Momento Nostalgia: coleção de edições do Conectiva Linux
Enviado por Wendell (thluxxΘgmail·com):
“Procurando alguns livros, acabei encontrando bem guardadinhas, as caixas das versões que comprei do Conectiva Linux. Acabei então escrevendo um post em meu blog, contando um pouco da história, quando iniciei meus primeiros passos no mundo Linux.” [referência: caminholivre.wordpress.com]
• Publicado por Augusto Campos em
2010-08-13
Apesar de estar completamente satisfeito com o OpenSuse, sinto saudades do Conectiva!
Eu tive a “Assinatura Linux” da Conectiva e também conheci muita gente boa que trabalhou por lá. Deixou saudades.
O.O.
Fui usuário da Conectiva Linux desde a versão 5 até eu ficar órfão. Depois de experimentar Mandriva, Kurumin e DreamLinux, acabei por ficar com Ubuntu (agora uso o derivado Linux Mint). Também deixou saudades
Nossa, usei o Conectiva até a versão 10. Foi a distro que me iniciou em linux. Eu escolhi o Conectiva por ser nacional. Pior que é gostava daquela distro. Naquela época, onde tudo era configurado em arquivo texto, eu aprendi muita coisa.
O Mandriva é feito na “fábrica” do Conectiva. O motor do Mandriva é tão ou mais Conectiva do que Mandrake.
Comecei no Conectiva 3.0, depois 4.2 Servidor, conectiva 7.0, RedHat 9.0, etc… FlashBack… hehehe
Não entendo como pessoas que sentem saudades e gostavam do Conectiva Linux preferirem usar o ubuntu do que distribuições muito mais semelhantes a ela como o Mandriva, OpenSuse ou Fedora. Ou gostava mesmo ou gostava só por ser uma empresa brasileira.
Para começar, o Conectiva era baseado no Red Hat, usava rpm e ambiente KDE. Ubuntu é baseado no debian, usa deb e ambiente Gnome.
Conectiva (e hoje Mandriva) dão suporte tanto ao kde quanto ao Gnome. É uma das poucas que dá a mesma atenção aos dois ambientes.
Os únicos softwares que já comprei foram o Conectiva 5 e o 7. De resto foram baixados pela internet e gravados no CD.
Depois do Conectiva usei o Mandriva até o ano passado, mudei pro Ubuntu recentemente e estou acostumando, embora não curta muito o gnome.
Não usei o Conectiva (para falar a verdade, comecei com o Linux pra valer no Kurumin 4.2), mas não consigo ver que tem alguma coisa de Conectiva no Mandriva. Para ser sincero, nunca fui com a cara dessa distro, desde a época do Mandrake. Sabem porque não vejo nada de brasileiro no Mandriva? Porque foi ela (Mandriva) que comprou a Conectiva, então deve ter mais dedo francês do que brasileiro no Mandriva. E depois, é esta última que assina os cheques.
Ps.: uma correção. Sim, usei o Conectiva, mas muito pouco. Acho que tenho a versão 9 perdida por aqui.
@ Favelix
CL era estilo RH até a versão 5 (o que não me agradava muito, questão de gosto pessoal). Eu usei pouco tempo (Parolin, Marumbi, Guarani, CL4 e CL5), intercalando com o Slackware, que era minha distro favorita. Depois testei Mandrake e SuSE, pulei para o Debian (junto com o Kurumin), usei um tempo o Xfld e acabei “sossegando o pito” no Xubuntu.
Nesse meio tempo testei um sem-número de distros, inclusive a Alt Linux, que me deu uma certa vontade de usar por mais tempo (não sei porque, mas ela me lembrou do MDK antes da fusão com a Conectiva).
Sobre a RdL, não tenho mais os exemplares impressos, mas guardei todos os CDs. :)
@Valerio Dias
Como você pode afirmar isso se você mesmo diz que nunca usou as distribuições?
Bom, minhas distros sempre foram Conectiva, do 6 ao 10 e Mandriva até hoje e elas são sim, uma a evolução da outra.
Diogo, após a compra da Conectiva pela Mandrake, não vi nada realmente aproveitável em termos de software. Um exemplo? O Smart, um front end para instalação de pacotes. Morreu ali, junto com o Conectiva 10. O Apt-RPM, que era bem melhor que o gestor de pacotes do Mandrake, também não foi aproveitado. A cara do sistema? É o mesmo, desde as versões anteriores. Se você se recorda, à partir da versão 8, a Conetiva deum uma bela remodelada no visual e fez bonito com novos ícones, ícones estes criados por um brasileiro. É certo que levaram um bom time de desenvolvimento, uma boa base em termos de serviços como treinamento, mas de boa, falar que o Mandriva tem algo do Conectiva aí sim é forçar. Após a fusão, tentei de várias maneiras utilizar o Mandriva, mas não me adaptei, até a última versão Spring eu baixei e testei. Realmente a Conectiva hoje está apenas na lembraná daqueles que como eu, puderam usufruir de uma distribuição nacional.
@Diogo: usei um pouquitito mesmo o Conectiva, assim como usei também um pouquitito o Mandrake. Entretanto, nesta época eu vivia voltando para o Windows. Mas se eu tivesse a cabeça que tenho hoje naquela época, seria muito mais o Conectiva. Sempre tive problemas com o Mandrake, nunca nos entendemos. Diferente, por exemplo, do Debian, que me cativou ainda nos tempos de leitura sobre o Kurumin 3.x, afinal, eu acabei aprendendo mais sobre o Debian.
Definitivamente nunca fui com as fuças do Mandrake/Mandriva. Tento usar o Mandriva, mas não consigo. É psicológico, sei lá. Recomendo sim, para iniciantes em Linux. Mas para uso pessoal, sou mais o OpenSUSE ou o Ubuntu, minha distro principal.
Saudade…
cd verde-limão, perdi em um onibus(fiquei triste), Conectiva(conheci RS – em Curitiba), Mandrake, kurumin, Debian, Arch, LinuxMint.
Gostava do KDE 3… o 4 começou torto… um dia eu volto.
Pois é o negócio agora é Ubuntu mesmo.
O mandriva tem uns bugs estranhos…
@Woods
Tá falando besteira! De que bug você tá falando cara?
@Wendell
Depois do Mandriva 10, o “motor” do Mandriva 2006 foi desenvolvido pela turma do Conectiva, toda a engenharia por trás dos pacotes vieram do Conectiva. Abandonar pacote A ou B não significa muita coisa. Até mesmo o visual ficou todo por conta do pessoal da Conectiva, como o Everaldo, que também trabalha pra equipe do KDE.
Eu passei pessoalmente por todas essas mudanças e só tirei o CL10 do meu PC quando o Mandriva passou a reunir mesmo o que havia de melhor nas duas distros, e o sucesso vem até hoje! A distro mais intuitiva entre as grandes, excelente integração com o KDE e Gnome, muito atuante no Kernel do Linux, enfim, tudo pra ser a distro mais popular, já que tem muito mais a oferecer do que a distribuição do ricão da Canonical. Só falta o dinheiro.
@Diogo
Os pacotes mencionados foram apenas exemplos. Usei o Mandrake 8, 9 e até hoje não vi nenhuma diferença desde a aquisição do Conectiva. Se me entende, a distro brasileira tinha um diferencial, coisa que o Mandriva não tem após a fusão das duas empresas. Continuo achando o Mandriva mais Mandrake do que Conectiva e isso é notado em muitos comentários blogs afora por diversos usuários que mudaram para outras distribuições. Quanto ao posicionamento de contribuição disso e daquilo, isso não é o foco, afinal, cada um contribui com o que tem e com o que quer. Já em relação ao Mandriva, na época da compra até que me animei, mas quando vi que só ficou mesmo o “iva”, desisti. É aquela velha história, não existe melhor Linux, existe sim aquele que melhor atende a necessidade de cada usuário.
@Wendell
Pode ter sido um sentimento diferente com você, como disse, quando usei o Mandriva 2006, já com os caras da Conectiva trabalhando na distro, voltei a “me sentir em casa”. Mas eu entendo seu ponto de vista, lembro ter lido uma matéria na época em que eles diziam que o Mandriva seria o Conectiva com os serviços online do Mandrake, e foi o que percebi mesmo.
Não sei se você lembra, o Conectiva tinha várias versões, não recordo o nome, mas cada uma específica. Umas voltadas pra desktop, outras pra empresas, com caixas diferentes. Logo que o Mandriva juntou com o pessoal, lançaram também essas versões como o Mandriva discovery.
Depois isso ficou de lado pra focarem no Powerpack como versão diferenciada.
Uma outra coisa que ficou quase que totalmente focada no Conectiva foi a versão server, que, se eu não estou enganado, o Mandrake não tinha uma versão server, quando o Conectiva era forte no Brasil com seus servidores.
Mas falta um CEO ousado e falta investir em marketing, a Mandriva dorme no ponto por ter um super produto e não aproveitar.
@Diogo
As versões eram divididas em Profissional, focado em servidores e Casa e Escritório. A Conectiva, apesar de muitos usuários brasileiros na época a crucificarem, se destacava nos treinamentos, soluções e o marketing, que era muito forte. Sem mencionar que era feito por brasileiros para brasileiros. Lembro-me que eles estavam expandindo para a América Latina e queriam mais. Um ponto positivo na fusão foi o time de desenvolvimento que foi aproveitado. Mas veja só, numa análise mais abrangente, não tiro o mérito da distro, o Mandriva é um sistema fantástico, possibilita uma curva de aprendizado bem menos acentuada que outras distribuições, porém, não souberam aproveitar o que de melhor a filial brasileira possuía, justamente na área em que ela era forte. Ter um bom time de desenvolvimento não é tudo, talvez o que você apontou tenha sido o diferencial, ou seja, um CEO ousado e que tivesse explorado o potencial da nova aquisição. Torço por uma saída positiva para a atual situação que a empresa se encontra e espero um dia poder voltar a usá-la como usei o Conectiva Linux.
@Wendell
Nos recentes documentos da Mandriva, sempre era mencionada a fábrica brasileira como o ponto forte da distro, já que a maioria dos acordos OEM e vendas do Enterprise Server saem daqui. Entrou muito dinheiro na empresa nesses dias, esperamos que saibam usar esse dinheiro de uma forma mais agressiva.
Uma distro que lembra bem o Conectiva, que foi quando realmente comecei à usar Linux, e o PCLOS. Depois que o CL 10 finou-se, mudei para o Fedora, que foi o que mais se assemelhou, porém sinto falta do velho Conectiva.