ILOVEYOU: Dez anos do LoveBug
Quem era administrador de sistemas na época deve lembrar do dia em que o LoveBug (ou ILOVEYOU surgiu, quando subitamente os avisos para os usuários não clicarem em links suspeitos se tornaram mais insuficientes do que nunca, e até quem nunca tinha pensado em instalar filtros de e-mail teve que rever seus conceitos.
Eu administrava alguns servidores de e-mail e proxy web (Postfix e Squid), e lembro que foram dias frenéticos procurando caprichar ainda mais nos filtros e ao mesmo tempo lidar com algum nível de suporte aos usuários locais (de Windows, claro) que haviam sucumbido à tentação de clicar na mensagem de amor recebida de algum conhecido. A partir daí a maré só piorou, e levou algum tempo até as tecnologias de proteção à minha disposição se adaptarem ao novo desafio que começou a ser percebido na época do Lovebug.
Segue trecho do IDG Now:
Há dez anos, no dia 4 de maio de 2000, uma equipe da MessageLabs, um provedor especializado na segurança de mensagens eletrônicas, descobriu que em algumas horas havia interceptado um número impressionante de vírus, algo que excedia qualquer estimativa inicial.
“Em poucas horas, a quantidade de computadores infectados era maior que a de um dia inteiro”, lembra Paul Fletcher, membro da equipe na época e, agora, arquiteto chefe do software de serviços de hospedagem da Symantec. “Foi o primeiro sinal de que algo estava acontecendo”.
(…) o worm foi o pioneiro de uma nova era, explica o especialista. Hoje em dia, os ataques comumente instalam um malware que se esconde no sistema para obter informações confidenciais. Para seduzir a vítima a clicar no arquivo infectado, os hackers se utilizam de sofisticados embustes sociais, algo que o LoveBug fez no longínquo ano 2000, quando o e-mail ainda estava se tornando uma importante ferramenta para os negócios.
“Foi aí que os criminosos começaram a enxergar a internet como um espaço eficaz para atividades ilegais. O malware se tornou um meio para um fim ainda maior, como a distribuição de outras pragas como trojans e spywares”. (…) (via idgnow.uol.com.br)
A 15 anos havia o “Leandro e Kelly”, um vírus brasileiro :)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leandro_&_Kelly
Lembro quando era comum alguém desesperado porque um vírus estaria fazendo sua tela “derreter”. Pra quem não lembra isso era uma proteção de tela famosa.
@Marcelo:
da Wikipédia: “(…)e era derivado do Vírus Michelangelo.”
Ou seja, mais um rip-off descarado de brasileiros. =)
Vírus existiam muito antes do ILOVEYOU, mas esse marcou o mundo justamente pela engenharia social envolvida…
Imagina aquelas tias gordas que tiveram suas máquinas de escrever trocadas por computadores à força, recebendo um e-mail dizendo ILOVEYOU? Clique certo em tempo recorde… :D
Alguém lembra do vírus “cascata”?
http://www.f-secure.com/v-descs/cascade.shtml
Saudade…
Eu me lembro do “ping-pong”, achava ele divertido…
Bons tempos…
O.O.
Tenho saudades do tempo em que vírus de computador era apenas uma curiosidade técnica e até divertida.
Pera ai… O Linux me proporciona exatamente isso, os vírus são apenas curiosidades técnicas hehehe.
Eita ping pong, não fazia nada, só aquele cursor batendo na tela de lado para outro…
ATACOU A GAMBAZADA ONTEM À NOITE !!!