trabalhe para a Canonical pode confirmar?
Muito bom.
Incrível como pequenas coisas fazem tanta diferença.
@Daniel,
Assim como @Pensador e eu, achamos que a Canonical já paga para a Fluendo, assim, ela pode distrbuir. É o mesmo que acontece com o pacote do codec H.264. A Canonical é uma das empresas que fizeram o pagamento da licença comercial para a distribuição.
Boa ponto pro Ubuntu!
Tomara que baixe o pacote completo então, o Ubuntu Resticted Extras inteiro. Acho que é isso que vai acontecer, e de quebra vai instalar os “drivers proprietários” (o que já era fácil ficou ainda mais fácil).
Estou esperando pelo Marverik. ^^
OPENSUSE >> YAST: Após instalação, abrir o YAST e mandar atualizar. Isto instala qualquer driver ou CODEC faltante.
Que inovação hein Ubuntu?
Salvo engano, o Ubuntu também já oferece há algumas versões a opção de instalar Codecs e similares após a instalação. O que mudou é que agora essa opção já será oferecida durante a instalação, o que me parece mais adequado a quem queira ter acesso a esse tipo de software.
é.. parece que agora o LINUXMINT morreu de vez…
Usuário Tilt, acho que teu apelido já diz tudo… As distribuições linux têm oferecido este tipo de pacote há tempos… Agora, como o Augusto disse, o Ubuntu resolveu colocar no instalador. O Opensuse faz isso? Se faz ótimo, se não faz deveria fazer. Mas que mania de criticar, criticar, criticar. Pelo menos o Ubuntu está inovando (na sua distribuição) na usabilidade do Gnome e do instalador. Quem não quer não usa, mas comparecer só para criticar negativamente… francamente…
Gosto muito do Ubuntu, mas é uma pena a Canonical ir para o lado proprietário.
O CCO da Canonical falou que o que importa é um bom software, independente da licença.
Bem, se for por isso continuo no Mac OS X. Eu gosto do mundo livre, mas a Canonical está cada vez mais incentivando o uso de software proprietário.
Sei que diversos PCs dependem de drivers/firmwares proprietários, mas incentivando nunca vai acabar.
É isso, tomara que a Canonical não mude para o lado negro.
Estou imaginando um usuário vier reclamando que a Canonical cedeu às “grandes coporações” ou foi abduzida pelos illuminatis.
Não gente! Se a Canonical pagasse a licença a fluendo, ela poderia distribuir já na mídia o codec mp3 (como no MS Windows 7), e acredito que isso já acontece em instalações OEM tipo Dell.
A questão é que licença permite a instalação do codec pelo usuário final, e é isso que você faz quando marca o checkbox (presumivelmente concordando com a licença). Também tem a questão que em boa parte dos países essas licenças (baseadas em patentes, e não no produto) são consideradas abusivas, e utilizar uma implementação livre do codec por exemplo não é proibido…
Marcos Alexandre, prefiro Mac OS X ao Ubuntu se for “um bom software independente de licença”
A Canonical está indo para o lado proprietário, isso é um fato, mesmo que seja “bom” para os usuários comuns.
Ela está cada vez menos incentivando o uso de software livre, e ela está louca a para Adobe lançar seu pacote gráfico para GNU/Linux, pois ela usa Mac para isso.
Quanto mais fácil a instalação, melhor… Gostei da opção.
“(…) e ela está louca a para Adobe lançar seu pacote gráfico para GNU/Linux”. – huahahuahua. Seria louco ver isso acontecer.
“Sei que diversos PCs dependem de drivers/firmwares proprietários, mas incentivando nunca vai acabar.” – Verdade, mas do que adianta dar o SO com codecs livres se só meia dúzia usa. Primeiro tem que apelar para que mais pessoas usem o sistema. Depois que muitas pessoas estiverem usando um SO já livre, as coisas vão mudando de cenários aos poucos. Ai sim entra o ogg com tudo para concorrer com o mp3.
Na minha opinião é assim que o trem anda.
Calma gente, é só uma distribuição, alguns de vocês falam que o Ubuntu está “indo para o lado proprietário”, mas ninguém vai ser obrigado a usar as coisas proprietárias.
Todo mundo aqui usa coisas proprietárias, desde o unrar até os não tão bons blobs binários, não vejo nada demais em usar o melhor dos dois mundos.
Bah, o Ubuntu já não serve de referencial para aqueles que se preocupam com a filosofia software livre.
Um mundo onde o conhecimento é feito para compartir e não para subjugar …
Erra isso que faltava, sempre tive muitos problemas em oferecer para meus amigos o ubuntu, quando chega na hora de usar o terminal…. Meu Deus, mais no Windows não é assim. Acho uma boa iniciativa já que executar .mp3 não é crime, e sim “Copia de Software é Ilegal”….
valeu pelo post…
Felipe, Julia,
Hoje o Linux (leia-se Gnu/Linux) entre 1% (pessimista) e 5% (otimista) dos usuários. Acredito que somente uma minoria realmente livre (usuários de distros recomendadas pela FSF, ou mesmo o Debian sem codecs, flash).
Não concordo com esse pensamento “ou é 100% livre, ou não é”, muito pelo contrario. Tomara que Ubuntu ganhe versões de todos os softwares proprietários do mundo, que rodarão em qualquer Linux e serão uma opção para quem quiser começar a ser livre, que essa concorrência melhore ainda mais as opções livres e as pessoas migrar com mais facilidade, ou utilizar (num futuro distante) um sistema ’100% livre + 1 software proprietário’ do qual são dependentes.
O problema é que quando se promove software proprietário então promoverá ainda mais software proprietário em vez de incentivar o uso e desenvolvimento do software livre. Existem muitos softwares livres já em bom estado ,ai vem um software proprietário com mais recursos que então acaba com a versão livre.
O ubuntu está indo na direçaõ errada quando promove software proprietário. No máximo ele só deveria utilizar software que possui extrema dependencia na sociedade e que não ha alternativas livres como o flash e firmwares proprietários.
Bons codecs de video e som já existem por ai .Não é necessário promover codecs proprietários .Deveria sim criar meios de conversão automática de padrões fechados para padrões abertos.
Software Livre não é o mesmo que software de graça. Pode-se pagar pelo software e ele ser seu (livre);ou pagar uma licença de uso sem ele se tornar sua propriedade (proprietário). A Canonical tem que ganhar dinheiro de algum modo. Eles estão certos. Quem aqui trabalha de graça!