Integrantes do LibreOffice convidados a sair da direção do OpenOffice
Os registros da reunião de 14/10 do Conselho Comunitário do OpenOffice são uma leitura interessante para quem está interessado na dinâmica do projeto após o recente anúncio do surgimento da Document Foundation e do fork LibreOffice.
Realizada cerca de 1 semana após a Oracle anunciar que deseja o melhor para o LibreOffice, a reunião se concentrou em um único ponto de pauta: o pedido, comunicado por integrantes do Conselho do OpenOffice que também são funcionários da Oracle, para que os integrantes do mesmo Conselho que fundaram e integram o fork LibreOffice saiam do conselho do OpenOffice, devido ao que caracterizaram como conflito de interesses.
Os registros da reunião mencionam longa discussão sobre se há ou não algum conflito de interesse em participar simultaneamente da direção do OpenOffice e do LibreOffice, bem como a conclusão estipulando um prazo para o que os membros filiados à Oracle descrevem como uma saída cavalheiresca dos envolvidos no fork – o que para mim indica que, se eles não saírem “por bem”, haverá outras medidas.
A mim parece que haver um entendimento e distinção claros sobre onde começa e termina cada um dos projetos é positivo para todos os envolvidos. A discussão sobre se há ou não conflito de interesses me interessa, pois é possível que da conclusão dela fique mais claro se o LibreOffice compete ou complementa o OpenOffice. Vou acompanhar com atenção os próximos passos. (via wiki.services.openoffice.org)
@brlinuxblog
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agora é ver se a oracle tentará sabotar o libreoffice, ou se fará propaganda contra.. o.o
eu me pergunto: a marca broffice daqui, é dela? é possível que o broffice “mude” para o libreoffice, de alguma forma?
E a Oracle conseguiu a façanha de ser pior do que a Microsoft. Será que, com a IBM, teria sido diferente?
@André,
Estava justamente pensando nisso, e temo pelos que venha a acontecer com outros projetos como o MySQL, Java, VirtualBox etc.
Quanto mimimo. Se o pessoal ficou malhando o OO, se ele é ruim, é isso, é aquilo, o que estão fazendo no conselho? Que cuidem do seu fork, sejam livres pra isso, mas não atrapalhem quem quer outros planos.
“Empresas são empresas e elas querem é lucro”
Sim, e onde está o problema? Empresas não são boas nem más, a não ser pelas mentalidades de esquerda que demonizam o lucro.
@tarcisio
A maioris dos sites e CMS usados atualmente utiliza MySQL. Se a Oracle o matar, será uma hecatombe na web!
Elias, o BROffice já anunciou sua adesão ao LibreOffice, a notícia e os detalhes estão no site do projeto.
É uma pena que a ferramenta de moderação seja forma de maneira inadequada por muitos usuários. E outras opiniões não possam ser expressas porque muitas vezes confronta “ideais” do Software Livre, isto deveria ser revisto, a moderação ser forma de maneira mais adequada. Toda unanimidade é burra.
Fico triste com o decorrer do projeto openoffice. De início, já havia insegurança da equipe, visto terem feito um fork com medo de o projeto não continuar – isso mostra uma falha na comunicação da Oracle.
Logo em seguida, percebendo o erro, solicita que quem criou o fork por desejar manter o projeto saia do mesmo, visto haver conflitos de interesse. Isso indica que openoffice não será um projeto comunitário, e sim controlado.
Até aonde vai essa novela?
A moderação já foi discutida aqui e o Augusto optou por um meio termo. Lembre-se da vantagem de não ser necessário cadastro para comentar.
Tenho visto muitos comentários não unânimes aqui sem serem moderados negativamente, mas estes precisam ser bem fundamentados e respeitosos. Mesmo os que criticam a Microsoft às vezes são moderados negativamente.
Ah, lembrando que você também pode criar um blog semelhante e que funcione como você sugeriu. Me avise.
É uma pena que o autor de um comentário que usa tão repetidamente expressões ofensivas, a ponto de rapidamente receber a raramente alcançada moderação por “troll/flame”, venha logo em seguida criticar o sistema de moderação e o que julga ser uso inadequado por parte dos leitores.
Profeta do Caos, peço que não repita o uso, no BR-Linux, do tipo de expressão ofensiva que estava presente no comentário que os leitores moderaram de forma correta e expedita, felizmente.
@Profeta do Caos,
Creio que você está sendo moderado não pelas suas opiniões e críticas, mas pela forma de expressá-las.
Acho justa a postura da Oracle.
@Andre Fernandes
Não vejo relação entre o fato supracitado e um possível ‘fechamento’ do OO para a comunidade. Foi solicitado apenas que eles não façam mais parte do conselho, e não que eles continuem contribuindo com o desenvolvimento do software, como fazem milhares de pessoas pelo mundo.
;)
Não vi nada de errado na postura da Oracle. Se eles criaram um fork porque não estavam contentes com a Oracle e os rumos do OpenOffice.org, nada mais coerente do que abrir mão de suas vagas no conselho de administração do projeto.
Essas pessoas é que deveriam ter anunciado sua saída do OpenOffice.org ANTES ou SIMULTANEAMENTE com a criação do fork. E nem depois fizeram isso pelo que pude entender. Isso é falta de ética.
@Marcos Alexandre, empresas podem sim, ser tachadas como boas ou más, dependendo do que fazem ou causam para os consumidores ou população em geral.
Lembro-me que Cubatão era uma cidade das mais poluidas, resultado da ação de empresas que queriam lucro acima de tudo. Estou imaginando o que aconteceria com vc se tentasse convencer pessoas prejudicadas pela poluição da cidade de que isso é bom ou de que empresas não podem ser rotuladas como boas ou malvadas.
A finalidade de uma empresa, pelo que sei, é produzir produtos ou serviços para população, se ela vai ter lucro ou não, é de interesse só do dono e/ou dos acionistas.
Eu como consumidor quero só o produto/serviço, mas como também sou um consumidor consciente, posso usar meus poderes (dinheiro para comprar ou não, boca para convencer outros a fazer o mesmo) para punir ou recompensar empresas por fazer coisas que eu tacho como más ou boas. Me diz o que há de errado ou ilegal com esse meu proceder?
@Marcos Alexandre
‘“Empresas são empresas e elas querem é lucro”
Sim, e onde está o problema? Empresas não são boas nem más, a não ser pelas mentalidades de esquerda que demonizam o lucro.’
Marcos, concordo que é preciso evitar exageros e ficar claro que empresas existem para lucrar, e não há mal nisso.
O problema é esse tipo de pensamento da segunda parte do teu comentário:
“Empresas não são boas nem más”.
Dá uma idéia de que toda forma de operar deve ser tolerada, desde que venha o lucro.
E esse tipo de pensamento acaba indo para o extremo oposto: santificar o lucro, o prêmio maior que a tudo justifica.
Capitalismo sim(é o sistema menos pior), mas com limites.
Certo colegas, eu com certeza me expressei mal sim, coloquei alguns termos que não foram apropriados, eu concordo neste ponto. Em relação a moderação muitas vezes ser injusta e usada de forma não correta, isto acontece sim. Sei que não sou dono do blog e tenho que me adequar as regras, mas muitas vezes as moderações são feitas baseada em diferenças de ponto de vista, o que não é correto em um ambiente democrático. Quanto ao primeiro comentário, reconheço que teve excessos, e gostaria de me desculpar aos colegas. Mas por outro lado, gostaria que o processo de moderação fosse mais injusto, não basta deixar na mão dos leitores, a maioria das vezes não existe bom senso e muitos usam de má fé da moderação. MAs é apenas um ponto de vista.
Obrigado a todos.
augusto, isso é uma notícia ótima! :)
@weber Jr, ok, não vou discutir mais esse ponto. Acho que expressei mal, mas a maioria entendeu o que quis dizer.
Ow! vou criar um fork dos projetos aqui da empresa para ver se me mandam embora também.
Marcosalex
Você fica repetindo coisas com sentido e lógica como coisas de “esquerda” .Cheio de apelidos .Coisa clássica de troll.
Quando uma empresa poe o lucro acima de tudo ,ela ja está sendo má,pois isso é egoísmo .Quem se poe acima de tudo é egoísta.
Sobre o lucro:
Alguém deveria levantar a mão de quem gosta de ser roubado e assaltado ,pois é isso que o lucro é .
Imagine que você aluga um lugar e cria uma lanchonete lá .VocÊ não é obrigado pagar nada para o dono do lugar.VocÊ não tem que dar nenhuma fração para o dono do que ganha na lanchonete.
Mas o sistema mais idiota que as pessoas seguem é assim .De sentido nenhum você paga mesada ao usuário.
@Rodolfo – Crie um fork concorrente e obviamente se você pertencer à administração desses projetos você terá obrigação de sair desse cargo, caso contrário você gerará conflito de interesses. Isso se chama ética empresarial e ainda bem que existe.
Agora como já foi citado aqui a Oracle não deveria ter ficado “pisando ovos” (sei lá que expressão se usa no Brasil) por tanto tempo, só gerou foi confusão (será que não foi de propósito?).
Esse ”convidados a sair” sería uma maneira elegante de dizer que foram expulsos? hehehe.
Bem, não discordo da decisão. Se alguns membros partiram para uma solução que visa substituir (assim espero) o openoffice, não existe razão para continuarem membros da comunidade openoffice. Se continuassem, aí que seria esquisito.
Creio até que fosse melhor se todos que fazem parte da comunidade do OpenOffice se juntem ao LibreOffice, pois este visa um real desenvolvimento por parte da Comunidade, e não como a SunOracle faz, que é basicamente não aceitar contribuição de código de membros de fora da empresa, e nem ao menos deixar o código da aplicação disponível num repositório público à todos.
Acredito que os que foram convidados a se retirar que se retirem. A vida continua.
Eu discordo sim ,pois demonstra que a Oracle não quer que outros membros da comunidade participem do projeto OpenOffice e isso demonstra que ela quer soberania quase que total no OpenOffice.
A impressão é que com essa atitude eles, o que eles fizeram foi um “fork preventivo”, se ela fecha-se não teria problema, pois já tem o fork… mas eles na verdade queria continuar com o OpenOffice.org.. agora, torço para que o LibreOffice fiquei melhor que o Open.. pois o modelo de contribuição era no mínimo estranho… “ter que repassar os direitos a Sun”.
Questão um pouco a parte…
Serve como mais uma demonstração que o ideal é que as empresas cooperem, mas não controlem projetos de Software Livre.
Difícil não considerarem que se trata de uma propriedade da empresa.
Quando não é no presente, pode acontecer no futuro, como com a Sun, comprada por uma empresa mais agressiva.
eu preferia o tempo em que notícias sobre software livre se concentravam nos changelogs do último kernel ou sobre dicas de comandos úteis de shell ao invés de politicagens de empresa ou o último mobile idiota com android…
@tenchi, a Sun (e agora a Oracle) disponibilizam sim o código fonte das versões liberadas do OO e até dos builds.
O que ela não oferece é acesso livre ao repositório, a não ser que você seja cadastrado como desenvolvedor, o que é ruim porque não dá pra acompanhar como são as contribuições, quem contribui em quê e os rumos do desenvolvimento online.
@self_liar, você chamar alguém de troll é rizível. A Oracle tem muitos colaboradores sim, inclusive a IBM
http://blogs.sun.com/GullFOSS/
Mas é claro que vai ter muita gente saindo e outras entrando, como acontece com toda e qualquer fusão de empresas, ainda mais sendo duas desse porte.
Quem acompanhou o JavaOne, viu que foi positivo pro Java e soluções agregadas a fusão, assim como pro VirtualBox.
Sim marcosalex .Quando você não tem argumentos e não quer ver as coisas, ou chama aquilo de comunista ,de cuba ou que “empresa só quer ganhar dinheiro”.
Essas coisas não explicam nada e soam como vazias.
A oracle não deveria fazer este tipo de coisa, demonstra que quer o controle total do openoffice e mostra certo repúdio com os forks.
Não vejo nada além de uma postura ética por parte da Oracle nesta questão. Já que o Libreoffice será concorrente do produto Openoffice realmente haverá conflito de interesses entre os membros dos projetos. Ou seria natural alguém do conselho de administração da Oracle fazer parte do conselho de administração da IBM por exemplo?