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Info: “MEC proibe cursos à distância em 5 entidades”

Como é frequente a divulgação, aqui no BR-Linux, de avisos sobre cursos de TI à distância, julguei necessário divulgar a notícia abaixo, sobre 5 instituições cujos cursos à distância não poderão iniciar este ano – a não ser que esclareçam ao MEC as irregularidades apontadas.

A idéia de ensino a distância via Internet me agrada. Pessoalmente, fiz uma pós-graduação via EaD (sobre implantação de software livre, em uma instituição que felizmente não faz parte da lista abaixo) e nada tenho a reclamar de lá.

A notícia da Info tem mais detalhes, e reproduzi seu trecho inicial:

O Ministério da Educação anunciou na quarta-feira, 10, que proibiu o ingresso de estudantes em cinco instituições de educação superior a distância.

De acordo com o ministério, as entidades desobedeceram a legislação que regula a educação a distância e abriram cursos em pelo menos 108 polos — correspondem a cerca de 10 mil vagas — sem credenciamento no Ministério da Educação. 

As instituições são: Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro; Centro Universitário de Maringá (Cesumar), no Paraná; Faculdade do Noroeste de Minas (Finom); Universidade Paulista (Unip) e Universidade de Santo Amaro (Unisa), ambas em São Paulo. (…) (via info.abril.com.br)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-02-12

Comentários dos leitores

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    Pra quem não acompanha o assunto, o Brasil é referência mundial em EaD e exporta tecnologia pra dezenas de países, inclusive de primeiro mundo.

    E temos muita pesquisa científica nessa área também.

    Polaco Amarelo (usuário não registrado) em 12/02/2010 às 9:47 am

    @marcosalex

    Concordo contigo, isso é uma das coisas que somos bons e não tem divulgação ampla da mídia.

    O problema é que tem muitas UniFudebas se aproveitando…

    http://www.estacioparticipacoes.com.br/estacio_ri/show.aspx?id_materia=20886

    COMUNICADO AO MERCADO

    Rio de Janeiro, 11 de fevereiro de 2010 – Em referência ao Despacho do Ministério da Educação (“MEC”), publicado ontem, 10 de fevereiro de 2010, no Diário Oficial da União, a Estácio Participações S.A. (“Estácio” ou “Companhia”, BOVESPA: ESTC3) esclarece que, apesar do MEC determinar a suspensão do vestibular de educação à distância em sete supostos “pólos irregulares”, a Companhia não possui pólos nas localidades indicadas no Despacho. São unidades de apoio aos alunos que oferecem serviços gratuitos tais como a utilização de computadores e o acesso à Internet banda larga.

    A Companhia reforça que as atividades acadêmicas de ensino à distância são realizadas nos 54 pólos, em 15 estados do País, devidamente credenciados pelo MEC e informa que irá responder ao órgão regulador no prazo estipulado.

    A Estácio esclarece, ainda, que o despacho do MEC não afeta a oferta e o vestibular de cursos à distância nos pólos credenciados nem dos cursos presenciais em qualquer uma de suas unidades.

    Eduardo Alcalay
    Diretor Presidente, Financeiro e de Relações com Investidores
    Estácio Participações S.A.

    Marconi (usuário não registrado) em 12/02/2010 às 3:20 pm

    Esta Estácio de Sá é uma fábrica de diplomas bem conhecida (até
    conhecidas aprovado um analfabeto para o curso de Direito em 2001). Imagino que esses centros citados sejam alguma manobra para ter presença local em algumas regiões, oferecendo salas de aula para os alunos e cursos à distância — isto é, o aluno se matricula em um curso de outra cidade e vai para uma sala de aula na sua própria cidade, onde e assiste à aula remotamente.

    Marconi (usuário não registrado) em 12/02/2010 às 3:22 pm

    Parece que eu me enrolei na hora de digitar o post acima. Leiam:

    Esta Estácio de Sá é uma fábrica de diplomas (conhecida por ter
    aprovado um analfabeto para o curso de Direito em 2001). Imagino que esses centros citados sejam alguma manobra para ter presença local em algumas regiões, oferecendo salas de aula para os alunos e cursos à distância — isto é, o aluno se matricula em um curso de outra cidade e vai para uma sala de aula na sua própria cidade, onde e assiste à aula remotamente.

    erico (usuário não registrado) em 12/02/2010 às 3:38 pm

    Uma justa medida para moralizar a oferta desse tipo de curso.

    Magno (usuário não registrado) em 12/02/2010 às 11:25 pm

    Eu fui ver uma pólo da Unip de ensina à distância. Eles oferecem um curso de licenciatura em matemática de 3 anos. Eu só precisaria entrar no sistema 20 minutos por dia e resolver as tarefas, fazendo as provas na unidade credenciada.

    Que tal comparar com qualquer curso presencial de 4 horas de aula diária multiplicado por 4 anos de pauleira :-) para ver a qualidade dos cursos à distância?

    20 minutos por dia, durante 3 anos, para aprender culinária é, digamos, difícil :-) imaginem, matemática :-)

    Seus defensores que me perdoem, mas esse tipo de ensino não pode ser sério.

    @Magno, 20 minutos por dia pra você ser avaliado, não significa que pra conseguir acertar os exercícios você não tenha precisado estudar, talvez até mais do que alguém que assistiu aula da maneira tradicional, cochilava na sala e colava na prova.

    Em qualquer país de primeiro mundo o que vale é o aprendizado e o EaD está crescendo.

    Happy Feet (usuário não registrado) em 13/02/2010 às 3:15 pm

    EAD para cursos de graduação é um absurdo e um atentado contra o nível já muito baixo de nosso ensino universitário.

    Já chega a existência de universidades com shopping e bares dentro dos campi, aproveitamento de estações de metrô e de salas comerciais e lojas de prédios comerciais e shoppings para fazer unidades, etc.

    EAD, no entanto, é bem útil e interesante para cursos de pequena duração, de atualização tecnológica ou de tecnologias específicas, mas graduação e pós-graduação precisam de um ambiente verdadeiramente universitário ou de pesquisa para serem considerados sérios.

    João Dalvi (usuário não registrado) em 14/02/2010 às 7:22 am

    @Happy Feet:

    graduação e pós-graduação precisam de um ambiente verdadeiramente universitário ou de pesquisa para serem considerados sérios.

    Falou e disse

    Aqui no Rio tem a Univercidade dentro do metrô da Carioca, o R9 na Taquara em que a ‘playboyzada’ assiste aula embriagados(tem um bar no ‘campus’) dentre outras bizarrices.
    Ao invés de se cortar brutalmente os investimentos em educação pública para investir em universidades privadas e esconder dinheiro na cueca, os gerentes do Estado deveriam tomar vergonha na cara e usar o NOSSO dinheiro que NÓS pagamos dos pesados (e põe pesados) impostos e investir no ensino público (dentre outras coisas fundamentais para qualquer país sério) para que seja acessível a todos e que as universidades sejam centros de desenvolvimento de ciência e tecnologia que estejam a serviço do povo e do Brasil.

    @Happy Feet, teria algum argumento técnico que valide sua afirmação? Ou que mostre que a única forma de se aprender é dentro de uma sala de aula?

    Jaime BAlbino (usuário não registrado) em 14/02/2010 às 1:14 pm

    Fico feliz com seu otimismo MarcoFelix ao dizer que “o Brasil é referência mundial em EaD e exporta tecnologia pra dezenas de países”.

    No entanto não posso compartilhar desse otimismo porque a realidade é bem outra. O Brasil é um grande IMPORTADOR de tecnologia e possui pouquíssima referência em EAD (vide Moodle, BlackBoard, WebCT, etc…).

    Nossa principal relevância é o modelo de regulação da EAD, feito pelo MEC e pela CAPES. Único no mundo e o mais rígido que existe.

    A principal referência brasileira ainda são os norte-americanos, enquanto a vanguarda da EAD se encontra na Europa, Canadá e América Central.

    Não. Não somos tão bons em tecnologia para ensino a distância. Infelizmente.

    Jaime BAlbino (usuário não registrado) em 14/02/2010 às 1:15 pm

    Uma correção no título. Os cursos não estão proibidos, apenas sua expansão para 108 pólos e 10 mil alunos.

    Os cursos possuem autorização de funcionamento e estão em dia nos quesitos de qualidade exigidos.

    SiBeRiaN (usuário não registrado) em 15/02/2010 às 12:10 am

    Se não somos tão bons em tecnologia para ensino a distância, como afirmou o colega, gostaria de saber quem é parâmetro.

    Renato (usuário não registrado) em 16/02/2010 às 12:56 pm

    Já fiz o curso de Economia presencial e pós graduação em TI à distância e acredito que os cursos à distância são bons e devem ser insentivados, pois não são todas as cidades do país que possuem universidades. Concordo com o colega que falou sobre os “vagabundos que também existem nos cursos presenciais, pois fiz 5 anos de Economia e foi pauleira, mas alguns colegas de minha turma só ficavam no bar, nas festas e quando na sala, só colavam, ou seja não adianta ser presencial se o aluno não levar a sério. O aluno pode ficar dez minutos no EAD para fazer os exercícios, mas com certeza por fora terá que ler livros e fazer trabalhos. Até a UFSCAR – Univ. federal de São Carlos já tem curso de Engenharia à distância, porque é uma tendência irreversível, ainda mais em uma cidade como São Paulo, em que se leva tanto tempo no transporte. É melhor estudar em casa…

    Gustavo Melo (usuário não registrado) em 16/02/2010 às 9:15 pm

    Se EAD é tão bom, pq Hardward, CalTech, Johns Hopkins e o MIT ainda adotam de forma massivamente o ensino tradicional em sala de aula ? e não me venham o papo que EAD é uma ferramenta complementar é usado como substituto sim… (geralmente de PÉSSIMA qualidade) ?

    “Não. Não somos tão bons em tecnologia para ensino a distância.”

    Não somos referência em tecnologia, mas em ciência. Basta ir a um congresso internacional de EaD que você vai constatar como estamos pareados com os melhores em ciência.

    Aliás, o Brasil em muitas áreas de ciência é respeitado lá fora, como telemedicina, por exemplo. O bicho “pega” quando precisa de tecnologia cara pra implementar.

    @Gustavo Melo, continuo aguardando um argumento técnico contra o EaD.

    Da mesma forma que existem bons cursos presenciais, também existem péssimos cursos presenciais, mesmo nos EUA. O mesmo vale pra cursos de EaD.

    O que não podemos ter é a visão bairrista de que só existe uma forma de aprender e tudo que é diferente é vilão. São esses pensamentos bolivarianos que nos impedem de virar um país desenvolvido.

    Marcus Vinicius (usuário não registrado) em 17/02/2010 às 8:35 pm

    Sem atacar ou defender lados. Mas a justificativa de dizer que um aluno de um método de ensino X, passa um período Y de tempo em curso presencial, e, porém, deve despender um tempo Z para alcaçar o objetivo do curso, não se enquadra de forma alguma como argumento plausível para justificar unilateralmente qualquer um dos casos. Já que o citado é, de bom senso, esperado que ocorra em ambos.

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