Ubuntu não trará mais o Gimp na sua instalação default
Concordo com a análise do ars technica: a decisão de remover da instalação default uma ferramenta profissional que acabava sendo exposta como a ferramenta disponível para a usuários que só queriam fazer um rotate e um crop é madura e coerente com a intenção de fazer uma instalação default voltada às necessidades do mítico “usuário final”.
Pessoalmente não aprecio – o Gimp me fará falta, mesmo para os momentos em que só quero fazer um crop e um rotate. Felizmente é fácil de reverter – basta acrescentar uns 5 ou 6 caracteres ao meu script de pós-instalação. Também não simpatizei com a escolha de programa que vai servir como substituto na instalação default, quero acompanhar com atenção se a decisão será mantida na íntegra. Detalhes descritos ricamente no post do OSNews. (via lwn.net)
Saiba mais (osnews.com).
Não vejo problema com isso, vai sair da default mas basta um apt-get na primeira vez que sentir necessidade do programa e não encontrar ele.
Até que enfim a Canonical chegou a esta conclusão. O GIMP sem dúvida nenhuma é um aplicativo muito poderoso, mas também é muito complicado para o usuário doméstico e casual. Mas o verdadeiro problema é : “Quais são as alternativas” ? F-Spot ? Don’t make me laugh… Gpaint ?…even worst…
@Benjamim
TuxPaint, simples e suficiente.
Achei a análise do Ars bem interessante mesmo, o problema que não mencionam o substituto.
Problema maior que o substituto depende daquele famigerado ambiente do Icaza.
Aprovo remover o Gimp, eu quase nunca o uso. Resta saber o que vem no lugar.
Boa decisão.
Aprovo, nunca fui fã do gimp e a primeira coisa que eu fazia era removê-lo após a instalação.
Os mais sudosistas ficarão entristecidos, afinal, o GIMP é um dos únicos softwares que estão em, virtualmente, todas as distribuições Linux disponíveis desde o seu lançamento.
Entendo e dou razão à Canonical pela decisão de retirar o GIMP do Ubuntu, mas não aprovo a decisão de usar o F-Spot como substituto. Isso causará uma dependência cada vez maior ao Mono, trazendo com ele todos aqueles problemas que nós já conhecemos. Por outro lado, não há alternativas em outras linguagens.
Só pra constar: sou usuário hobbyista do GIMP e ele me faria falta no caso de ter que usar um Live CD.
O Krita seria uma boa alternativa (muito melhor que o F-Spot), mas o pessoal do Ubuntu tem preconceito com aplicações KDE.
Patola,
Se eles tem preconceito eu não sei. Mas um dos motivos de tirarem o Gimp é o espaço ocupado. Substituir então por algo que depende de muitos pacotes KDE não faria sentido algum.
Agora eles tem mais espaço pra por outras coisas no livecd :D
Uso Xubuntu e apoio a ideia. Tomara que ele deixe de vir no Xubuntu também. Não uso prá nada, desinstalo em seguida. Interface complicada, recursos demais… isso acaba atrapalhando, ao invés de ajudar.
Por outro lado, Krita e TuxPaint são KDE, como já disseram aqui. Não faz sentido colocá-los numa distro com Gnome.
Não entendi o “mítico usuário final”?
Sem o usuário final a informática não tem sentido, ela não sustenta-se por si só.
Não pensemos nós que somos a locomotiva que move o mundo, somos meio!
Mas acredito que o Gimp seria importante para quem trabalha com fotografia digital (todo mundo), acredito que o que falta para o gimp é uma interface mais simples e amigável.
Coerência com o público alvo da distribuição. Caso alguém queira, é só ir à Central de Programas do Ubuntu.
Isso tá me cheirando falta de espaço no CD.
Alexandre, de fato você não entendeu. Longe de mim pensar que “nós” (seja lá quem for este “nós”) somos a locomotiva que move o mundo da informática.
Chamo de “mítico usuário final” esta figura difusa, porque a expressão “usuário final” muitas vezes se refere a um padrão inexistente, um conjunto de usuários com características comuns que na prática não existe. Eu e você também somos usuários finais, há usuários finais do próprio Gimp, do Photoshop, e do Paint.Net, cada um com suas características. Há usuários finais do desktop GNOME, usuários finais do Bash, usuários finais com necessidades especiais de acessibilidade – todos são usuários finais, e imaginar uma figura unificada de um “usuário final” exclui as especificidades.
Não acho que dê para colocar todos no mesmo cesto – a idéia de um “usuário final” unificado para o desktop, necessariamente inapto e precisando ser ajudado em cada passo, é uma generalização baseada em um grupo que existe na realidade, mas não me parece suficiente nem apropriada para ser tratada como se fosse a única realidade existente no que tange à caracterização de usuários finais.
o post original do osnews parece metade dedicado à justificar o porque do GIMP sair e metade para fazer propaganda do paint.net, onde o autor já deixa claro que é coisa do mundo windows. agora vai começar a guerrinha do clone dele e do f-spot entre a galera do mono.
do mesmo jeito que não compensa adicionar muitos pacotes do kde, também não compensa adicionar o mono por causa dessas aplicações. mas parece que eles pensam diferente …
engraçado justificar isso falando do usuário mais “simples”. qualquer um que venha do windows para o linux vai sair procurando um photoshop da vida, pois uma grande parte dessa turma tem a marca e até o verbo “photoshopar” enfiado na cabeça até mesmo para poucas manipulações de imagens. conseguem até comprar um CD do photoshop no camelô e aplicar o crack para destravar! aí quando uma pessoa dessa chega no Linux e dá de cara com um programa bem mais simples, pode ficar aquela impressão do linux ser inferior. a gente sabe que basta um apt-get para instalar o GIMP, mas e essa turma, que nem sabe que ele existe? sudo apt-get install photoshop?
Poderiam ter cogitado um GQview, é pequeno, leve e extremamente fácil de usar…
Decisão acertada, para quem precisa realmente é facil instalar. Para a maioria fica complicado usar uma ferramenta tão profissional.
nas instalações que faço do Ubuntu para conhecidos, sempre removo o GIMP e instalo o GNUPaint. Se a Canonical gera alguma estatística do que é instalado ou removido pelos seus repositórios, a resposta para ela fica fácil ao buscar um substituto…
Tirar o Gimp, mas deixar o GCC para usuário final? Lembro de uma época que o Ubuntu vinha sem o GCC e deve ter tido críticas severas.
Já fiz algumas edições de imagem simples — estilo usuário final — com o gThumb e ele se presta bem às edições típicas de usuário final: remoção de olhos vermelhos, resize, dessaturar, rotacionar, flip etc.
Por falar nisso, para quem tem tablet (“mesa digitalizadora”, não TabletPC) e gostaria de simplesmente abrir um aplicativo, escolher pincéis e cores e desenhar e pintar — ao invés de editar bitmaps, gerenciar layers, colorspaces etc — a opção mais quente no mundo open-source no momento é:
http://mypaint.intilinux.com/
Sensacional! As tintas se misturam como se fosse de verdade…
à propósito: é engraçado ver tantos chamando Gimp e Blender de profissionais quando eles são geralmente severamente criticados por não serem como seus respectivos negativos comerciais…
Como eu ja disse a primeira coisa ao instalar o 9.10 foi ”remover mono e suas tranqueiras” o Gimp para mim faz falta principalmente na confecções dos meus papéis de parede(mais nada que um aptitude não resolva para um uso de emergêcia via c ao vivo) como costume uso knaspshot+gqview+gimp+imagemagick e usando o ubuntu passei a usar o gthumb supre muitas de minhas necessidades ja que em materia de linux estou mais acostumado com big-linux!
Anderson Freitas
Bola fora – o GIMP é o aplicativo Open Source mais conhecido de sua categoria, e isso não é a toa, são muitos anos de trabalho que deveria ser tratado com mais respeito, principalmente por pessoas que nunca contribuiram para o SL, apenas sugam (como muita gente por aí).
@foobob
Eu não sou da área gráfica, mas sempre que vejo alguém reclamando, sem queixa específica, do Blender e Gimp, parece a velha ladainha simplesmente por não querer algo diferente do que conhecem.
Aliás, pelo volume de gente eu acho que o Brasil é campeão mundial de designers profissionais. Porque o coisa pra ter “profissional” dando palpite…
Bem comum os tais profissionais dizerem que Gimp e Blender não servem pra nada.
Como respostas são postados links para campanhas profissionais que usaram Blender no processo.
Então eu, leigo em arte gráfica, me dou o direito de desconfiar que os tais profissionais devem ser os chorões de sempre, que criticam qualquer coisa que seja diferente do que trabalham.
E logo agora que o GIMP 2.8 está perto … e vai ter interface de janela única extremamente intuitiva (além de uma maior integração com a GEGL).
Eu não reclamo dessa decisão desde que eles estejam falando sobre o GIMP 2.6 apenas.
Exato. Chorões e viúvas. Mas não acho que foi falta de respeito tirarem o Gimp — ele realmente é demasiado complicado para o usuário querendo apenas tirar olhos vermelhos ou um ajuste de cores. E ocupa razoável espaço.
Mas que é politicagem colocar F-Spot no lugar, isso é. Não que não tenha seus méritos…
Outra coisa que me vem a cabeça lendo o artigo do OSNews: por que diabos Paint.NET não roda no mono? sempre correndo atrás…
Que usem bem mais o mono, o mesmo fora feito para coisas deste tipo, tô pouco me lixando para tais ações irrelevantes focadas a apenas ações de licenciamento ilógicos e irracionais, onde o absurdo governa e o caos é rei.
Sou desenvolvedor analista formado e amante da tecnologia e reconheço tanto o mono/.net quanto java como boas tecnlogias e eficientes em suas áreas, o mesmo vale para o PHP5.
Para mim assim como para muitos outros o patenteamento de software é tão irrelevante quanto decidir se irá com branco gelo ou branco, o que interessa mesmo é qualidade tecnologica e eficiencia da programação, coisa assim fornecida com tecnologias atuais como Python, Ruby, Java, PHP, mono/.net, apesar da qualidade exercida por Python o fato de sua interpretação ter alto consumo e ser visada em tabulações acaba afastando muitos usuários, Ruby podesse dizer o mesmo, ficando mais a web (graças ao Rails) ou games script, Java é uma ótima tecnologia pena ser corporativa demais para a maioria dos usuários (isso acho ótimo, boa para aplicações empresariais), PHP5 (o 4 é um lixo e deve ser esquecido) também é mais interessante como script, já o mono é o que se adequa mais ao desktop, os programas sãos menos complexos para serem criados, e a tecnologia em si é extraordinária, sinceramente a escolha fora ótima.
Apesar de gostar de C/C++ reconheço que ambas tecnlogias são complexas demais e dão possibilidades a erros demais, enão concordo com o uso do mono a nível Desktop, por mim o gnome seria todo feito para rodar com o mono.
Bem, poderiam incentivar o desenvolvimento do mtpaint, que é em minha opinião o aplicativo mais avançado que tem o mesmo nicho que o MS-Paint, mas que anda meio parado e precisa de muita coisa mesmo para ser um editor para o usuário final e acostumado ao Windows
Eu mesmo nunca tinha visto o gimp como um equivalente ao editor padrão do Windows (Paint), justamente pelo fato de ser muito complexo. Eu mesmo demorei quatro anos pra aprender a fazer um círculo no Gimp, embora adore ele e use sempre :-)
Ah sim o MyPaint é muito bom (pra não falar estupendo), mas não é exatamente um programa de edição de imagens, mas de criação, algo para artistas, e não para edições ocasionais.
Foi uma decisão sensata do ubuntu, muitos usuários não conseguem utilizar o gimp, além de existir boas alternativas para trabalhar com edições simples em fotos e imagens.
É caso o usuário precise do gimp sempre terá a sua disposição o apt-get :)
[]‘s
@Chrys, que Icaza o abençoe :-)
@VonNaturAustreVe
Usuário final não usa apt-get, usa Aplicações -> Adicionar/Remover ;)
Pra mim, o fato de não existir um simples PAINT decente para o Gnome chega a ser vergonhoso ! Alguém aqui usa o OpenOffice Draw ?! Pra mim aquilo é exatamente igual ao Impress…