Dinamarca adota padrão ODF
A partir de 1º de abril de 2011 os órgãos governamentais da Dinamarca passarão a enviar e receber documentos em ODF, unindo-se à lista de 18 países que já adotam este padrão.
Trecho do comunicado reproduzido no site do PSL-Brasil:
A ODF Alliance parabeniza hoje (29/jan) a decisão final do Parlamento Dinamarquês, exigindo o uso do padrão de formatos abertos de documentos, ODF OpenDocument Format, por todos os organismos da administração pública.
“A decisão tomada hoje pela Dinamarca reflete a crescente demanda específica e suporte ao OpenDocument Format (ODF), especialmente entre os governos”, disse Marino Marcich, Diretor da ODF Alliance. “Baseadas em padrões abertos de interoperabilidade com o ODF oferece valor real para os governos em termos de escolha de soluções de TI, preservação e acesso a longo prazo de dados.”
Segundo a decisão parlamentar, a partir 1 de abril de 2011 as autoridades governamentais na Dinamarca serão obrigados a estar aptas a enviar e receber documentos em formatos incluídos em uma lista de referência para abrir formatos padrão. (…) (via nnn.softwarelivre.org)
1º de abril? o_O
Eles poderiam adotar o padrão um dia antes, não no dia da mentira (e aniversário da compra da aprovação pela ISO de um padrão concorrente ao ODF pela Microsoft)!
[momentoTroll]
Piada longa essa. Esperar até 1 de Abril de 2011, só pra falar a frase “Pegadinha do Malaaaaaaaaaandro. RÁ!”
[/momentoTroll]
Espero que não seja piada. Quais são os outros países que adotaram o odf como formato de documento padrão para o governo?
Pô, 1º de abril é sacanagem!
“Há algo de podre no Reino da Dinamarca”
Para uma lista completa e a descrição das iniciativas pró-ODF política de governo, consulte: http://www.odfalliance.org/resources/Adoptions-ODF-2010-Feb.pdf.
Isso me lembra o golpe de 1964, que dizem ter sido no dia 31 de março, mas que na verdade foi na madrugada do dia 1º de abril. Os norteamericanos que financiaram o golpe na verdade nos presentearam com um atraso tecnológico monstruoso. A única vantagem para quem viveu na época é que era possível andar na rua a qualquer hora do dia sem ser molestado. Os gringos em 1970 usando injeção multiponto e nós aqui começando a usar algo parecido em 1989 (apenas cerca de 20 anos depois…).
Bem que o governo dinamarquês poderia ter mudado o prazo para 1º de maio (ou até 1º de setembro, que provavelmente coincide com o final das férias de verão em altas latitudes).
“A única vantagem para quem viveu na época é que era possível andar na rua a qualquer hora do dia sem ser molestado.”
Bom, isso se ninguém de plantão do SNI ou de outras instituições menos conhecidas achasse que você tinha cara de subversivo…
@ jose augusto
O problema maior com a minha família foi no (des)governo de Getúlio Vargas. Uma hora eles pensavam que meus avós eram judeus fugidos da Alemanha, e tentavam colocar eles na cadeia. Depois achavam que era nazistas, e de novo tentavam colocar a família toda no xilindró. Proibiram meus pais, avós e tios de falar alemão em público, proibiram o ensino do idioma nas escolas (a bem da verdade eles não faziam questão em ensinar o português em alguns lugares, o que é uma irresponsabilidade, mas deveriam deixar o alemão como segundo idioma). Enfim, uma ditadura (getulista) travestida de democracia.
Eu como era criança/adolescente e meus pais tinham cara de colonos, os caras do DOPS, DOI-CODI, SNI etc. nos deixavam em paz. Eles só ficavam de olho no pessoal que estudava nas universidades — e foram os milicos que inventaram essas grades de horário malucas, justamente para evitar que os alunos criassem agremiações que fossem contra o regime (espertinhos, evitando a tal convivência diária), bem como empregavam militares exclusivamente para “espionar” os alunos durante as aulas. Felizmente era facílimo detectar um espião dentre os alunos, pois geralmente era uma pessoa excessivamente regrada, um tanto estúpida (daí vem a piada do porque a inteligência é medida em “Tar”: kilo, hecto, centi, mili…) e com trejeitos que só quem era militar possuía (atitudes, vocabulário etc.).
Bom, voltando aos ODF (de onde eu não deveria ter saído), tentei converter uns arquivos DOCX para ODF e não achei nada digno de nota que fosse para Linux. Sugestões? (não vale dizer que devo instalar o MSOffice, heh)
@ Bremm
Concordo com seu comentário, ressalvando que as duas épocas tiveram esse tipo de problema. Eu não vivi a do getulismo (nasci em 1951), mas convivi com pessoas que sofreram os seus efeitos. Na ditadura pós 64 pelo menos não se tentava passar a idéia de uma democracia, a coisa era mais direta…
Mas deixemos isso para a Comissão da Verdade e voltemos ao ODF.