Sangria: Ellison diz que Sun está perdendo US$100 milhões por mês
A Sun, participante-chave em projetos como o OpenOffice e o MySQL, após um prolongado crepúsculo aguarda há meses que se concretize a sua aquisição pela Oracle.
Enquanto isso rivais como a IBM e a HP nadam de braçada em parte da (ex-)clientela da concorrente. A Comissão Européia tem prazo até meados de janeiro para analisar “o impacto na competição gerada pela combinação dos produtos de banco de dados da Oracle e o banco de dados MySQL, da Sun, amplamente usado em sites populares”, e embora a Oracle não tenha dito ainda o que quer fazer com o MySQL, ela já disse uma coisa que não vai fazer com ele.
Segue trecho da cobertura do iG Tecnologia:
“Quanto mais se espera, mais dinheiro a Sun vai perder”, afirmou Ellison na noite de segunda-feira.
A receita da Sun tombou desde abril, quando a Oracle fez um acordo para comprar a quarta maior fabricante de servidores do mundo já que IBM e Hewlett-Packard começaram a rondar os clientes da empresa em meio a dúvidas sobre seu futuro. (via tecnologia.ig.com.br)
Saiba mais (tecnologia.ig.com.br).
Isso acontece com todas as aquisições e fusões desse porte.
Agora vai começar vários posts de carinhas babando o oracle e trucidando o MySQL…
Engraçado como esquecem que existe o PostgreSQL, que é livre e poderoso.
quando o mysql suportar todos os tipos de particionamento de tabela que o oracle suporta (uma ferramenta essencial para tunar aplicação), tiver implementado decentemente os “avançados” recursos de stored procedures e foreign keys, tiver uma arquitetura decente de cluster e aguentar dezenas de milhares de conexões simultâneas ->escrevendo<- no banco (veja que, embora o postgres esteja mais perto disso, alguns desses requisitos básicos também não são atingidos), a gente para de trucidar ;)
até lá, nem o mysql, nem o postgres estão na mesma liga do oracle, db2 ou teradata (embora estejam um nível acima do sql server :P).
@Dstolf,
por que, na sua opinião, o Google utiliza MySql, e não Oracle?
@Adriano
Cadê as citações? O Google usa somente MySQL?
O MySQL serve muito bem para algumas aplicações web (caso não tenha notado, é o foco do Google), principalmente de publicação, cuja principal atividade é consulta, não escrita.
Serve ara o Br-Linux, para o Blogger, para o WordPress… talvez até para o Orkut, embora deva dizer que não apostaria dinheiro nisso (é possível armazenas imagens dentro do banco no MySQL?).
Agora vou reverter a sua pergunta: se a o MySQL é tão bom, por que empresas de telefonia e instituições financeiras não usam? Como manter a regra de negócio sem foreign keys em bancos com mais de 20TB, acessados por dezenas de milhares de sessões simultâneas? Como otimizar o banco de dados para que ele não fique completamente inacessível com o aumento do volume tendo à sua disposição apenas particionamento por lista (e nem vou falar de índices particionados e globais)?
Voltando às sessões simultâneas, como o MySQL gerenciaria 20k sessões sem uma arquitetura de cluster decente? Imagino que o Google deva segmentar os dados fisicamente entre vários bancos, de maneira que a arquitetura fique próxima ao “shard nothing” do DB2, mas quantas empresas são capazes de desenvolver essa tecnologia in-house?
O MySQL não é ruim para bancos pequenos cujas operações são majoritariamente consulta… mas ele simplesmente não escala porque lhe falta ferraments essenciais para isso. Devo notar aqui que, embora o MySQL seja bom o suficiente para esse tipo de atividade, ele ainda assim não é melhor que o Oracle, mas aí é questão de avaliar a relacão custo-benefício.
Justamente por esse motivo não compete no mesmo mercado do Oracle, o que torna as preocupações da UE ridículas.
“Justamente por esse motivo não compete no mesmo mercado do Oracle, o que torna as preocupações da UE ridículas.”
Exato, são mercados distintos, a interseção é muito pequena.
O mesmo acontece com o Sybase Enterprise x Sybase Anywhere, que apesar dos nomes, são bancos distintos. Nem o SQL deles é igual e os dois se viram muito bem.
> por que empresas de telefonia e instituições financeiras não usam?
Corrupção. Software Livre não vai dar viagens e presentes para os gerentes que “facilitam” a negociação, mas a Oracle dá.
Acho engraçado que vocês babam o Oracle, mas não comentam o preço absurdo da licença…
@devnull
ai ai ai meu jesus cristinho…
cara, além de não responder qualquer um dos meus questionamentos técnicos (e não citei poucos! só para relembrar alguns: particionamento, cluster, sessões simultâneas, gerenciamento de concorrência, escalar com o volume), ainda faz um ataque gratuito a TODAS as instituições financeiras e empresas de telefonia, afirmando que NENHUMA escolha é feita tem embasamento técnico, mas sim no tamanho da propina.
isso poderia ser verdade se estivesse falando de alguma repartição pública, talvez da petrobras ou banco do brasil. mas empresas privadas… francamente.
ps. você não precisa da licença para instalar o oracle, só se quiser suporte. e não estou falando de suporte de fórum, estou falando de uma empresa que pode bancar o seu prejuízo se fizer m****.
@Dstolf
Qto aos seus questionamentos técnicos:
> Como otimizar o banco de dados para que ele não fique completamente inacessível com o aumento do volume tendo à sua disposição apenas particionamento por lista.. ?
Esse não é o único tipo de particionamento disponível no msyql não:
http://dev.mysql.com/doc/refman/5.1/en/partitioning-types.html
> Voltando às sessões simultâneas, como o MySQL gerenciaria 20k sessões sem uma arquitetura de cluster decente?
20000 sessões simultâneas?
Aqui tem a configuração pra conseguir 251000:
http://blogs.sun.com/hasham/entry/mysql_cluster_7_performance_benchmark
@Dstolf
>isso poderia ser verdade se estivesse falando de alguma repartição pública, talvez da petrobras ou banco do brasil. mas empresas privadas… francamente.
Ahh… rolam umas propinas em empresas privadas, sim.
Fora uns favorzinhos, gerente de relacionamento que vai pra zona e banca a farra pra quem compra o produto, e tal.. hehe… falo de coisas que a gente acaba acompanhando com o tempo (mesmo que apenas no papel de “peão”).
> uma empresa que pode bancar o seu prejuízo se fizer m****.
Opa, isso depende.
Um exemplo:
http://blogs.computerworld.com/london_stock_exchange_to_abandon_failed_windows_platform
Qto a microsoft pagou pelo prejuízo causado à Bolsa de Londres?
E olha só, uma instituição financeira que não optou pelo MySql… mas que também não adotou nem oracle, nem teradata, nem DB2… adotou o SqlServer, que, segundo você, está abaixo do MySql.
Qual será que foi o “embasamento técnico” para adotar o SqlServer, né?
Que mistério…
“> Voltando às sessões simultâneas, como o MySQL gerenciaria 20k sessões sem uma arquitetura de cluster decente?
20000 sessões simultâneas?
Aqui tem a configuração pra conseguir 251000″
transação bem diferente de sessão, meu caro ;)
quanto ao particionamento, vejo que o mysql finalmente implementou um negócio, reparo que fiquei um tempo sem acompanhar essa novela.
embora eu não tenha deixado de reparar que todo o esquema de particionamento é direcionado para funções de datas, o que pode induzir a graves erros na modelagem. nem tudo que pode ser particionado por data deve ser ;)
> Qual será que foi o “embasamento técnico” para adotar o SqlServer, né?
não sei qual foi o embasamento técnico, pode ter político e ou $$ (a ms ter oferecido vantagens à empresa).
com certeza foi o embasamento técnico que fez a LSE abandonar o sql server ;)
e não disse que não há propina, só que isso não é uma situação generalizada em grandes empresas como você quer insinuar.