Contra “adoção por decreto” e “religião”: TCU e SLTI falam sobre software livre no governo
Segundo o Auditor, André Pacheco, tem sido adotada como uma política de governo e, portanto, deve ser respeitada. Porém, ele alertou que naqueles locais onde o software livre entrou “por decreto”, os resultados não foram satisfatórios e os órgãos acabaram assumindo custos para a retomada da plataforma proprietária.
Por sua vez, o Secretário de Logística e TI, Rogério Santanna, destacou alguns benefícios obtidos pelo governo com a adoção das soluções em código aberto. Porém, deixou claro que é e sempre foi contra o uso de software livre no governo, como se ele fosse uma “religião”. (via softwarelivre.org)
Saiba mais (softwarelivre.org).
Mais um candidato pro troféu “Capitão Óbvio”.
A verdade é que mesmo quando uma solução livre precisa ser complementada ou customizada para uso no governo, cada órgão pensa individualmente em vez de se unirem e compartilharem código ou contratarem alguma consultoria para fazer o trabalho e pagarem esse custo de maneira compartilhada.
O custo de aperfeiçoar ou customizar uma solução livre pode ser alto para um único cliente mas geralmente seria bem menor se fosse compartilhado de maneira inteligente por vários clientes, ou seja, por vários órgãos do governo federal e mesmo entre as várias esferas de governo 9estadual, municipal, federal).
O BrOffice por exemplo. Será que o que TODOS os órgãos do governo federal e mesmo os das outras esferas pagam de licença de MS Office todo ano não pagariam o desenvolvimento e customização do BrOffice ?! será que não dava para pagar alguém para desenvolver as macros que tanto emperram algumas migrações ?
Mas para o governo e para o TCU é muito mais fácil comprar licenças de sw proprietário, mesmo que de um único fornecedor e a preços abusivos. É fácil: coloca-se em licitação e a disputa fica em torno de centavos em volta do preço tabelado dos produtos.
Fiscalizar contratos de serviço de consultoria e desenvolvimento de sw deve dar mesmo muito mais trabalho para o TCU.
Bastante sensata a opinião do membro do TCU. A adoção de software livre pela administração deveria se dar por mérito e qualidade desses programas e não simplesmente por que é “de-graça”.
Também concordo com os membros do TCU.
Acho difícil, na licitação que fizemos no hospital, pra 200 licenças o MS Office saiu por 20 reais cada. Com 4 mil reais não conseguiríamos pagar um salário por tempo suficiente de cuidar de todos os problemas de migração, macros e compatibilidades.
Eu trabalho no TCU no suporte e digo que naquele órgão não existe nenhum trabalho favorável ao software livre! A produtividade é extremamente baixa, lá ainda usamos o Windows XP e a rede sofre todos os dias com a vilnerabilidade desse sistema operacional. O pacote office 2007 é problemático, as pessoas ainda não sabem usá-lo, o exange é pior ainda!
@Marcos Alexandre
O que economizaria em um hospital talvez não compensasse, mas multiplique isso por todos os hospitais, repartições, órgãos federais/estaduais/municipais, etc.
E não esqueça que optar pelo MS Office prenderá a instituição praticamente para sempre por causa do legado. Cada nova versão de formato de arquivo ou adoção de uma nova versão pelos milhões de usuários piratas do MS Office nas redidências e empresas por aí acabam forçando muitas vezes upgrades desnecessários mais cedo ou mais tarde. Um MS Office 97 muitas vezes é mais do que suficiente mas muitas empresas acabam fazendo upgrades para o MS Office 2007 só porque “todo mundo usa”.
R$20,00 o Office? Quer dizer que usuário de desktop é que paga pelas empresas? Não devia ser o contrário?
@Shikasta, além de ter a regra “quem compra mais, compra mais barato”, há a concorrência…
O BrOffice, acredito, seja muito atrativo para empresas. Talvez tenha mais pontos favoráveis, p. ex., como suporte próximo ao usuário, facilitando a adaptação, já o usuário caseiro não tendo suporte não vai se “arriscar” com um produto diferente.
Ou seja, na empresa, principalmente se ela for pública, para matar a concorrência, a MS deve colocar o preço lá embaixo.
Que concorrência!?
…quanto blá blá blá, qunado na verdade não querem é pensar diferente, não querem é aprender uma tecnologia mais eficiente…
O BrOffice por exemplo. Será que o que TODOS os órgãos do governo federal e mesmo os das outras esferas pagam de licença de MS Office todo ano não pagariam o desenvolvimento e customização do BrOffice ?!
Depende do tipo de personalização. Algumas questões podem ser simplesmente divulgadas como software livre, outras são específicas, como por exemplo, mudar logo, instalação customizada ao ambiente, etc.
E há sempre questões que são estratégicas em segurança, e não é adequado sua divulgação.
Mas a falta de cooperação entre os órgãos públicos é algo difícil de quebrar, há muita política e egos envolvidos. A iniciativa do governo no Portal do Software Livre me parece ainda não ter vingado. Por outro lado, os softwares que estão lá não dão a impressão de estarem com desenvolvimento ativo, e isto afasta pessoas do seu uso.
[]‘s
Rafael
@ssss,
o dia que aparecer uma alternativa, não teríamos problemas em migrar. Hoje, infelizmente, o MS Office pelo preço que é oferecido é a melhor opção.
O TCU eh imune a auditorias? Quem eh o TCU do TCU?
So por ser de-graça e com codigo aberto (permitindo auditoria!!!!!!!) ja seria motivo para adoçao em massa!!!!
Eh o cumulo do absurdo governo rodar software que nao pode ser auditado (caixa-preta)!!!!
Mas eh a tal da moral_etica_brasileira…. bem malemolente!!!!!
Claro que tem um custo de treinamento e mudança ,assim como a primeira vez que uma empresa teve que instalar o Ms office ,teve que fazer treinamento também .
Mas vamos analisar , isso é uma única vez e depois você não vai precisar 1 centavo com troca de licença ,antivirus e poderá ajustar como quiser o programa. Isso em consequencia vai ter uma bela economia no hardware .
E mais ajudará toda a sociedade com transparência e ética.
@sem@email.org
‘Eh o cumulo do absurdo governo rodar software que nao pode ser auditado’
Eu não sou programador, então código aberto pra mim não tem utilidade prática nenhuma. Já os programadores (do mundo real :P) que conheço, simplesmente não tem tempo para ficar ‘auditando’ ou procurando ‘código-maligno’ no software dos outros.
Consciente!
Mas as instituições responsáveis pela a instalação do software do governo sabem que podeem fazer as alterações que quiser .
E nessa lenga lenga de que “ah é melhor pagar 20 conto por licença” durante anos , o governo enche o bolso do bill gates em bilhões.
Vai ser muito mais eficiente usar software livre a longo prazo mesmo custando algum dinheiro com treinamento.
“So por ser de-graça e com codigo aberto (permitindo auditoria!!!!!!!) ja seria motivo para adoçao em massa!!!!”
Não alimente essa lenda urbana. Não adianta ser código aberto se não tiver qualidade. O Firefox e o Apache são casos de sucesso não só pelo código aberto, mas porque são melhores que os concorrentes.
“E nessa lenga lenga de que “ah é melhor pagar 20 conto por licença” durante anos , o governo enche o bolso do bill gates em bilhões.”
E economizam muito dinheiro com treinamento, numa relação ganha-ganha. O OpenOffice precisa melhorar bastante ainda a compatibilidade e recursos se quiser quebrar esse ciclo, da mesma forma que outras ferramentas livres já conseguiram.
Treinamento de mudança se faz uma vez. Treinamento constante é diferente .Existe tanto em software proprietário e livre .
É só olhar alguns resultados que o exército teve ….
Será que, para quem assina o cheque, algo mais importa além do preço? E quanto custa, para quem “quer” ganhar um contrato, o preço de uma licitação?