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Pesquisa: Software Livre inserido na Educaçao Superior

Enviado por Eustaquio Guimaraes (eustaquio·guimaraesΘgmail·com):

“A Coordenação do FLISOL-DF convida a todos os participantes do evento que façam parte de uma pesquisa sobre Software Livre inserido na Educação Superior. A pesquisa pretende verificar como os alunos, professores e a comunidade avaliam a adoção de Software Livre, de sua filosofia de colaboração e compartilhamento, nos cursos de graduação da FAJESU.

O FLISOL-DF está apoiando a iniciativa de pesquisa acadêmica de um aluno de graduação (Ranyel de Paula Lélis) do curso de Gestão em Tecnologia da Informação da Faculdade Cambury de Formosa. A orientação do trabalho está sendo realizada pelo Prof. Ronald Costa.

Responda a pesquisa: PESQUISA – Software Livre inserido na Educaçao Superior” [referência: flisoldf.blog.br]


• Publicado por Augusto Campos em 2010-04-22

Comentários dos leitores

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    Bastante interessante, pois tudo que eu aprendi de Software Livre foi fora da minha faculdade ¬¬
    (até a aula de Sistemas Operacionais, o professor usava JAVA como exemplo, ao invés de falar de threads dentro do Linux)…

    rgc (usuário não registrado) em 22/04/2010 às 1:28 pm

    Na faculdade onde me formei (USP), nós utilizamos somente software livre durante praticamente todo o curso de graduação. O único software proprietário que eu me lembre que utilizamos em alguns poucos momentos (em apenas uma das disciplinas) foi o Maple, mas mesmo assim ele pelo menos rodava em Linux nativamente (e convenhamos, os equivalentes livres tais como o Maxima não são lá muito bons).

    Citando alguns dos softwares utilizados durante o curso: gcc, g++, gfortran, nasm, vim, gnuplot, scilab, openmpi, dentre outros. Isso sem contar as disciplinas (a maioria delas) onde você podia escolher a linguagem que quisesse, e às vezes eu escolhia python.

    Bom, devido a essa experiência, eu nem consigo imaginar um curso que dependa apenas de software proprietário, sem utilizar nenhuma dessas ferramentas que eu citei. Deve ser realmente horrível, e não falo somente por filosofia não, pois posso afirmar que as ferramentas que eu citei estão entre as melhores existentes para as tarefas que realizam.

    Mas é claro que isso depende muito da cultura dos professores. As coisas lá são assim porque os professores usam diariamente software livre como ferramenta para auxiliar a pesquisa deles. Eles dependem do software livre e reconhecem isso. É isso que faz toda a diferença – mais que a filosofia do software livre, está presente a filosofia de integração entre ensino e pesquisa.

    Jerônimo Medina Madruga (usuário não registrado) em 22/04/2010 às 1:43 pm

    Na realidade achei falho o questionário. Ele permite opções multiplas totalmente opostas (da para marcar todas as caixas em todas as respostas), não da espaço para opniões pessoais, não mostra o outro lado do software, não mostra um meio termo entre liberdade e propriedade (algo no estilo das licenças BSD da vida). Enfim, achei ele tendencioso, do tipo “love it or hate it” sem espaços para meio termos ou opniões diferenciadas, e levemente favorecendo o ponto de vista de software livre e liberdade cultural.

    Allan Taborda dos Santos (usuário não registrado) em 22/04/2010 às 3:28 pm

    Na Fatec de Praia Grande, onde fiz faculdade, praticamente só se usa software proprietário, pouquíssimas vezes se usa software livre, inclusive, a faculdade tem parecia com a Microsoft.

    JPayne (usuário não registrado) em 22/04/2010 às 5:14 pm

    Me formei em 2002 (Ciencias da Computação). Universidade privada cujo o curso de 4 anos não serviu de nada pra minha vida profissional (a nao ser quando solicitam o diploma). Pela grade curricular eu teria redes (telemática) apenas no terceiro e quarto ano (telematica era justamente o que mais me interessava e naquela época os outros cursos disponiveis eram engenharia de hardware e analise de sistemas – por isso optei por ciencia da computacao). Esperei pacientemente pelo terceiro e quarto ano e no final do curso, decepção: não vimos um switch na prática, nao vimos o que é um roteador na prática, não vimos praticamente nada de linux (um professor apenas mensionava as vezes). Ou seja… só leitura, livros, protocolos, topologia… pratica que é bom nada… imagina um cara sair da faculdade sem saber o que é um roteador (fisicamente falando). O cara sabe o que o roteador faz, mais ou menos como funciona, mas se vc colocar um na frente dele e nao tiver escrito router ou roteador o cara não sabe o que é… foi assim que muita gente concluiu o curso. Como eu fazia estagio pratico e tinha contato com equipamentos, me salvei disso. Mas é lamentável…
    E pelo que vejo, ainda não mudou muito, em algumas sim, na maioria, muda a passos de tartaruga.

    Renan (usuário não registrado) em 23/04/2010 às 10:43 am

    O problema é quando se sai da Computação/Informática. Eu curso Eng. Elétrica e a dependência em softwares proprietários é inevitável (assim como na maioria das Engenharias).

    A coisa mais livre que usamos até agora foi o gcc, de resto: AutoCAD, PSpice, MATLAB (embora o Octave e o SCILAB estejam ficando interessantes) etc…

    André Caldas (usuário não registrado) em 23/04/2010 às 12:55 pm

    @Renan,

    Eu pessoalmente não vejo a necessidade de software, de um modo geral! Mas eu sou uma pessoa antiquada… :-)

    De qualquer forma, não encontrei nada nas suas colocações que me levassem a concluir que o uso de software proprietário é inevitável na engenharia. É praticamente inevitável quando a universidade lhe obriga a usá-los. Caso contrário, não vejo nada de inevitável.

    Bem, onde estudo só usamos software livre há um bom tempo (uns 4 anos). Mas ainda há vários softwares proprietários para os alunos usarem e, como as empresas da região dependem muito de softwares proprietários, alguns alunos acabam absorvendo tal dependência. Caso perguntem, é uma universidade pública e todos os softwares são licenciados.

    Estes dias fui fazer uma entrevista numa empresa onde um colega meu trabalha (fui sem saber exatamente o que era, mas só pq este meu colega que marcou a entrevista pra mim), e quando fui ver era algo relacionado à trabalhar com Delphi (delphi é o clássico, mas .net e java estão virando moda aqui).

    Aí nestes dias numa aula tava mostrando para este cara o Linux, como instala programa, os programas pra desenvolvimento que tinha… Tipo, o cara não conhecia nada, nenhum programa pra desenvolvimento que não fosse proprietário e para Windows.

    E a maioria aqui (Maringá/PR) são assim. Mesmo com todos os esforços, os estudantes saem pronto para trabalharem nas mesmas empresas que insistem no uso somente de software proprietário.

    É um ciclo vicioso.

    E não, acho que profissional nenhum, de área que seja, deve depender de um software em específico, seja ele livre ou proprietário.

    No caso de um software livre, normalmente a dependência é menor, já que quando se fala de um software priprietário, normalmente se fala de um sistema operacional proprietário, de uma arquitetura de hardware proprietária, enquanto que a maioria dos softwares livres possibilitam a migração para outras plataformas ou mesmo outros softwares (interoperabilidade).

    Ultimamente têm aparecido iniciativas para coisas como hardware aberto (arduino), firmwares open source (linuxbios/openbios, etc) e coisas do tipo, que tem possibilitado que novas áreas, antes dependentes de tecnologias proprietárias somente, possam migrar para soluções abertas e mais flexíveis.

    Ainda há áreas que dependem de tecnologias proprietárias, é verdade. Mas cada vez mais o número destas vem se reduzindo.

    Ah sim, os textos das perguntas da pesquisa são bastante parciais, além de não dar opções ao pesquisado que o façam demonstrar sua opinião. Além disso contêm muitos erros gramaticais. Nossa. Mesmo assim estou respondendo para ver no que dá.

    42. Você concorda que o Chuck Norris, e somente ele, é o cara mais macho:
    a) dos EUA
    b) da América
    c) do ocidente
    d) do Mundo
    e) do universo
    f) todas as anteriores

    Renan (usuário não registrado) em 23/04/2010 às 3:42 pm

    “É praticamente inevitável quando a universidade lhe obriga a usá-los. Caso contrário, não vejo nada de inevitável.”

    Foi isso que eu quis dizer. :)

    E eu noto que é isso que acontece na prática, quase todos os cursos de engenharia dependem (p.e.) de um programa de CAD.

    (BTW, até hoje estou a procura de um bom CAD livre. Iria me ser bem útil. :/)

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