Ubuntu “ultrapassando a popularidade do Linux”? Acho que não
Analisar as tendências dos termos de pesquisa no Google Trends me parece uma forma pobre de medir diretamente a popularidade, pois trata (de forma possivelmente mais isenta do que números divulgados pelos próprios interessados, e mais ampla do que índices gerados a partir de populações menores, como o do DistroWatch) de apenas um dos lados da popularidade. Há outros, e o próprio Google Trends apresenta mais um deles: o número de menções em notícias, e neste indicador o termo ‘Linux’ continua muito à frente do termo ‘Ubuntu’.
Mas, seja uma representação fraca ou forte da popularidade, o gráfico acima (do período 2004 a 2010) sobre a incidência dos termos de pesquisa certamente indica algo, ainda que a interpretação possa ficar em aberto, e que o título deste artigo mencionado muitas vezes nos meus feeds ontem possa estar exagerando na conclusão.
A queda na incidência do termo de pesquisa ‘Linux’ e o crescimento do termo ‘Ubuntu’ são tendências que venho observando há anos (note a regularidade dos picos bianuais do termo ‘Ubuntu’, correspondendo aos lançamentos de novas versões), e procuro interpretar de forma mais ampla, comparando também com nomes de outras distribuições e também com outros sistemas operacionais.
De qualquer modo, o artigo do Tech Drive-In lança a discussão sobre aspectos interessantes e merece o debate, ainda que eu discorde da conclusão mencionada acima. (via techdrivein.com)
Não sou bom em gráficos, mas, pelo que vi, o Ubuntu ultrapassou o Linux, sim.
Tô cego?
É normal, visto que se tem focado mais na solução que roda sobre o Linux, com uma GUI, ou toolkit, do que no kernel. A Apple fez o mesmo com o OS X, a Nokia com o Maemo e o Ubuntu segue escanteando o Linux ao nível do Kernel.
Isso só prova que há gente que usa ubuntu achando que é outro sistema operacional não linux.
O que faz um bom marketing, não ? O ubuntu e android foram vendidos pelo marketing como sistemas para usuários “normais” e sequer mencionam o uso do kernel linux para não “assustar” a plebe.
Um bom marketing faz até o pessoal pensar que o windows 7 é totalmente diferente do windows vista, que foi um fracasso de aceitação.
Concordo com o colega acima quanto ao Windows 7, já que este nada mais é que um Windows Vista melhorado, tipo um SP3 (no sistema tem até uma informação parecida, como se o Vista fosse 6.0 e o windows 7 o 6.1).
A Canonical fez o mesmo, vem desvinculando-se da marca “Linux” que é vista como coisa para Nerds. Tanto que, ao mostrar o Ubuntu 10.04 para alguém, as pessoas acham lindos, mas ficam espantadas quanto falo que trata-se de apenas uma distribuição basead no Kernel Linux.
O Android e Maemo são a mesmo coisa, baseados no Linux, mas que possuem identidade própria.
No caso da Canonical, eles vem se diversificando até mesmo em relação ao Gnome.
Faço faculdade de Marketing e acho o trabalho que o Google e a Canonical tem conduzido com suas marcas Android e Ubuntu, simplesmente sensacional.
Smaug, projeções. Projeções.
Otimo, quem ganha com isso é o Usuario Final, eu adoro OPENSUSE, mas porque ele é Gratuito(quebrar cabeça nao conta..kkk), Ubuntu e Android são otimos, mas estou esperando mesmo é o CHROME-OS, esse sim mexe com minha ViTALMENTE…
PS: WEb DEvelopment!!
Correção: minha area Vitalmente…
Quando RMS dizia para chamar de GNU/Linux, muitos achavam que ele era radical. Acho estranho agora reclamar que a Canonical não dá créditos ao Linux.
Essa diferenciação, na minha opinião, é boa inclusive para o software livre. Mostra que o Linux é só uma peça do Sistema GNU e que o seu reconhecimento está superavaliado dentro do conjunto.
Agora fica fácil de identificar e comparar os sistemas operacionais.
Debian, Ubuntu, Fedora e OpenSUSE são GNU. Maemo e Meego também.
FreeBSD, OpenBSD e NetBSD são BSD.
Android é um sistema completamente diferente.
Por exemplo, “problema x no Ubuntu”, entra nessa pesquisa? Se sim, eu sempre pesquiso “Problema x no Mandriva” e não “problema x no Linux”.
É assim essa pesquisa?
Como “regra do polegar” (rule of thumb) eu gosto sempre de usar termos genéricos para estas coisas:
https://encrypted.google.com/search?hl=en&q=linux+wifi+troubleshooting
Na página de resultados acima, a 2ª URL aponta para o Wiki do Ubuntu.
Com relação ao gráfico usado na nota, apesar do Linux estar em alta quando Y=0, quando X tende ao infinito, o Ubuntu ultrapassa o Linux. Só faltou informar que o gráfico é uma projeção, e não o gráfico da situação atual (que é visível na notícia original).
Se possível, por favor, corrijam a nota, colocando a observação ou o gráfico correto.
Eu acho que este negocio de falar linux é coisa quem está na area de TI, o usuário final não está nem ai e é assim que tem que ser, se o ubuntu do usuário deu pau ele tem que procurar a canonical e não o Linus Torvalds.
E vou mais alem se o seu portatil não tiver o Symbian,o Android, o windows Mobile,o Linux ou Iphone OS eu tenho certeza que maioria vai saber qual é o sistema operacional do seu aparelho.
E já vou adiantar a maioria dos portateis existentes no mundo não tem nenhum destes 5 sistemas operacionais
Acho que o que preocupa não é o Ubuntu ultrapassar o Linux e sim a queda vertiginosa do “interesse” por Linux.
@renato
Na verdade seguindos o Google Trends, o interesse por Linux vs Windows anda constante nos últimos 12 meses.
O Windows possui mais buscas, já que é o detentor do maior marketshare. Isso é uma correlação natural.
Sem duvida, o Ubuntu melhora a cada versão lançada. Sei disso pois atualmente recomendo aos meus clientes o Ubuntu como alternativa para o Windows. E o mais impressionante é que os clientes gostam, pela facilidade de usar e pela segurança. Tenho clientes que já disseram que não voltam mais a usar o Windows. Se o grafico é só uma projeção, eu, ao meu ver, vejo o futuro do Ubuntu muito promissor. A queda do interesse pelo Linux em grande parte se deve aos milhares de profissionais “meia-boca” espalhados pelo mundo que insistem em dizer que Linux é uma droga. Vendedores despreparados vendendo computadores com Windows, dizendo que são muito melhores que o Linux. Naturalmente, se algo é tão prejulgado como ruim, quem vai querer saber?
O trabalho que a Canonical vem fazendo com a marca Ubuntu é realmente impressionante, mas realmente não entendo quando alguns fãs do sistema do pingüim a acusam de não dar créditos ao Linux.
Ora, o próprio slogan do Ubuntu é “Linux for human beings”. A documentação oficial do Lucid Lynx (versão atual) explica claramente que o Ubuntu é um sistema operacional de código aberto construído sobre o kernel Linux (“Ubuntu is an entirely open source operating system built around the Linux kernel”).
Para mim essas acusações não passam de palavras vãs que parecem partir de pessoas que, no fundo, não querem que o Linux se torne popular, caindo nas mãos do “usuário comum”.
Gostando da Canonical ou não, temos que admitir que eles estão conseguindo a aceitação do GNU/Linux por um número cada vez maior de pessoas.
Quanta besteira !!!
Tags: “Mimimi” – huahauhauhauhauhauhuahauhauhauh
Nada a ver, sinceramente.
Se a pergunta tivesse sido feita relativo a sistemas móveis, o resultado seria este
http://www.google.com/trends?q=moblin%2Cmaemo%2Cmeego%2Candroid%2Clinux&ctab=0&geo=all&date=all&sort=3 .
O que me traz de volta uma pergunta que eu já havia feito antes, porque a mídia dissocia tanto a imagem de alguns sistemas baseados em Linux do próprio Linux, competência em marketing? Talvez.
Então é hora das outras distros e sistemas começarem a se preocupar também em vender melhor seus sistemas em lugar de jogar pedras uns nos outros e nos sistemas fechados.
Já foi dito aqui no BR-Linux ou em algum outro lugar, não basta ser bom, tem que saber vender. O Fedora, por exemplo, está sempre na ponta com os mais recente pacotes, ninguém é obrigado a toda semana fazer download de todas as atualizações, é apenas um recurso para quem quer estar com o mais novo do novo, mas o que se ouve e lê por aí é que é um sistema instável e que tem que fazer muitos downloads sempre( uma meia verdade, todo sistema é instável, justamente por ser um sistema) , o que desmerece a imagem do sistema para a própria comunidade, imagino para o público geral.
Li o post do keepgeek fazendo a análise das distros nacionais e fiquei pensando justamente nisso, o Kurumin é muito popular até hoje, meu Squeeze é uma atualização direta dele, porque o Morimoto foi de certa forma hábil em criar uma imagem para seu “sistema” criando uma comunidade e vendendo a imagem de que qualquer um poderia usar, bem como o Ubuntu faz, e ia além, produzia e produz livros de fácil acesso e dava cursos, resultado ganhou dinheiro, e é lembrado até hoje como o criador da distro de maior sucesso no país.
Muitos certamente tem uma visão critica do trabalho do Morimoto e do Kurumin, mas certamente ele foi bem sucedido no projeto dele.
Certamente se ele tivesse sido mais ousado e tentado algo nos moldes da Canonical, aqui no Brasil, o Kurumin dominaria os desktops disputando de perto com o Ubuntu.
Resumindo: Falta aos articuladores da comunidade saírem da visão de é bom então as pessoas um dia reconhecerão, a verdade é, se é bom diga-nos o quanto é bom e por quê.
Bem previsivel, infelizmente.
É tudo uma questão de força da marca. A marca Ubuntu ganhou força porque justamente ousou em facilitar a usabilidade do GNU/Linux. Faço uma analogia aos carros de fórmula 1. Quem assiste a uma corrida desta categoria, quer lá saber se, por exemplo, a equipe McLaren usou motor Mercedes ou Cosworth para ganhar um campeonato. Ele quer é saber que a equipe foi a campeã.
Acho que esta discussão vai pela mesma direção.
Se tirarem o linux do Ubuntu, o que fica? E o que ficar, vai funcionar? A propaganda vence pois muita gente só olha a aparência das coisas e não o interior.
O Ubuntu está estável com picos a cada seis meses mas com uma leve tendência de queda.
http://www.google.com/trends?q=ubuntu&ctab=0&geo=all&date=all&sort=0
A queda pela procura da palavra Linux deve-se ao fato de mais pessoas saberem o que ele é, e procuram pelo nome das distros.
Mas já que querem um “distribuição” mais popular que o Linux, o Android já ultrapassou há alguns meses:
http://www.google.com/trends?q=android%2C+linux&ctab=0&geo=all&date=all&sort=0
@Reinaldo:
O Android e Maemo são a mesmo coisa, baseados no Linux, mas que possuem identidade própria.
Não são a mesma coisa não. O Maemo é praticamente uma distribuição de GNU/Linux, muito parecida com Ubuntu e Debian e baseada em “.deb”, só que voltada para tablets/celulares da Nokia com ARM. Ele tem X11 (Xorg), glibc, dbus, hal, pulseaudio, gstreamer, GTK+, QT, upstart e demais componentes de uma distribuição de GNU/Linux atual.
O Android é um sistema operacional com um kernel Linux um pouco modificado e nenhuma parte do sistema “GNU”, com um sistema gráfico próprio e uma máquina virtual baseada em Java, o Dalvik. Algo muito, muito diferente do Maemo e distribuições de GNU/Linux. Ele tem uma versão modificada da libc, não tem dbus, tem algo diferente do hal, não tem pulseaudio, gtk+, gstreamer, upstart, qt, X11…
Eu antigamente procurava por um problema usando o termo Linux, hoje uso Mandriva, Ubuntu e Suse, mais objetivo. Ainda mais que as distribuições não são compatíveis entre si como gostaria…
Além do mais, as distribuições fazem todo um trabalho divulgando sua marca, quem é que divulga a marca Linux? Nem a FSF…
O Stallman deve estar fazendo rastafari com a barba lendo esta notícia :)
tomara que o ubuntu caminhe para ser A distirbuição… o mundo linux so tem a ganhar.