Morevna, anime feito totalmente com software livre
Enviado por Graveheart (phalkminΘgmail·com):
“Um projeto russo de animação tem um diferencial intessante: é um anime, e é 100% feito usando ferramentas livres, como o GIMP. E mais, não é só a criação do anime que será livre. Sua distribuição também será. Saiba mais no link a seguir.” [referência: graveheart.me]
• Publicado por Augusto Campos em
2010-07-23
Tudo é possível quando se pensa com liberdade e se um dia pelo menos 60% da população pensar e agir assim, o mundo vai ser bem melhor.
Um tempo atrás em uma localidade distante onde pude conhecer, pessoas trocavam objetos e praticamente não usavam moeda de troca e quando um fazia uma festa todos ajudavam. E por incrível que pareça a dispensa era cheia de mantimento. Uma verdadeira fartura. Bom, isto mudou e passaram a usar sempre o dinheiro com troca… A fartura acabou!!!
Qual localidade distante? Se isto for verdade, tal localidade deve existir, ainda mais que você pôde conhecer essa localidade.
Interessante aquela ferramenta Synfig, ainda não conhecia.
http://www.synfig.org/
Muuuuito massa!
A licença é alguma licença “creative commons”. Escrevi pra eles perguntando exatamente qual.
Me parece que o objetivo não é só “fazer com software livre”. O produto também é “open” (termo usado pelos autores). Isso é que é o mais fantástico!! Espero que seja CC-BY-SA.
Muuuito bom!!!
Ah… entendi o negócio da licença. Parece que eles ainda não se resolveram por qual licença usar. Vão colocando a licença na medida em que vão fazendo o “release”. Tem coisa que eles colocaram até em domínio público!!
Que legal!!!
adorei a idéia.
Mas fica a pergunta básica:
vc deixaria o seu filho aprender design, e trabalhar de graça, fazendo filmes e animes sem intenção de comercializar? De onde o $$ entra, se o produto e a filosofia é produzir algo de graça sem intenção de comercializar ? Alguém paga a conta, mas QUEM?
maar
Se fizer sucesso na net quem sabe uma emissora se interesse em colocá-lo no ar. Aí rola grana, comerciais, etc.
É quase como uma aposta.
Ótimo, viver de aposta. Tudo fofo e lindo, os pseudo intelectuais falando da beleza de dar tudo de graça, mas alguem tem que pagar as contas.
@maar,
Seu questionamento é bastante legítimo. A questão é que: não existe essa coisa de não ter intensão de comercializar ou ganhar dinheiro. De que você acha que vivem os produtores independentes de filmes? Você assiste o filme deles na TV? Onde você assiste o filme dos produtores não-holiudianos? Então, a pergunta que vem em primeiro lugar é: como é que um produtor independente ganha dinheiro?
Como um músico ganha dinheiro? Vendendo CD? Você vai na loja comprar um CD do “zé ninguém”?
O mesmo vale para software livre! Você deixaria seu filho desenvolver software e distribuí-lo como livre? (preço não tem nada a ver com isso)
Do que é que vivem as pequenas empresas que desenvolvem software? Com certeza não é de vender software na caixinha!!
Isso que o Rodnei menciona, por exemplo:
É a ilusão do pote-de-ouro. Achar que um dia alguém vai oferecer um pote-de-ouro pelo seu software, seu filme, sua animação, sua música e etc. é uma grande ilusão. Isso em geral não acontece; e se acontece não é a regra, é a exceção. Como a maioria das pessoas não é a exceção, você tem que se perguntar:
Como as coisas são hoje, se seu filho quiser ser ator e viver disso, terá que ter a tremenda sorte de ser contratado por alguma emissora de TV. Se quiser ser músico, tem que ter muita sorte e muito jabá. Se quiser ser escritor, tem que escrever um livro de auto-ajuda e rezar pra ser um HIT (ou investir em jabá).
Os que são músicos, escritores e etc, não vivem dessa coisa de vender produto enlatado na prateleira de alguma loja. Do que é que vivem, então? A preocupação com “direito autoral” e tal só favorece uma minoria que já se deu bem, e provavelmente, nem precisaria de tal “proteção”.
Acredito que as pessoas tem o direito de ganhar dinheiro sim ,mas sem abuso do copyright. Eles podem contar com campanha de doações.Tem um seriado distribuído via P2P e estão conseguindo produzir através de doações .
Acho que doações não se pode restringir a caridade .Vamos dizer que você está comprando o produto .Só que não precisa estar preso a regras comerciais de ter o produto na hora de pagar .Em vez disso você tem o produto antes de pagar .
@maar
Eu deixaria até incentivaria o meu filho a participar deste projeto, isto é experiencia de vida real, com contatos com outras pessoas reais, muito mais importante do que o mundo “cor de rosa” da universidade.
Imagine na hora de se contratar uma pessoa, ele contrataria o John Doe que acabou de sair da universidade ou o mesmo John Doe que tem um projeto, mesmo de pequeno porte, nas costas?
Quem paga por isto? Um pouco de cada participante.
Quem ganha com isto? Cada um ganha a experiencia. Ou será que grandes profissionais já nasceram profissionais?
@Fabio Ortolan,
Bacana o que você disse. :-)
Vale lembrar que não é necessariamente um trabalho “amador”, ou feito por pessoas que ainda não são profissionais.
Primeiro: open source é o grande hype nos dias de hoje. Isso significa que um projeto destes hoje, mesmo se sem fins comerciais, mas com qualidade (que é essencial, e independe de se utilizar ferramentas abertas ou não), terá repercussão internacional (um projeto russo?), e aparecerá em outras mídias. Isso pode ser visto no Brasil mesmo, onde sempre aparece alguma coisa sobre algum projeto opensource em sites de notícias como o Globo.com.
Aí um cara que participou, sem maiores pretensões “trabalhistas”, do projeto vai a procura de trabalho na área (ou não, já que grandes empresas procuram profissionais qualidade, e é bem provável que alguma empresa da área o contate) e diz que já participou da produção de um anime em nível internacional, para o público em geral. Isso não vale nenhum pouco para o curriculo do camarada. Ou vale?
Além do mais, “experiências” como estas certamente ajudarão na melhoria dos aplicativos usados para a produção. Da mesma forma que os filmes patrocinados pela fundação Blender são um ótimo laboratório para ver “o que falta” e “o que pode melhorar” no Blender. É visível o progresso em qualidade dos curtas feitos com o Blender, começando pelo Elephant Dream, do Big Buck Bunny e agora o Sintel.
No site do Synfig há vários “demos” de animações a nível profissional feitos com ele. Pena que a interface dele peca muito (possui várias janelas, mas desorganizadas), mas espero que no futuro ele seja uma suíte de animação a nível profissional e, quem sabe, alguém crie uma maneira de exportar suas animações para html5/canvas/javascript.
Eu deixaria meu filho vender brincos e miçangas na praça com os hippies. Claro que deixaria ele participar de um projeto como este.
A filosofia FOSS sempre assusta os novatos.
Um ponto que esqueceram de citar (pelo menos não li) foi que o trabalho livre desta forma também pode servir de trampolim para que seus idealizadores sejam convidados para trabalhar em grandes empresas do ramo.
Vide exemplo do “desocupado” do Linus, do “inútil” do Miguel de icaza, o “boboca” do John Maddog e entre outros tantos nomes que dispensam apresentação, ou mesmo os incontáveis anônimos que também trilharam por este caminho.
Certamente algumas décadas atrás seus pais pensaram o mesmo: “Meu filho será um p*** dum engenheiro e irá trabalhar para NASA ganhando tubos de dinheiro”.
Estes camaradas fizeram de graça e hoje estão colhendo frutos fiçosos do seu trabalho.
ahhh, sim, agora ficou tudo claro.
Deixo o meu filho se envolver com essa “coisa de software livre e de gratis”, até ganhar notoriedade, e ser contratado por alguma empresa “decente” que pague um salário e que cobre pelo trabalho do meu filho, funcionário de seus quadros, igualzinho linus torwalds e outros citados por ai. Mas tem que ter sorte tbm, como disseram, afinal, quantos linus existem por ai?
Mto bem, entendi. viva o software GRATIS.
@maar, e quantos Willians Gates’ existem por aí?
Os produtores dos curtas patrocinados pela Blender Foundation vendem seus vídeos, em DVD’s e bluerays e tudo mais. Não sei se ganham muito dinheiro, mas vendem.
Qualidade está acima de ser grátis ou não. Não espere ganhar dinheiro com trabalhos porcos.
Você diz grátis como uma cerveja , ou grátis como dou-lhe a especificação e você cria sua própria empresa intel ?
Grátis , funciona , tem sua função e é de domínio (desenvolvimento e ideia) de seu criador ,
(apenas liberdade apenas de uso e mais nada)
OpenSource “gpl ou similar” , dou-lhe a especificação , faça igual ou diferente de mim , esteja a vontade , mas cite que a ideia é minha e que poderás muda-la como quiser .
liberdade de desenvolver -use seu dinheiro- ,
liberdade para aprender -até não ter a certeza que não entendeu nada do código fonte- ,
redistribuir -faça seu próprio produto e venda- e
use-o como quiser “é grátis , mas como sabe alguém pagou previamente para esse produto estar ai”)
Então a exemplo o projeto :
http://durian.blender.org/
Eles tem um método próprio de fazer dinheiro de giro (melhorando o software + ganhando algum $$$) , algo que é diferente ao que você diz como Grátis
Se entendeu bom se não , não vou desenhar de novo , CULTURA É CULTURA .
Ok devemos entender algumas coisas .
O que eles estão tentando fazer é criar uma novo jeito de fazer filmes bons sem precisar usar pesadas restrições do copyright.Se as pessoas gostam de filmes ,então obviamente elas vão pagar. Se elas não pagam então os filmes param de serem produzidos.
Eles querem mostrar que não é necessário arrecadar milhões de lucro e que não é necessário impedir que os usuários fazerem o que quiser com o filme.
Mas para isso dar certo temos que apoiar esta idéia.É bem melhor que a roubalheira de holywood.
Se filmes abertos fossem regra e não a exceção ,pode ter certeza que ninguém vai querem voltar para as restrições do copyright.
Mas como estamos nesta era e fase ,então morevna será utilizado como uma popularização e crescimento dos filmes aberto.
Já faz uns mais ou menos dois anos que conheço este projeto, espero que consigam termina-lo.