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A multiplicidade de distribuições prejudica a adoção do software livre?

Acredito que haja uma série de razões válidas para qualquer interessado – brasileiro ou não – criar uma nova distribuição quando quiser. Só que muitas vezes a idéia de uma “nova distribuição” é apresentada como se o principal diferencial dela fosse o fato de ser nova ou criada localmente, empregando mal argumentos (muitas vezes circulares) relacionados a adaptabilidade, internacionalização, inovação, independência tecnológica ou fomento à pesquisa, que se aplicariam igualmente a grande quantidade das distribuições previamente existentes. Aí, prejudicial ou não ao contexto geral, ela não agrega valor real a ninguém que não esteja envolvido em sua criação, não desenvolve seu próprio potencial, e não necessariamente é a solução ideal nem mesmo para seu autor..

Neste sentido, o Gustavo Tondello enviou uma contribuição:

“”Duas questões intermináveis no mundo do software livre são: (1) será que o modelo de software livre conseguirá um dia substituir o modelo de software proprietário — principalmente na área de sistemas operacionais? e (2) deveria mesmo haver tantas distribuições de Linux?

Recentemente, encontrei um artigo que me pareceu unir as duas questões. Na verdade, o artigo é um pouco antigo, mas achei que valia a pena apresentá-lo novamente, porque já pode estar um pouco esquecido e também porque, nas referências a ele que encontrei em português, sempre se focou mais em outros aspectos, não neste.””

Enviado por Gustavo Tondello (gustavoΘtondello·com) – referência (blog.tondello.com).


• Publicado por Augusto Campos em 2009-02-27

Comentários dos leitores

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    Jackson (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 11:53 am

    Como disse dias atrás o colunista Klaus do Profissionais TI: é melhor ter opções de escolha do que um monopólio.

    Este foi o comentário, que acatei imediatamente, quando falei sobre a quantidade de navegadores de internet existentes no mercado – http://www.profissionaisti.com.br/2009/02/curiosidade-quantos-navegadores-de-internet-existem-atualmente/

    Abraço!

    r. (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 12:14 pm

    não prejudica e é benéfico.

    Marcelo (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 12:27 pm

    Para quem se interessar por ler o paper:

    http://opensource.mit.edu/papers/masanellghemawat.pdf

    Vinicius (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 12:48 pm

    Não sei se prejudica a adoação mas certamente não agrega valor. A grande maioria das distribuições não tem nada de novo que justifique a sua existência.

    http://trilux.org/img/teletubbies.jpg
    De novo! Este assunto

    Você acha que já se esgotou? Me parece que não, e que o paper dos pesquisadores de fato pode agregar à discussão.

    Phantom X (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 1:04 pm

    Não. Quanto aos drivers e tal, é a velha questão de que se fossem numa licença compatível, estariam incluídos no kernel, logo, ninguém precisaria pensar nisso, mas aí é outra história…

    Gilzamir (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 1:22 pm

    “Há uma coisa, entretanto, que parece certa a curto prazo: se houvesse pelo menos uma padronização maior das distribuições, de forma que os aplicativos, drivers, configurações, etc. feitos em uma funcionassem sem grandes problemas na outra, a comunidade só teria a ganhar”.

    Eu já falava isso em 2004, uns quatro anos após começar a utilizar isso. Quem tiver interessado, está o artigo que escrevi na época: http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Ser-livre-mas-manter-padroes.

    Nada formal, apenas um relatório de experiência.

    Boa Leitura.

    Marco Antonio (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 1:33 pm

    Para servidores não existe nenhum problema em existir um grande número de distribuições já que técnicos especializados farão a configuração.
    O problema é no desktop, em que o usuário final, entenda usuário leigo cuja ocupação principal não é ser técnico de informática, não percebe cada distribuição como um sistema operacional. Pra ele é tudo Linux, e quando ele utiliza uma distribuição que não o atende, é o Linux que não atendeu. Por isso torço para que alguma distribuição se destaque no desktop se tornando “sinônimo de Linux” para usuários finais.

    Athila (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 1:51 pm

    Na verdade eu nao vejo problema em ter uma variedade de distribuicoes, mas eu tambem concordo com o Marco Antonio. Acredito que isso gera um certo “problema” para o desktop.

    Daniel (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 2:10 pm

    Penso que a quantidade de distribuições é bem ruim, por conta da despadronização. Exemplos práticos: O OpenSuse tem uma ferramenta de configuração de rede, o Fedora tem outro e o Ubuntu tem outro. Resultado, eu não consegui fazer funcionar o mesmo adaptador Wi-Fi no Fedora usando o Ndiswrapper, sendo que no OpenSuse, só funcionava pelo o driver build-in do kernel e no Ubuntu as coisas fluiram com mais facilidade. Mas por está enjoado de procurar soluções em baixo nível, eu optei em ficar mesmo com Ubuntu e ter menos dor de cabeça. A falta de um padrão já assusta um usuário com certa experiência como eu, imagine quando é um iniciante no mundo Linux.

    Quanto mais melhor. Desktop ? O povo não quer Linux no desktop, não adianta. Portanto, devemos fazer para nós mesmos !!!e se alguem gostar e quiser usar, esteja a vontade…

    Gustavo Lopes (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 2:29 pm

    Bom, a multiplicidade não faz mal. Mas o que temos hoje é bem mais do que multiplicidade… talvez potenciação, sei lá.

    Gustavo Tondello (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 3:20 pm

    Marcelo: obrigado pelo link do paper. Eu havia encontrado o resumo, mas, por incrível que pareça, não tinha encontrado o paper completo, que vou ler para ver se tem mais informações.

    Jackson: eu também penso que é melhor ter opções. No entanto, no artigo, os pesquisadores afirmam que o seu modelo deixou em dúvida se é melhor ter a competição Linux/Windows ou só Windows. Eu acho muito difícil que um monopólio do Windows seja melhor, porém, considero que um artigo de uma pesquisa formal feito em Harvard com uma conclusão diferente deve pelo menos nos fazer pensar…

    Muitos disseram que não prejudica; o que me chamou a atenção no artigo foi justamente os pesquisadores concluiram que isto pode prejudicar, sim. Não estou dizendo que concordo, mas, de novo, penso que uma pesquisa desta possa no mínimo nos fazer pensar.

    Talvez o que prejudique não seja a existência das distribuições em si, mas a falta de padrão entre elas que cria as dificuldades. Por isso deixei no meu post a pergunta: se muito já se publicou sobre a importância de haver certa padronização, por que até agora não há? O que dificulta?

    Athila (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 3:28 pm

    Esse comentario do Marcelo Ulianov pra mim nao faz sentido nenhum.
    – Desktop? O povo não quer Linux no desktop, não adianta.

    Depende do que voce chama de povo. Se fosse verdade o tremendo esforco dos ambientes graficos em fazer desktops modernos deveriam ter parado ha muito tempo entao.

    Monge (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 4:06 pm

    Multiplicidade é benéfica, pois permite liberdade de experimentação, de exploração de possibilidades. Embora as Engenharias (inclusive de Software) sejam baseadas em Ciências Exatas, o processo de construção de soluções para um dado problema não é exato. Sempre haverá múltiplas possibilidades de soluções para um dado problema, cada uma delas com suas vantagens e desvantagens.

    O problema é que a multiplicidade de alternativas confunde o usuário. Quem procura uma solução para um problema nem sempre deseja (ou pode) comparar as várias alternativas para fazer sua escolha. Comparar alternativas significa custo (de tempo, pelo menos), e muitas vezes há o risco de fazer a escolha errada. Em alguns casos, esse risco significa apenas o custo (de tempo, pelo menos) de desinstalar aquele software para instalar outro (e outro, e outro, e outro…), mas muitas vezes, esse risco implica em perda de dados, pela dificuldade de migrar de uma base para outra, ou interrupção de serviço, etc. É por isso que o monopólio é tão confortável. A imagem da grande empresa passa uma sensação (ainda que falsa) que você está protegido, que tomou a decisão certa.

    A aderência a padrões abertos, portanto, é fundamental para a redução do risco. Por que ninguém discute sobre a multiplicidade de marcas e modelos de TVs, nem de automóveis? – porque é irrelevante! – não importa qual TV você compre, todas elas funcionarão perfeitamente com os demais aparelhos de sua casa, independente de suas diferenças tecnológicas internas; do mesmo modo, os automóveis.

    A incompatibilidade entre sistemas semelhantes (ou seja, sistemas com propósitos semelhantes) é o grande problema. O Linux domina os servidores porque servidores são mantidos por especialistas, que têm a capacidade técnica de avaliar alternativas, fazer escolhas, e assim aproveitar ao máximo as vantagens dessas escolhas. O Linux não é aceito nos desktops porque o usuário de desktops não tem tal capacidade, e não pode arcar com os riscos de fazer a escolha errada.

    Tarcísio (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 4:08 pm

    Acho que atrapalha sim, aliás, esta é uma das vantagens do Windows, quando um usuário comum faz um treinamento nessa plataforma, será capaz de usar qualquer micro que tenha o Windows instalado (pelo menos até a versão XP), pois já conhece o ambiente do sistema e suas ferramentas, que serão os mesmos em qualquer máquina. Já para o Linux existem diversas distribuições, com suas particularidades, além de vários ambientes gráficos (KDE, Gnome etc.). Um usuário treinado no Ubuntu (Gnome) não estará apto para usar plenamente o OpenSuse (KDE) por exemplo, a menos que seja um usuário experiente e consiga aprender sozinho.

    Não devemos esquecer que para um usuário comum o sistema operacional é um “meio” de executar seus programas, não o “fim” (no sentido de finalidade, claro).

    L.U. (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 4:18 pm

    OOOOOOOOOOOO sempre mais do mesmooooo

    Não era isso que vc queria ouvir? ;)

    Jackson (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 4:31 pm

    Bom, tratando-se da padronização das distros, concordo plenamente que a multiplicidade é ruim, pelo fato da trabalheira para fazer as coisas funcionar.

    Agora tratando-se de um usuário final, creio que há muito “terrorismo” para a utilização do linux. Digo isso pq postei dias atrás um vídeo do ZDNet (http://www.profissionaisti.com.br/2009/02/video-trata-se-de-windows-7-ou-kde-4/) onde eles apresntaram ao povo um notebook com Compiz instalado como se fosse o W7, e as pessoas nem notaram nada e ainda por cima elogiaram o “novo windows seven”.

    Claro que, não sei da veracidade das informações (creio que vindas do ZDNet são confiáveis), mas esta aí uma prova de que se não tivesse gente falando “mal” do linux, quem sabe as distros não reinavam absolutas no mercado assim como o windows (isso contando se houvesse a devida padronização, claro).

    Abraço

    Luis (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 4:52 pm

    Atrapalha a adoção sim tem que ser muito fanático pra discordar. Canso de ver newsbies perdidos em instalacoes de pacotes, drivers e procurando programas.

    Agora se é bom pro heavy user? pode ser. Mas o que é bom pro heavy user quase sempre é péssimo pro leigo. Parem pra pensar na otica de quem não entende muito de informatica. De um lado sistemas padronizados que simplesmente funcionam do outro um ecosistema de variantes e complexidade que afugenta muitos usuarios até experientes.

    Não sou contra a multiciplidade de distribuições mas não há como negar que ela afeta sim todo processo de adoção. Informática sempre foi padronização, se você vai contra a isso o padrão morre ou segue tocado por entusiastas.

    VSMoraes (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 5:15 pm

    Acredito que a multiplicidade não prejudica o Linux ou sua comunidade diretamente, talvez prejudique no que se trata de padrões.

    Acredito, também, que haja um conflito de conceitos.

    Um usuário “leigo” mal sabe o que é um sistema operacional, sendo assim, o que meterem pra ele usar, ele vai usar a partir do momento que exista sua ferramenta de trabalho.
    Penso que quase nenhum (ou nenhum?) usuário “leigo” instale/configure seu próprio sistema, geralmente existe um primo, tio, tia, irmão que o faça.

    [..]quando um usuário comum faz um treinamento nessa plataforma, será capaz de usar qualquer micro que tenha o Windows instalado (pelo menos até a versão XP), pois já conhece o ambiente do sistema e suas ferramentas, que serão os mesmos em qualquer máquina. Já para o Linux existem diversas distribuições, com suas particularidades, além de vários ambientes gráficos (KDE, Gnome etc.). Um usuário treinado no Ubuntu (Gnome) não estará apto para usar plenamente o OpenSuse (KDE) por exemplo, a menos que seja um usuário experiente e consiga aprender sozinho.[...]

    Todos os treinamentos para Linux que tenho conhecimento são voltados à linha de comando (me corrijam se estiver errado). Neste caso o Gerenciador de Janelas utilizado não passa de uma ferramenta (auxiliar) gráfica. Sou um exemplo disso. Em 98 fiz o curso de certificação da Conectiva, 97% do curso era voltado para a linha de comando.
    Ou seja, desde que o usuário leigo pegue o PC configurado, ele não vai ter problemas para usar.

    Eu acho que como tudo na vida o melhor caminho é o do meio, nem a padronização excessiva do windows (ou MacOS X) e nem uma profusão exagerada de remasterizações que se dizem distribuições.

    O linux não é e nem nunca vai ser tão excessivamente padronizado comoum windows ou mac. Faz parte da liberdade ter o direito de escolha e liberdade traz sempre algum trabalho adicional.

    Se houvesse uma única distribuição linux o sistema estaria na mesma situação do openbsd por exemplo, que é muito bom para uma finalidade mas ruim para outras como desktop, ou como o slackware (que não é das mais amigáveis para uso em desktops). O processo evolucionário do linux criou “mutações” que se adaptaram nos mais diversos nichos e por isso mesmo falamos de linux em desktops de pessoas leigas, algo que quase não é cogitado nos BSDs e Unices.

    A própria popularidade das distribuições mais voltadas para desktops vai selecionando as mais importantes e as outras tendem a sumir ou ficarem abandonadas em algum ponto do tempo.

    No entanto sou contra as pseudo-distribuições que nada mais são do que remasterizações de outras e no entanto são “vendidas” como distribuições. É o caso típico das distribuições linux feitas por fabricantes de computadores brasileiros. O usuário leigo fica sem um suporte adequado, sem atualizações importantes e acaba desistindo do linux por ignorância.

    Para uma distribuição ser considerada uma distribuição verdadeira tem que ter algum grau de desenvolvimento próprio de pacotes e/ou instaladores e/ou programas de configuração. Muitas distribuições começaram como meras remasterizações e depois foram trilhando caminhos independentes e realmente podendo ser chamadas de distribuições.

    Como a padronização total é impossível no linux, acho que poderiam existir alguns projetos que tentassem minimizar as diferenças entre as distribuições, como programas de configuração do sistema multi-distribuição (como o webmin p.ex.), de instalação de pacotes multi-distribuição (como o smart p.ex.), etc. Ou seja, seriam programas wrapper, que apresentariam para o usuário uma interface padronizada e independente de distribuição e que se adequasse a cada sistema.

    Sou totalmente contra a existência de uma única distribuição. Isso seria monopólio com código aberto. Pra que serviria o código fonte aberto? E a liberdade do desenvolvedor? Não vamos pesar somente como usuários.

    Tem de haver uma padronização dos nomes de pacotes e diretórios, assim facilitaria o desenvolvimento de aplicativos. O que o Linux precisa é de um “W3C” para fazer leves padronizações sem infringir na liberdade de alguém.

    A principal vantagem do software livre é a liberdade.

    devnull (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 11:01 pm

    Padronização entre as distros não tem o mínimo sentido – se é para as distros serem mais parecidas (e menos inovadoras) do que já são, então não precisa de tanta distro mesmo…

    Na verdade, o mercado já escolheu as distro campeãs (RH, SuSE, Debian, Ubuntu) e distros que tem 3 usuários não tem a mínima importância, tirando para alguns caras loucos (claro).

    Perder tempo criando novas distros hoje é queimar recursos – o melhor é usar o esforço para melhorar as que já existem. Mas egos grandiosos geralmente não permitem tanta praticidade.

    sansimon (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 11:33 pm

    Não vejo nenhum problema com a multiplicidade de distribuições.
    O Gnu/Linux nunca será padronizado. Pelo contrário, acho que existe é um excesso de padronização.

    xspdf (usuário não registrado) em 27/02/2009 às 11:44 pm

    Eu não entendo de que “padrão” tanto se fala…

    Quando um empacotador de uma distro empacota um pacote, ele mantém o pacote quase original (ou deveria fazê-lo a menos que estritamente necessário), ou seja, as coisas já ficam “padrão” naturalmente. O mesmo programa é o mesmo programa em qualquer distribuição. Eu encontro o vim em /usr/bin/vim no Debian, no Fedora, no Slackware ou seja onde for.

    Por que isso? Porque quando o cara roda “make install”, que define os diretórios de destino é o próprio Makefile do programa, que não foi feito pela distribuição, e sim pelo autor do programa.

    É claro que o cara que está empacotando para a distro pode patchear o Makefile e mudar isso, mas se ele está fazendo isso sem um bom motivo, o culpado na história é ele.

    Agora, que outra padronização poderia haver?

    Formato de pacotes binários? Mas aí vai padronizar qual? RPM? O LSB já tentou fazer e não gostaram justamente por isso. E no final, qual praticidade isso trás? A maioria dos softwares livres já estão disponíveis nos repositórios “nativos” da distribuição, e softwares proprietários para Linux geralmente vem em tarballs .tar.gz ou em instaladores, que já são independentes de distro.

    Padronizar nomes de pacotes? Mas tem tanta diferença assim nos nomes? Xorg é xorg em qualquer distro. Vim é vim em qualquer distro. Por que não continuar dando os nomes dos programas aos pacotes e pronto? Acho que está bom desta forma.

    A única coisa que eu vejo que não é tão padronizada entre as distribuições é o sistema de init. Mas aí vai dar outra briga se for padronizar. Imagina forçar o Slackware a usar o init do Ubuntu? Vão dizer que é lento e complicado demais. Imagina forçar o Ubuntu a usar o init do Slackware? Vão dizer que é simples demais e pouco flexível.

    Como os desenvolvedores de cada pacote individual não têm (nem precisam ter, obviamente) compromisso nem com a organização padrão de diretórios proposta pelo LSB, nem com a organização de diretórios adotada por cada uma das distribuições, é sim o comportamento esperado (de quem empacota para distribuir) alterar os diretórios de destino e os arquivos de configuração para refletir a organização de diretórios adotada, sempre que necessário.

    xspdf (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 12:09 am

    Por exemplo?

    bebeto_maya (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 1:35 am

    Sim. É anarquia pura. Alguns desenvolvedores modificam a estrutura das distros de tal modo que nem o kernel pode ser chamado mais de Linux, Gobo Linux faz isso, mas pelo menos fazem direito…A quantidade de desktops péssimos mesclados a bons ambientes, formam um concreto onde torna-se impossível discernir o que é bom, especialmente para o usuário final. Ou seja, para o sujeito que senta e usa, é um péssimo negócio bater de frente com uma distro fundo de quintal, achando que aquilo lá é o “Linux” ipsu facto. É muita fragentação, principalmente devido ao fato de que temos 1% do mercado e 200 opções para uma percentagem tão diminuta.

    este assunto é um tanto quanto explosivo,realmente se torna complexo de discuti-lo.apesar de eu ter uma opção formada a respeito ultimamente acabo deixando ela um pouco de lado que muitas vezes recebemos só criticas destrutivas.mas vou expor alguns pontos de minha idéia.
    acho que há dois pontos distintos sendo discutidos,o extremismo de qualquer lado gera problema.como citou sabiamente o amigo Manoel Pinho tem uma moderação nesse ponto,os dois lados tem seus respectivos acertos e erros,o correto é tentar driblar eles seguindo um caminho não prejudicial que pode englobar o lado bom de cada um.

    o que ocorre no caso de muitas distribuições é que usuários novos ficam perdidos com a quantidade de sistemas que eles não imaginavam existir e isso os confunde.mas o que eu digo que se pode buscar um meio termo quer ver como no windows há softwares com muitas variantes opensource e não causa transtorno? emule,um software opensource que tem diversos variantes do projeto original,porque estes não confundem o usuário? pois simplesmente ele é tratado diferentemente no nome,eles não são referenciados como mais um novo cliente P2P mas como um “mod” uma modificação do original emule.quem sabe a solução está por ai,quem sabe conscientizar as distribuições que praticamente são criadas modificando pouca coisa e mantando o sistema quase todo original ser chamada de modificação ou algo do gênero tentar uma solução menos problemática pra isso

    sobre o problema da diversidade de pacotes isso poderia ser solucionado com um software de controle adicional,que em conjunto com o gerenciador de pacotes original do sistema irá pegar pacotes criados para serem multi-distro e “transformar” no respectivo arquivo padrão da distribuição.o sistema como todo funciona normalmente porem com o mesmo pacote seria possível instalar em qualquer distribuição sem modificar o sistema original de pacotes da distribuição

    posso estar errado em algum ponto nessa minha idéia não nego, certamente algo estarei mas peço aos demais colegas aqui do br-linux que compreendam que meu único objetivo aqui foi expor meu ponto de vista mas não pretendo continuar a discussão deste meu comentário.grato a compreensão de todos

    Grobsch (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 7:08 am

    Nessa discussão toda o único ponto interessante é o tal padrão, porque para definir um padrão muitos terão que abrir mão de idéias proprias e utilizar algo idealizado por terceiros. Jamais vai existir uma entidade com autonomia e conceito para implementar um padrão as distribuições, até porque as comunidades não querem.

    O padrão é ter suporte aos pacotes rpm, e não usar rpm, então continuamos tendo uns 355 tipos diferentes de pacotes.

    Eu sigo um padrão, a ordem é simples, em primeiro lugar vem o que eu quero e gosto, depois ouço usuários e comunidade, e sempre me mantenho perto do Slackware e Slax, as duas melhores bases. Simples assim.

    A variedade de distribuições só ajuda os aplicativos. Quantos vocês acham que baixam aplicativos se comparados aos que baixam distribuições?

    É, os pacotes para o GoboLinux são o exemplo quintessencial. Mas qualquer pacote que use mal (ou deixe de usar) estruturas como /opt, /srv, ou diferencie mal o /bin, /usr/bin e /usr/local/bin (ou /lib, /usr/lib, /usr/local/lib), ou que precise ser adaptado a subdiretórios específicos criados pelo distribuidor no /etc ou no diretório de logs, ou que assuma um padrão de nomes de arquivos de logs ou de configurações diferentes do adotado pelo distribuidor é candidato a passar pelo mesmo bem-vindo processo de adaptação.

    É natural que os desenvolvedores dos softwares não tenham que se comprometer com nenhuma estruturação de diretórios. Muitos dos projetos melhor estruturados seguem padrões genéricos, mas mesmo esses podem precisar de adaptação.

    Elcides (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 12:19 pm

    Há algum tempo atrás queria muito usar linux no meu pc, testei várias distro, mas tive a dificuldade de instalar o drive da minha placa de vídeo pois as distro não incorporaram o mesmo por se tratar de uma nvidia. Além disso tive a dificuldade de configurar minha net wi-fi principalmente o pppoe. Por enquanto vou de xp.

    Elcides (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 12:24 pm

    Quero muito usar linux, testei varias distro e tive dificuldade com drive da placa de video e configuraração wi-fi principalmente pppoe. Por enquanto vou de xp.

    Victor (usuário não registrado) em 28/02/2009 às 2:49 pm

    Quando comecei achei complexo demais tantas distros, mas comecei a ler a opinião de diversas pessoas sobre o assunto e acabei tomando uma decisão. Troquei de distro umas 6 vezes e agora estou pensando em testar algumas outras, no fundo acho que qualquer distro das mais populares podem satisfazer o usuáro final. Um prefere rpm outro deb, um gnome outro kde e ainda outro xfce, ou um *box. No fim o melhor mesmo é ir instalando distros como um louco até que você perceba que não pode mais viver sem aquela característica específica de uma. Daí você achou a melhor para você.

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