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Fortune: Como as grandes empresas dos EUA aderiram ao código aberto

A revista Fortune publicou o artigo “How corporate America went open-source“, que faz um par interessante com o recente post sobe o “Darth Vader da Tecnologia”: ela descreve o crescimento da presença do open source nas grandes corporações dos EUA (e vice-versa) e algumas das razões que levaram a isso.

Embora a presença corporativa frequentemente cause embaraços (talvez o caso emblemático mais recente sejam as mudanças nos projetos da Sun após a aquisição pela Oracle), usualmente trata-se de situações com dois lados bastante perceptíveis: no exemplo, as aberturas de código do Java do OpenSolaris por parte da Sun foram reivindicadas e comemoradas como vitória por muitos segmentos das comunidades de software livre e código aberto.

No Brasil, onde investidas em direção ao software livre muitas vezes não tiveram continuidade ou foram explicadas essencialmente por razões ideológicas ou essencialmente pelo critério de redução do custo das unidades vendidas de algum outro produto, uma matéria como essa pode servir quando surge a dúvida sobre os modelos de negócio adotados por quem inclui o software livre em suas estratégias corporativas.

Casos mencionados, como o da Amazon, Google, Nokia e SAP, servem como exemplos vivos, e os números das pesquisas indicando presença generalizada de software livre nas grandes empresas dos EUA também são indicativos interessantes.

E, claro, os comentários presentes que permitem refletir sobre a possibilidade de a Oracle estar matando sua própria galinha de ovos de ouro ao permitir o surgimento de dúvidas sobre o grau de abertura do Java ajudam a ilustrar também o outro lado dessa moeda. (via tech.fortune.cnn.com)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-08-18

Comentários dos leitores

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    Fabio Luiz (falcon_dark) (usuário não registrado) em 18/08/2010 às 10:16 pm

    Muitas corporações já descobriram como se aproveitar do Software Livre. Algumas até já descobriram como fazer isso e dar algo em troca. O fato de isso ocorrer tão pouco por aqui é que o empresariado brasileiro ainda engatinha, tal qual nosso mercado e nossa democracia. Qualquer corretor de imóveis dos EUA colocaria muito diretor e presidente de empresa brasileira no bolso. Quando nosso mercado estiver mais maduro e nossos empresários forem mais “homens de negócios” e menos “espertalhões semi-alfabetizados que estavam no lugar certo na hora certa” talvez tenhamos algum grande empreendedor fazendo barulho com software livre.

    Os homens mais ricos do Brasil são vendedores de móveis, donos de supermercados, fábricas de cerveja, frigoríficos, abatedouros de frango, lavouras de soja. Todos “feitos a facão” que herdaram os negócios dos pais ou cresceram numa época onde quem era amigo do Governador do Estado ganhava a concessão do rádio. Os bancos que tem os presidentes, filhos e netos dos fundadores, formados em Harvard, são extremamente conservadores e proprietalistas no último.

    Nos EUA as grandes fortunas foram edificadas por mentes brilhantes, talhadas nas melhores escolas do país, com idéias inovadoras que derrubaram os caras da velha guarda. Gates, Jobs, Page e Brin são exemplos de um capitalismo de negócios feitos sobre idéias, não sobre sementes ou carne de porco. O capitalismo dos EUA está em outra era, uma era da qual só conhecemos reflexos de luz que chegam até aqui. Como um capitalismo baseado em industrialização de matérias primas vai contribuir pro software livre? Não vai, por isso a Conectiva foi vendida aos franceses.

    Denilson (usuário não registrado) em 18/08/2010 às 10:47 pm

    Penso que as empresas brasileiras, tem muita dificuldade comn a implantação de software livre. Não por falta de interesse no recurso, mas por falta de mão de obra qualificada e de orientações corretas (suporte). Querendo ou não, as empresas americanas tem um suporte bem superior ao nosso! Não dá para comparar grandes corporações que tem bala na agulha. Temos que analizar como um todo. Se a empresa acaba adotando software proprietário, é por que nele ela encontra um suporte maior. Infelizmente, o software livre tem um suporte, ainda muito aquém do necessário… Erro dos profissionais, das escolas, dos cursinhos?! É uma situação macro.

    O Santo (usuário não registrado) em 19/08/2010 às 2:37 pm

    @falcon_dark, acredito que o capitalismo dos EUA seja realmente mais desenvolvido, veja a lei Sarbanes-Oxley, por exemplo, que obriga uma empresa a ser ética (enquanto aqui alguns comentaristas dizem que vendem a mãe em busca do lucro).

    Mas têm coisas que não dá para entender: como patentes de software.

    Patentes, que foram idealizadas para estimular a criação de ideias, como explicar que existam para áreas como software onde a criatividade é regra? Como delimitar e estimar quanto vale um conhecimento que foi agregado em cima de outro pré-existente? Essas patentes ao invés de estimular as ideias, tolhe as ideias pois o criador, para qualquer lado que se vire, terá patentes para pagar ao tentar criar algo “novo”.

    Um exemplo: todo mundo vai ao supermercado e usa um carrinho de compras para colocar os produtos. Daí vem um e, numa loja virtual, implementa um carrinho/cesta/sacola para “colocar” os produtos escolhidos e diz que ninguém pode usar a ideia, sem pagar a ele, pois ele que criou e patenteou a ideia. Fica a pergunta: o quanto esse cara teria que pagar para o autor da ideia original de colocar um carrinho de compras no supermercado?

    Sobre as pessoas que vc citou, elas pegaram o conhecimento existente e criaram empresas de influência, sendo que a Microsoft se especializou em imitar ideias dos concorrentes, seria a Microsoft (ao menos em seus primórdios) como um fabricante xing-ling atual, a copiar os produtos de sucesso de empresas concorrentes? Será que o Gates, se não tivesse saido da escola antes de concluir o curso teria aprendido o que é ética?

    E o Jobs! Onde será que ele aprendeu a vender equipamentos e reter o poder sobre eles, querendo mandar no que os clientes podem ou não fazer com o equipamento? Ele até tentou criminalizar os clientes. Será que ele tb fugiu da escola e aprendeu com algum ditador latino americano com quem dividiu um fuminho?

    O que será que esses dois têm a contribuir com o software livre? Sendo que com ele, eles perdem um pouco do poder de controlar o cliente?

    foobob (usuário não registrado) em 19/08/2010 às 5:26 pm

    bem, agora que os grandes já aderiram, vai se tornar mais fácil convencer gerentes basbaques brasileiros a usar, pois só mexem a bunda pra copiar mesmo.

    Mas queria mesmo é que o aquecimento global se agravasse para que o povo do norte passasse a trabalhar de camiseta, bermuda e chinelos para os babacas de cá copiarem a moda também…

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