LibreOffice e o sucesso de forks comunitários
O LibreOffice é o fork “da vez”, e foi bastante divulgada a recente iniciativa de um conjunto de desenvolvedores que gravitaram durante anos ao redor da Sun (agora Oracle) para manter (como voluntários ou mesmo profissionalmente) o OpenOffice, e agora se reuniram na forma da Document Foundation para passar a manter o LibreOffice, iniciado a partir da base de código aberto do projeto anterior.
Mas a história recente do software livre está repleta de casos similares, vários bem-sucedidos, em que um novo produto interessante surge a partir da base de um projeto pré-existente, que às vezes continua em paralelo, e às vezes acaba sendo enterrado à sombra do sucesso da nova alternativa.
Alguns exemplos de forks bem conhecidos (mas não necessariamente representando o fim do projeto original) são o Joomla, WordPress, OpenBSD, Firefox, WebKit. Distribuições como Ubuntu, Mageia e Conectiva também nasceram de operações de fork aplicadas à base de pacotes de distribuições anteriores.
Dediquei meu espaço de hoje no blog DeveloperWorks para falar sobre estes casos em geral, e sobre o LibreOffice em particular – inclusive explicando como acompanhá-lo ou colaborar com ele. (via IBM DeveloperWorks)
Poderia ser incluso nessa lista: Firebird e Inkscape, ambos bem sucedidos.
Parece que o LibreOffice está recebendo um feedback muito grande em contribuição em termos de código apesar do seu pouco tempo de “vida”.
O desempenho está melhor(bem pouco) que o Openoffice oficial.
Espero em em breve o LibreOffice ultrapasse o OpenOffice em pessoas contribuindo e, quem sabe, passe por uma mudança profunda em seu funcionamento, código, interface e performance.
Pessoalmente não me preocupo se tecnologias como Java e Mono forem, usadas de forma intensiva no LibreOffice, desde que sejam opcionais e não necessárias para as funcionalidades-padrão.
Um mecanismo que permita escrever extensões em multiplas linguagens (c#, vb, python, ruby, java e, é claro, c++) seria muito interessante, desde que não custe muito ao sistema em termos de consumo de memória e processador (no openoffice atual parece que cada extensão adicionada duplica o peso da suíte).
O MS Office 2010 está aí com uma interface realmente muito bem-feita e atrativa, portanto creio que será difícil para o openoffice/libreoffice inovar em termos de interface, portanto acho que o foco deve ser mesmo em usabilidade (mesmo mantendo o padrão atual de interface), estabilização das funcionalidades existentes e melhoria na performance.
Ah sim, em projetos de software livre, melhor que forks são merges. É interessante ver quando pessoas com pensamentos diferentes seguem caminhos também diferentes, mas é mais legal quando estas mesmas pessoas, em projetos que adquiriram sucesso, se juntem e unam os frutos das caminhadas. Como o meego, união do moblin e do maemo.
Torço pelo sucesso desse projeto!
E para quem usa Slackware, pacotes compilados nativamente (32 e 64bits) http://alien.slackbook.org/blog/building-libreoffice-from-source/
Microsoft lança video demonstrando temor pelo OO, vejam em http://www.theregister.co.uk/2010/10/14/microsoft_fears_open_office_org/
Baixei ontem a primeira versão do LibreOffice para Linux, visando colaborar, como usuário, para o seu bom funcionamento. Tem alguns bugs elementares mas está bastante rápida. Promete!!!!
O Mozilla Suite veio do Netscape. E do Mozilla Suite surgiu o Seamonkey.