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Era difícil e ficou trivial (parte 3): “kit multimídia”

Continuando a série de artigos sobre os pontos em que a evolução da configuração de suporte a hardware no desktop Linux foi bastante positiva (a ponto de hoje raramente percebermos), abro um novo capítulo tendo que fazer uma contextualização para os leitores que não passaram pela realidade da informática de meados da década de 1990: até certo momento, os PCs comuns do Brasil não tinham unidade de CD, e sua capacidade sonora se restringia ao chamado “PC Speaker” – que continua existindo, mas hoje em muitos casos serve só para fazer os beeps do BIOS antes do boot, e eventualmente os beeps do console.


Um “kit multimídia” de 1993, com placa de som, caixas de som, drive de CD, e bastante conteúdo digital em CDs para DOS

Em algum momento houve uma transição, e as pessoas que dispunham dos meios para isso compravam os chamados “kits multimídia” para equipar seus PCs 386 e 486 (e até os primeiros Pentiums) com uma placa de som, caixas de som estéreo e um drive de CD. Só depois de alguns anos estes componentes passaram a ser integrantes essenciais de qualquer PC comum para uso no desktop, e assim deixaram de ser comprados e instalados separadamente.

E o suporte a tudo isso no Linux nem sempre era fácil. Para começo de conversa, os drives de CD muitas vezes não eram conectados às portas IDE da placa-mãe, e sim a portas especiais que as placas de som possuíam, e para as quais haviam variados padrões e formas de configurar. Li muitos How-Tos sobre as variadas maneiras (uma para cada modelo e/ou fabricante) como fazer isso tudo funcionar nos sistemas já instalados.


Placa Sound Blaster ISA – note o solitário conector para o drive de CD (IDE ATAPI PnP), no lado esquerdo…

Mas era na hora de instalar o sistema operacional via CD que a porca torcia o rabo: às vezes era apenas complicado (passando parâmetros para o kernel, editando arquivos no disquete de boot, etc.), e às vezes estava completamente fora do alcance fazer o instalador acessar os arquivos do CD, e na época as próprias distribuições vinham com instruções detalhadas sobre métodos alternativos de instalação, baseados em copiar previamente os arquivos do CD para uma outra partição do computador, ou mesmo para outro computador ligado em rede local, ativando neste um servidor FTP ou mesmo um servidor web. E não foram poucas as vezes em que tive que recorrer a isso. E na época isso me divertia, ao mesmo tempo em que devia frustrar muitas pessoas que só queriam instalar o software, não queria lidar com particionamento, conexões de rede e ativação de servidores temporários…

O hardware das placas de som também dava trabalho de formas hoje esquecidas. Configurar o som exigia que o usuário fizesse pesquisa em documentação, edição de arquivos, eventuais alterações na configuração de módulos do kernel, possíveis aberturas do gabinete da CPU para olhar como estavam configurados os jumpers da placa de som que indicavam parâmetros como IRQ e DMA, e mais. O procedimento-padrão muitas vezes terminava com um teste a partir da abertura deste arquivo de áudio (em formato .AU) em que Linus Torvalds explica como se pronuncia o nome “Linux”.

E para gravar um CD? Quando os gravadores começaram a se popularizar, a operação podia exigir uma série de comandos, com infinitas variações de parâmetros para gerar uma imagem ISO contendo os dados, e depois gravá-la com programas como o cdrecord. Havia front-ends gráficos, mas de vez em quando eles se perdiam devido a alterações nas ABIs e APIs, graças inclusive à velocidade com que a tecnologia evoluía e o suporte a este hardware avançava.

Evolução do hardware e do software

O hardware foi evoluindo e se consolidando, e logo os drives de CD passaram a ser conectados como dispositivos IDE diretamente na placa-mãe, o que acabou facilitando seu reconhecimento e suporte automáticos, a ponto de hoje raramente lembrarmos que anteriormente havia dúvida sobre compatibilidade deste periférico na hora de fazer uma instalação.

As placas de som também foram se consolidando e alguns padrões prevaleceram. Ainda no tempo em que as instalações de Linux sempre ocorriam em modo texto, as distribuições começaram a incluir sistemas que reconheciam e ativavam automaticamente as placas de som mais comuns, para espanto e felicidade de muitos usuários, e para frustração de outros, seja por preferirem configurações diferentes das que eram ativadas por default, seja por perceberem que sua placa de som não estava entre as eleitas para reconhecimento automático.


Conectores de áudio de uma placa-mãe

O tempo passou, e hoje grande parte das instalações de distribuições voltadas para o desktop ocorre em micros com pequenas variações no hardware de som. Os sistemas on-board, incluídos no hardware da placa-mãe, prevalece – e tende a ser bem suportado nas distribuições. Continua a haver exceções, em especial nas placas off-board, externas e high-end. E, infelizmente, mesmo nos sistemas em que o hardware é bem suportado, a existência de múltiplos modelos de suporte (ALSA, OSS, Pulse, etc.) ainda cria alguns problemas para desenvolvedores, integradores e usuários.

Na verdade a situação chegou a tal ponto que hoje eu nem vou poder fazer uma descrição detalhada dos componentes que uso em meu desktop, ao contrário do que tenho feito nos outros artigos da série: eu não sei a marca e modelo da minha placa de som, nem do meu drive de CD. Poderia ir verificar, mas esta informação é tão indiferente para mim, que nem vou fazê-lo.

E as aplicações

A gravação de CDs e DVDs já evoluiu ao ponto de eu hoje considerar fácil. Faz tempo que não tenho um arquivo TXT com uma lista de comandos testados e aprovados para gerar e gravar os CDs ;-) E quando chega a hora de gravar, ou mesmo copiar, CDs e DVDs, programas como o HandBrake ou o que tiver sido instalado por default na distribuição sempre têm me permitido realizar a operação de forma suficientemente simples, escolhendo arquivos em uma interface gráfica e pouco me preocupando com os aspectos mais técnicos.

Ouvir música ou assistir a vídeos continua dependendo de se ter suporte aos formatos de gravação, muitos dos quais são proprietários, patenteados e não são distribuídos juntamente com as mídias de instalação, nem constam nos repositórios oficiais das distribuições. Dependendo do formato em que está o arquivo multimídia que o usuário quer acessar, ele precisa se virar – embora hoje seja comum a distribuição dar uma mãozinha, ou mesmo haver documentação que torne menos misterioso o processo.

Como não se trata de questão tecnológica, é possível que isso ainda demore bastante para mudar para alguma alternativa que seja transparente – mas vale mencionar que outros sistemas operacionais para desktop também não vêm com um pacote completo de CODECs na sua instalação, e estes vão sendo instalados pelo usuário juntamente com aplicativos. Uma diferença essencial, entretanto, é que neles muitos destes CODECs estão disponíveis, em versões de aplicativos oferecidas (ou aprovadas e licenciadas) por seus próprios autores e prontas para instalar de uma maneira que seus próprios usuários parecem considerar natural, ao contrário do que às vezes ocorre no Linux.

As novas fronteiras

Como estão profundamente ligadas ao entretenimento, as aplicações multimídia não devem parar tão cedo de evoluir na sua busca pelo suporte às mais variadas tecnologias. A chegada dos PCs com Linux à sala de TV das casas mais modernas já não é mais impedida pela ausência de suporte a HDMI, embora até pouco tempo atrás os relatos sobre o suporte a esta tecnologia indicassem que diversas configurações de hardware ainda padeciam de problemas com o áudio ou o vídeo transmitidos via HDMI, ou a necessidade de recorrer a drivers proprietários de dispositivos.

Aliás a questão das patentes e dos CODECs continua se aprofundando, na proporção em que as gravadoras e congêneres tentam impor de forma mais estrita o que elas consideram como seus direitos. O suporte direto em aplicativos de código aberto a filmes lançados comercialmente em Blu-ray, por exemplo, está longe de ser considerado uma barreira superada para os usuários – nem sempre é impossível, mas dá bastante trabalho – assim como no passado assistir DVDs comerciais já deu um trabalhão, e hoje é relativamente simples, embora geralmente ainda exija alguma configuração manual inicial.

Outros confortos modernos, como o uso de fones de ouvido Bluetooth estéreo, também ainda podem depender de boa dose de esforço do interessado, mas como neste caso não há tecnologias proprietárias inacessíveis no caminho, acredito que uma solução mais simples logo estará incluída nas distribuições mais populares!

E enquanto as soluções para estes novos problemas de hoje não chegam, vale parar para pensar no quanto já se avançou. Pessoalmente, quando lembrei de como dava trabalho instalar o Linux via CD-ROM e colocar a placa de som para funcionar, decidi que mais tarde vou abrir uma garrafa de Original em homenagem aos novos tempos em que é só plugar e usar ;-)

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• Publicado por Augusto Campos em 2009-09-23

Comentários dos leitores

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    Clésio Luiz (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 5:31 pm

    Sempre aparecem os novos desafios. Atualmente é o Bluray.

    Com relação aos codecs, as edições do Mandriva ONE já vem com os mais comuns instalados.

    Com relação ao som no Linux, o que tem me incomodado é o tal do PulseAudio. Até agora eu fico pensando pra que ele serve. Se for para ouvir som em rede, não tinha necessidade de ativá-lo por padrão, pois eu não vejo isso como uma coisa popular. Se for para que vários programas usem o som ao mesmo tempo, eu também não vejo necessidade, pois desde antes do PulseAudio aparecer que eu já fazia isso no meu Linux.

    Em resumo, ao invés de corrigirem problemas no Alsa ou OSS4, inventaram algo para deixar o sistema mais pesado e bugado. Isso é a cara da MS e eu não admito isso no meu Linux.

    Celi Frena (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 5:48 pm

    Ainda peguei o final desse tempo, lembro que às vezes, depois de fazer upgrade da placa de som, ou do modem (naquela época ainda se fazia upgrade dos componentes internos, rs), já com tudo parafusado, descobríamos que tinha um conflito de IRQ entre a soundblaster e alguma outra peça, e aí precisava desmontar tudo, mudar os jumpers de algum dos componentes e ir tentando de novo, até acertar – e prometer que na próxima vez ninguém ia esquecer de conferir isso antes de parafusar as placas nos slots.

    Isso piorou um pouco na época em que tínhamos ao mesmo tempo algumas peças com configuração manual de IRQ, e outras que se auto-configuravam. Mas depois, quando quase tudo passou a se auto-configurar ou dispensar essa configuração, o mundo ficou mais feliz.

    tiago (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 6:12 pm

    Boa tarde,
    Apenas para constar, na foto da placa de som SBlaster, os conectores do canto superior esquero da placa, ao menos os visíveis na foto (os branquinhos), são para a expansão de memória, para os bancos de amostragem de instrumentos (sound bank?), dois slots simm 32 se não me engano, que ficavam inclinados quando instalados. Haveria, ainda, um conector para um cabo flat de CD bem no canto?

    Tiago, agradeço, vou trocar a foto por uma em que o conector IDE apareça claramente!

    Essas dificuldades não eram somente no Linux, todo sistema operacional para x86 nessa época padecia dessas complicações para fazer um determinado hardware funcionar. Era uma época que a pessoa tinha realmente saber o que estava fazendo.
    Não lembro de ter tido dificuldades em usar driver de cdrom com conector proprietário, seja a mitsue(?), creative/panasonic, sony não recordo de ter usado. Algumas placas de som vinham com ao menos 4 conectores para o driver de cdrom.

    A SB ali da foto e uma CT2950, relativamente moderna, só tem a IDE, e não possue wave table. Local vazio e para o CSP (algo assim), um chip DSP, nunca vi.

    O pulseaudio e outros servidores de som, são utilizados para contornar uma limitação do hardware, a incapacidade de vários programas usaram o dispositivo ao mesmo tempo. Mas, tanto o ALSA como OSS (4Front) possuem a opção de fazer software mixing, poucas distribuições ativam essa opção (ou a desativam).
    Desafio no memento atual, acho que são a SBTVD e o blueray.

    Elessar (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 7:54 pm

    Clésio, é por isso que ainda hoje (ou seria melhor dizer: especialmente hoje) eu prefiro o OSS.

    Removo o Alsa da maneira que posso (muita coisa depende dele, infelizmente), desabilito os módulos e mando bala no Oss.

    Fácil de instalar, suporta a grande maioria das placas e o som, pelo menos na minha opinião, é ainda de melhor qualidade.

    Landeel (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 8:03 pm

    Muito boa a matéria. Bons tempos.

    André Machado (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 9:16 pm

    Eu lembro da época dos “kit multimídia”… essa série de reportagens apnas mostra como o Linux evolui cada vez mais.

    Saudade [suspiro]…

    cristo (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 9:19 pm

    @Landeel

    Muitos preferiram na época o ALSA ao invés do OSS, pois além do ALSA ser bem mais moderno que OSS era bem mais simples de se programar com ele, no caso trabalhar com OSS é a mesma coisa de trabalhar com o OpenAL, no caso toda a configuração de som e de como deve ser mixing é toda na mão, uma verdadeira aberração, além que a manutenção de um sistema tão antigo é um verdadeiro tormento.

    O mesmo vale o ALSA em relação ao Pulse Audio, o suporte de mixing apesar de ter sido adicionado depois ainda sim precisa continuar preparando o mixing com a vantagem de nem sempre funcionar.

    Já o Pulse Audio é um projeto bem mais ousado, no caso funciona como o X11 só que para som, assim o desenvolvedor nem precisaria ficar fazendo sempre o mesmo trabalho sujo, já que só mandaria o stream para o Pulse Audio e o mesmo que se vire, tornando o processo de desenvolvimento bem mais simples, é claro que devido a ousadia do projeto em que o mesmo diz que aceita todos os outros programas que usando OSS, ALSA e ou mesmo OpenAL, tras como resultante que ainda vai demorar um tempo para que ele se mantenha altamente estável, pois diferente do OSS e ALSA, o Pulse Audio tem um objetivo bem mais ambicioso e complexo.

    miranda (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 9:30 pm

    Tempos difíceis…configurar placas de som com o sndconfig, ouvir a voz do Linus como prova que o som estava configurado, tudo isso depois de trocentas mudanças de IRQ por causa de conflitos com outros hardwares, como já disse nossa amiga (e muito bela por sinal) Celi Frena.

    Tive meu primeiro contato com um kit multimídia em 1995, como meu “poderoso” Pentium 133 MMX, (comprado usado) só tinha disquete era meu sonho obter aquele troço que fazia tocar “CD de musica” no computador. :D

    No meu primeiro contato com Linux, usei o Mandrake 7, (ainda em português lusitano) que já tinha a habilidade de configurar a controladora da placa de som automaticamente mas nem sempre acertava a configuração do áudio.
    Hoje os tempos são outros, tenho um kit 5.1 Sound Blaster que meu pinguim configura automaticamente, coisa que no windows tem q baixar driver, instalar, reiniciar o sistema, dar 5 voltas no quarteirão, etc, etc…

    Lindrix (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 9:55 pm

    Só falta mais um artigo sobre a compartibilidade de hardware no linux: placas de captura de tv/edição…… Só que acho que ainda não há muitos plug and play nessa área……

    Lindrix (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 9:57 pm

    E nem trivialidade de configuração….

    Ainda faltam vários, Lindrix, mas acho que o da captura de TV não será um deles, porque aparentemente continua difícil, mesmo com os avanços ;-)

    Mas acho que só vou publicar artigos desta série até fechar a semana. Um deles vai ser sobre display, e o outro eu ainda não decidi, e conto com as sugestões de quem quiser opinar.

    Mas já adianto que só vou escrever sobre hardware que eu tenha. Quem quiser escrever sobre outros, está convidado!

    Cleverson (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 11:03 pm

    Só senti falta do CD do Full Throttle na primeira foto.

    http://mojoart.mixnmojo.com/original-art/full-throttle/cover-art/full-throttle_box_front_1600x2013.jpg

    ttttt (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 11:10 pm

    @cristo,

    “no caso trabalhar com OSS é a mesma coisa de trabalhar com o OpenAL, no caso toda a configuração de som e de como deve ser mixing é toda na mão,”

    Isso já não é verdade há mais de 12 anos.

    Clésio Luiz (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 11:50 pm

    Tem outros periféricos que tiveram sua instalação extremamente facilitada, como Webcams e Joysticks. As primeiras devido ao trabalho heróico daquele programador francês, o Michel Xhaard. Já os segundos devido a benção chamada USB/HID. Joysticks de gameport continuam uma tortura até hoje.
    E os teclados multimídia e mouses multibotões, em sua maioria também já funcionam de primeira, bem diferente de quando eu comprei meu primeiro teclado “especial” em 2003.

    Guilherme (usuário não registrado) em 23/09/2009 às 11:53 pm

    Que saudade daqueles tempos que eu rodava o Duke Nukem no DOS e tinha que rodar o Setsound, sorte que a minha placa era compatível com Sound Blaster… já tinha até as manhas pra fazer rodar. E o comandozão no DOS “SET BLASTER = A220 I5 D1″, coisa linda! Era só chegar, botar o macetezão e mandar auto-detectar, dava alguns problemas. Quem não viveu essa época, nem sabe do que eu estou falando! Era a maior felicidade isso ai! :)

    Satan (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 2:14 am


    Ainda peguei o final desse tempo, lembro que às vezes, depois de fazer upgrade da placa de som, ou do modem (naquela época ainda se fazia upgrade dos componentes internos, rs), já com tudo parafusado

    Você é uma mulher ? Se for, te espero no leito de morte…mas não se preocupe…vou erguer um palácio de cristal, recheado de rosas vermelhas e com mil servos, só para te receber…

    PS: não é possível que você seja uma mulher.

    Marcos (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 7:24 am

    A questão é:

    E o som 5.1 como fica no linux?
    Porque, pelo que sei, praticamente todos os chips onboard de som não tem suporte a abilitar o 5.1, ficando só no estéreo, insuficiênte para quem quer usar a saída por completo pra ver um filme, por exemplo.
    Augusto, que tal uma matéria sobre isso?

    Obrigado

    Eder Jordan (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 7:28 am

    Bom dia a todos os membros do BR-Linux!

    A imagem do kit multimídia me fez recordar dos velhos tempos quando adquiri meu 1º computador: Um processador Intel [80]486DX2-66MHz com 16MB de memória RAM, monitor 14 polegas e um kit multimídia da creative labs contendo um drive de CD-ROM de 8X, placa de som Sound Blaster 16 PnP barramento ISA, duas caixas de som e alguns jogos em CD-ROM como o Actua Soccer (alguem se lembra?). E pensar que, atualmente, vivemos a era do DVD, placas de som on-board na placa-mãe, barramento PCI-Express e jogos ocupando diversos CD’s. E, para aonde estamos caminhando, tecnologicamente falando? Creio que estamos indo em direção da facilidade de uso do computador. E o Software Livre está caminhando nesse rumo, graças a Deus. Quem viver, verá!

    []‘s

    Eder Jordan.

    braun1928 (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 8:03 am

    Poxa, falam tudo sobre multimídia, sobre a época que era difícil (que eu acompanhei — e sofri — com o RH 3.0.3, Conectiva Parolin, Marumbi, Slack, etc), com minha AWE32, e etc… Mas ninguém comenta sobre a melhor parte? Parabéns Augusto pelo ótimo gosto. Original não é pra qualquer um ;)

    Clésio Luiz (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 8:04 am

    @Marcos

    Funciona sim cara, aqui eu assisto filmes e animes normalmente no meu “home theater” :-) E já faz uns anos que isso é possível. O que eu ainda não tive o prazer foi de jogar Quake Wars em 5.1, mas os filmes estão bombando em 5.1.

    miranda (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 8:21 am

    @Marcos

    Tenho uma Sound Blaster Live 5.1 juntamente com o kit 5.1 tambem da Creative e funciona maravilhosamente bem, ja instalei a mesma placa no windows (pra testes) e percebi uma melhor qualidade de som até razoavel no pinguim em relação a ele. Detalhe o driver é “open” disponibilizado pelo proprio fabricante:

    http://connect.creativelabs.com/opensource/default.aspx

    meujoystick (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 9:12 am

    Eu me amarrava depois de configurar o Kit Multimídia, instalar o Duke Nukem e fazer o teste com a placa de som configurada para AWE32. “Pac-tum-dum-dum-dum-dum!Pac-tum-dum-dum-dum-dum!” E o sonzão que o jogo dava com essa placa na música de abertura… NUSS!!!

    Bons tempos, bons tempos :) Na semana passada eu tive a oportunidade de brincar com um hardware relativamente novo focado em multimedia: um pequeno PC com processador Atom e chipset NVidia ION. Está funcionando aqui na minha sala como HTPC. Quem quiser mais detalhes de como eu extraí o áudio digital, de uma checada aqui.

    Marcos, a idéia do artigo sobre o som 5.1 é boa! Quando escrevê-lo, envie o link pelo formulário de indicação de notícia, terei prazer em publicar!

    Braun, é isso aÍ! Obrigado!

    Elessar (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 10:47 am

    O lance do 5.1 é simples, mp3′s convencionais não têm suporte a isso.
    Filmes em DVD’s, BD’s e semelhantes sim possuem, daí funciona de prima, inclusive com o ALSA, creio eu.

    Porém no OSS encontrei uma opção bacana chamada “Spread”, que simplesmente faz o som 2.0 convencional sair por todas as caixas do meu conjunto 5.1 pra PC..
    Não sei se existe algo semelhante no pulseaudio ou Alsa, mas fica a dica pra quem quiser revirar o Google em busca..

    rpm (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 11:14 am

    Eu não sei se a configuração da placa de som ficou hoje tão trivial assim, depende muito do modelo.

    É muito comum hoje em dia placas de som onboard em notebooks ou placas-mãe que usam o driver snd-hda-intel

    https://help.ubuntu.com/community/HdaIntelSoundHowto

    Muitas vezes o som não funciona nada ou funciona sem todos os recursos porque é preciso passar parâmetros para o módulo.

    Meus problemas com placas de som, principalmente com os snd-hda-intel, que o colega acima mencionou, são quase sempre com o microfone, que quase sempre não funciona.

    Engraçado é que eu tive uma placa de som onboard VIA que funcionava o microfone direitinho.

    Kez (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 12:01 pm

    Saudades da AWE32(que veio como substituta da AWE16 no meu kit multimidia) :)
    A foto do VLC versão win32 ficou estranha.
    Mais uma vez, parabéns ao mr. Campos por nos trazer boas(e más) lembranças :D

    Clésio Luiz (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 12:37 pm

    @Elessar

    O som sair por todas as caixas também é possível com o Alsa, mas depende do modelo do chip de som. Alguns não tem essa opção (antigos, com mais de 5 anos), outros precisam de uma pequena ativação no próprio programa de volume (como o Kmix) ou o som onboard da minha placa mas nova, que já ativa esse recurso por padrão.

    E por falar em microfone, o meu aqui só funciona se o pulseaudio estiver ativado. Sem ele os aplicativos não reconhecem. Mas isso é culpa do Ubuntu, pois antes do Pulse o microfone funcionava normalmente.

    Lindrix (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 6:32 pm

    Augusto,

    Infelizmente é verdade…
    O suporte ao hardware de captura é complicado mesmo. Pode até ter suporte no kernel, mas há poucas ferramentas que automatizem a complicadíssima configuração desses dispositivos. Obriga ao usuário ter uma placa que seja completamente homologada com o kernel e os configuradores existentes, e mesmo assim complicada de usar de todo jeito.

    Olha, Augusto, não tenho muito conhecimento sobre a compartibilidade, mas sugiro como tema o suporte a dispositivos bluetooth, que parece ter um suporte bem maduro no Linux.

    Rafael (usuário não registrado) em 24/09/2009 às 8:02 pm

    Me lembro de um amigo que tinha um kit multimidia da creative lembro da fraze q era dita quando o aplicativo de comfiguração dela era iniciado no windows 98 ahhaa:

    Welcome to infra creative cd-rom drive

    ahahahhaha até hoje quando a gente lembra dessa fraze da risada

    Dyego Souza do Carmo (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 8:42 am

    Assitir um video no linux ainda é algo reservado a alguns poucos monges budistas….

    Internet e Video ainda eh uma combinacao dificil no linux.

    João (usuário não registrado) em 25/09/2009 às 11:14 am

    Bom.. eu ainda tenho problemas para fazer o SPDIF da placa mãe m3a78 funcionar.. essa entrada de audio digital não vai nem com reza brava.. só o audio do fone de ouvido funciona. :(
    Mas em comparação a época de quando configurava na mão minha Sound Blaster 16 as coisas melhoraram muito mesmo :)

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