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Extensões: A resposta do Conselho Comunitário do OpenOffice à FSF

O conselho da comunidade OpenOffice publicou uma resposta à listagem alternativa de extensões anunciada pela FSF na semana passada, e divulgada no domingo aqui no BR-Linux.

Segundo a nota, o Conselho recebeu da FSF uma solicitação de dar a esta o poder de veto sobre quais extensões poderiam constar no repositório do próprio OpenOffice, não a aceitou, e fez uma contra-proposta que considera o seu próprio posicionamento, que respeita as escolhas dos usuários e acredita que a melhor forma de influenciá-los os usuários em favor do uso de softwares livres (incluindo as extensões) é oferecer a eles softwares de boa qualidade que atendam suas necessidades.

A nota do Conselho disse ainda que acredita apaixonadamente que o modelo livre produz softwares melhores, mas os usuários também devem ser livres para fazer a comparação e chegar à sua própria conclusão.

O Conselho lamentou que a FSF não tenha aceitado sua contra-proposta de sinalizar melhor o repositório original, e tenha preferido criar um segundo repositório, que na opinião dele pode causar confusão entre usuários.

Mesmo assim, o Conselho está à disposição para trabalhar com a FSF para encorajar desenvolvedores de software livre a atuar em áreas onde hoje só existem extensões proprietárias. (via lwn.net)


• Publicado por Augusto Campos em 2010-05-11

Comentários dos leitores

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    Rodrigo Carvalho (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 12:07 pm

    Eu sinceramente não entendo estas atitudes do Stallman… O cara briga com todo o mundo! Isto só serve para manchar a imagem da comunidade.

    Essa deveria ser a atitude correta, software tem que ser bom, independente do modelo de negócios. Se for livre ótimo, mas não é porque ele é opensource que ele será automaticamente adequado. Firefox está aí para provar isso, OpenOffice está no caminho, Ubuntu também, não moramos em Cuba nem na URSS.

    Renatim (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 1:37 pm

    É o que sempre falo aqui. A FSF e o Santo Stallman quer mandar em tdo, não respeitando o direito de escolha dos usuários. ..

    Assim, quem não concorda com Stallman é criticado e combatido por ele!

    Ah, façam-me um favor…

    Software Livre é livre, e eu faço o que bem entender com eles!

    adelman (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 2:32 pm

    Bando de idiotas !!!

    Danilo André (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 6:42 pm

    Isso meche na liberdade de escolha, eu entendo que ela queira privilegiar o software livre, isso é obvio e não tem nada de errado, mas excluir plugins uteis, pode desagradar aos usuários. Isso me soa Propietário demasi.

    Danilo André (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 6:42 pm

    Isso meche na liberdade de escolha, eu entendo que ela queira privilegiar o software livre, isso é obvio e não tem nada de errado, mas excluir plugins uteis, pode desagradar aos usuários. Isso me soa Propietário demais.

    Danilo André (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 6:43 pm

    [..]Desculpem, achei que o primeiro não tinha ido.

    André Caldas (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 8:09 pm

    Como o openoffice não queria excluir os plugins proprietários, a FSF iniciou um grupo de trabalho para cuidar de uma listagem. O openoffice não gostou da atitude da FSF… e daí!?

    Eu sempre sou grato por esse tipo de trabalho que busca separar bem o joio do trigo. Não sei porque isso desperta tanta revolta…

    Muita gente tenta fazer do software livre um trampolim para fazer emplacar software proprietário. Veja a Canonical com o seu “software center”. Preço: gratuito. É o iTunes do ubuntu!! Sempre que se tenta utilizar uma plataforma livre para tentar emplacar soluções proprietárias a FSF se manifesta. Eu acho a ação da FSF muito importante!

    André Caldas (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 8:34 pm

    Quanto ao argumento da liberdade de escolha, vejamos…

    Se eu escrever código proprietário para o openoffice e quiser que o meu código seja distribuído pelo openoffice eles vão se recusar. Por que não adicionam o código e criam uma versão proprietária e uma livre do openoffice e deixam o usuário escolher? Onde fica a liberdade de escolha!?

    O mesmo vale para qualquer software licenciado sob termos copyleft. Por que não aceitam contribuições proprietárias e deixam o usuário escolher? Onde fica a liberdade de escolha do usuário!?

    No caso dos plugins é diferente. Parece que o openoffice não tem uma política sobre não distribuir plugins proprietários. Se tivesse essa política desde o começo, ninguém diria que não respeitam a liberdade de escolha do usuário. Diriam que é um projeto de software livre copyleft e que não aceitam contribuições proprietárias. A FSF queria que o openoffice fosse um projeto de software livre mas a instituição se negou a fazê-lo e se justificou através da “liberdade de escolha”. Porque então não licenciam o openoffice sob uma licença BSD livre. Caso contrário, estão se contradizendo ao afirmar que optar por não aceitar contribuições proprietárias ou distribuí-las viola a “liberdade de escolha dos usuários”.

    Minha conclusão é quem tem esse discurso é essencialmente contra o COPYLEFT. A FSF e o Stallman continuam coerentes com o que pregam. Ao contrário dos que comentaram acima, que usam dois pesos e duas medidas. Uma para quando convém o copyleft e outra para quando não convém.

    Tarcísio (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 8:58 pm

    Pareceu-me bastante sensata a posição do conselho da comunidade OpenOffice.

    André Caldas (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 9:44 pm

    @Tarcísio,

    Pareceu-me bastante sensata a posição do conselho da comunidade OpenOffice.

    E foi! Só não foi coerente, já que o discurso de “liberdade de escolha” admite que quando o openoffice não aceita contribuições proprietárias para o programa principal está ferindo o a liberdade de escolha dos seus usuários… que não poderão optar por uma versão “melhorada do openoffice” com código proprietário. Têm que se contentar com a versão livre!

    É sempre muito fácil ser sensato, equilibrado, em-cima-do-muro ou hipócrita (não estou dizendo que seja o caso). Difícil mesmo é ter um discurso coerente. :-P

    Ozzy (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 10:59 pm

    Mimimi dos grandes.

    O.O.

    Marcos (usuário não registrado) em 11/05/2010 às 11:52 pm

    Definitivamente, o conceito de liberdade da FSF é muito diferente do meu.

    @André, se não me engano o openoffice é licenciado sob a LGPL, que é menos restrita que a GPL. A FSF possui várias licenças que vão desde a mais restrita (GPL) até algumas menos restritas, como AGPL, LGPL, etc.).

    Se vc quiser distribuir uma versão proprietária de algo baseado num software com copyleft, azar :-) Crie um código sem copyleft do zero ou use algum disponível que tenha uma licença compatível. Nem o copyleft nem a ausência dele são atentados contra a liberdade de ninguém.

    Copyleft não é ruim. Se o autor original do código escolheu esta modalidade, isto deve ser respeitado. Antiético na minha opinião é vc achar que uma pessoa que criou algo com copyleft está errada por não ter feito algo que desse à vc (não necessariamente VC, mas é maneira de falar) o direito de pegar sua criação e usar como bem entender.

    Da mesma forma licenças sem copyleft não ruins. Vários grandes softwares como o Xorg e o Eclipse (se bem que a licença do eclipse é meio bizarra) a usam.

    Vc pode conversar com a Sun Oracle e ela adicionar seu código proprietário no StarOffice. Ele é o OpenOffice proprietário, e o usuário tem a liberdade de poder pagar para adquirir uma licença dele :-)

    André Caldas (usuário não registrado) em 12/05/2010 às 12:29 am

    Oi, Tenchi!

    Acho que você não me entendeu. Eu sou um grande defensor do copyleft. Apenas estou dizendo que esse argumento de “liberdade de escolha” é furado. Pensei que me conhecesse melhor… :-(

    Não acho que seu comentário tenha contra-ponto algum com o que foi colocado por mim.

    Você tem razão sobre o openoffice ser licenciado sob a LGPL. Mas a LGPL também é copyleft e não permite que se crie uma versão proprietária do openoffice. ACHO que a diferença pra GPL é que quando usado como biblioteca, pode “virar proprietário”. Lembrando que se você MODIFICAR o código (da biblioteca), precisa sim liberar o fonte (da biblioteca, não do binário todo) sob a mesma licença. Minha colocação continua valendo. Quem acha que o autor tem direito de restringir a inclusão ou não de software proprietário, não pode ser contra a tal “restrição à liberdade de escolha”!!

    O meu ponto é:

    Como o openoffice distribui plugins proprietários, argumenta que é uma questão de “liberdade de escolha”, mas quando não me permite fazer uma versão proprietária do openoffice logo se esquece da tal “liberdade de escolha”!!

    adelman (usuário não registrado) em 12/05/2010 às 4:18 pm

    @marcos
    Definitivamente, você é um imbecil

    @André, meu detector de ironias aleatórias está meio defeituoso :-(

    O Symphony é baseado no OpenOffice 1.x e é proprietário. Acho estranho isso.

    André Caldas (usuário não registrado) em 13/05/2010 às 6:52 pm

    O Symphony é baseado no OpenOffice 1.x e é proprietário. Acho estranho isso.

    Não conheço muito a história… mas o OpenOffice possui muito código da IBM. A IBM pode fazer o que quiser com esse código. Também tem a questão de o código ser usado como biblioteca ou não… não sei. :-)

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