Como anda a adesão ao software livre no Governo Federal?
A política de uso do software livre no governo federal já completou a primeira metade de uma década, e começa a mostrar onde chegou – embora o quadro descrito hoje me pareça bastante com o primeiro parágrafo desta nota de 2008.
Malu Fader enviou o link para a nota no Convergência Digital que traz dados apresentados durante o recente Latinoware, incluindo o trecho em destaque, que mostra onde o Comitê de Implantação do Software Livre ainda não chegou com muita força:
(…) O Comitê de Implementação do Software Livre chegou a fazer um levantamento com 233 órgãos federais. Mas apenas 129 responderam ao questionário sobre as ferramentas e soluções desenvolvidas em software livre, nos seguintes quesitos: Inexistente; inicial; em andamento; e uso majoritário.
O estudo mostra, por exemplo, que apenas 50% dos órgãos da administração pública utilizam sistemas de correio eletrônico livre. O Comitê decidiu torná-lo disponível no endereço eletrônico: www.softwarelivre.gov.br/levantamento.
De todos os órgãos que responderam a pesquisa, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Casa da Moeda do Brasil e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), foram os grandes ‘vilões’ da política de implementação de software livre. A CVM respondeu que não utiliza software de código aberto em nenhum dos cinco itens pesquisados (correio eletrônico, servidores de internet, sistemas de informação, desktops e suítes de escritório). A Casa da Moeda e a ANAC, por sua vez, também informaram que não utilizam em quatro itens e não responderam sobre o quesito: ”sistemas dem informação”.
As demais agências reguladoras também continuam contrárias à política instituída desde 2003, no início do Governo Lula. Anatel, Ancine, ANP, Anvisa, e ANTT não utilizam programas em código aberto para correio eletrônico. A Agência Nacional de Saúde Complementar é a que mais está avançada na implementação de software livre. Dos cinco quesitos, apenas no Correio eletrônico a agência ainda não buscou soluções de código aberto.
Entre os bancos oficiais, a Caixa Econômica Federal foi quem mais aplicou programas de código aberto. Com exceção do Correio Eletrônico, a CEF já utiliza ou está em fase de implementação do software livre, nos servidores de Internet, nos sistemas de informação, desktops e suítes de escritórios.
Na contramão está o Banco do Nordeste, que informou que está implementando software livre apenas em suítes de escritório. Já o Banco do Brasil ainda não aplica software livre em correio eletrônico e servidores de Internet. (via convergenciadigital.uol.com.br)
Compreensível mas não tolerável. O serviço público sempre é mais lento do que o privado para adotar novas tecnologias, é só lembrar que há hospitais usando terminais burros. O que não dá pra aceitar é esse corpo mole dos funcionários, que boicotam tudo que não seja wintel+office e inventam as piores desculpas. Concordo que para algumas coisas não há alternativas opensource, mas estes mesmos recursos são usados por menos de 10%. Falta treinamento e pulso firme.
Concordo, falta pulso firme. Arriscamos a chegar em um ponto de impasse onde os que resistem vão proclamar o “fim” do esforço de implantação, dizendo que o que podia migrar já migrou.
Qual o mistério? Em toda organização de trabalho a escolha de TI é definição da cúpula. Define-se e pronto. Quem está embaixo tem que se adaptar. No governo não deve ser diferente.
@bruno,
A resistência dos funcionários também é um problema no funcionalismo público. Afinal, você pode até dizer “danem-se vocês, eu decidi pelo software livre”, mas aí as chefias ouvirão reclamações constantes. Como uma chefia prefere trabalhar sem reclamações, é óbvio que vai defender que tudo continue como sempre esteve.
Trabalhei quase 10 anos na iniciativa privada. Hoje trabalho no serviço público e posso dizer nem tudo é tão simples quanto parece. O principal problema chama-se prioridade.
A quantidade de serviços do local onde trabalho (prefiro não citar) é infinita (muitas coisas aparentemente inúteis), mas são determinadas porque “há muitos chefes”, diga-se de passagem não concursados querendo mostrar serviço, que parece que tudo o que têm a fazer é inventar trabalho para TI alocando prioridade máxima.
No serviço público deu meu horário eu vou embora, porque não paga-se hora extra. Quando vai se implantar SW livre chega uma demanda idiota e deve-se parar tudo o que está fazendo, então… “seja feita a vossa vontade”.
A idéia de opensource no funcionalismo público é antiga, mesmo que exista uma carga de trabalho razoável, isso não é diferente de outras repartições que conseguiram migrar. No fim das contas, quem deve ser a locomotiva é a chefia, com planejamento, treinamento e perseverança.
Vou contar uma história:
A BSRSoft aqui, a partir de meados deste ano, passou a procurar as prefeituras da região de Ribeirão Preto, sede da empresa, para oferecer GRATUITAMENTE o projeto, instalação, treinamento de pessoal e manutenção por 10 anos de softwares livres nos computadores das escolas.
GRATUITAMENTE.
Todas as secretarias de educação que nos atenderam disseram NÃO.
A desculpa é que já usavam outros programas.
Ou seja: dane-se que esses “outros programas e sistemas operacionais” precisam de pagamento de licenças, inclusive à cada nova versão.
DANE-SE o fato de que não haveria custo algum para os cofres públicos.
Até treinamento seria dado e manutenção por 10 anos.
Naufragamos em nosso maior projeto de responsabilidade social.
O link com a notícia da época que foi publicada inclusive aqui no BR-Linux é:
http://br-linux.org/2010/programa-edu-br-da-bsrsoft/
O serviço público, em minha opinião, é algo que beira a loucura.
Correção: a validade da gratuidade era de 6 anos.
E ainda tem gente que seja contra a diminuição do Estado.
Na iniciativa privada, se um funcionário começa a jogar contra a empresa, é demitido. No público não tem jeito, daí fica muita gente amarrando.
Sem falar o problema do software legado, sai muito caro portar tudo e a carga de trabalho é grande.
Eu sou funcionário público e faço hora extra, mesmo sem receber. Da mesma forma que fazia na iniciativa privada, já que procuro o que é certo, não o que é conveniente.
Nossa infraestrutura de servidores está toda em SL, mesmo que no processo perdemos alguns recursos úteis ou pegamos algumas soluções não tão boas, mas a economia valeu.
O mais difícil está sendo retirar o MS Office, que tem muitos setores que trabalham com macros e documentos avançados e as duas suítes não são tão compatíveis como diz a lenda.
E os sistemas das estações de trabalho estamos migrando de Delphi pra Java/Web, daí vamos poder trocar as estações, mas isso ainda vai demorar uns 2 anos por causa do tamanho dos softwares.
Essa toda resistência tem um nome: CORRUPÇÃO PESADA no Setor Público, e ainda por cima c/ o q há de pior: Microsoft! Os gerenciadores gráficos podem ser configurados p/ ter o jeitão Windows p/ facilitar os usuários mal-acostumados, etc, etc. É sempre a velha desculpa esfarrapada p/ não utilizar os Livres (excluindo algum software BEM específico E INPRESCINDÍVEL q pode exigir mais tempo).
Condordo com marcosalex, os funcionários com a cabeça dos anos 80 não conseguem compreender os benefícios do opensource; as mudanças são rápidas demais para entenderem. Quanto às macros, sim, é um caso sério, mesmo com o go-oo muita coisa não funciona, porém observo que algumas coisas podem ser migradas para nuvem (formulários por exemplo) ou reimplementadas no OOo.
Tem gente que ainda é a favor de Estado, isso sim é loucura!
O Estado não trás nada de bom para a sociedade.
Acredito que tudo se deve a ineficiencia do OO em Macros. É mais barato pagar a licença do Office do que treinar usuários do serviço publico. Aquele abraço a comunidade Linux
Desde que começou o esforço de migração até agora, não foi tomada nenhuma medida forte, para adoção de SL. O instrumento mais forte sobre o assunto foi do TCU, que orienta gestores a buscarem soluções de SL em primeiro lugar, ao comprar TI. Acho que buscando “acórdão TCU software livre” no google deve-se achar.
Mas é um documento mais de orientação do que de obrigatoriedade. enquanto a coisa for assim morna, a turma do mimimi vai continuar atravessando o samba.
Na minha opinião, o gov deveria logo bater o martelo, considerar isso uma questão de autonomia tecnológica e obrigar gestores a adotar SL.
pra que implantar software livre se quem paga as licenças é a boiada que nos sustenta?
País de índio..
;-;
Por mim privatizava todo o Estado.
Bastaria o TCU começar a fiscalizar mais os editais de licitação de softwares e começar a pedir justificativas técnicas sérias à instituição quando pedissem um determinado software de um único fabricante e não pela função desempenhada por ele (nome genérico).
O problema de software proprietário em geral é que eles sempre usam protocolos e formatos de arquivos não padrão e se a instituição usar a desculpa do legado como justificativa para não mudar, aí não migra nunca mesmo para SL.
Já estou de saco cheio de ver gente usando windows e mais algum emulador de terminal comercial para acessar algum sistema feito em mainframe ou então um simples navegador para acessar um sistema web.
E por que a ABES não se interessa em fiscalizar a pirataria nos governos de todas as esferas ?
Marcosalex,
É demagogia sua dizer que “é certo fazer hora extra sem ganha hora extra”. Se você quer fazer é opção sua, mas não tem nada de certo nisso.
Se você analisar a lei 8112 verá que
“Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.”
Inclusive isso pode ser entendido por alguns como má fé, uma vez que existe uma chance razoável de você conseguir ganhar essas horas na justiça (mesmo que seja por opção sua). A justiça do trabalho entende que é obrigação do empregador fiscalizar para que o funcionário não trabalhe mais do que está sendo pago para isso.
Gente, vocês falam muita coisa sem saber.
Vou dar um exemplo do Banco do Brasil: não utiliza-se servidores Web livre porque eles não agüentam o tranco que o BB precisa. Simples assim. Aqui no BB se testa todas as possibilidades.
Quer um exemplo, na implementação de Portal, foi feito testes com IBM WebSphere Portal Server, Liferay e JBoss Gatein. Adivinha qual foi o único que atendeu o que o Banco precisa? Um dica, o Liferay e o JBoss são livres. Não atenderam as necessidades o Banco.
Muita gente aqui fala as coisas como certezas absolutas baseadas na sua experiência caseira ou de pequenas e médias empresas. Mas quando é Governo, qualquer coisa exige muito processamento. Não é simplesmente ir na lojinha e comprar um i5 e etiquetar: Servidor.
Não é assim que as coisas funcionam. Em entidades como Banco do Brasil, Caixa Econômica, Serpro, Receita Federal, Polícia Federal, existem técnicos excelentíssimos. E eles não são exceção. Lá dentro a galera é Jedi mesmo. Pode ter certeza disso.
Então assim, pode ser corpo mole, pode. Mas tem que ver muita coisa.
Pegue a CVM, por exemplo. Se a tecnologia é toda proprietária, qual vai ser o ganho em mudar? Pode ser que economize em licenças, mas perde-se muito tempo na migração e adaptação. Esse tempo perdido vai valer a pena? Se for para migrar, quais sistemas devem ser portados? E por quanto tempo?
Não é assim: quero tudo livre para amanhã!
@Tiago
O site do Banco do Brasil certamente não é um caso típico de mais de 90% dos sites de instituições públicas. Além disso, o BB tem dinheiro sobrando e também não é o caso da maioria.
Muitas vezes essas afirmações de que “não aguenta” não são 100% corretas porque há casos em que se tenta colocar tudo sobre responsabilidade de uma única máquina em vez de um cluster
http://www.howtoforge.com/high_availability_loadbalanced_apache_cluster
E como eu falei, nos casos onde realmente a solução livre não atende, é possível dar argumentos técnicos válidos para justificar a opção pelo software proprietário.
E muitas vezes ainda simplesmente tentam justificar a compra de softwares para todas as máquinas quando somente seria justificado o uso em algumas delas. Aí alegam “padronização”, necessidade de treinamento, etc para justificar.
Vejam o caso do MS Office. Será que, porque ALGUMAS pessoas que usam uma determinada macros do MS Office, é preciso comprar licenças de MS Office para todos ou mesmo renovar as licenças para uma versão mais nova do MS Office ?
Tmb sou funcionário público, mas a idiotia é geral, não apenas no setor privado. Por exemplo, recentemente alguns se entusiasmaram com o PHP para desenvolvimento web, pois estão de saco cheio da complexidade de java. E adivinhem só? PHP gerado por Delphi.
ou seja, nenhuma economia e os mesmos problemas de “desenvolvimento visual” de sempre. Particularmente, odeio ter que sempre refazer do zero relatórios e ajustar todas as propriedades na mão ao invés de simplesmente chamar uma função/método/subrotina que já faça tudo isso e de ter que usar componentes dataset xumbrega que nunca funcionam como deveriam e no fim você precisa fazer é um selectizão mesmo pra agrupar os dados.
é o modo de pensar e agir que precisa mudar, não as ferramentas…
Na universidade em que trabalho, em departamento que não é de informática, os computadores devem ser adquiridos por projetos submetidos aos órgãos de fomento ou, em casos piores, com dinheiro do próprio bolso. Sendo assim, como as chefias poderiam obrigar os servidores públicos equiparem seus computadores com Software Livre, se não são elas que vão fornecer os meios? Sou um dos poucos “radicais” (como realmente me chamam) que adotam Linux, mas não é por ter recebido ajuda ou incentivo, muito menos uma ordem expressa para tal.
Já no departamento de informática, pelo que eu saiba, o SL é amplamente majoritário.
Neste contexto, a direção não tem muito o que fazer (não é bem verdade, poderiam fazer um computador por servidor público, mas prefiro não acreditar em Papai Noel). Tudo depende muito da decisão individual, e aí, a doutrinação da MS faz efeito.
Na universidade onde eu estudo, Linux? Só em servidores e workstations usadas por laboratórios/grupos de pesquisa.
Mesmo algumas máquinas que são usadas APENAS para acessar um sistema web são Windows.
(e enquanto esses funcionários estão com Athlon 64/Pentium dual-core e LCD 19″, os alunos estão se batendo com Pentium 4 e CRT 15″ que precisa de uns tapas pra funcionar, mas isso não vem ao caso agora).
“Essa toda resistência tem um nome: CORRUPÇÃO PESADA no Setor Público, e ainda por cima c/ o q há de pior: Microsoft!”
É inocência achar que a MS obriga todo mundo a usar o SO dela. Muita gente prefere, por bem ou por mal, infelizmente.
“e se a instituição usar a desculpa do legado como justificativa para não mudar, aí não migra nunca mesmo para SL”
O problema aí vai do custo da mudança, de ter de criar muita coisa do zero ao mesmo tempo de manter o legado funcionando durante o processo.
Esse custo pode ser muito alto, dependendo do caso, e nem toda instituição tem dinheiro sobrando.
Lembrando também que o preço de Windows e Office pra instituição pública é uma fração do preço de mercado, mais complicado ainda pra convencer da mudança.
@Tiago.
Seu argumento: vocês estão errados porque não sabem!
Muito bom argumento!! Meu questionamento é… como você sabe que eu não sei!? Deixa pra lá, não precisa responder.
Bom, eu que uso o BB pela internet, posso lhe garantir uma coisa. A galera aí não tem nada de Jedi. :-P
Não posso falar por outras instituições… mas no Ministério da Saúde, no DataSUS de Brasília, só tem PORTA. O povo lá é tudo PORTA. Não tem um cara competente lá dentro.
Seria bom se a ANP migrasse a hospedagem para Linux, pois a tabela de preços hospedada lá “engasga” seguidamente.
Comentário de um atendente do BB por telefone a respeito do não funcionamento do Ubuntu 10.04 no site do BB (sun-java e todos os ajustes de sempre) : ” A velocidade do software livre é grande demais, e o BB não consegue acompanhar, por isso homologamos somente o firefox 3.5″. Estranhamente o site do itaú funciona ok nos principais navegadores e no meu debian squeeze amd64. Cadê a tropa Jedi?
Empresa com equipe incompetente tem na iniciativa privada e na pública.
@Carlos, não vou polemizar no tópico, respeito sua opinião.
Só te digo uma coisa: nunca contrataria você para minha empresa, sob o risco de dar um problema em um servidor e chegar um funcionário dizendo: “lamento, mas deu minha hora, ou me paga hora extra ou vai se virar sozinho”.
E torço pra que nunca passe em um concurso, já que não quero o dinheiro que pago em imposto pra financiar um funcionário com essa mentalidade.
@Jedi do BB, no Itau você paga contas etc. no caixa eletrônico com o cartão do INSS(aposentado)e , depois, retira o restante do pagamento, no BB neca de funcionar, já mandei e-mail para o setor responsável, há mais de um ano, pedindo esse serviço.
@marcosalex, com todo respeito, tenho que manifestar minhas sinceras opiniões:
1. Pode ser que o Windows tenha preço especial para instituições públicas, mas não acredito que os meus colegas em sua maioria tenha o adquirido oficialmente.
2. Se você tiver uma empresa, faça o que quiser, afinal você é quem vai responder legalmente. Mas numa função pública há uma ética a ser seguida, definida pela Constituição. O enriquecimento ilícito do Estado, ao não contratar funcionários com qualificação necessária e em número suficiente, é uma contravenção à lei. Isto não pode ser tolerado por um servidor público. A propósito, eu não tenho hora extra, mas tenho dedicação exclusiva. Se você afirma que busca o que é certo, acho que não concordo com o seu conceito de certo/errado.
3. Eu é que não quero você no departamento em que trabalho, com essa mentalidade. Vá para a iniciativa privada, pelo jeito é mais o seu perfil.
O Itau nunca me deu problemas como pessoa física usando a plataforma que for (Windows, Linux, OpenSolaris e FreeBSD).
Também desconheço problemas do financeiro da empresa com a conta corporativa no Itaú. (o financeiro, assim como a empresa toda, roda sob Linux em 100% dos desktops, laptops e servidores)
Já o BB é famoso pelos probleminhas com o Linux.
Até a Caixa Econômica Federal, irmã mais pobre do BB, roda bem o internet banking no Linux (isso quando o internet banking funciona seja em que plataforma for)
Lamentável saber que bancos privados disponibilizam seus serviços em mais plataformas para os clientes do que o BB, de capital misto.
E é lamentável também saber que empresas como IBM e Oracle, usem mais SL internamente do que as empresas públicas brasileiras, sustentadas com o dinheiro de nossos impostos.
Migrar para software livre não é tão simples quanto parece. Além dos diretores e chefes, é preciso convencer aos poucos os usuários finais, pois eles não podem nem ouvir falar em Linux que já acham que é difícil de usar (muitos possuem dificuldades para usar Windows + Word!!).
Tem muitos lugares que só utilizam um sistema, não havendo necessidade de uma plataforma proprietária para rodar. Aí vai dos programadores migrarem o sistema.
Em instituições de ensino (onde trabalho), vejo que é mais complicado, pois justificam que tem softwares que são demandas do mercado de trabalho, o que dificulta bastante. E a Microsoft tem convencido os diretores, oferecendo licenças Student, embora na área administrativa seja proibido o uso destas licenças (mas, como dizem, eles fazem vista grossa).
Agora, os funcionários das instituições públicas que se utilizam de seus cargos para beneficiar empresas na compra de produtos (no caso software) devem ser desmascarados e punidos.
O governo federal tem ajudado, embora não seja o que esperávamos. Acredito que a nova presidente continuará esta política. Sabemos que não é da noite para o dia que todas as máquinas vão estar rodando 100% software livre.
Também já fiquei puto da vida com a demora (às vezes má vontade) em efetuar as mudanças, mas ficar bravo não adianta. O melhor que fazemos é dar nossa contribuição ao SL, divulgando, desenvolvendo, melhorando, ajudando os iniciantes, etc.
Cadê o Corinto pra dizer que não é bem assim e que em 8 anos muita coisa foi feita ?
Será que com 12 anos de PT agora vai ? Ou alguém já se arrisca a enxergar que foi tudo PAPO ?
Cidadão, o argumento de que devem ser usados os softs de mercado não cola, apesar das mudanças de interface os maiores softs tem funções semelhantes, vide MsOffice x OOo Gdocs, AutoCad x SolidEdge x ProE x Intellicad, entre tantos outros. O que importa é conceitos base de cada assunto, coisa que falta à imensa maioria dos resistentes à migração. Melhor ainda ir para o mercado sabendo programas diferentes, versatilidade é algo desejável.