No IDGNow: “Não conte com a Oracle para manter vivo o OpenOffice
Na minha opinião, quem conta com os outros para “manter vivo” o desenvolvimento de algum software do qual pretende fazer uso está sempre se arriscando a descobrir que viveu uma ilusão – seja aberto ou proprietário, desde o mais humilde controle de videolocadora até o mais avançado sistema de biomedicina.
Dificilmente o cliente, usuário ou aqueles que se descrevem como “integrantes da comunidade” de um software qualquer têm controle sobre esta continuidade se o desenvolvimento ocorrer pelas mãos alheias, a não ser que se encarreguem eles mesmos de garanti-la – e nem sempre os meios para isto estão disponíveis.
No caso do OOo, ao menos sabemos que haveria outros interessados em dar continuidade ao código aberto do projeto, se a Oracle resolvesse parar (e se não colocasse em jogo questões de patentes). Mas no momento a nota do IDG é mais especulativa do que fática quanto a esta possibilidade, felizmente.
Trecho final da nota do IDG Now, enviado por Mateus Barsotti (mateusbarsottiΘgmail·com):
Por ser open source, não tendo de ser adquirido, é difícil provar o índice de uso do OpenOffice. Todavia, o programa está presente nas mais populares distribuições de Linux, inclusive o Ubuntu, e é claramente a alternativa mais famosa ao Office da Microsoft.
Mas o que isso significa para os clientes corporativos que usam o OpenOffice? Terão eles que procurar outra opção?
Seria uma decisão prematura. Embora eu acredite que a Oracle irá priorizar a tecnologia do StarOffice, que pode lhe garantir maior renda, em detrimento desenvolvimento do OpenOffice, isso não quer dizer que o software desaparecerá.
Um dos melhores aspectos no mundo livre do open source é que onde existe uma comunidade de desenvolvedores e usuários dispostos a manter viva uma tecnologia, isso será feito – e você pode apostar que muitos estão trabalhando neste momento.
No caso do OpenOffice, o código continua aberto para quem desejar baixá-lo, dando nova vida ao programa. Algo em torno de 450 mil pessoas já contribuíram com a suíte, portanto, são muitos os usuários com capacidade e vontade para manter sua evolução e manutenção.
A Oracle pode ter decidido que o lucro é tudo, mas os milhões de usuários de softwares de código aberto não dependem de sua boa vontade. O OpenOffice é, simplesmente, muito grande e popular para morrer; é chegado a hora de declarar sua independência.
A pergunta que fica, claro, é se a Oracle aproveitará esse movimento para iniciar mais uma vingança contra a comunidade open source, usando suas patentes como armas.” [referência: idgnow.uol.com.br]
Essa é a grande vantagem do SL e do Open Source, mesmo se alguém para com o projeto, outra pessoa pode continuá-lo.
@amseber, realmente uma vantagem. Mas e se a Oracle perseguir quem for continuar o desenvolvimento com algumas patentes de sua propriedade?
De certo que patentes de software não são válidas no Brasil, mas isso pode afetar o desenvolvimento e a utilização nos países que são sensíveis a elas. Se fosse software livre usando GPL v3, a Oracle estaria dando permissão de usar, distribuir, alterar o código e direito de usar qq patente que ela tenha, muito mais seguro para quem vai apostar na utilização do software.
“450 mil pessoas já contribuíram” ???? Meio alto esse número. Se o projeto tem mais ou menos 15 anos, daria uma média de 30 mil pessoas por ano, ou seja pouco mais de 80 pessoas novas contribuindo por dia.
seria o MySQL o próximo a entrar no corredor da morte ?
;-;
@O Santo
Sim… Mas eu acredito que uma vez que o código esteja em GPL ela não poderia fechá-lo.
Mas aí entra o Java e outras “cositas mas”.
De qualquer forma ainda é muito cedo pra tirar conclusões.
Quem disse que é preciso continuar com o desenvolvimento caso a Oracle resolva reivindicar suas patentes que podem estar no OpenOffice?
Reproduzo aqui o meu comentário na notícia no IDG.
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O mais importante do OpenOffice (para nós do Brasil BrOffice) é o formato ODF. Mesmo que a Oracle resolva brigar por patentes dela que possam existir dentro do código do OpenOffice, o formato ODF é aberto e livre de patentes, basta migrar para uma infinidade de aplicações compatíveis com o formato (KOffice, Abiword/Gnumeric, Lotus Symphony, entre outras).
O importante é que seus documentos de texto, planilhas e apresentações estão a salvo de um DONO de aplicativo de escritório. Inclusive da Oracle.
Seria esse artigo um FUD???? Nunca vi isso aqui no IDG, mas…
@frb
O Lotus Symphony não é baseado código do OO? Então a Oracle poderia também processar a IBM por uso de patentes?
Sei não se a Oracle iria ter coragem de enfrentar a IBM. Eu acho que esta conseguiria afundar a Oracle em um mar de patentes.
@amseber
Me esqueci disso (Symphony ser baseado no código do OpenOffice, nunca usei o Symphony), estava apenas ilustrando outras aplicações que usam o padrão ODF.
Obrigado pelo alerta. Mas o João tem razão numa briga por patente entre Oracle e IBM acho que a IBM ganha e acaba com a Oracle.
A verdade é que a Sun sempre dificultou a contribuição de código no Open Office, fazendo todo mundo assinar um documento passando os direitos do código para eles.
Por mim, para falar a verdade, bem que o OpenOffice poderia morrer mesmo. Só assim para alguém grande o suficiente tomar coragem e finalmente criar uma suíte office decente para Linux. OpenOffice em user experience é uma causa perdida.
@Paulo Cesar,
Para mim, o KOffice em user experience faz o OpenOffice parecer brincadeira de criança.
@Paulo Cesar
“Por mim, para falar a verdade, bem que o OpenOffice poderia morrer mesmo.”
Discordo de você, acho que o OpenOffice é muito bom (não é perfeito) e seria uma pena uma suíte que sempre foi exemplo de SL, simplesmente morrer por causa dessa infinita guerra de patentes.
Ótima notícia
Assim os desenvolvedores podem se focar e melhorar uma suite office que funcione de verdade. Quem sabe a Mozilla nao entra nessa, imagina!
Porque o OO é ruim de chorar
Acho que o OpenOffice esta altamente ligado ao java e isso complica um eventual fork.
Temos a opção do Google Docs, que carece de muitos recursos, mas ja é um começo, bem que o Google poderia disponibiliza-lo offline, e liberar os fontes, mais isso vai contra os interesses do mesmo que quer tudo na nuvem.
Mas depois dessas porradas, acho que o software livre devera priorizar o desenvolvimento de aplicações totalmente livres, ou no mínimo aplicações com licença GPLv3. Quem garante que o Google não vai ser o próximo carrasco. Empresas são empresas e não vivem de ideologias, e sim de lucros.
@SNOBS DANCE LOL
Eu acho que o OpenOffice não corre esse risco. Na minha opinião, a batalha Oracle x Google se resume em uma batalha em busca de sangue, não de dinheiro. Se fosse a segunda opção, aí sim eu temeria pelo OpenOffice.
De qualquer forma, o que vale é o formato ODF. Se o OpenOffice morrer, aparecerão outros projetos. O OpenSolaris nem morreu oficialmente e já ganhou o Illumos como reencarnação. Essa é a magia/praga da comunidade, sempre aparece algum clone/similar para ocupar espaço. Não será diferente com o OpenOffice, se sua morte se confirmar.
Hehehe parece piada…
nego comparando o google docs ao OOo…
é para acabar , comparar um produto fechado com um opensource e ainda dizer que é alternativa…
Quanta boabagem , a Oracle vai investir se visar retorno… e isso é MUITO bom… pois teremos investimentos descentes, não pensa que a RedHat , HP e Intel investem no linux só prq ele é OpenSource… investem prq DA RETORNO..
Jogar dinheiro em projetos sem retorno = decretar falencia em pouco tempo.
A Oracle está coberta de razão. MElhor fazer direito , do que ficar empurrando com a barriga.
Desde quando a Oracle.com mudou para Oracle.org ?
Até mesmo o processo da Oracle contra o Google , nego nem sabe prq eles estão processando…
estão gritando “é por causa do Android !!!”
Mas alguem aqui sabe mesmo se é por causa do Android , ou por causa da P… sacanagem que é a dalvik ? Esse google está bem longe de “dont be evil”
@Dyego Souza do Carmo
Acho que você esta com problemas de interpretação, falei em Google poderia disponibiliza-lo offline, e liberar os fontes,
Liberando os fontes numa licença GPLv3, seria um bom começo, melhor que iniciar do zero. Mas acho que este também deve usar java, dai não adianta muita coisa.
@Curioso
Ahhh claro , a google é uma empresa que SEMPRE libera os fontes né ? SEMPRE…
dá um tempo , todas as iniciativas opensources da google tem sempre a mesma cara, eles criao um projeto zumbi, ex :Chromium , para a comunidade pensar que é aberto e depois fechao as alteracoes mais significativas dentro de um FORK , e só falao do FORK… o coitado do projeto zumbi só é mensionado para calar a boca de quem falar que “o google fechou o projeto !!”
E o android ? que palhaçada foi aquela que quase tiraram do fork do kernel ?
A Google está BEEEM longe de ser uma empresa OpenSource… e a ultima que tentou ser se deu mal (Sun)
@Dyego Souza do Carmo, pensando por este lado realmente tu tem razão, também tenho esta impressão do Google.
Será que todo jornalista agora é um especialista em troll? Existe cadeira na “facul” agora para isso? Só blá-blá-blá a matéria. Triste.
vamo vamo que vamo ‘GPL’…
Vale lembrar que o OpenOffice não é licenciado pela GPL.
Bem, não creio que o openoffice seja muito fácil de manter para aqueles que não trabalham diretamente com o seu desenvolvimento. Porque? Porque não é um software pequeno, um sisteminha de locadoras. Pelo que vi é um software imenso, com milhares de linhas de código (senão milhões), algumas inclusive com décadas de vida (antes mesmo de existir o openoffice). Há muito código legado, que os desenvolvedores simplesmente não mexem porque “se está funcionando, então está bom”.
O OpenOffice não é só a aplicação em si. Ele em si tem sua própria toolkit, seu conjunto próprio de bibliotecas que abstrai peculiaridades do SO, dentre outros.
Ao meu ver o OpenOffice deveria ser reescrito do zero. Se a Novell (sim, a versão do OpenOffice da Novell é bem melhor que a da Sun) um dia ir à público e falar: “Precisamos investir XXX milhões de dólares para reescrever o openoffice para que atenda as necessidades atuais” e pedisse 5 dólares de cada pessoa que queira contribuir para que uma equipe possa trabalhar em tempo integral, durante alguns anos para a reescrita, eu doou (ou pago, no melhor estilo comprar) os 5 dólares com a maior boa vontade. E espero que todos os que usam o OpenOffice façam o mesmo.
40 mi X 5 dólares?
Está dificil um produto bater o Office !
A licença é LGPL , que na minha opinião é melhor que a GPL.
Acho que tem gente viajando um pouco.. Falar fazer fork do OO é um problema porque usa java. Quer dizer que quem faz aplicações usando java pode ser processado pela Oracle?
Pode ter problemas por outros aspectos, não por esse.. pessoal viajaaando!
Lembrando que o OO já tem um fork chamando go-oo.
Concordo , tem muito troll dizendo besteira…
Já vi até nego falando que a Oracle esta processando o Google prq ele tá usando java no android HAHAHA…é mole ?
Pois é, não sei qual a minha opinião sobre esse fato. Mas me veio à cabeça que se a Oracle fizer com o OpenOffice o mesmo que foi feito com o Eclipse – esse sim, eu considero o segundo maior sucesso de open source, só perde pro linux porque existe o Debian o o Red Hat – ela vai ganhar muito dinheiro.
Se a Oracle fizer do OpenOffice uma base para criação de ferramentas de escritório, como o Eclipse é base de ferramentas de desenvolviemnto, além de ter um imenso incremento na qualidade do programa, o OpenOffice pode se tornar bem lucrativo. Hehehe, ai nesse caso, vai fu**er com a Microsoft! Da mesma forma que o Eclipse fu**eu com o mercado de IDEs.
Bom, de qualquer maneira, o melhor fruto do OepnOffice, como disseram, não será afetado: o ODF. Esse sim é muito valioso. Bem mais que o próprio OpenOffice
hahaha acabei de ler isso:
“Bork, fork, bork, fork, bork, fork! Sounds like the Swedish Chef on a rampage…”
Segue o link: http://bit.ly/9XDsm3
Pessoal… Instalei e recomendo o Lotus Symphony.
Baixem a versao 3 beta 3.
Sei que a licensa eh restritiva… mas isso pode ser mudado se comecarmos a usa-lo e pedirmos a IBM que mude a licensa.
Baseado no OO, faz muita coisa que esse faz… E a interface da de 1000 a zero no Openoffice e no Abiword.
De uma chance aos Lotus Symphony… Eh gratis… nao perde validade e estaremos apoiando uma companhia que ja fez muito pelo software livre.
Grato… nao trabalho e nao tenho interesses financeiros na IBM.
Odeio short links!!! =P
Não li muito dos comentários, não… mas tem um pessoal fazendo uma grande confusão entre código e patentes. Pra processar por violação de patentes só é necessário que a patente tenha sido implementada, o código tendo sido copiado, ou não.
Me parece que nos Estados Unidos, a licença do software implica em uma licença da patente. A GPLv3 resolveu esse problema de jurisdição com uma seção específica sobre patentes. Mas o OpenOffice é LGPLv3…
A princípio, licenças podem ser revogadas… :-(
@André Caldas
Malz, é que se eu postasse o link original, tb quebrava o layout. =P