Compra pela Oracle reacende idéia de uma “Fundação OpenOffice”
Segundo divulgado no Slashdot, participantes do projeto OpenOffice.org comentam que a aquisição da Sun pela Oracle deu novo impulso à já tantas vezes aventada possibilidade de separar da Sun o OpenOffice, fazendo com que ele fosse administrado por uma fundação, mantendo a participação da Sun e de outras empresas envolvidas, como a Oracle e a Novell, e possivelmente aumentando o estímulo e oportunidade de desenvolvedores independentes contribuírem para o projeto, em um modelo similar ao do Apache, Mozilla ou Linux, a escolher. Mas a idéia não é unânime, e há quem prefira esperar a Oracle mostrar a direção em que pretende seguir.
Saiba mais (tech.slashdot.org).
Infelizmente um dos projetos que mais impulsiona o uso do linux, e do software livre inclusive em ambiente proprietário, perdeu seu norte com essa aquisição, a sun já não sabia muito o que fazer com o projeto, e a oracle pior ainda.
Vamos aguardar e torcer para que alguma coisa inovadora e estimulante aconteça com o openoffice.
Mysql vai acabar, certo?
Toda obra humana certamente chegará, algum dia, ao fim. Mas o momento do MySQL ainda não chegou. Para saber como está a incerta situação do MySQL, leia:
- Fundador do MySQL convida Oracle para conversar sobre estratégia de código aberto
- Em tempos de compra pela Oracle, forks do MySQL viram assunto
- Oracle já estava de olho no MySQL
Sinceramente acho q o OO.org, não iria muito adiante na não da Sun, inclusive já li reportagens de pessoas que eram grandes contribuidores do OO.org reclamarem que a Sun era muito reguladora, e as vezes ficava difícil implementar algumas novas funções, acho q se criarem uma fundação, com certeza o OO.org, poderá bater de frente com o MSOffice.
Pode ser uma boa saída pro OO.
Só não podem ficar depois “mendigando” fundos somente através de doações, como o Wikipedia…
Os modelos de gestão aventados são o das fundações do Apache, Linux e Mozilla. O da Wikimedia não foi mencionado.
Se a Oracle não quiser disponibilizar mão de obra própria em um produto que talvez não interesse, mas que é bom ter no portfolio, é bem provável que ela passe a aceitar contribuição da comunidade…
Só uma coisa, já que não entendo deste esquema de fusões e aquisições: legalmente a Sun continuará existindo? Tipo, será que em todos os produtos que produzia o logo “Sun” será substituído pelo logo “Oracle”, ou virará “Suracle”? hauahua
A marca Sun é um ativo valioso, e a Oracle só deixará de usá-la se desejar. E duvido que ela vá mandrivar os nomes das duas empresas.
É uma questão de opção, e pode haver argumentos a favor e contra a permanência da marca. Para exemplificar: a Compaq foi absorvida pela HP em 2001, e sua marca continua em uso até hoje em linhas de novos produtos. Já a marca da Digital (Digital Equipment Company, ou DEC), empresa adquirida pela Compaq 3 anos antes, rapidamente sumiu de circulação, inclusive nos produtos sucessores das linhas originalmente provenientes da empresa.
Nova palavra no dicionário!
mandrivar: verbo; ato ou efeito de agregar dois nomes originando um novo sem sentido e desconhecido;
E ainda estavam tentando me convencer de que seria irresponsabilidade da SUN se a licença fosse LGPLv3 or any latter!! É isso o que acontece quando alguém quer ter muito mais controle que os outros… pelo menos o estrago não foi tão grande. Mas o OO está condenado à LGPLv3, na melhor das hipóteses.
André Caldas.
Hum… valeu Augusto pela resposta e por enriquecer meu vocabulário :-)
Eu conhecia mandrova, mas mandrivar é novo… huahaua
Mandrivar foi ótima!!! he he
@Augusto,
Acho que você está se referindo ao post do Felipe Lucio. Onde é mesmo que ele diz que o artigo fala ou não fala alguma coisa? Você faz uma afirmação dessas e fica parecendo que o cara é idiota e que não leu o artigo. O artigo me parece ser pura especulação, e eu, em particular, não vejo problema nenhum em o Felipe especular também.
O tenchi fez uma pergunta… porque você não respondeu que o artigo não menciona nada disso!? Não… vocês, juntos, especularam…
André Caldas.
André, a questão sobre 3 modelos específicos de fundação (Apache, Mozilla e Linux) está recebendo destaque suficiente, a ponto de estar no subtítulo da matéria da ComputerWorld. A idéia do modelo Apache ou Mozilla como base consta faz mais tempo, até, em sites da comunidade que cerca o OOo.
O que você acha é algo que lhe compete, é claro. Da mesma forma, acredito que você pode julgar como preferir o que é mais especulativo – um comentário sem referência externa, ou um comentário com referência a um artigo que cita fontes que participam do desenvolvimento do OpenOffice.org e tiveram interesse em responder suas visões sobre o futuro, ainda incerto, da estrutura do projeto.
Mas o que eu fiz uma afirmação bem clara que acredito responder à preocupação que ele aventou, neste momento de indefinição: há 3 modelos mencionados no momento, e nenhum deles é o da Wikimedia, que ele mencionou e parece classificar como sendo baseado em mendigar fundos. Também não encontrei nenhuma fonte aventando a possibilidade ou probabilidade de o modelo de custeio da Wikimedia ser adotado para o OpenOffice.
O artigo no /. tem nos comentários uma afirmação de que ouve uma disputa sobre patentes entre a MS e a Sun com relação ao OpenOffice na época (2004) e como resultado empresas que não a Sun estariam em perigo de serem processadas por causa do OO. Será que a Oracle está atenta para isso?
Na minha modesta opinião, o OOo inteiro precisa ser revisto Seus problemas de performance e a complexidade de programação fazem dele uma tremenda jaca que não se sabe onde vai parar desse jeito. Será que em 2015 ele vai estar gastando 500 MB de RAM? (nesse passo, é bem provável).
Sou a favor dos forks (mas com propósito, não por apenas fazer mais um fork) e acho que já chegou a hora de uma comunidade forte tomar conta do OOo, reescrevê-lo, mesmo que demore para isso ser concluido e lançar um produto melhor. Vejam o caso do KDE, que ousou refazer um produto consagrado e aos poucos, apesar das críticas, vem mostrando que foi uma boa decisão.
Clésio, pelos esclarecimentos que li depois, meu entendimento é que o acordo existente protege apenas os usuários do StarOffice, e não os do OpenOffice.
Neste sentido, a transferência do OpenOffice para a Oracle não mudaria a situação existente, mesmo se não considerássemos que a Oracle se tornou sucessora da Sun no que diz respeito à continuidade dos contratos existentes.
A situação em que haveria perda, se um acordo deste tipo realmente existisse e protegesse o OpenOffice enquanto parte da Sun (agora Oracle), seria se realmente o seu desenvolvimento saísse da aba da empresa e fosse ser tocado por uma fundação (ou outra organização) que não fosse parte do acordo.
Mas parece que o acordo não foi bem esse. Não vou traduzir, mas cito diretamente a declaração à imprensa de um representante da Sun, logo após o acordo, em 2004 – esclarecendo que clientes usuários do StarOffice estariam protegidos, e os do OpenOffice não receberiam nenhuma proteção no acordo:
Será que http://go-oo.org/ agora vai ganhar mais força? lá se falava de LGPLv3 + CDDL. Algumas pessoas já estão utilizando esta versão.