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O que são distribuições rolling release

Recentemente a Canonical viu-se obrigada a negar publicamente que sua distribuição de Linux fosse adotar um esquema rolling release, após algumas declarações de seu fundador à imprensa terem sido tomadas como um sinal de que esta mudança estaria por acontecer.

A situação quanto ao Ubuntu se esclareceu: as declarações do fundador da Canonical estavam relacionadas ao funcionamento do seu repositório de aplicativos no que diz respeito a versões mais atualizadas de programas em desenvolvimento.

Mas a ideia de adotar o modelo rolling release é tão instigante que causou ondas de choque entre os usuários do Ubuntu ao longo das 24h em que o mal-entendido durou, e agora aparentemente começou a afetar usuários do openSUSE, dado recente anúncio de que haverá uma alternativa em rolling release para ele.

Um conceito tão interessante merece ser melhor compreendido, e eis a razão de eu ter dedicado o post do link a seguir para apresentá-lo, com exemplos de distribuições que adotam com sucesso esta forma de atualização. (via IBM DeveloperWorks)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-12-08

Comentários dos leitores

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    Tiago (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 9:40 am

    Eu sou mais favorável ao rolling release do que ao versionamento de tempos em tempos, como o do Ubuntu.

    Por exemplo, para mim, é muito mais confortável instalar um sistema uma vez a cada 2 ou 3 anos e ele não desatualizar (vide o Mac ou o Windows) do que acontece com o Ubuntu que, para ficar atualizado, tem que reinstalar o sistema a cada 6 meses (o Windows 95 eu conseguia prazos maioes).

    Eu não sei qual a vantagem o que o povo vê nisso!

    raquer (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 9:51 am

    o problema é que a cada dia tem download pra fazer, esses dias atualizei meu arch e no outro dia ja tinha 450MiB porque atualizaram o kde hahaha, é pra quebrar né.

    Paulo Brito (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 9:53 am

    Reinstalar o Ubuntu a cada 6 meses? Realmente seria complicado se nós usuários do Ubuntu tivéssemos que reinstalar o sistema a cada 6 meses. Ainda bem que isso não é necessário.

    Smaug (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 9:55 am

    Excelente matéria. Uso o aptosid (ex-sidux) há muito tempo, fazendo atualizações diárias (ou até mais de uma vez por dia) sempre pelo Synaptic e os problemas têm sido raros. Quando existem, são rapidamente sanados (geralmente basta consultar o fórum que a solução já estará lá).

    No entanto, os repositórios “unstable” do Debian nem sempre trazem os pacotes mais recentes, por estranho que pareça: o Firefox (Iceweasel) ainda é o 3.5 e o KDE4 é o 4.4.4 (estou citando de cabeça, posso estar enganado nos números, mas com certeza as versões estão um pouco defasadas).

    Thiago Rocha (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 10:25 am

    Concordo com Tiago, eu acho que deveria ter um tempo maior em relação as atualizaçoes. Assim daria para melhor mais o sistema. Por exemplo os drivers de som, era para ser um drive capaz de executar o som e gravar som também!!!

    Ian Liu (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 10:35 am

    É engraçado como a opinião do meu colega de trabalho é completamente oposta a do colega Tiago. Quando eu digo para o meu colega que sempre instalo o Ubuntu na versão Beta, ele acha que eu sou louco! Alias, a maioria lá no trabalho acha.
    Tem gente que preza muito mais a estabilidade do que atualidade.

    Eu perguntei a ele (usuário Debian) qual a vantagem de manter um pacote antigo no sistema. Vai que tem uma falha de segurança grave?
    Ele me respondeu que o pessoal do Debian faz patches para as versões mais antigas, afim de corrigir instabilidades, mas nunca oferecendo features novas. Feature nova = bug novo!

    Concordo com ele em partes, mas a minha sede por novidades é maior ;)
    O modelo de lançamentos do Ubuntu só me deixa mais confiante no sentido de que o usuário mais conservador vai ficar tranquilo. Além do mais, eu sinto cada vez menos “amor” pelo que está no meu HD. Todos os códigos em que programo estão na Web, ouço músicas no Youtube e tenho a maioria dos documentos no Docs. Uma instalação a cada 6 meses para mim não é sofrida, pelo contrário, é excitante (para um Nerd haha)

    Lucas Timm (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 11:01 am

    Sou da velha guarda.

    Uso CentOS no desktop justamente pra não ter que ficar atualizando a cada 6 meses. As atualizações do CentOS são anuais, e mantém compatibilidade total com todas as outras versões daquela série. Um 5.0 pode virar 5.5 sem nenhum problema. Esse negócio de sempre ter a última versão tá virando TOC na maioria da comunidade, e eu não gosto disso.

    Não é ruim ter a última versão de cada software. É ruim ter bugs, ambiente desomologado e uma frequente necessidade de reinstalação do sistema em dado intervalo de tempo. Eu gostaria da “filosofia” Apple no meu desktop Linux: Just works.

    Em antigamente os usuários Linux adoravam dizer pros usuários Windows que seu sistema era rock-solid. Isso nos tempos do Conectiva, Red Hat e cia. Infelizmente hoje isso não é mais verdade, uma vez quem com o ciclo de atualizações da maioria das distribuições de 6 em 6 meses (não disse todas), elas vem com pacotes cada vez menos testados e mais suscetíveis a erro. E também, cada vez mais software beta classificado como estável (mesmo mantendo os repositórios /testing, /beta, /unstable e afins).

    O fórum do Ubuntu e do Fedora não me deixam mentir, a cada nova versão sempre chovem threads com o mesmo conteúdo: “Na versão X funcionava, agora no X+6meses não funciona mais”.

    Assim sendo, humildemente acho que as distribuições Rolling Release são uma coisa que só fazem afastar o Linux cada vez mais do desktop. Realmente eu não me importo com isso (meu uso principal de Linux é profissional e corporativo), mas também vejo como uma regressão daquilo que o sistema já foi.

    Apesar de achar o ciclo do Ubuntu ainda curto demais (6 meses) e gostar da idéia do LTS, gostei do “Não, obrigado” do Shuttlework nesse aspecto. Mas que isso ainda vai dar ainda mais pano pra manga…

    Ninguem é obrigado a atualizar. Se não é bug ou problema de segurança, não atualize, simples.
    Por outro lado, no caso do Ubuntu, preferes um ciclo mais longo? Use LTS.

    Heaven (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 11:27 am

    @Lucas Timm

    A vantagem dos rolling releases é justamente essa: a possibilidade de atualizar sem haver tantos danos.

    A questão toda se resume a apenas hábito de um novo modelo, para mim as distros deveriam ser todas rolling release, sem aquela onda de reformatar a máquina para uma versão mais nova, mas é claro sempre obedecendo a compatibilidade.

    Marco Aurelio (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 12:19 pm

    Bom, na realidade, baixar muitas atualizaçoes é um problema no brasil… na minha cidade por exemplo nao tem ADSL disponivel para muito dos bairros, a alternativa é uma internet a radio de 150 kbps, muito ruim, pessimo, nao baixa nada… impraticavel, 3g ainda está longe de passar por aqui… o fedora sempre tem atualizaçoes gigantescas… rolling release nao seria praticavel pra mim, uso fedora, ubuntu desktop e notebook respectivamente, mas nao atualizo o desktop… somente o notebook q eu atualizo no trabalho. Acho q o linux deveria ser mais estavel nos lançamentos de cada versao e ter menos atualizaçoes… e ter uma atualizaçao maior depois na proxima versao. Menos o fedora q sempre utiliza os pacotes mais atuais… mas outras distribuiçoes deveria ter menos atualizaçoes.

    serraemeira em 8/12/2010 às 12:46 pm

    E “half-rolling release”? Já ouviram falar? A distribuição Chakra Linux segue este e alguns outros princípios interessantes:

    a) Half-Rolling Release, isto é, o repositório “apps” (onde ficam os aplicativos) é constantemente atualizado ao passo que os repositórios “desktop” (onde fica o ambiente gráfico), “platform” e “core” só recebem atualizações na época que uma nova versão do KDE 4.X torna-se estável (4.X.4 ou 4.X.5 geralmente).
    b) É uma distribuição totalmente voltada paro o KDE. Os pacotes GTK são proibidos nos repositórios oficiais.
    c) Aplicativos com dependências GTK e muito solicitados pelos usuários (ex: Firefox e Gimp) são disponibilizados através de um sistema de pacotes denominado “bundles” (“embrulho”), similar ao sistema PBI do PC-BSD.
    d) È baseado em Arch Linux, procurando manter o princípio de simplicidade KISS, apesar da instalação automatizada pelo elogiado instalador “Tribe”.

    Bem era isso pessoal, aproveitando para fazer a divulgação dessa distro pouco conhecida aqui no Brasil e mostrando que existem outras possibilidades além do “Freeze” e do “Rolling Release”.

    http://chakra-project.org/

    Rael (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 1:09 pm

    Esse comment não é sobre rolling release: é incrível como as pessoas realmente não entendem a idéia das versões LTS, e ficam reclamando dos 6 meses.

    Aos que ainda acham que o Ubuntu obriga uma re-instalação a cada 6 meses caso você queira manter ele atualizado:

    A cada 6 meses você pode fazer o update do sistema. Ele atualiza sem fazer você ter de formatar qualquer partição.

    Rodo em um desktop pessoal meu, um Ubuntu que foi instalado originalmente na versão 8.10.

    E olhe que estamos já na 10.10.

    Esse é um assunto que sempre gerou e sempre vai gerar polêmica.

    Eu uso uma metáfora para descrever essa situação:
    “Todo surfista sabe que a emoção está nas ondas maiores, mas também sabe que é nelas que está o maior perigo e que elas são as que dão mais trabalho de serem surfadas.”

    É a mesma coisa com o nosso sistema. Se queremos andar na crista da onda e ter tudo sempre novo, teremos que pagar o preço por isso.
    É bom que alguns façam, pois existe demanda por esse tipo de coisas. Mas é bom também que existam alternativas para os mais conservadores.

    Uso UBUNTU a uns 4 anos no meu micro pessoal e só tive que reinstalar 2 vezes.
    A primeira foi logo no início quando ocorreu um erro durante a atualização e o sistema ficou instável.
    A segunda foi semana passada, pois eu tinha feito algumas besteiras e estava com preguiça de concertar. Aproveitei que queria trocar do KUBUNTU para o UBUNTU (para testar a diferença) e refiz do zero.

    Eu vou usar para uso domestico, se houver estabilidade suficiente porque não no serviço?

    PS:No openSUSE é um repositorio a parte, não será o padrão!!

    openSUSE KDE 4.6 – Brasilia

    Igor Ramos Tiburcio (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 2:37 pm

    LTS não traz a ultima versão dos programas… quem tá falando não intendeu a pegada. Quem tenta emular uma experiencia rolling release/half-rolling release no Ubuntu, normalmente acaba com um sistema incapaz de ser atualizado corretamente*… ai, para manter, a única saída garantida é reinstalar a cada seis meses.

    *Não estou falando necessariamente de problemas sérios, um simples erro na source.list (muito comum nesses casos) e pronto, o usuário não avançado, mas que gosta de novidades, pode achar melhor “formatar para garantir”.

    willian (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 2:59 pm

    prefiro o esquema adotado pelo slackware, tem a versão estável de tempos em tempos e para quem quer pacotes mais atualizados, basta utilizar a versão current que inclusive é mais estável que muitas distros, as versões estáveis recebem atualizações de segurança durante muito tempo

    allan (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 3:13 pm

    they se me rolin , they hatin´….

    Wallacy (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 3:27 pm

    Usando o OpenSUSE como base, já que a noticia fala sobre ele.

    Não é só porque um pacote tem uma atualização que você deve atualiza-lo.

    O YOU (Yast Online Update) que é o modulo primário de atualização do OpenSUSE só atualiza se no chance log estiver marcado as seguintes propriedades relativas ao pacote anterior:

    * Resolução de problemas de segurança.
    * Correção de bugs.
    * Otimização de desempenho.
    * Novas funcionalidades estabilizadas.

    Caso contrario ele ignora o versionamento do pacote, pois entende que a mudança não é significativa para o usuário. Se o cara mudar um “for” por um “while” tecnicamente ele criou outra versão, mais isso não faz com que o usuário tenha que atualizar nada a não ser que tal mudança influencia no aspecto de segurança, correção de bugs, … etc.

    Todos os pacotes possuem logs de alteração direto nos metadados do pacote RPM, assim o gerenciador sabe quando é interessante ou não atualizar o pacote.

    Porém se o usuário quiser atualizar existe no menu a opção: Atualizar todos os pacotes se disponível.

    Sendo assim, Rolling Release não faria (pelo menos no openSUSE) no que diz respeito a estabilidade do sistema ou mesmo com relação implementações de novos recursos não estabilizados. O openSUSE mantém sempre dois repositórios para suas aplicação o stable e o factory, para diferenciar o estado de cada aplicação.

    Atualizações estruturais (como a retirada do X11 por outro qualquer) ainda teriam que ser feitas em uma nova versão do sistema.

    Junin (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 4:14 pm

    Uso o Arch a um ano e a unica decepção que tive foi ter que abrir mão do boot gráfico.

    Splashy é de um repositório “não oficial” e não acompanhou as mudanças dos pacotes.

    Do resto sem choro, sem nada.

    Acredito que repositórios fora do default são o maior problema pra qual distro que queira se tornar RR.

    Amarok (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 7:04 pm

    Em um desktop doméstico e usado/administrado por uma pessoa com uma experiência razoável em linux para resolver problemas manualmente uma distro rolling release pode ser interessante mas em desktops corporativos e servidores de produção é muito arriscado.

    A maioria das distros que não são rolling release podem também ser atualizadas com repositórios não oficiais e/ou repositórios do tipo backports, testing e de desenvolvimento da próxima versão. Então essa distinção começa a ficar meio subjetiva.

    Onife (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 9:04 pm

    Usei openSUSE durante muitos anos e agora estou no Arch Linux desde o inicio do ano. A diferença é tremenda, mas oi Arch é muito bom por sinal, consegui arrumá-lo do jeito que queria. A única coisa que ainda me deixa com a cabeça quente é os pacotes que não passa por um refinamento como acontece com o openSUSE por exemplo conforme nosso colega Wallacy disse. É uma pena já tive que resolver uns 3 ou 4 bugs e tem um aqui que esta me dando dor de cabeça. No mais é uma distro incrível.

    Agora se o openSUSE partir para esse lado de rolling release vou particionar o hd só para ver como será e se gostar quem sabe não retorno a minha distro favorita xD

    Paulo Cesar (usuário não registrado) em 8/12/2010 às 9:18 pm

    Concordo o @Lucas Timm.
    Uso Debian 5.0 “lenny” aqui. Prezo a estabilidade do sistema. Não me importo se o Firefox (quer dizer, Iceweasel) está na versão 3.0.6 e que o brOffice esteja na versão 2.4.3. Ou que o GNOME seja 2.22 ou o KDE 3.5.10. Interface gráfico com KDE 3.5 ou GNOME 2.22 não é necessário atualizar, basta adicionar extras e personalizações se for do agrado de quem o usa. Na instalação do sistema eu instalo sempre o mínimo e vou instalando posteriormente só os pacotes necessários (as principais bibliotecas do X que já são instaladas quando instalado o núcleo do GNOME (gnome-core) ou do KDE (kdebase), o gestor de login (gdm ou kdm) e o ALSA (para som), CUPS e xsane (impressão, digitalização).
    O brOffice eu baixo do site, o HPLIP eu uso o driver mais novo para reconhecer minha multifuncional recente, o Firefox novo eu baixo da Mozilla e depois de extraído e copiado em algum lugar tipo em home/meu nome/aplicativos e depois ele até passa a atualizar sozinho nessa pasta (crio um atalho no menu, no desktop (estou evitando poluição, só os principais) ou painel de tarefas. Enfim, o restante, mesmo com pacotes antigos, ainda tenho gravadores de som, vídeo, de discos, tocadores, paint, screenshot e etc. Tudo redondo.
    E só faço isso uma vez, pois se por ventura eu abusar no terminal :) faço um dd de hd para outro com tudo já prontinho. Vaimesmo é de quem usa e gosta de novidades (eu gosto, mas em máquinas virtuais).

    Marcelo Gondim (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 12:19 am

    Olá pessoal,

    Vou dar minha humilde opinião sobre esse assunto… Já fui usuário vários anos de Gentoo, usava tanto em desktop quanto em servidores. Gentoo usa o modelo RR. Na época eu tinha 2 opções à seguir:

    1) Fazer atualizações somente de segurança.
    2) Fazer todas as atualizações pelo menos 1 vez por semana salvo atualizações de segurança que eram feitas sempre que saíam.

    Bem na opção 1 tudo ia bem mas com o tempo o sistema ficava tão desatualizado que chegava num ponto que era necessário atualizar tudo de uma vez e aí começavam os problemas com grandes mudanças nas configs e até problemas na compilação.

    Na opção 2 eram muitas atualizações para serem feitas e nem sempre eram feitas agradavelmente. Somado à isso imaginem vários servidores tendo que passar pelo mesmo processo.

    A estabilidade era algo flutuante demais fazendo a opção 2. Imaginem que hoje você estaria usando o apache2 e do dia pra noite jogam no repositório um apache3 cuja a conf seria totalmente diferente e você tivesse que por pra funcionar ali na hora senão seu servidor web iria parar. A coisa vai mais além imaginem que você sua aplicação rodando para PHP5.3 e também da noite para o dia jogam o php6 pra você mas o detalhe é que na versão 6 pode mudar várias funções e maneiras de se programar e aí você se vê lascado porque sua aplicação precisa ser totalmente alterada.

    A mudança não é ruim desde que possa ser feita gradualmente e com tempo para que se possa migrar com segurança entre essas versões.

    O fato de se usar uma versão mais antiga não está somente relacionada à bugs e segurança mas também à compatibilidades que precisam ser mantidas para que o sistema funcione até que se possa mudar de versão. :)

    São coisas que precisamos levar em consideração quando falamos de servidores. Agora desktop em casa vai do gosto mesmo da pessoa. :)

    Atualmente só uso em servidores: Debian, CentOS e Ubuntu Server LTS
    Porque sei que mantem o sistema sempre estável, seguro e compatível com os serviços que presto e sei que quando tiver que mudar de versão neles vou ter tempo para planejar isso.

    []´s a todos

    O problema não é o “rolling release” em si, mas fazê-lo com pacotes não estáveis.

    Gentoo, por exemplo, se mantiver marcado para só usar os pacotes estáveis, geralmente não dá problema. Agora, se partir para os “~amd64″, pode se dar mal.

    Mesmo distribuições “estáveis” de vez em quando tem que resolver bugs. Acontece, bugs existem até que se prove o contrário. Mas deixar de atualizar certos pacotes (Iceweasel/Firefox, Flash, Chromium/Chrome, por exemplo) é insano, as correções de bugs sérios de segurança implicam em trocar versões de software, às vezes. Que o diga o OpenSSL, saiu versão nva, melhor trocar pois costumam corrigir problemas sérios que afetam muitos softwares.

    O segredo provavelmente está em manter distinção entre pacotes estáveis (mas atualizados) dos pacotes instáveis. E quem quiser brincar com fogo, que brinque (instáveis). Mas ter que esperar n meses para trocar de versão do OpenSSL, não tem lógica. Esperar n meses para trocar de versão do KDE, pode ser razoável.

    Tenho usado o Arch Linux ultimamente e tenho gostado bastante. Ainda sinto falta da flexibilidade do Gentoo em alguns casos, mas não sinto falta de algumas brigas boas com pacotes que demoram demais para ficar estáveis (e às vezes usava os instáveis). Mas eu sabia o que estava fazendo, tendo usado gentoo por muito tempo.

    Quanto ao uso em servers, o modelo um pouco mais estável pode ser melhor, pois são necessárias atualizações de forma controlada, mas isso não inviabiliza o uso de rolling release, apenas tem que se tomar mais cuidado com o que se atualiza. O Gentoo tinha uma idéia de marcar atualizações de segurança com um código que quando fosse chamada a atualização com este código, só atualizava itens de segurança, não novas versões). Isto pode ser o caminho.

    Flávio

    Marcelo Gondim (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 11:40 am

    @FlavioMachado sim mas o mais sério pode acontecer vou te dar um exemplo que aconteceu comigo em um servidor gentoo… Estava eu somente fazendo as atualizações de segurança e passaram-se meses e tudo funcionando bem mas o sistema foi ficando desatualizado em relação à árvore do Gentoo e muita coisa desatualizado até o dia que saiu uma atualização de segurança pro gcc e adivinha? Tinha que recompilar praticamente tudo e isso implicava em atualizar alguns vários pacotes que estavam muito defasados e aí você pode imaginar o caos que foi. Agora pegue isso e multiplique por 20 que era a quantidade de servidores que eu teria que fazer o mesmo procedimento.

    Ou seja, não podia ficar nessa vida. :) Parti para sistemas mais seguros nesse ponto. :)

    o (usuário não registrado) em 9/12/2010 às 5:48 pm

    O ideal seria usar NO CASO DE DESKTOPS uma distribuição “half” rolling release, onde a base continuasse somente com atualizações de segurança e os aplicativos isolados (que não façam parte de ambientes desktop como Gnome ou KDE p.ex.) fossem atualizados num esquema rolling release.

    Não há razão p.ex. de manter o firefox na série 3.0.x quando já estamos na 3.5.x e em breve na 4.X. A mesma coisa com o BrOffice e outros aplicativos semelhantes.

    Há também pacotes como o hplip, alsa, etc que são interessantes serem também atualizados porque a cada nova versão mais hardwares são suportados, evitando assim a instalação manual só para fazer funcionar um novo hardware que foi vendido depois que a versão estável da distribuição linux foi lançada.

    sandrosfc (usuário não registrado) em 12/12/2010 às 5:04 pm

    To muito feliz com meu Lucid Lynx :D

    Uso o Gentoo desde 2004 em todos os meus PC’s, incluindo laptops e um HD externo pelo qual dou o boot numa máquina via USB e trabalho o dia todo. Não tenho do que reclamar, aparentemente meus PC’s funcionam mais estáveis e atualizados que os Ubuntus, Fedoras e Mandrivas. Faço atualização diária da árvore de pacotes e atualizo o que for necessário. Já instalei inclusive num cluster de 10 nós e foi aí que eu senti o que Marcelo Gondim mencionou acima. Realmente RR num servidor que não é continuamente atualizado é muito complicado.

    Douglas C. Macedo (usuário não registrado) em 12/12/2010 às 8:05 pm

    Usar Gentoo em um Server não é algo muito bem pensado, vamos concordar.
    Alem de tudo o que vocês disseram, entra o fator de suporte do servidor, onde só quem montou o sistema, sabe o que esta instalado, em que versão esta instalado vai ter um maior controle do sistema, caso contrario, o “novato” vai ter que estuda bastante o sistema, ou com certeza vai dar merda.

    Em relação a as atualizações, toda vez que saia uma versão de algum pacote muito crítico como glib, gcc…eu olhava bem o changelog antes de atualizar. Se o cara entar na paranóia de ter o sistema sempre atualizado ele simplismente não vai ter vida!

    Quando usava Gentoo, separava um dia no mês que não tivesse porra nenhuma para fazer e atualiza o sistema, resolvendo brigas, dependências circulares (Quem não se lembra do portage tentando remover o bash! Essa é das antigas…)e afins.

    O Gentoo é uma das melhores distribuições Linux que tive o prazer de usar, mas só em Desktop.

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