Nostalgia: relembrando os anos 90 do Linux no Brasil – ajude a completar ;-)
O Adriano Caetano, que já divulgava o Linux (via seu site Ano 2001, que mais tarde deu origem à Linuxmall) bem antes de o BR-Linux surgir em 1996, foi mordido pelo bug da nostalgia e escreveu um post relembrando os anos 90, com seus kits multimídia, BrasIRC e BrasNET, Netscape, o nome e coloração antigos do BR-Linux, e mais.
Depois que você ler o texto dele, proponho aos veteranos um desafio: mencionar mais 2 ou 3 itens, aqui nos comentários, que eram comuns quando você começou a usar Linux na década de 90, e hoje são raros ou sumiram.
Modem ISA US Robotics
Vou começar:
1 – slots ISA
2 – a predominância do acesso discado (e dos seus modems, e daquele barulho da discagem e handshake, que era bem diferente nos avançados modelos V.90)
Conector DIN de teclado
3 – teclados com conector DIN (agora sumiram até os mini-DIN, finalmente, graças ao USB)
4 – transferência de arquivos via protocolo DPC/DPL (ou “Disquete Pra Cá/Disquete Pra Lá”)
Mouse serial
5 – mouse serial
6 – drive de CD-ROM não-IDE, acionado via placa de som
7 – impressoras paralelas e seus cabos, e as portas paralelas nos PCs desktop e notebooks (bônus: as portas seriais DB-25 nos PCs desktop)
Terminador de rede local coaxial
8 – Cabos de rede local Ethernet coaxiais (e seus terminadores)
9 – livros impressos com coleções de how-tos e guias do LDP
10 – Instalação do Linux via disquete, ou com boot inicial via disquete.
Se vocês gostarem da idéia e contribuírem, depois eu combino com o Adriano um jeito de atualizar lá, e voltar pra capa do BR-Linux uma lista mais completa no final de semana.
Oloco!!!!
Joguei muito Quake World via internet discada.
Uma coisa que eu acho que faltou foi o ICQ. Nusssss… Usei demais.
Um dos tops eram os zip drives, que funcionavam pela porta paralela.
linuxconf!!!!
lembra dele?
conectiva marumbi. NADA funcionava no meu computador montado.
Disquetes? O botão turbo?
Rapaz acho que até hoje esse HArdmodem é o sonho de consumo de muita gente!!!! uhauhauhuha
1 – As famosas placas TGUI8660 para conseguir tem alguma interface gráfica no linux na época em que drivers de video eram raros.
2 – A recompilação do kernel 2.2 com emulação SCSI para habilitar os avançados gravadores de CD IDE 2x, que na época não eram suportados.
3 – Desabilitar o antivírus da BIOS pra conseguir instalar o LILO na MBR.
4 – usar o pnpdump para recolher as interrupções para configurar placas de som SoundBlaster 32 ISA.
5 – usar o xvidtune para ajustar a posição da tela nos monitores VGA.
hugo cisneiros e o seu “The Linux Manual” que norteou muita gente nos primórdios (eu, inclusive).
ah, havia esquecido: o modem externo US-Robotics, com conexão na serial. Até hoje tenho um :)
Esse modem USR é um winmodem! Até hj ele não funciona no linux…
Velharias pra lista:
- IRC
- Cabos “laplink” pra transferência de arquivos via porta paralela (muito usado pra cópias PC-PC)
[meio-off-topic-mas-continua-sendo-velharia...]
- Aqueles serviços locais de Video-texto (dava pra saber também quem tava devendo água, luz, telefone e se tinha multa ou não no carro)
- BBSs (engatinhando nos serviços online)
- Upgrade de Densidade em disquetes (leia-se hack – eu comprava disquetes 3.5″ de 720k e fazia o furinho a mais pra ele se comportar como um de 1.44M)
- Falando em redes locais… Novell e Lantastic se faziam presentes :)
[/off-topic]
Botão turbo no 386 DX40, disquete 3 e 1/4″ e um co-processador matemático hehe
- Aquele editor de textos residentes, o sidekick (acho que escrevia assim)
- XTree e XTGold, utilitários DOS que eram uma mão na roda
- disquete de 5 1/4, tinham todo o charme de um CD-ROM.
- placa de vídeo Trident, 1 Mb. Acho que todo mundo já teve uma. Chegaram a lançar as espansíveis pra 2 Mb, mas o mega adicional era o preço de uma nova de 2 Mb e era bem mais rápida!
Eu me lembro das transferências de arquivos entre notebook/desktop pela porta paralela.
Por fim, protocolo Z-Modem e telas ANSI que arrepiavam nos BBS, saudades do antigo Mandic.
Aqueles serviços de video-texto vieram antes da internet. Se chama BBS e a mandic era um desses provedores. Foi de lá que surgiu a abreviação das palavras como vc, tb, etc. Não por pressa, mas era tão lento transferir um byte que a pessoa poderia pagar uma forma em uma frase. :-)
pppsetup
wvdial
BitchX
WindowMaker
licq
todos ainda vivem, mais não os uso faz tempo.
e um modem cirrus logic 33600, melhor que os ‘winmodems’ de 56k
Entrar como root sem digitar senha, apenas digitando “linux single” no boot (configuração default do Slackware)
ah
placa de vídeo trident com 4mb de memória.
pc com 16mb.
hd 1gb
impressora hp serie 600
- Montar provedores com placas multiserial Cyclades
- Placas de vídeo Vesa Local Bus (quase 3 metros de comprimento cada)
- Usar sempre a árvore -ac do kernel (mantida pelo Alan Cox)
- xbill (best game ever)
Bela iniciativa, tempos legais, mas ainda bem que já foram e viva o plug and play :)
Configurar 16 seriais utilizando MUX Cyclades em um Pentium 100 com 64 mega de ram e baita hd SCSI de 2GB (cabia o provedor inteiro) da Quantum.
Fazer “wan” usando dois USR Courier 33.6k.
xf86config
Conectar dial up fazendo script pppd (mais moderno) ou criar conexão via minicom, botar ele em background e disparar o pppd em cima do device (o mais trash rs).
Nostalgia pura…
[]s
Silveira
- Acessar servidor usando telnet
- Configurar NCP pra fazer linux enxergar servidor netware
486
windows 95
DiskDruid em curses
Hds Quantun Fireball de 3.2 GB
Chatos do slackware :)
Afterstep
Zines
Nessa epoca eu lembro de algumas coisas (nao soh de linux):
- Ler email no pine, mas configurar para usar o vi ao inves do pico
- Usar o banco via linha discada (internet banking nao existia)
- Usar telnet para acessar servidores
- Instalar terminais burros, mini-modens e controladora de terminais
- Explicar aos desenvolvedores que programar em delphi nao tinha futuro e que era melhor usar algo um pouco mais web.
- Ter email, mas nao saber para que servia o spam
- Andar com um disquete bootavel com antivirus dentro para uma emergencia, alem de uma chave phillips e um cabo ide duplo
- Fazer goto nos autoexec.bat e config.sys para rodar tudo o que precisava
- Ficar dias para subir uma interface grafica com resoluçao aceitavel
- Instalar 286 em rede e achar que isso ja era muito melhor do que o terminal burro, ja que nao era preciso usar o ferro de solda para fazer um novo cabo serial
- Ter um armario com centenas de disquetes.
- Usar XT sem HD, colocando sistema operacional em 1 disquete e o editor de textos em outro.
- Levar o netscape navigator em disquete para casa achando que isso seria suficiente para se conectar na internet (um amigo meu fez isso e se decepcionou)
- instalar o enlightenment via rpm num rh 4.2 trazendo disquetes da faculdade.
- usar o fvwm95 e enganar os amigos que achavam que era um windows 95
- instalar o debian 1.3.1 com aquele dselect maluco que dava milhares de erros e tinha que rodar 10 vezes pra terminar em maquinas lentasss como um 486 sx!
- Configurar uma placa de vídeo era um martírio. A conectiva crioi o xf86cfg que ajudou bastante, senão ou era editando o xf86config.conf no vi ou rodando o xf86config que ficava te fazendo perguntas para depois gerar o arquivo. Placa trident com 1mb de memória, só no modo vesa. 3dfx vodoo 3000 eram o xodó da época, mas nada de opengl na interface gráfica do X;
- configuração a mão do /etc/ppp para fazer discagem ao provedor de internet.
- mouse serial, era só criar o link de /dev/mouse apontando para /dev/ttyS0 para a com1, /dev/ttyS1 para com2, etc;
- tinha que cuidar com conflitos com o modem, sendo necessário mudar a pinagem de irq e endereçamento do modem;
- o modo texto tinha o seu charme, e IMHO era mlehor de ler para estudar sobre o linux (ou eu aprendia mais rápido já que eu era mais novo :-) );
- irc modo texto com o BitchX, e ele te xingava “I’m to lame to read BitchX docs” se você não o configurasse direito;
- br-linux ficava no linux.trix.net :-)
- compilar o kernel demorava horas (pobre 386…). E era o kernel 2.0 ou 2.2…
- baixar e compilar o kernel era tarefa para deixar fazendo durante a madrugada;
- comprar o linux era apenas comprar um cd no cheapbytes;
- Red Hat não era somente para servidor, também era utilizado no desktop, até o surgimento do fedora;
- livros do Lars Virzenius para estudar sobre o Linux, distribuídos junto com a caixa do Conectiva Linux;
- Revista do Linux, da Conectiva;
- disquetes (2) de boot e root do Linux. Criados via dd (linux) ou rawrite (windows);
- módulo iBCS para rodar programas feitos para SCO Unix (como o cobol, por exemplo), ajudando muito na migração do SCO Unix para o Linux nas empresas;
- placas de rede ne2000 isa; na carga do módulo era passado os parâmetros de irq q endereço;
- terminais burros através das placas Cyclades Cyclom-Y, com terminais configurados no /etc/inittab a mão.
- Impressoras via ldp era só configurar a mão no /etc/printcap. Impressora matricial, é claro, de preferência uma Emília ou Epson LX-300
- icq, msn via modo textto através do centericq
Me lembro que minha primeira placa de som foi uma Sound Blaster 32 wave, ela vinha com duas caixinhas de som que eu nunca mais pude conferir uma qualidade daquelas em nenhuma outra caixinha, um drive de CDrom que gravava cds a 1x (demorava 1h para mais para gravar um CD), meu gabinete não era torre, era deitado, que saudade viu…antes deste computador eu tive um outro bem pior, para carregar algum software só com fitas K7 e um tape externo…Puta que pariu como eu estou velho….
- Falar de linux e ouvir: “Dá pra instalar no windows?”
- xsnow sobre WindowMaker
- icewm cheio de temas
- o surgimento do gnome
- Marcelo{Tossati,Beckman,Cojima},Ricardo Igarashi, ACME, Peter Punk.
- linux-br na época dos 400 mails diários
- compupic, kxicq, KDE1 com temas que criavam bordas vazias e enfeitadas, xmms
@ Jeronimo Zucco
Eu acessava o br-linux via linux.trix.net até final de fevereiro do ano passado. Dai parou de funcionar, fiquei uns 3 ou 4 dias achando que o Br-linux tava fora do ar. Até mandei um e-mail paro Augusto “reclamando”
ps. Testei agora, e o linux.trix.net está funcionando, mas já me acostumei a usar o “endereço certo”! :)
- ICQ, e as salas de bate papo, onde para expulsar alguém da sala, se abria uma votação.
- IRC (BrasNET e BrasIRC) – e os bestas que faziam de tudo pra ser OP e ter o arroba antes do nome. E os bestas que eram OP e se achavam polícia, e saia kickando e banindo todo mundo dos canais.
- Arj para compactar.
- Esperar dar meia-noite para se conectar a Internet e pagar um pulso.
- Warcraft 1 e 2.
- Instalar DOS 6.22 (em disquetes) e depois o Win 3.11 (eu usava Windows além de Linux). Ou então, na época do Win95, que se copiava todo o conteúdo do CD de instalação para um diretório (geralmente C:CDW95), para depois instalá-lo no computador. Depois instalar drivers, antivirus, browser. Nossa, o mundo Microsoft não mudou quase nada de lá pra cá. Hahaha…
Ah, falando em Warcraft, eu lembro de quando eu testava a minha placa de som, uma voz de monstro falava “Your soundcard works perfectly!”
opa, bem lembrado !
- o sndconfig que ao termino tocava a voz do linus dizendo: “hello! my name is linus …bla,bla.. linux!”
Dias e dias e dias para conseguir mais do que 256 cores na minha Boa e velha Trident 9440 rodando num 586 véio.
Sabia todo o xf86config de cor e salteado.
auehauehaue, isso sem contar que internet era impossível no conectiva 3 (Mesmo com meu incrível hard-modem USRobotics de 14.400).
Agente tinha que montar/desmontar disquetes na mão. e se tirasse o disquete sem desmontar…
Bons tempos, bons tempos, rsrs.
- 1 mês de lentas mensagens em bbs pra configurar minha sound blaster 16 ISA no conectiva guarani (quase ninguém usava linux)
- ganhei numa empresa que fiz estágio: gravador de CD de 1x, que colocava o CD numa caixinha e essa caixinha dentro do drive (era da IBM, top de linha!!!)
Que nunca entrou na internet via conexão discada pelos 0800 do Super11…