Mono: aplicativos populares usam namespaces fora da “promessa” da MS?
Por “aplicativos populares” entenda Banshee, Tomboy, F-Spot, Do, Monodevelop e Gbrainy.
Já vi algumas vezes ser apresentado (anonimamente ou por pessoas que não representam os projetos envolvidos, e buscando afirmar a segurança dos aplicativos em Mono contra patentes da Microsoft) o argumento de que, ainda que partes do sistema estejam fora do conjunto de tecnologias do .Net sobre as quais a Microsoft divulgou uma promessa de não ameaçar com suas patentes, isso era pouco relevante porque os aplicativos mais populares feitos com o Mono e incluídos em distribuições Linux e ambientes gráficos não faziam uso dessas partes potencialmente patenteadas e não cobertas pela promessa.
Confesso que, sob um ponto de vista bem individual, esse tipo de discussão já perdeu meu interesse há algum tempo. Não sou usuário de nenhum dos programas em Mono mencionados e, ao mesmo tempo, acredito que a ameaça potencial das patentes de software contra as implementações livres é tão grande que esse tipo de promessa que a Microsoft nem mesmo se aproxima de tornar algum ambiente menos ou mais seguro, na prática – ainda que possa ser indicativo de uma intenção e uma razão a mais para tornar complicada a situação caso algum dia ela tenha que ser levada ao poder judiciário de algum país.
De qualquer modo, o The-Source resolveu fazer um teste simples: buscou uma lista de namespaces sabidamente não cobertos pela promessa da Microsoft, e foi buscar referências a eles em alguns dos programas mais populares da turma do Mono.
E, ao menos neste caso, quem procura acha. Veja a quantidade de referências encontradas em cada um dos programas:
- Banshee: 165
- Tomboy: 36
- F-Spot: 131
- Do: 56
- Gbrainy: 31
- Monodevelop: 1519
Se a metodologia de contagem estiver correta, me parece que não dá mesmo para alguém afirmar que o uso do .Net por estes aplicativos está seguro contra ações baseadas nas patentes da MS – o que aparentemente leva a 2 possibilidades mutuamente excludentes:
- Estes programas estão sabidamente implementando tecnologias patenteadas sem ter recebido licença para isso, o que é potencialmente grave [para seus desenvolvedores, distribuidores e usuários nos EUA, ao menos] pois existe uma licença (na forma de uma promessa) apenas sobre outras partes do .Net; ou
- A promessa em questão é irrelevante e desnecessária, pois há outro termo de licenciamento (ou norma) mais abrangente que oferece a estes desenvolvedores (e seus usuários) a segurança necessária quando sabidamente se usa tecnologias patenteadas por terceiros.
Uma terceira hipótese, naturalmente, é que a premissa seja falsa, ou seja, que a contagem acima esteja errada, e haja zero referências aos namespaces desprotegidos nos programas citados.
Imagino que isso vá ser apurado mais amplamente, e que alguns dos projetos envolvidos ainda irão publicar algum comunicado ou análise posterior a respeito (provavelmente reafirmando que se consideram seguros), portanto voltaremos ao assunto por aqui conforme as novidades forem aparecendo. (via osnews.com)
Mono? No, thanks.
A tag “bino” foi muito boa.. hehehe
Todos conhecemos a experiência do sapo cozido vivo, não?
Mono? No, thanks[2]
Mono não é a resposta, é a pergunta. E a resposta é NÃO.
Trabalho hoje com desenvolvimento em C# .NET + ASP .NET, apesar disso não usaria MONO em sistemas GNU/Linux, particularmente prefiro “coisas” livres em sistemas livres. Além do mais, existe outras alternativas para não usar MONO, como por exemplo JAVA (apesar dos pesares com a amada ORACLE).
.NET em Windows, sim! Mono em Gnu/Linux, não, obrigado!
Sabe Augusto, eu (hoje em dia) sou da política do “quero ver o oco!”. Se o mono é um perigo, quero ver o circo pegar fogo: MS que comece a processar todos. 3 consequências imediatas:
0) Miguelito terá que pedir desculpas públicas (ponto pro RMS).
1) As distros reavaliarão mono, finalmente.
2) Se os processos tb envolverem a parte coberta pela ECMA/ISO, finalmente essas instituições perderão a credibilidade.
Prefiro deixar do jeito que está, eu quero é ver o oco, mesmo! :-D
Mono? No, Thanks… Python? Yes! Sure!
Eu sempre acho que promessas podem ser quebradas, principalmente quando há $$$ envolvido…
Usar uma tecnologia que usa código patenteado por outra empresa sabidamente não amistosa com software livre não é das coisas mais inteligentes a serem feitas. Por que não usar C++, Python, Java? Preferir arriscar o uso do Mono pra depois a Microsoft vir com seu bando de advogados cobrando o preço das licenças não pagas, sei lá, tem algo muito esquisito no ar…
Mono? No, thanks.³
Mono?! Yes, please!
Como o outro cara falou ali, eu também quero ver o circo pegar fogo.
E Mono tem uma excelente vantagem: Desenvolver aplicativos .NET sem ter que bootar o Windows. Depois joga pro Windows e ele roda susse.
Mono? No, thanks. [4]
Mesmo assim eu sei q o circo vai pegar fogo !!!
Depois joga pro Windows e ele roda susse.
Se isso não é verdade nem de versão para versão do Windows, imagine de Linux pra Windows.
Depois joga pro Windows e ele roda susse
Perdoe me a ignorância,mas se eu desenvolver me Java, python, ruby, c.c++, a premissa não é verdadeira tb? Se sim, logo, ” a grande vantagem” deixa de ser grande, certo? ou a vida não é tão simples assim?
Possível argumento futuro de marketing da MS:
“As linguagens de programação livres são tão deficientes, arcaicas e básicas que a comunidade open source usa Mono, sim usa nosso .Net para desenvolver seus melhores programas, ambiente desktop e distribuições.
Sim, nós damos as nossas migalhas pra eles.
Eles não têm opções à altura de nossas implementações.
Se isso não prova que as soluções livres são ineficientes, não sabemos mais o que prova isso.
Você confiaria nessas soluções “livres”?”
Totalmente irrelevante essa discussão.
Ficar especulando um processo por parte da Microsoft não vai levar a nada. Vamos esperar e ver se isso realmente ocorrerá. Se ocorrer, vamos trabalhar para mudar o que infringir patentes.
“Talk is cheap…”
É uma situação complexa. O oracle distribuindo processo e tapas para todos os lados com o Java e outros projetos open source.
Pessoas desocupadas do software livre que ficam dando porrada em projetos de software livre como o mono que esta avançando de evento em popa.. e evolindo e crescendo de uma forma impressionante.
Se o java opensource tivesse evoluido da mesma forma que o mono . Hoje a comunidade java não seria tão dependente da Oracle como é hoje.
é por essas e outras que o linux no desktop não é uma realidade. essas brigas bestas de egos.
Cometarios são criticas que não ajudam em nada o software livre.
Quantas linhas de código a pessoa que escreveu isso fez nos ultimos tempos ? A escolha faz parte da liberdade do software livre.
Se a pessoa escoulheu usar o mono. É provável que tenha seus motivos.
Para mim isso se resume a uma grande dor de cotovelo.
Como diz aquele ditado : “ninguem chuta cachorro morto”
@so silva, o que ego têm a ver com possíveis processos de infração de patentes?
mas que *noviodade* !
Será por isso que o Banshee é tão melhor que o Rhythmbox (na minha opinião)?
Tô pagando pra ver. E pra vocês (Mono? No, thanks.) Quem tem ( )*( ) tem medo.
A maioria desses aplicativo não são críticos, se um dia a MS processar o desenvolvedor de um bloquinho de postit, basta trocar por um outro app.
O único mais relevante que citaram é o Monodevelop, mas se alguém usa ele, está correndo o risco mesmo.
Aliás, duvido que a MS possa processar o mono, e se um dia fizer, não dá em nada.
Enquanto isso, Python, Java, Ruby vão ganhando espaço em cima da plataforma do tio Bill.
@joão tass
se me permita… pequenas correções:
“Cometarios são criticas que não ajudam em nada o software livre“. deveria ser: “Cometarios são criticas que não ajudam em nada o software“.
Software Livre é mais que puramente software, é liberdade.
Participar do ecossistema de software livre não é apenas escrever código, e na minha humilde opinião a discussão tem sua relevância.
“Quantas linhas de código a pessoa que escreveu isso fez nos ultimos tempos” cuidado com as generalizações desnecessárias, muita gente aqui escreve código, basta dar uma breve olhada no SourceForge.
E outras que não escrevem código, também fazem o software livre acontecer.
Mono? No, thanks[4]
Não entendo o porque de tanta picuinha contra o Mono.
O Banshee, Gnome Do e o Tomboy, são excelentes softwares.
isso não tem nada a ver com qualidade, mimimi de linguagens ou de empresas, mas respeito a licenças.
É o maior tiro no pé que Icaza e outros fazem. A não ser claro que seja proposital.
@Jeremias – só dar uma pesquisadinha de leve para saber o por quê de tanta “picuinha”.
@Joao Tass – “Quantas linhas de código a pessoa que escreveu isso fez nos ultimos tempos.”
Como assim? De quem você está falando? Aliás, só pode criticar quem desenvolve?
Imagine se eu vou em um restaurante e reclamo de uma comida ruim, e o garçom vem dizer “quantas vezes você cozinhou nos últimos anos para poder reclamar?”
Hahahaha… que argumento sem sentido. Todo mundo tem o direito de criticar. Não só desenvolvedores.
Eu não programo em C#/Mono, mas nunca consegui fazer um programa em .net funcionar no Mono (pegar o código fonte e compilar com o mono). Isto é interoperabilidade? A maioria das libs e apps que uso em c e c++ são multiplataforma, ou seja, pego o código-fonte e compilo onde quiser, Linux, Mac, Windows, Haiku…
Eu particularmente não entendo esta mania de tudo ser “compile once, run everywhere”. Pra mim é “write once, compile and run everywhere” :-)
Mas mesmo assim vejo que os programas citados são muito bons e tem ótima qualidade. Falar que o mono é tecnicamente ruim é falar besteira, pq os desenvolvedores do mono tem mostrado que sabem fazer uma boa plataforma. Mas… o que mata é a Microsoft. Sempre a Microsoft… Sempre, sempre… hauahauh
Eu fico imaginando como seria o mundo da tecnologia se empresas como Microsoft, IBM e Apple não tivessem investido tanto em tecnologias proprietárias e comportamentos como estamos vendo… Pq do jeito que as coisas andam, só atrasam a vida de muita gente!
Pra mim o mono poderia ser um senhor de primeira classe no mundo do Linux, principalmente no desktop, onde o java derrapa feeeeeeio. Mas deste jeito, não tem como. E o Icaza ainda defende a MS…
@Felipe, mais uma “Mas aquele goleiro da seleção foi um frangueiro, não pegando aquela bola”. “Se vc não joga melhor que ele, não pode criticar. Queria ver vc lá no gol pegar aquela bola”.
É aquilo que eu sempre falo: ao invés de concentrar esforços em criar algo, concentram esforços em copiar algo.
Por que usar .Net no linux? Não faria muito mais sentido criar um ecossistema tão bom de se trabalhar e tão eficiente de se produzir quando o .Net ao invés de fazer a porcaria do .Net rodar no linux sob o codinome Mono?
Esse é mais um exemplo de uma crítica antiga minha: no software livre não se cria nada, só copia. Taí mais um exemplo. Tem mesmo é que levar processo nas costas.
Quem sabe então um dia, resolverem ser criativos.
@Tiago:
Acho que a coisa não é bem assim não:
http://diariodetecnologia.com.br/software/promessa-do-photoshop-cs5-ja-existe-no-gimp-ha-anos
http://www.sequelanet.com.br/2010/07/gimp-resynthesizer-vs-photoshop-cs5.html
Concordo em gênero, número e grau. Seria infinitamente mais interessante se os esforços fossem concentrados em criar um ambiente de desenvolvimento GTK+/Qt de alta produtividade para linguagens como Python ou C/C++.
@Tiago, pressão do mercado. Se vc não suporta aquilo que seu concorrente suporta, dizem que seu produto é inferior.
Vejamos por este lado: o Linux suporta a maior parte (senão todos) dos sistemas de arquivos existentes, enquanto o Windows suporta só dois, o NTFS e o FAT.
O Linux é capaz de rodar uma aplicação Windows via Wine, enquanto o Windows não roda aplicações Linux (sim, roda, mas com software livre).
O Linux foi o primeiro sistema operacional a suportar USB 3.0.
O Mono é capaz de rodar uma mesma aplicação em todas as várias plataformas que suporta, inclusive no WIndows. Já o .net framework roda só em Windows.
E a lista vai… Não é comum vermos softwares livres que sejam lançados e inovem o mercado, e creio que isso seja difícil de acontecer, já que em geral o código, enquanto é desenvolvido, pode ser “pego” por qualquer um, quando no mundo do software proprietário vc tem q ficar esperando ansioso até a empresa lançar finalmente o seu revolucionário produto. Lembram do Windows Vista?
No momento atual os desenvolvedores de softwares livres não estão na condição de pensar somente em inovar. Eles precisam atingir a meta de oferecer um produto que seja no mínimo tão bom quanto o concorrente dominante.
Da mesma forma que faz a MS ou a Apple.
Quer uma tecnologia aberta (não necessariamente open source) que seja revolucionária? A web (html,http, etc.), que é aberta e foi uma das maiores inovações da humanidade. Se fosse pela MS, se chamaria InterMS, e seria toda baseada em protocolos dela, de forma que todos depensessem só de suas soluções.
Não espere que o Richard Stallman venha a público apresentar um novo tipo de device que revolucionará a maneira como as pessoas lidam com computadores.
Eu acredito no Mono. Acho a melhor plataforma para desenvolver para Linux, MacOS, iPhone, Windows e, brevemente, Android.
Eu tenho código C# rodando em cada uma dessas plataformas, tanto em aplicações livres como em software sob encomenda e proprietário.
Odiaria ter que reescrever essas coisas em Java (mas talvez Scala ou Boojay, fossem mais palatáveis) mas isso não é, pelo tema desse post, uma alternativa melhor em vista das últimas ações da Oracle.
Python é uma linguagem excelente, mas que não me atende, nem em performance, e muito menos pela falta de tipagem estática. Idem para Ruby, mas posso usá-las em Mono se necessário com as suas versões Iron.
A minha posição é simplesmente CONTRA TODAS as patentes de software, ponto.
Não é uma questão se elas são da Microsoft, da Oracle, ou até da Apache ou FSF (que poderiam adotar a tática de tentar se proteger com as suas próprias patentes, como a iniciativa OIN faz para o Kernel do Linux).
Portanto não me interessa quantos namespaces fora da promessa da MS o Banshee usa, ele é o melhor audio player para Linux, na minha opinião, e no meu script de instalação do Ubuntu, eu desinstalo o RB e instalo o Banshee, como primeiro passo.
Idem para a maioria das outras aplicações citadas, mas eu uso menos elas a exceção do MonoDevelop, que é minha IDE primária em Linux e MacOS (em WIndows eu a uso em alguns projetos mas em muitos outros eu tenho que usar o Visual Studio).
Também uso Eclipse (para Java), pois tem clientes e projetos que o requerem, mas enquanto a IDE é realmente muito boa, a linguagem e o framework são definitivamente mais arcaicos e difíceis de usar.
Pode contar: todo projeto livre que eu iniciei e/ou contribui nos últimos 10 anos, foi baseado em Mono, e deve continuar a sê-lo pelos próximos 5 a 10 anos, na medida em que as linguagens e o framework .NET/Mono, evoluem muito mais rapidamente que as plataformas concorrentes. O C# 4 e o preview do 5 estão muito a frente do que o Java 7/8 terá e o F# 2 é bem mais equilibrado no espaço flexibilidade X complexidade que a linguagem Scala atual.
Portanto, menos legalês, e mais código ou, para os usuários, feature requests, que é assim que se fazem softwares livres cada vez melhores.
PS.: Para quem não sabe, meu apelido no mundo FLOSS é Monoman…
J-zuiz, parece que estou vendo uma discussão de 10 anos atrás (alias, quase 10 anos atrás essa discussão já rolava auqi).
É muito #mimimi para pouca coisa. “microsoft vai processar, microsoft vai mandar todos pro inferno” ,etc. E o que de efetivo a Microsoft fez CONTRA a comunidade do SL?
Ai vamos para o que todo mundo indicava como alternativa, o Java. Vejam a confusão que a queridinha linguagem livre está causando.
Vamos ser pragmáticos, gente. Não procurem pelo em ovo.
@tenchi
Pior que a Microsoft já tentou emplacar a “sua internet”. Lembra do Microsoft Network que vinha com o Windows 95?
Lua For The Win!
@Cassio R Eskelsen, Java nunca foi livre.