Governos europeus divulgam preocupação com segurança de navegadores de seus cidadãos
Quando a reputação de insegurança de um aplicativo atinge o ápice? Não sei dizer, mas um bom indicador de que este ponto está próximo é quando governos de países desenvolvidos começam a emitir alertas para que seus cidadãos não usem mais este software, e é o que está acontecendo com o Internet Explorer, objeto de 2 alertas governamentais ontem:
- O governo alemão recomendou que os usuários procurem um navegador mais seguro do que ele, e
- o governo francês fez o mesmo, alertando especificamente sobre uma falha conhecida no IE que permite que criminosos executem códigos na máquina de usuários insuspeitos.
Internet Explorer é objeto de alertas governamentais aos cidadãos
A falha mencionada é a mesma que foi explorada, em computadores de usuários estrategicamente selecionados, para a invasão à rede do Google (e outras que começam a ser divulgadas) que motivou um incidente internacional-diplomático-corporativo a partir de meados da semana passada.
A Microsoft, produtora deste aplicativo, reconheceu a existência da falha (que está presente inclusive na versão corrente do navegador), mas mesmo assim, e de maneira não surpreendente recomendou aos usuários que atualizem para o IE 8 (também vulnerável).
Agradeço aos 9 leitores que enviaram esta notícia como sugestão, torço para que a ocasião tenha efeito positivo sobre a segurança on-line e também se converta em oportunidade para que mais gente experimente os navegadores de código aberto (mesmo sabendo que qualquer software está sujeito a brechas “0day” – mas hoje a bola da vez é outra…), e reproduzo trecho da matéria do IDG Now:
A falha no Internet Explorer que possibilitou ataques aos sistemas do Google na China deve causar mais dor de cabeça à Microsoft. O governo alemão recomenda aos usuários que procurem um navegador mais seguro para garantir a proteção de quem navega pela web, de acordo com a BBC.
A França fez o mesmo, também sob alegação de cuidados com a segurança. Segundo o jornal El País, o órgão francês responsável por prevenção a ataques cibernéticos, chamado de Certa, afirmou que a vulnerabilidade identificada no navegador da Microsoft permite que criminosos executem o código remotamente.
A companhia de software respondeu dizendo que o risco para os usuários é baixo, e que uma alteração nas configurações de segurança do navegador diminuiriam os riscos. A empresa garante que, mudando a zona de segurança da internet para “alta” , é possível evitar ataques, mesmo que isso prejudique a navegação e bloqueie alguns sites. (via idgnow.uol.com.br)
@brlinuxblog
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Não sei mais algo me diz que essa como dizem “Eu Já Sabia!!!”
Vamos usar o Opera!!!!
O Opera não é proprietário seu zé ruela? Vamos apoiar o Firefox que já mudou e muito a Internet como conhecemos.
Qualquer programa pode ter vulnerabilidades, isso é fato. O problema é quando a empresa não faz nada, e ainda por cima recomenda fazer upgrade para uma nova versão que também é vulnerável. Parece que a só mobilizou o departamento de marketing, os desenvolvedores não foram acionados. Com este tipo de atitude, só a falta de opção ou de informação é que pode levar a usar um produto assim.
Que legal. Até o Google usa o Internet Explorer.
ha muito tempo o internet explorer é uma …….. mas só agora o mundo vai realmente saber disso espero que a migraçao dos sites ainda incompativeis com navegadores de verdade nao demore !
e o google nao usa internet explorer uma falha presente no I.E permite acessar contas de email abertas nele e nao é somente contas google !
As falhas uma hora são corrigidas, por isso o usuario tem que fazer a parte dele, deixando seu sistema sempre atualizado.
Desenvolvo um browser, e posso fazer um estardalhaço culpando o browser do concorrente por uma invasão na minha empresa? Que legal!
Parabéns, equipe de marketing do Google!
emo_csharp_developer, a questão da “culpa” está no domínio dos fatos – até mesmo a Microsoft admitiu a existência da falha e o papel que ela teve no incidente. Só o estardalhaço é que está no domínio da discricionariedade, mas creio que ele foi bem-vindo, considerando que a falha teve consequências tão sérias.
@Augusto
Concordo plenamente.
Bem vindo para todos àqueles que não tem noção dos problemas do IE, e, de certa forma – e por mais estranho que isso soe – para o próprio Google, que consegue manchar a imagem do seu maior concorrente no arena dos browsers.
Num evento complicado para a empresa, não deixou de “sentir o cheiro de sangue na água” e resolveu mecher na ferida do IE, que IMHO sempre foi a segurança (perdão pela analogia). E está sabendo aproveitar a oportunidade, causando uma repercursão enorme, onde um dos maiores beneficiados, no final, será… o próprio Google. Por isso, meus parabéns.. na minha opinião, foi brilhante.
Ahhhhh!! uma auditória nesse sitema que roda essa coisa!! a casa iria cair geral e só os infelizes dizendo ”eu me odeio”
visao bem limitada essa tua emo, como se alguem tivesse pensado: “issuuuu, vamos nos aproveitar desta corriqueira tentativa de invaçao para culpar o governo pela invaçao, levantar o filtro de censura, causar um incidente diplomatico, ameaçar encerrar os negocios na china e sujar o I.E.”
Está certo o governo de recomendar sair dessa peneira que é o IE e não OBRIGAR como tem países que vem tentando impor suas vontades.
Era hora da Mozilla fazer uma campanha pras massas recomendando seu browser como o mais seguro.
@Phillip
Nunca disse que quem expôs estes fatos, o fez prevendo com tal nível de detalhamento as consequências, nem que, entra as intenções dela, estaria “causar um incidente diplomatico”, ou “encerrar os negocios na china”.