Estudo sobre uso de Sistemas de Fonte Aberto no ambiente corporativo
Enviado por Rodrigo Robles (rodrigoaugustoroblesΘgmail·com):
“Este documento contém uma compilação de minha autoria das vantagens e desvantagens do uso de Sistemas de fonte aberto no ambiente corporativo, com a proposta de ser utilizado como ferramenta para tomada de decisão. Foram utilizadas muitas citações de outros artigos, reportagens e estudos que embasam os argumentos.
O documento possui 8 páginas em formato PDF e pode ser obtido no link a seguir. Agradeço a todo feedback que possa ser utilizado para melhorar o documento.” [referência: ]
• Publicado por Augusto Campos em
2010-10-14
Fiquei bem impressionado com esta informações e o fato de poder abaixar o documento foi uma ótima iniciativa. Obrigado por colocar valor para as pessoas na internet. Isso é coisa rara hoje em dia.
“Isso é coisa rara hoje em dia.”??? Vejo pelo menos uns 3 posts por dia aqui no BR-Linux com pessoas tentando “colocar valor” na Internet.
Os três primeiros pontos que você cita como “vantagens” do Código Proprietário, são também vantagens do código aberto. Sem tirar nem por… Principalmente o terceiro ponto.
No caso desse último ponto (compatibilidade), se formos utilizar como exemplo um conjunto de aplicativos para escritório, quem e compatível DE VERDADE é o software livre. O Office da Microsoft consegue ser incompatível com ele mesmo, que dirá com os concorrentes abertos.
E quando você fala na desvantagem do software livre, e cita a “falta de compatibilidade”, você primeiro parece estar se baseando no pressuposto de que todo software livre precisa “copiar” seu “irmão mais velho” proprietário, e não criar tendências, o que não concordo com você e acho errado. Software livre tem que inovar e não ficar preso ao “way-of-life” dos software fechado.
A segunda “desvantagem” também cai no mesmo “erro” da primeira, ao citar como desvantagem a “diferença” entre as interfaces de usuário. Não é porque o software proprietário criou seu padrão de interface que ela é a certa e deve ser copiada pelos software livres. Se fosse assim, ninguém inovaria em nada.
E o terceiro e último ponto não pode ser visto como uma desvantagem, mas sim, um “mal” do próprio ser humano. Principalmente na área de informática. A resistência a mudança você encontra até mesmo dentro do movimento do software livre. E é muito mais fácil dizer que o “sistema não funciona” só porque o usuário não encontrou o botão que procurava e colocou injustamente a culpa no aplicativo.
Claro que incompatibilidade é um fator negativo, principalmente em ambientes corporativos onde a troca de documentos e ambientes heterogêneos é a regra e não a excessão.
Negar isso é tapar o Sol com a peneira e dar munição pra trolls, como o do 0,5 bit. A plataforma tem de enfrentar seus problemas e não esconder.
Diferenças entre interfaces também é problema, tanto entre SL quanto entre software proprietário. Tanto que vários projetos de software livre vêm investindo em usabilidade.
não seria “fonte abertA”? a fonte tá aberta, o código-fonte tá aberto…
marcosalesman da microsoft sempre de brinks. Microsoft vai estar sempre criando incompatibilidades proprietárias de propósito enquanto varre padrões abertos para debaixo do tapete. Empresas deveriam é tomar vergonha na cara e apostar em padrões abertos ao invés de se afundar mais e mais em “padrões” unilaterais disseminados pelo virus Windows.
@foobob
O [código-]fonte abertO
Vidente Digital foi muito esclarecedor em seu ponto de vista! Mostrou que de fato muitas das “vantagens” que são colocadas sobre o software proprietário, na verdade são inerentes ao SL! Também foi muito feliz em suas colocações sobre estes 3 pontos, eu diria cruciais na adoção do SL, que muitos usam para justificar o fato de não querer ou não gostar de usar o SL! Quando na verdade não fazem nenhum sentido do ponto de vista prático e tecnológico.
@Vidente Digital,
Infelizmente, alguns padrões oficiais não se disseminam, como o padrão ODF, que é o único reconhecido pela ABNT, mas tem pouca disseminação no mercado corporativo.
Quanto ao item “1.2.1 – O consumidor não precisa de detalhes técnicos sobre o produto que consome” sua afirmação faz sentido, este item não é uma vantagem para o fonte fechado, apenas uma justificativa para a ausência de valor perceptível do fonte aberto para o usuário comum. É melhor eu repensar este item no texto.
Quanto ao item “1.2.2 – Grande base de usuários” discordo, poucos softwares de fonte aberto possuem maioria de mercado. Mesmo o Firefox ainda não conseguiu ser majoritário. É esta grande maioria que induz o usuário a utilizar fonte-fechado, não porquê o usuário escolheu, mas porquê foi induzido por parentes e amigos que utilizavam o tal software.
Quanto ao item “1.2.3 – Compatibilidade”, os softwares de fonte fechado são compatíveis consigo mesmos (às vezes nem consigo mesmos) mas esta é uma vantagem competitiva por terem maioria de mercado. O exemplo clássico é o padrão de arquivos para office, que pela ABNT é o ODF, mas a maioria do mundo corporativo ainda usa formatos proprietários…
É claro que, se considerarmos a resistência à mudança como comportamento inadequado dos seres humanos, o problema da incompatibilidade estaria nos próprios seres humanos, não no software :) Entretanto, partindo do pressuposto que os usuários são humanos, o software deve levar em conta as limitações destes seres, ou seja, é muito mais fácil para uma pessoa utilizar um novo software que se comporte de maneira semelhante ao antigo. Eu particularmente me adapto muito rapidamente a novos softwares, mas eu sei que a maioria das pessoas não se adaptam.
Obrigado pelas suas observações, vou tentar utilizá-las para aprimorar o texto.
Observe que tentei ser imparcial na análise, apesar de eu só utilizar softwares de fonte aberto. Embora o estudo penda para o lado do fonte aberto, ele não deve ignorar as “vantagens” do fonte fechado, que para mim particularmente não são vantagens, mas são os motivos pelos quais as pessoas utilizam softwares de fonte fechado.
Eu acho que o software proprietário deve ser uma alternativa ao livre.
Se não tem nenhum CAD livre equivalente ao proprietário, use o proprietário.
Se tiver bons softwares, tecnologias, padrões livres, use eles.
Podemos substituir IE por Firefox, MS Office por OpenOffice.org, Windows Media Player por VLC, Windows Live Messenger por Pidgin, Outlook por Thunderbird…