Software livre e a Internet na crise do Irã
Software Livre no Irã: “Você já deve estar saturado de informações sobre as eleições no Irã, o que é comum na mídia brasileira que sempre bate na mesma “tecla”. Mas ao contrário do que muita gente pensa, o Irã é um país da juventude, o terceiro país que mais bloga no planeta, o que comprova que o Irã é Uma Nação de Bloggers. Além disso, se você assim como eu, é um viciado no Twitter, já deve ter percebido que o tópico #iranelection está no topo do Trending Topics do Twitter, ou seja, é o assunto mais twittado no momento. Os internautas iranianos tem utilizado essa ferramenta como forma de protesto e organizar manifestações. O que isto tem haver com Software Livre? Sendo o Irã um país com um grande número de internautas podemos deduzir que existe um movimento forte do Software Livre neste país! E é sobre isto que irei falar neste artigo.” [Enviado por Felipe Vieira Borges (felipe10borgesΘgmail·com) - referência (felipeborges.net).]

Baixa definição: “Crise no Irã nos lembra que a web é ingovernável”: Felipe Zmoginski analisa brevemente o papel da Internet na atual crise iraniana, comparando a atual postura de serviços como os do Google e do Twitter com a que ocorreu em outras crises internacionais recentes.
Separei um trecho:
São estes insones que propõem extinguir o P2P, incriminar blogs e transformar provedores em cartórios. Para nossa sorte, eles sempre fracassam.
Nos últimos seis dias, o mundo assistiu à ascensão de YouTube e Twitter ao olimpo dos heróis da democracia. Afinal, as duas ferramentas se converteram em difusor da oposição iraniana, sufocada por um regime que controla todos os meios de comunicação, menos a web.
O Twitter até adiou uma manutenção programada a fim de favorecer a rebeldia iraniana. Hillary Clinton declarou publicamente seu apoio a mudanças no Twitter que favoreçam a “livre comunicação dos iranianos”. (…) Admitir que os heróis da semana não são tão heróicos assim não é de todo desalentador. Afinal, a internet é ingovernável e sempre haverá um escaninho por onde ludibriar as tentativas de controle. Para nossa sorte.(via info.abril.com.br)
Saiba mais (info.abril.com.br).
@brlinuxblog




Gostaria de compreender melhor esse ideario ‘democratico’ que tanto se fala no twitter, yt, google… De um lado se tem eles como excelentes meios para casos assim como o que ocorre no Irã e de outro eles ‘abrindo as pernas’ para a China com relação a censura programatica de um estado tão opressor contra seus cidadãos quanto o proprio Irã… questão de $$$$ e não de ideologia….
YouTube, Twitter, Flickr, só serviços comerciais e de código fechado. Todos estão sendo MUITO úteis para revelar ao mundo o que está acontecendo por lá.
Tentar puxar a brasa pra sardinha do SL é algo completamente inapropriado. Dizer “infelizmente o governo do Irã não é 100% software livre” é dizer que se fosse, seria um governo melhor?
Há inúmeros bons exemplos do uso de SL, seja em projetos de inclusão digital, seja em escolas e incubadoras. Sequestrar um caso seríssimo como o do Irã para a “causa” não é necessário nem apropriado.
Cardoso, acho que a dicotomia entre livre e proprietário não vai tão longe. Mesmo que os serviços sejam providos por estes prestadores comerciais e não-livres, também acredito que boa parte da infra-estrutura empregada no caminho destes bytes (que trafegam entre os desktops iranianos e estes aplicativos da nuvem) se baseie em código aberto, especialmente no lado terceiro-mundista das conexões.
E é nesse sentido que eu achei bem interessante ficar sabendo, por meio da pesquisa do autor linkado, que lá há um movimento relacionado ao software livre, diversas distribuições, e iniciativas de desenvolvimento local (a internacionalização por lá deve ser mesmo complicada).
Tentar sequestrar a causa realmente é… bobo. E não acho que o Irã seria mais (ou menos) livre se o governo de lá usasse código aberto mais (ou menos) extensivamente. Mas a informação sobre o uso e presença em si eu achei interessante.
A informação em si é interessante, minha reclamação é que o momento foi inapropriado.
Mas o momento da curiosidade sobre isso é justamente agora, não? Esse tipo de informação sempre é interessante, mas eu não teria alguma razão para publicar hoje um link para algum estudo sobre o software livre na Croácia, por exemplo.
Mas se amanhã surgisse por lá uma revolução popular que nem o Dr. Kovac conseguisse resolver, e que colocasse o uso da Internet no país na imprensa durante vários dias seguidos, é provável que o interesse surgiria – tanto em alguém pesquisar e relatar a respeito, quanto em eu ajudar a divulgar, quanto em alguém mais querer ler!
O que esta noticia me lembra eh que o traira do Azeredo (senador) deve estar neste momento bolando uma maneira de “enquadrar a internet”.
Nao se iludam, ele e outros senadores nao desistiram de tentar.