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Oracle avisa que o seu OpenOffice continua vivo

Talvez a parte mais interessante dessa história seja perceber que o OpenOffice está fazendo 10 anos. Quem lembra da época em que o StarOffice virou OpenOffice? E isso foi após 14 anos de StarOffice… Será que tem código legado do StarWriter original ainda rodando por aqui?

Mas, voltando ao assunto, a segunda parte mais interessante é que, para usar uma metáfora pouco agradável mas bem fácil de entender, o defunto do OpenOffice se mexeu em pleno velório promovido por quem já acreditava que o LibreOffice havia imediatamente asfixiado o projeto anterior.

E esse movimento ocorreu na forma da participação da Oracle, mantenedora e herdeira do OpenOffice, num evento sobre o padrão ODF e comemorativo da data natalícia do aplicativo.

Frequentemente a Oracle prefere ficar quietinha quanto aos projetos Open Source recebidos no espólio da Sun, mas dessa vez, semanas após o anúncio do celebrado fork comunitário, ela preferiu ser bem explícita – ou, como comentou o Linux Journal, “ela está claramente tentando passar a impressão de que o projeto ainda está bem vivo” e conduzindo suas atividades como sempre, apesar do êxodo dos desenvolvedores comunitários. (via linuxjournal.com)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-10-15

Comentários dos leitores

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    é, tá difícil enterrar este defunto… Ele não quer entrar no caixão de jeito algum! :-)

    Acho que o LibreOffice vai começar a ir para frente quando o pessoal do Go-OO, do NeoOffice e do BrOffice “largarem mão” destes projetos para trabalhar em torno do LibreOffice.

    Uma coisa que queria saber: no que será que os desenvolvedores originais do OpenOffice e StarOffice estão trabalhando hj? Será que eles ainda participam do desenvolvimento de algum dos forks?

    Rodolfo Evil (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 8:43 am

    Eu torço para que enterrem. Alias, uma coisa que gostaria de ver fora do libreoffice é java!

    Openoffice depender de Java foi uma estratégia infeliz, e agora espero que mudem isso!!!

    zer0c00l (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 8:44 am

    Releitura…
    “Acho que o último fork do (Único Office que presta e que roda no Linux) vai começar a ir pra frente quando o pessoal de todos os forks anteriores <>”
    Yeah, faz todo o sentido pra mim, certo que eles vão jogar fora o que fizeram antes por causa de MAIS UM FORK.

    De volta ao meu documento do Microsoft Office em meu Mac!

    zer0c00l (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 8:50 am

    Releitura…
    De volta ao meu documento do Microsoft Office em meu Mac cor de rosa queo o meu NAMORADO me deu ^^!

    Tiago (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 9:18 am

    NeoOffice ir trabalhar com o LivreOffice? Só se o pessoal do LivreOffice criar a versão do Mac de forma nativa como o pessoal do NeoOffice faz. Caso contrário, deixa separado mesmo, por que fazer nojeira como faz o o pessoal do Gimp é froids (o Gimp “para mac” não roda nativo, roda numa instancia do X no Mac. Ora, se para windows roda nativo, porque não para Mac??? é o que eu falo, se é para fazer mal feito, é melhor nem fazer).

    Mac cor de rosa ?!?!

    flavioalsoares (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 9:21 am

    Se o defunto se mexeu no velório é porque ele estava cheio de gases gerados pelo adiantado estado de putrefação em que o cadáver se encontrava.
    Caso alguém ainda tiver dúvidas se o defunto está morto mesmo favor dar mais um tiro na cabeça do mesmo só para garantir.

    Sou mais um favorável a arrancar o java do OpenOffice, se quiserem, que usem Python, Perl, TCL/TK, C++, C, assembly, micro operações do processador, qualquer coisa, mas esqueçam o java que a Sun quis enfiar na goela de todo mundo e só atrasou a vida (pelo menos no caso do OpenOffice).

    Vida longa ao LibreOffice e que enterrem logo o cadáver pois já fedeu demais.

    WD (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 9:34 am

    É só desabilitar o java no OpenOffice!!?!!!

    Christian (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 10:01 am

    Impressionante como a Oracle está conseguindo, pouco a pouco, desconstruir o que comprou da Sun.

    Primeiro ficou naquela indefinição sobre o que faria com MySQL, Java, OpenOffice, etc. Falaram que estava tudo bom, tudo bem, a vida seguiria.

    Aí começaram as bobagens: cagancha completa com o Open Solaris. Queda de braço com a Google sobre Java. Agora a confusão com o OpenOffice. Document Foundation? LibreOffice? Precisava mesmo disso, ô Oracle?

    Resultado, a comunidade mais uma vez sai correndo da Oracle. Parece que eles ainda não entenderam que, sem essa comunidade, esses projetos vão morrer.

    Estou contando os dias pra próxima idiotice relacionada a VirtualBox ou Java…

    JosephDiniz (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 10:04 am

    ” WD (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 9:34 am
    É só desabilitar o java no OpenOffice!!?!!! ”

    E abrir mão dos pluguins? Pq, praticamente TODOS os pluguins do OOo dependem do java para funcionar :(.

    anderson freitas (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 10:29 am

    Hades não deixe o morto vivo escapar do reino das trevas ele não merece nenhuma chance como teve Orfeu.deixe-o vagando eternamente em seus domínios.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 10:54 am

    Quem quiser saber como anda o projeto OO é melhor buscar conhecimento no blog oficial:
    http://blogs.sun.com/GullFOSS/

    Melhor do que procurar mimimi de viúvas da Sun.
    Interessante que a Oracle está trazendo em parceria com a IBM inovações do Symphony para o OO:
    http://blogs.sun.com/GullFOSS/entry/behind_the_scenes_datapilot_improvements

    erico (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 11:33 am

    @tenchi, ainda vai demorar um pouco para que isso ocorra, mas confesso que acho que se exitoso será um ponto de referencia na produção de software. O que se espera de todos nós é agora apoiar o projeto.

    Leão do Norte (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 12:36 pm

    Exagerar dessa vez: MORRA bexiga! :D

    É muito positivo esses forks pra pressionarem o projeto pro mudanças, que faz anos que está devagar. Assim que um deles conseguir deslanchar em melhorias, com certeza os outros vão convergir.

    Só temo que surjam incompatibilidades entre eles, já que o padrão ODF ainda não está bem maduro como padrão e cada suíte abre de uma forma (Google docs, Abiword, KOoffice, OO).

    Infelizmente o “padrão” mais interoperável ainda é o .DOC e .XLS.

    JCCyC (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 1:30 pm

    DADO QUE o LibreOffice foi lançado, a atitude da Oracle que mais atrapalha deixou de ser “ignorar o OpenOffice” e passou a ser “promover o OpenOffice”. Pensem nisso.

    MalkavFelipe (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 2:27 pm

    Não sei porque o povo implica tanto com o java ¬¬

    E eu sou o unico que torce pro OpenOffice continuar bem vivo???

    Querendo ou não, ter uma empresa grande como a Oracle por tras do projeto, traz uma maior confiabilidade para as empresas investirem na ferramenta e implantarem nos locais de trabalho…

    @marcosalex, os formatos do MS Office abrem muito bem sim. Muito bem no próprio MS Office, pq em outras suítes não (estou tendo um dejavu). O ODF ainda é o formato mais portável e compatível, mesmo que bastante incompatível entre as suítes.

    E isto não é tão um problema no formato, mas sim nas implementações. Implementações que aliás tendem a melhorar com o tempo, se aproximando cada vez mais do padrão de fato.

    Mas sim, se vc quiser usar MS Office, o melhor formato ainda é o doc :-)

    Vagner_Fonseca em 15/10/2010 às 3:16 pm

    Por isso eu uso textos em ascii… qualquer programa lê… bons e velhos nano e vim…

    Agora se a suite office é ruim ou deixa a desejar, procure outra, existem várias para Open Source e Closed Source mas gratuitas.

    Curioso (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 4:00 pm

    Com IBM e a Oracle juntas podemos esperar um bom produto, ao meu ver o Symphony da IBM esta bem melhor que OO, parece mais rápido e com um ótimo visual.

    Acho que só temos a ganhar com esta “competição”, quanto mais concorrência melhor.

    Quanto ao java, não tem jeito mesmo, pegou a fama de verboso, pesado e lento e isso ninguém o tira.

    Falando em pesado, no meu ubuntu 10.10 quando uso o JDownloader que é feito em java, e é um ótimo software por sinal, vejo o porque da fama, lento para iniciar, e se vão cerca de 350mb de ram.

    @Vagner_Fonseca eu prefiro usar UTF-8 hehe

    Cleśio Luiz (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 5:36 pm

    No windows eu não sei, mas no Linux me parece que o OOo vai sumir rapidamente com a nova fornada de distros no ano que vem.

    john11 (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 7:06 pm

    Eu só quero ver o que vai acontecer ao virtualbox.

    tenchi (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 7:06 pm

    Não penso que o LibreOffice será “só mais fork”, afinal os criadores de outros forks do OO, como a Novell e seu Go-OO e o pessoal do NeoOffice, mostraram apoio ao mais novo projeto.

    Isto indica, ao meu ver, uma possibilidade de no futuro todos estes forks do OO se unirem num só produto. Neste caso, será um merge.

    O pessoal do NeoOffice sabe como fazer um bom OpenOffice para Mac, por isso é provável que as funcionalidades do Neo possa ser usado no LibreOffice. O pessoal da Novell sabe como criar um OpenOffice que atenda os desejos dos usuários (negados pela Sun, tais como a parte multimidia).

    O pessoal do google pode se beneficiar com uma integração entre o oo e o google docs. Alguns usam o OpenOffice e outros usam o Docs, mas todos tem a possibilidade de usar os serviços do Google.

    O pessoal do BrOffice…. Bem, na verdade nunca entendi muito bem o que o BrOffice faz em termos de código e funcionalidade que não seja tradução, mas é um ponto positivo para os usuários da terra brasilis.

    Canonical? Bem, não sei se ela fará muito pelo OO, pelo seu histórico de contribuições com o projeto. Talvez uma integração com o Ubuntu One (que aliás tem decepcionado cada vez mais) e ajuda na melhoria do desempenho da suíte.

    Vejo este fork como um fork destinado ao sucesso.

    O pessoal da RedOffice não se pronunciou à respeito? A RedOffice criou uma interface muito interessante para o OpenOffice sem necessariamente imitar o MS Office, mas parece-me que é de código-fechado e restrita aos chineses.

    (ah sim, mas ainda espero a mudança no nome da suíte. Libreoffice não soou muito legal.)

    flavioalsoares (usuário não registrado) em 15/10/2010 às 11:00 pm

    @tenchi o OpenOffice no Brasil teve que ser rebatizado para BROffice pois a marca “OpenOffice” já estava registrada (já nem me lembro quando foi isso, 2004 ? Talvez o Augusto possa ajudar com mais detalhes, pois foi pelo br-linux que eu soube da notícia) então para evitar problemas jurídicos decidiram renomear o projeto, pelo que sei o objetivo nem seria mesmo criar um fork.

    Agora veremos o que vai acontecer com toda essa galera que você mencionou, se houver união bem provável que saia coisa boa.

    Sucesso a todos.

    @flavioalsoares, sim, conheço a história do nome do OpenOffice :-)

    O que eu quis dizer é que o BrOffice, ou OpenOffice no Brasil, tem basicamente como função traduzir o openoffice para o idioma português e para a realidade do Brasil. Em termos de desenvolvimento do “core” do OO, não sei qual a contribuição do BrOffice, nem qual a relação dele com a versão em português do OpenOffice “original”.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 16/10/2010 às 1:13 pm

    Uma coisa que o BrOffice podia ter feito era colocar as acentuações no corretor automático, como acontece no MS Office e é muito útil no dia a dia.

    André Machado (usuário não registrado) em 16/10/2010 às 4:51 pm

    “Por isso eu uso textos em ascii… qualquer programa lê… bons e velhos nano e vim…”

    Imagino você entregando uma monografia ou relatório profissional em ASCII.

    E se vocês acham que o StarOffice era bom, gostaria de lembrá-los do descaso que a StarDivision, empresa que originalmente o desenvolveu, fez com seus usuários no final da década de 90:

    http://www.macarlo.com/staroff.htm

    usuario (usuário não registrado) em 16/10/2010 às 5:31 pm

    Imagino você entregando uma monografia ou relatório profissional em ASCII

    Mas não se usa suíte de Office para isso. Quer dizer, pode até usar, mas é pouco profissional e não é o mais adequado. O mais adequado é usar LaTeX. Se considerar o fonte original do LaTeX, sim, é ASCII. E não se esqueça que para publicar um artigo em periódico, por exemplo, o que é pedido é esse fonte original.

    @usuario, latex não aceita outra codificação? ASCII não suporta nem caracteres latinos. Imagina o pessoal de países que adotam outros alfabetos, tais como o Japão. Japonês tem q usar ascii tbm? Japonês não faz monografia? :-)

    PS: sim, entendi o que quis dizer com ascii, que é basicamente o não-uso de editores do tipo wysiwyg.

    Marcos (usuário não registrado) em 17/10/2010 às 12:09 pm

    @usuario, Latex já perdeu a exclusividade de monografia “profissional”. Muitos trabalhos internacionais já até incentivam outros formatos e até o PDF.

    @Marcos, LaTeX == “código-fonte”. PDF == formato de distribuição == compilado.

    É possível gerar PDFs de várias maneiras, e uma delas é o LaTeX. Nunca usei esta ferramenta – só brinquei um pouco, mas nada sério – e me parece em em trabalhos de alta complexidade que exige o reaproveitamento de conteúdo e a desanexação do tipo de mídia final, linguagens de marcação sem apelo para o lado visual, como o LaTeX são muito boas.

    Paulo Cesar (usuário não registrado) em 17/10/2010 às 5:06 pm

    A grande vantagem do LaTeX é que o de ontem é o de hoje será o de amanhã. As suites de escritório são incertas e podem mudar tão radicalmente tanto no visual quanto na forma de trabalhar.
    Quem nunca usou LaTeX terá a mesma dificuldade (ou menos até) para aprender como se fosse uma linguagem de programação. Tenho relatos onde muitos usam e estão satisfeitos com essa ferramenta, e são usuários de suites de escritório.
    Arquivos .tex são os “códigos-fonte”, os arquivos .dvi, .pdf, .ps são os “binários”. E a qualidade gerada é muito boa, porém, não vi corretor ortográfico nativo (embora haja IDEs que possam prover essa funcionalidade).
    Quanto à suite de escritório, em especial o OpenOffice.org e o LibreOffice, torcendo muito por essa última e também para que a Oracle reconheça e trabalhe em conjunto, assim como as outras que usam a suite.
    O que poderia bem acontecer gradualmente é uma mudança na interface, e devido ao grau de flexibilidade que é possível no software livre, manter a interface atual para quem quiser usá-la e disponibilizar uma nova como extensão para quem quiser, sem necessariamente copiar a “fita” da outra suite.
    Para o LibreOffice crescer é necessário parar de desenvolver a suite com base na outra, focando apenas em usabilidade e padrões abertos, assim ela será melhor reconhecida (e mais atacada e divulgada indiretamente). Ela precisa cumprir apenas o papel que lhe é devida sem mais nem menos.
    Como sou um usuário assíduo de Calc, vejo que as funções do mesmo são as mesmas do Excel e além de ter as mesmas funções infelizmente retornam resultados não totalmente confiáveis como no Excel, principalmente para alguns estatísticos viciados em planilhas eletrônicas que confiam cegamente nos resultados.
    Se for para ter as mesmas funções, tudo bem, mas acredito que pela natureza da suite é mais fácil centenas de milhares de pessoas melhorarem a lógica do que algumas centenas dentro de uma empresa.
    No mais, força ao LibreOffice e boa tomada de decisões à Oracle.

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