Red Hat apresenta os riscos de Linux gratuito ou de baixo custo
Fiquei sabendo deste seminário on-line promovido pela Red Hat tarde demais (ele ocorreu ontem), mas a própria descrição pode ser tão interessante para usuários dos produtos “enterprise” da Red Hat (e seus sucedâneos) como foi para mim:
“Você sabia que muitas de suas aplicações “enterprise” não são certificadas para uso com distribuições de Linux gratuitas? Você também sabia que suporte prestado por terceiros às suas instalações de Red Hat Enterprise Linux tornam sua plataforma não-certificada aos olhos dos fornecedores de software e hardware?
“Junte-se à Red Hat para este webinário para aprender por que o Linux auto-suportado não é uma alternativa isenta de riscos a uma assinatura da Red Hat. E entenda por que o suporte por terceiros pode se tornar um pesadelo para integrar à sua infra-estrutura. (via https:)
• Publicado por Augusto Campos em 2010-02-04
E viva o ext3 combinado RHEL dando pau nos Oracle espalhados por aí…
Mas que…
É verdade…
Essa é a posição deles perante o mercado? Vou ler sobre esse assunto para entender o que querem dizer de pacotes assinados :). So faltava essa.
@cristianofurtado, eles estão certos. É claro que cada um defende o seu lado, mas quem compra RHEL precisa saber disso quando vai adquirir a suite.
Muita gente compra um software comercial, instala em uma distribuição não homologada e só descobre que não tem direito a suporte quando mais precisa dele.
Pode parecer bobeira, mas é muito comum em empresas pequenas que têm a cultura do Windows e estão experimentando o Linux em algum servidor.
Concordo. Linux de graça só mesmo para consumidores pessoa física.
Aliás, numa das últimas edições do Distrowatch Weekly, o redator se queixava de haver tão poucas opções de Linux pago. Ele diz, com razão, que empresas gostam de produtos com uma etiqueta de preço. E não é porque “se é de graça, não presta”, não, é porque produtos pagos agregam valor e os fornecedores passam a ter obrigações com o cliente.
Eles estão certos. Não tem nada mais decepcionante do que vc entregar um orçamento de R$1.000,00 reais, o executivo preferir o orçamento do sobrinho ou do priminho que entende TUDO de servidores linux, e depois do “entendido” ter adubado a vida e os servidores, vc ter que ir lá consertar a adubação. So que dai o orçamento aumenta. Afinal, não é mais aquele simples problema do início.
Ué mas…. Teoricamente, se voce tem servidores Linux rodando na empresa… Tem algum contratado que entenda do assunto, não(No minimo com LPI 1 e 2)?
Na padaria da esquina ok, você pode instalar qualquer distro. Mas nas grandes corporações, onde o compromisso com os clientes é fator crítico, com contratos de de SLA apertados e tudo mais o buraco é MUITO, mas MUITO mais embaixo.
É neste cenário onde se encaixam as distros pagas. E o pessoal do Distrowatch tem razão, neste segmento só existem o RHEL e SuSE Enterprise, com clara liderança do primeiro. Deveriam existir mais distros, fomentando ainda mais o Pinguim nas corporações.
Quanto ao ext3/Oracle é verdade, nunca se deram lá muito bem. Na verdade, este sistema de arquivos é o atual calcanhar de Aquiles do Linux. Lento, pesado, frágil e limitado o ext3, alias, a ultrapassada família ext já deu o que tinha que dar. Por isso a própria Oracle corre com o ansiosamente aguardado btrfs.
Assim como a SUSE se diz mais “integrada” com o Ambiente Microsoft, a ferramenta de monitoramento Groundwork diz que sua versão enterprise possui features indispensáveis…
Numa boa, isso não vai mudar os servers Debian que temos aqui no trampo.
E outra, falar que o suporte é tudo, também é desculpa de Sysadm desqualificado.
Se bem vi em empresas que possuem contratos com Red Hat e outros grandes, eles só resolvem problemas críticos como estouro de memória em sistemas e falhas de segmentação.
Em 4 Anos de contrato não precisaram ser chamados pois os erros não acontecem. No final o verdadeiro trabalho é da equipe que tem bons conhecimentos na área, com certificação lpi 1, 2, RHCE e em alguns ambientes lpi 3 (especificamente a de Interoperabilidade em caso de wan’s com sistemas Microsoft).
Se Linux não comercial não agregasse valor a Canonical não se expandiria da forma como está expandindo, sendo o suporte opcional por parte deles. Temos servidores REdHat assim como temos servidores Ubuntu e no final muitos deles apresentam histórico de segurança e disponbilidade praticamente iguais.
O que realmente acontece é o medo das empresas de não possuir ninguém ao qual apontar responsabilidades em casos de incidentes; mas mesmo dessa forma é para isso que existem empresas como 4Linux, Estefanini e outras que prestam suporte no mercado.
Desculpem por me extender muito, mas como Gerente de Tecnologias Livres de uma empresa e também como um exímio utilizador de tecnologias produtivas não pude apenas observar.
Gabriel Cavalcante
“o executivo preferir o orçamento do sobrinho ou do priminho”
Por isso a China prospera tanto! Lá está proibido o casal ter + d 1 filho (a), consequentemente, n tem sobrinhos…
@ psantos
A Oracle poderia ter adotado o xfs ou o jfs há muito, mas muito tempo mesmo. Deixar os clientes a mercê de um sistema de arquivos com performance pífia e suscetível a corrupção massiva do sistema de arquivos é amadorismo.
ext3 suscetível a corrupção massiva do sistema de arquivos? Aí você está viajando na maionese. Eu nunca vi acontecimentos trágicos assim ocorrerem por culpa do ext3.
>>> sistema de arquivos com performance pífia e
>>> suscetível a corrupção massiva do sistema de arquivos
Tu tá usando o “Serial Killer FS”(opa, ReiserFS)?
Deve tá drogado pra falar uma asneira dessa do ext3.
@ironmaniaco
Se na empresa que trabalho temos contrato de suporte com a IBM, com a Dell, com a Oracle e com a Microsoft, por que não ter também com um revendedor de Linux? Por isso temos com a Novell (usamos SUSE Enterprise). É verdade que o único deles a quem já precisamos recorrer foi o suporte da IBM, mas por falha conjunta do hardware e software.
Agora, o que é mais sensato: Engolir 3 horas de downtime sozinho consertando tudo ou chamar o revendedor e ele que se vire com o produto dele (se o problema constatado for realmente o software) e a falha ser resolvida por ele em 30 minutos?
Cada um no seu quadrado… :)
@Lucas
Nos temos suporte Lenovo para os Desktops e DELL para os servers, tanto que já fiquei esperando por reposição de disco e NAO FOI motivo para inoperância de servidor(Raid + Hotspare bem configurado).
No órgão que trabalho, a rede é uma das maiores da América latina ;)
Repito, colocar a culpa da inoperância APENAS na empresa, é falha do Sysadm.
Já tomei downtimes em sistemas críticos, é lógico, mas o “Produto” RedHat não me salvaria, pois o Bug era software de terceitos(Ntop) que dependiam de outros software(libevent, libc6, GeoIP). Fazer este “Tracing” não é algo que deve ser levado como “parte dos serviços”. o Sysadmin tem que saber como as coisas funcionam.
Solução: Compilar a versão mais nova stable(3.3.10) e não esperar uma atualização da sua “fornecedora”
Suporte é algo bacana, é, mas não pode ser usado para mascarar algumas “faltas de conhecimento”.
Concordo com o Ironmaniaco!
Claro que é mais fácil ter um contrato de suporte, a culpa do downtime não é da incompetência do sysadmin, mas sim da empresa que te presta suporte. Mas será que isso é algum mérito?
“Senhor cliente, a sua aplicação vital não está rodando porque a empresa que nos presta serviço está demorando para resolver o problema.”
Se eu fosse o cliente, a resposta seria simples:
“Sério?! Que pena! Façam como eu estou fazendo agora: Cancelem o contrato…”
Lucas, o downtime só terá algum efeito na sua empresa se você não estruturar sua infra decentemente.
E digo mais: O que eu mais vejo é suporte dos chamados “terceiros” funcionando muito mais rápido que o suporte pago, afinal eles tem (ou deveriam ter) muito mais conhecimento da estrutura na qual estão trabalhando.
Eu trabalhava somente com Debian e mandava muito bem.
Hoje eu estou numa empresa e presto serviço como terceiro para muitas empresas de grande porte.
É muito difícil ver distros como slackware e debian nessas empresas, o que o pessoal usa para rodar apache/php e qualquer outro tipo de serviço são executados em RedHat e Suse.
Distro linux para empresas grandes hoje somente linux pago e essa é verdade.
Um orçamente de dois servidores Linux RHEL com Oracle rack não por menos de 1.500.000,00 isso em máquinas arquiteturas cisc.
Eu não vi esses problemas de ext3 com Oracle como o pessoal ai em cima tá falando… Talvez porque eu só tenha visto ele rodando em cima de raw device.
@ João
Aprender com os erros é um dom, e aprender com os erros *dos outros* é dom². Infelizmente não tenho mais a postagem aqui no Gnus (devo ter jogado fora com uma tonelada de powerpoints). O Fernando (conhecido como FireHawk desde os tempos do UOL) trabalha numa empresa onde um dos servidores possuía um array de 16 discos (não me pergunte os detalhes, realmente não recordo, pois faz muito tempo). Ele queixava-se com frequência que nos picos de utilização dos dados armazenados neste array (16TB ou algo assim) o sistema (RHEL 3.x) literalmente congelava (não lembro também qual o scheduler que era usado, mas descartaram falha no hardware). Ora pois, que a cada travada dessas, o gajo era obrigado a reiniciar a trapizonga toda, esperar uma eternidade pelo fsck.ext3 e depois ver quais arquivos estavam corrompidos para restaurar do backup (já tendo eventualmente perdido zilhões de transações no DB). O Oracle9i + ext3 era o recomendado, pois se fosse usado outro sistema de arquivos, não havia garantia/suporte. Sugeri que ele usasse xfs na época (pois o Hans Reiser já estava com o filme queimado graças ao desaparecimento da Nina, e a Namesys em breve ficaria a deriva).
Como não foi um problema que tenha ocorrido em alguma coisa que eu tenha trabalhado (meu negócio é rede e não storage/db), fica devendo maiores detalhes. Mas é possível que o próprio Fernando veja a minha postagem e venha corrigir/acrescentar fatos. Ah, e o journaling do ext3 às vezes não ajuda.
@ Ironmaníaco
ReiserFS só uso como partição de boot (9,6GiB) no meu servidor doméstíco, o resto é xfs (260GB) e jfs (10GB), pois na época da instalação o Grub não se dava bem com xfs ou jfs. Já nos outros dois PCs, um roda com ext3 (desktop da minha mãe) e o meu notebook jurássico (que eu uso para rodar o kismet e outras porcarias) está com ext2 (notebook para fazer sniffing não precisa de journaling).
Com relação a Oracle e ext3:
Oque vocês tem contra usar ASM?
ASM é tudo de bom.
@Bremm
Faz sentido. Isso é algo que o pessoal precisa aprender. Journaling não é algo necessário em qualquer partição, logo um /tmp pode ser em ext2, e com a opção -noexec, pra segurança para “possíveis exploits”.
O Xfs tá sendo usado nas partições montadas em /var/lib/mysql das máquinas de Homolog daqui =)
@Ironmaniaco
Não entendi essa do reiserFS. Alias, nem entendi, nem entendi de onde você tirou ela. Que tipo de critica foi essa ao sistema de arquivos? Pareceu mais um “Ataque ao argumentador” do que um argumento.
Tomo mesmo as dores do reiserFS. Não a porque meter o pau no bixinho desse jeito :’(.
Já basta o povo ficar associando o sistema de arquivos com o criador. Como se o sistema de arquivos fosse uma coisa assassina porque o criador dele tivesse matado alguém. Não estou dizendo que ele esteja certo, apenas que isso não é um argumento para usar contra o sistema de arquivos.
@Ironmaniaco
Por isso que eu disse, cada um no seu quadrado, e citei o encaminhamento para o fabricante quando o problema for dele. Se a aplicação defeituosa é de terceiros, o SO normalmente não tem nada a ver com isso. Se você for de onde eu estou imaginando, tiraram uns Oracle de uns Debians e passaram pra Solaris há uns 6 meses, não? :P
@Marcão
Sim, mas se o software estiver com problema, não vai ter infra que resolva…
@Ironmaniaco
“E outra, falar que o suporte é tudo, também é desculpa de Sysadm desqualificado.”
Brilhante, a melhor do dia !
É bom o povo que recebe encosto do além para falar do ext3,4 dar uma olhadinha no Phoronix.
http://br-linux.org/2010/ext4-ted-tso-agora-esta-no-google/
Mais uma empresa fundo de quintal apostando no ext4 ?
O Ironmaniaco tem toda a razão: a empresa contratou um (ou mais) sysadmin ou contratou um rato ?
@Lucas Timm
1) Não, aqui o Ambiente de BD roda praticamente em cima de Win2003(eca) server, tendo Oracle e SQL-server. Nós do monitoramento temos uma infra “a parte” de BD(Mysql) e suporte a hardware =)
2) Os “Oracle” daqui nunca rodaram em Linux, e o Solaris é usado com um Cluster NFS redundante da Fujitsu, e não com um SGBD em cima ;)
3) Com certeza. Eu só acho que antes mesmo de “requerer” suporte, o cara tem que ter a qualificação pra levantar o erro, e não simplesmente ligar pra lá por qualquer motivo. Só isso.
Suporte é bacana, mas não isenta o técnico responsável dos estudos, que é a imagem que toda a empresa quer passar.
4) O SO pode não ter haver com isso, mas que eles cobram o “serviço” para empacotar e “patchear”, (o software é de terceiros, mas eles empacotam)ah, isso cobram.
=)
E outra, a Red Hat é uma EMPRESA querendo vender ASSINATURAS. Eu tenho o direito de não concordar com as argumentações e esse papo de “nós te carregamos no colo”.
@Psycho Mantys
Isso se chama PIADA, e se vc não tem capacidade de interpretar, paciência…
ReiserFS mostra-se bem melhor(read e write) para arquivos PEQUENOS, mas é menos consistente que os Ext2/3/4. Fiz a (in)feliz PIADA com o Oracle, pois geralmente SGBD’s geram arquivos de grande tamanho…
@Maicon Faria
=)
Viva o Linux pirata.
Terrorismo, as vezes se ganha mais dinheiro assim
“Por Que Você Deve Gastar Seu Dinheiro Conosco”
Sinto muito, mas a confiabilidade de argumentos do tipo é intrinsicamente zero. Eu nem presto atenção no que vão dizer.
@ Ironmaniaco
Eu sou ligado no xfs justamente por causa do desfragmentador online. Às vezes quando rodo-o aqui, um arquivo que eventualmente estava com 60 extents passa a ocupar apenas 1 ou 2 (cada extent pode ser de até 4GB).
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No improvement will be made (skipping): ino=939525431
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No improvement will be made (skipping): ino=939525413
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E ainda gosto de citar o delayed allocation, que é um dos recursos mais bacanas para evitar-se a fragmentação de arquivos (ele aloca o tamanho necessário antes de escrever o arquivo no local de destino). Os dois pontos negativos que geralmente saliento são o disk write cache (que se habilitado, numa interrupção de energia causa corrupção no sistema de arquivos — eventualmente até mais danosa que no ext3/4) e que só é possível aumentar o tamanho da partição (no reiserfs é possível fazê-la encolher, por exemplo).
Também seria legal sobre os blocos de alocação dinâmicos, onde o xfs procura usar blocos de 64KB para arquivos grandes, e até 512B para arquivos pequenos, a fim de evitar desperdícios. Porém, o xfs não se dá bem com arquivos pequenos (fotos, músicas etc.). Ele começa a realmente a surtir efeito quando os arquivos são grandes. E como eu trabalho com editoração simples de vídeo (como hobby), noto o bom desempenho ao mover arquivos de 100MB ou maiores de um lado para outro.
@Bremm
Sistemas de arquivo também é uma das minhas curiosidades dentro do mundo Linux.
O Xfs eu vi no trabalho, que só foi realmente bacana(a nivel de performance) quando nosso arquivo /var/lib/mysql/ibdata1 chegou aos 1Gb
(atualmente com 4Gb)
Que coisa mais triste!
Retirado da notícia:
Assim um dos argumentos do SL cai por terra: de que ele é bom porque tem independência de fornecedores.
@psantos:
Nessas horas ninguém se lembra do Mandriva Enterprise Server :(
Alguém daqui já o utilizou?
Red Hat só tah vendendo o peixe dela. Aproveitando que as empresas querem colocar a culpa de seu fracasso em alguém, afinal eh mais fácil dizer a culpa não é minha é dele.
Li muitas argumentações técnicas interessantes e tal, mas o que a Red Hat está querendo com isto é vender mais assinaturas de suporte, e nisso o tal “Linux gratuito” é um concorrente de peso, daí o “ataque” e essas distribuições, gerando medo/terror a quem usa o Debian em servidores, por exemplo.