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Piratas são mais legais que ninjas…

“É um off-topic, eu admito. E peço desculpas por isso. Se até um pirata pode ser eleito presidente da Associação Goiana de Combate a Pirataria de CDs e DVDs, a pirataria, na verdade, se resume a um único ponto: lucro.

Seria bom se a hipocrisia de dizer que alguém está preocupado com outra coisa quanto aos direitos autorais acabasse de uma vez. Aí, quem sabe, tudo se resumisse repensar o modelo de negócios para algo compatível com o desejo de compartilhar conhecimento, cultura e informação. Afinal de contas, o grande salto científico/tecnológico do final do milênio só foi possível porque as gigantes ainda estavam ocupadas demais pirateando a tecnologia das suas antecessoras.”

Enviado por Tamboca (tambocaΘgmail·com) – referência (pcworld.uol.com.br).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-02-20

Comentários dos leitores

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    Reikainosuke Nekomata (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 8:15 am

    Os direitos autorais deixaram há muito de ser uma forma de recompensar o trabalho de alguém que produziu um bem material, cultural, artístico ou até um software. Supondo que o Amado Batista (só para pegar o exemplo da notícia) faturou dez mil reais com a venda de um determinado disco, a empresa certamente faturou MUITAS vezes mais do que isso. Do jeito que as coisas estão hoje, direito autoral é mais uma forma de explorar o trabalho alheio, um ROUBO legalizado.
    Só para ver a safadeza humana, a pirataria (não de soft) era uma atividade não só legal, mas era incentivada pela coroa inglesa alguns séculos atrás. E hoje os descendentes destes safados querem proteger o direito dos autores? Façam-me o favor.

    abcd (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 9:06 am

    “Seria bom se a hipocrisia de dizer que alguém está preocupado com outra coisa quanto aos direitos autorais acabasse de uma vez.”

    adorei! direto e reto…

    =======================================

    É a mesma coisa do pessoal do BBB quando vai no confessionário dizer o porquê de querer continuar na casa… INventam mil desculpas mas todos sabem que é pelo dim-dim…

    O colega acima tá certíssimo: vamos admitir a verdade para variar…. até pq ganhar dinheiro não é crime!!!

    Rodrigo Amorim (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 10:36 am

    Gostei muito das idéias do autor desse texto publicado no BR-Linux.

    Eu não pararia por aí! Sendo “meio-off-topic” em cima do texto do autor, também “meio-off-topic” (então vira um “off-topic completo”), sou contra inclusive ao modelo “original” de patentes (que é relativo a coisas inventadas por você). Mais escrachado ainda é o “atual” modelo de patentes, que permite atrocidades como a patente de genes encontrados (originais, não modificados) além de plantas já existentes na natureza. Se eles encontram um gene que tem no seu corpo, e eles patenteiam, começar a cobrar de você por isso não vai levar muito tempo. O mesmo com plantas e animais. É um prejuízo e um atraso econônico, científico e cultural sem precedentes. Além, é claro, dos problemas de corrupção do próprio sistema.

    Também sou a favor do conhecimento (científico e cultural) livre. E o mesmo deve ser fornecido de forma livre em prol da humanidade. Por causa desse sistema distorcido de mundo em que vivemos, é que nossa civilização continua na barbárie (e nunca conseguiu sair).

    Se os “espertos” querem ganhar dinheiro, deveriam fazer isso sem quererem bancar os “espertos” em cima da sociedade.

    Esse sistema também cria uma completa dependência do cidadão. Quer um exemplo? Em um mundo onde você tem de pagar para ter conhecimento (além de querer ter vontade de aprender, já que esse mesmo mundo incentiva você a não querer ter conhecimento), sabe como extinguir uma sociedade de forma definitiva (ou pelo menos levá-la de volta aos primórdios da idade média)? Corte o fornecimento de energia elétrica de forma global. ninguém mais vai saber se virar pra nada. Não é nem mesmo ensinado nas escolas coisas simples e úteis para o dia a dia (além de seu conhecimento técnico-teórico aplicado).

    E falando sobre a hipocrisia descrita no texto:

    “Seria bom se a hipocrisia de dizer que alguém está preocupado com outra coisa quanto aos direitos autorais acabasse de uma vez.”

    é a mais pura verdade. É a hipocrisia comandada pela ganância por dinheiro.

    Tem um ditado que diz que “Quem inventou o dinheiro, quando morreu foi para o Inferno, e quem quiser bater nele, vai ter de pegar uma senha e enfrentar uma longa fila para isso”. :-D

    tenchi (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 12:08 pm

    Para os que não gostam de dinheiro, conheçam o Projeto Venus.

    Rodrigo, ao meu ver o problema não é o dinheiro, que para mim é algo necessário, mas a inversão de valores relativo ao trabalho e o dinheiro. O dinheiro passou a ter um significado que não deveria ter… O dinheiro passou a existir por si próprio, quando é meramente uma forma de facilitar a troca (ainda hoje é) de mercadorias/pagamentos por serviços, etc, etc, etc. Mas parece que existe por si próprio, como se ter dinheiro significasse ter poder, quando o poder está no trabalho e conhecimento humano e sua capacidade de produção. Dinheiro é meio, não fim.

    A nota é basicamente um cheque assinado (todos os componentes de um cheque se encontram numa nota de dinheiro) pelo presidente do Banco Central! Seu valor existe unicamente pelo crédito que damos à ele. E como ultimamente só tenho visto cheque sem fundo… :-)

    Quando à questão do direito autoral, basta lembrar que foi o modelo das patentes – dentre outros – que permitiu que os países ricos mantivessem os países hoje sub-desenvolvidos (o subdesenvolvimento não é o caminho do desenvolvimento, não é um pré-desenvolvimento, mas um complemento (1-n?) do desenvolvimento (do outro). Hyper-pobreza é essencial para a hyper-riqueza) durante tanto tempo (séculos?). Havia leis que proibiam o desenvolvimento interno, de fábricas, novas invenções, proibiam o próprio conhecimento. Se você criasse uma fábrica no Brasil, ela era destruída, pois aqui nada poderíamos produzir, somente extrair, extrair.

    Só aqui já dá para ver que o modelo de patentes não se encaixa no mundo atual e que é um retrocesso total no desenvolvimento humano. Se o fim do modelo significar que a ciência fique estagnada (afinal boa parte do desenvolvimento hoje se dá pelas grandes grandes corporações que querem domínio total, monopólios, e patentes são essenciais para isso), que fique, pois sabemos que será por pouco tempo até que a humanidade de estabilize. Nem que demore 50 anos ou dois séculos.

    Enquanto isto eu e meu unicórnio esperamos assistindo ao Big Brother.

    Bruno (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 12:37 pm

    Tenchi. Mais importante que o site do Projeto Venus sobre a questão do dinheiro é o documentário

    A análise é interessantíssima sobre o setor financeiro.

    Peterson Espaçoporto (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 12:43 pm

    Pra mim projeto Vênus é bucha. Agora, o documentário é DEMAIS.

    livio (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 1:00 pm

    É bom ver como os defensores do software livre pensam sobre o trabalho alheio!

    O responsável pelo crime de pirataria será punido, mostrando que existe uma lei que se faz cumprir!

    O fato de não concordar com algo (no caso, propriedade intelectual, copyright) não dá a ninguém o direito de infringir a lei vigente.

    Não é porque Stallman disse que não existe pirataria, apenas compartilhamento, que as pessoas tem o direito de praticar a pirataria e a contrafração, desrespeitando o direito dos autores que trabalharam para concretizar suas obras e querem obter algum retorno delas, afinal, dinheiro é o que move o mundo, e um artista/programador/cineasta merece receber pelo seu trabalho, se assim ele desejar.

    Espero que a opinião manifestada neste post não seja condizente com a opinião do Br-Linux, site o qual tenho grande respeito.

    Bruno, aqui é Zeitgeist na veia! Tô só esperando o terceiro :-)

    Recomendo também a leitura do livro “As Veias Abertas da America Latina”, que não é sobre o dinheiro, mas sobre o domínio dos países ricos aos países da América Latina nos últimos cinco séculos. A questão das patentes era algo constante.

    E livio, existe a lei sim, e se não cumprirmos seu pes o cai em nossas costas. Mas a lei não é algo imutável e nem exprime a verdade absoluta. Até alguns séculos atrás, a lei permitia que você fosse dono/propriedade de outra pessoa. E a lei daquela época exprimia a verdade tanto quanto a lei de hoje…

    Ah, e o Augusto já se manifestou várias vezes – acho também que está nos termos do site – que os comentários enviados por terceiros não exprimem sua opinião. Somente os comentários com fundo amarelo, manja? hauahuah

    Eu e meu unicórnio votamos no cara alto e musculoso.

    Livio, para saber o que os defensores do software livre pensam a respeito de algoi, você tem que consultar alguém habilitado a falar em nome do conjunto deles, ou que os represente. Todas as opiniões mencionadas neste tópico pertencem aos seus respectivos autores, e me parece que nenhum deles é representante desta entidade ou grupo mencionado.

    Em especial, o texto não representa a minha opinião. Eu sou favorável ao respeito aos direitos autorais na forma como estão definidos na legislação brasileira e em convenções internacionais, até que a sociedade os mude.

    marco (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 5:22 pm

    Só pra constar, tirando como exemplo a economia, falida, dos EUA, 90 % de todo capital não existe de forma física, estão todos capitalizados em títulos, hipotecas, açôes, etc, etc

    marco (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 5:30 pm

    Em tempo, essa notíca tem tudo a ver com o post, e a declaração do suposto réu Fredrik Neij do site pirate bay tem tudo a ver com línux.Veja por si próprios: http://www.gizmodo.com.br/conteudo/julgamento-do-pirate-bay-dia-4-windows-e-zoado-site-da-ifpi-e-alvo-de-hackers

    Bruno (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 6:01 pm

    Complementando ao que o Augusto disse:

    Respeitemos as leis sobre direito autoral. Eu também faço questão desse respeito. Até que a sociedade os mude.

    Caímos em duas oportunidades: Mobilização para cima de nossos representantes (congressistas) para melhoria das leis, ou alternativas tecnológicas que não desrespeitem essas leis.

    Eu particularmente (opinião minha) não coloco muita fé em pressão política. Mais viável mesmo é construirmos soluções e tecnologias que nos ajude.

    livio (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 6:35 pm

    Augusto Campos, muito obrigado pelo esclarecimento

    tamboca (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 8:07 pm

    Livio, se as questões são leis, remuneração e justiça, por favor, preste bastante atenção:

    A escravidão já foi permitida por lei na Grécia Antiga, berço da democracia, e hoje ninguém acha isso democrático.

    Para que servem as leis? Se é para institucionalizar os valores morais de uma sociedade, os valores desejados para tornar o convívio social melhor. Porém, existe um grande problema nessa idéia. As sociedades modernas são compostas por uma grande população. E os valores morais dessa população são muito diferentes entre si. Variam conforme a classe social, conforme a educação familiar e conforme a experiência de vida de cada um. Como poderia existir algo que seja bom e justo para todos se as pessoas tem opiniões diferentes? A opinião de alguém deve prevalecer sobre a demais? Com que critério? A melhor resposta encontrada pela humanidade até hoje se chama democracia. Mesmo a democracia sendo em si a ditadura da maioria, ela tende a ser aplicada com um mínimo de respeito pelas diferenças e visando atender o melhor possível a maioria sem discriminar uma minoria mais fraca.
    Partindo o raciocínio desse ponto, a criminalização do compartilhamento do conhecimento e do compartilhamento da cultura (preconceituosamente chamadas de pirataria) atende aos interesses de quem? Da maioria da população? Ou de uma minoria sim, mas extremamente poderosa economica e politicamente? Defender os mais poderosos em fdetrimento da maioria é realmente democrático? E as leis que permitem a cobrança de taxas pelo uso desse conhecimento? Não servem apenas para repassar direta ou indiretamente a toda a sociedade um custo de algo que foi produzido graças a própria sociedade? Ou as empresa que se beneficiam das leis que protegem o seu patrimônio contra população e fazem os seus trabalhadores produzirem por um pagamento injusto (lembre-se da mais valia de Marx) já não estão sendo premiadas o bastante por gerarem empregos? Leis de patente e Copyright são um abuso inaceitável para impedir a livre concorrência. Leis de direitos autorias são outra hipocresia moral. Achar que os artistas ganham com isso mostra um grande desconhecimento do meio artístico. Quantas obras são derivadas de outras? Elas não deveriam existir? Por quê não? E os direitos autorais permanecerem anos e anos depois da morte do artista? Não é apenas uma forma de parasitar a sua obra? Se você não está entendendo onde eu quero chegar, pergunte a Beth Carvalho e ao Lobão se as grandes gravadoras realmente se importam com o artista.(http://www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.0207/0632.html)
    Até o século XVIII o direito autoral, as leis de patentes e copyright não existiam e a humanidade não se destruiu em mundo trevas e horror. Se os três deixarem de existir, também não vai ser o fim do mundo, como a RIAA, a Micro$oft e amigos sugerem. Vide o caso do Nine Inch Nails (http://br-linux.org/2009/album-do-nin-oferecido-gratis-sob-creative-commons-e-tambem-o-mais-vendido-em-mp3-na-amazoncom-em-2008), só para citar um bom exemplo de como a liberdade de compartilhar tem muito benefícios. Se as minhas idéias são estranhas a você e não merecem crédito porque eu sou um desconhecido, que tal a opinião de um prêmio Nobel de Economia? (http://www.noticiaslinux.com.br/nl1206411290.html)

    A verdade é que as leis e as cooporações existem para servir as pessoas, não para serem seus mestres. E viva a desobediência civil!

    (http://pt.wikipedia.org/wiki/Desobedi%C3%AAncia_civil)

    Abraços,

    Tamboca

    Rodrigo Amorim (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 9:07 pm

    Livio e Augusto,

    Acredito que todos aqui são CONTRA A PIRATARIA, e A FAVOR DO CONHECIMENTO LIVRE. Não se deixe enganar. Ninguém aqui está justificando a pirataria e sim a que todos disponibilizem suas produções de forma gratuita para o desenvolvimento da humanidade. Ser contra as patentes, ao direito autoral, não quer dizer ser a favor da pirataria. O que queremos (pelo menos ao meu ver e o que eu entendi do Tenchi) é que a Sociedade produza conhecimento em pról da própria sociedade. O mundo seria um lugar bem melhor e bem mais avançado (cultural, econômica e cientificamente) para se viver se o conhecimento fosse utilizado para o bem da humanidade (e não para se ganhar dinheiro com isso).

    Rodrigo Amorim (usuário não registrado) em 20/02/2009 às 9:14 pm

    E continuando a resposta acima, existem muitas soluções para se produzir conhecimento livre (e garantir que o mesmo continuará livre) sem ter de se esperar que nossas leis mudem. Podemos colocar todo o nosso desenvolvimento sod licenças do tipo CC, GPL, Open Hardware, etc. Se todos os que “se sentem prejudicados” fizessem isso, esse sistema distorcido e manipulador ruiria (ou eles apelariam para algo pior e mais restritivo para a população, como criar uma lei TOTALMENTE CONTRA NOSSOS DIREITOS que desconsidere licenças como as mencionadas anteriormente, só para visar a continuidade dessa abominação hahahaha)

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