Extensões: A resposta do Conselho Comunitário do OpenOffice à FSF
O conselho da comunidade OpenOffice publicou uma resposta à listagem alternativa de extensões anunciada pela FSF na semana passada, e divulgada no domingo aqui no BR-Linux.
Segundo a nota, o Conselho recebeu da FSF uma solicitação de dar a esta o poder de veto sobre quais extensões poderiam constar no repositório do próprio OpenOffice, não a aceitou, e fez uma contra-proposta que considera o seu próprio posicionamento, que respeita as escolhas dos usuários e acredita que a melhor forma de influenciá-los os usuários em favor do uso de softwares livres (incluindo as extensões) é oferecer a eles softwares de boa qualidade que atendam suas necessidades.
A nota do Conselho disse ainda que acredita apaixonadamente que o modelo livre produz softwares melhores, mas os usuários também devem ser livres para fazer a comparação e chegar à sua própria conclusão.
O Conselho lamentou que a FSF não tenha aceitado sua contra-proposta de sinalizar melhor o repositório original, e tenha preferido criar um segundo repositório, que na opinião dele pode causar confusão entre usuários.
Mesmo assim, o Conselho está à disposição para trabalhar com a FSF para encorajar desenvolvedores de software livre a atuar em áreas onde hoje só existem extensões proprietárias. (via lwn.net)
Eu sinceramente não entendo estas atitudes do Stallman… O cara briga com todo o mundo! Isto só serve para manchar a imagem da comunidade.
Essa deveria ser a atitude correta, software tem que ser bom, independente do modelo de negócios. Se for livre ótimo, mas não é porque ele é opensource que ele será automaticamente adequado. Firefox está aí para provar isso, OpenOffice está no caminho, Ubuntu também, não moramos em Cuba nem na URSS.
É o que sempre falo aqui. A FSF e o Santo Stallman quer mandar em tdo, não respeitando o direito de escolha dos usuários. ..
Assim, quem não concorda com Stallman é criticado e combatido por ele!
Ah, façam-me um favor…
Software Livre é livre, e eu faço o que bem entender com eles!
Bando de idiotas !!!
Isso meche na liberdade de escolha, eu entendo que ela queira privilegiar o software livre, isso é obvio e não tem nada de errado, mas excluir plugins uteis, pode desagradar aos usuários. Isso me soa Propietário demasi.
Isso meche na liberdade de escolha, eu entendo que ela queira privilegiar o software livre, isso é obvio e não tem nada de errado, mas excluir plugins uteis, pode desagradar aos usuários. Isso me soa Propietário demais.
[..]Desculpem, achei que o primeiro não tinha ido.
Como o openoffice não queria excluir os plugins proprietários, a FSF iniciou um grupo de trabalho para cuidar de uma listagem. O openoffice não gostou da atitude da FSF… e daí!?
Eu sempre sou grato por esse tipo de trabalho que busca separar bem o joio do trigo. Não sei porque isso desperta tanta revolta…
Muita gente tenta fazer do software livre um trampolim para fazer emplacar software proprietário. Veja a Canonical com o seu “software center”. Preço: gratuito. É o iTunes do ubuntu!! Sempre que se tenta utilizar uma plataforma livre para tentar emplacar soluções proprietárias a FSF se manifesta. Eu acho a ação da FSF muito importante!
Quanto ao argumento da liberdade de escolha, vejamos…
Se eu escrever código proprietário para o openoffice e quiser que o meu código seja distribuído pelo openoffice eles vão se recusar. Por que não adicionam o código e criam uma versão proprietária e uma livre do openoffice e deixam o usuário escolher? Onde fica a liberdade de escolha!?
O mesmo vale para qualquer software licenciado sob termos copyleft. Por que não aceitam contribuições proprietárias e deixam o usuário escolher? Onde fica a liberdade de escolha do usuário!?
No caso dos plugins é diferente. Parece que o openoffice não tem uma política sobre não distribuir plugins proprietários. Se tivesse essa política desde o começo, ninguém diria que não respeitam a liberdade de escolha do usuário. Diriam que é um projeto de software livre copyleft e que não aceitam contribuições proprietárias. A FSF queria que o openoffice fosse um projeto de software livre mas a instituição se negou a fazê-lo e se justificou através da “liberdade de escolha”. Porque então não licenciam o openoffice sob uma licença BSD livre. Caso contrário, estão se contradizendo ao afirmar que optar por não aceitar contribuições proprietárias ou distribuí-las viola a “liberdade de escolha dos usuários”.
Minha conclusão é quem tem esse discurso é essencialmente contra o COPYLEFT. A FSF e o Stallman continuam coerentes com o que pregam. Ao contrário dos que comentaram acima, que usam dois pesos e duas medidas. Uma para quando convém o copyleft e outra para quando não convém.
Pareceu-me bastante sensata a posição do conselho da comunidade OpenOffice.
@Tarcísio,
E foi! Só não foi coerente, já que o discurso de “liberdade de escolha” admite que quando o openoffice não aceita contribuições proprietárias para o programa principal está ferindo o a liberdade de escolha dos seus usuários… que não poderão optar por uma versão “melhorada do openoffice” com código proprietário. Têm que se contentar com a versão livre!
É sempre muito fácil ser sensato, equilibrado, em-cima-do-muro ou hipócrita (não estou dizendo que seja o caso). Difícil mesmo é ter um discurso coerente. :-P
Mimimi dos grandes.
O.O.
Definitivamente, o conceito de liberdade da FSF é muito diferente do meu.
@André, se não me engano o openoffice é licenciado sob a LGPL, que é menos restrita que a GPL. A FSF possui várias licenças que vão desde a mais restrita (GPL) até algumas menos restritas, como AGPL, LGPL, etc.).
Se vc quiser distribuir uma versão proprietária de algo baseado num software com copyleft, azar :-) Crie um código sem copyleft do zero ou use algum disponível que tenha uma licença compatível. Nem o copyleft nem a ausência dele são atentados contra a liberdade de ninguém.
Copyleft não é ruim. Se o autor original do código escolheu esta modalidade, isto deve ser respeitado. Antiético na minha opinião é vc achar que uma pessoa que criou algo com copyleft está errada por não ter feito algo que desse à vc (não necessariamente VC, mas é maneira de falar) o direito de pegar sua criação e usar como bem entender.
Da mesma forma licenças sem copyleft não ruins. Vários grandes softwares como o Xorg e o Eclipse (se bem que a licença do eclipse é meio bizarra) a usam.
Vc pode conversar com a
SunOracle e ela adicionar seu código proprietário no StarOffice. Ele é o OpenOffice proprietário, e o usuário tem a liberdade de poder pagar para adquirir uma licença dele :-)Oi, Tenchi!
Acho que você não me entendeu. Eu sou um grande defensor do copyleft. Apenas estou dizendo que esse argumento de “liberdade de escolha” é furado. Pensei que me conhecesse melhor… :-(
Não acho que seu comentário tenha contra-ponto algum com o que foi colocado por mim.
Você tem razão sobre o openoffice ser licenciado sob a LGPL. Mas a LGPL também é copyleft e não permite que se crie uma versão proprietária do openoffice. ACHO que a diferença pra GPL é que quando usado como biblioteca, pode “virar proprietário”. Lembrando que se você MODIFICAR o código (da biblioteca), precisa sim liberar o fonte (da biblioteca, não do binário todo) sob a mesma licença. Minha colocação continua valendo. Quem acha que o autor tem direito de restringir a inclusão ou não de software proprietário, não pode ser contra a tal “restrição à liberdade de escolha”!!
O meu ponto é:
@marcos
Definitivamente, você é um imbecil
@André, meu detector de ironias aleatórias está meio defeituoso :-(
O Symphony é baseado no OpenOffice 1.x e é proprietário. Acho estranho isso.
Não conheço muito a história… mas o OpenOffice possui muito código da IBM. A IBM pode fazer o que quiser com esse código. Também tem a questão de o código ser usado como biblioteca ou não… não sei. :-)