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Relatos do primeiro dia de testes de segurança na urna eletrônica

Na terça-feira só um dos inscritos para testar a segurança das urnas chegou a completar seu plano de testes, usando a técnica de obter (com um receptor FM) as frequências correspondentes às teclas pressionadas. Os demais continuam em andamento.

O TSE tem um relato sobre este teste, e o Serpro tem mais alguns detalhes sobre o andamento, incluindo este resumão: “Ao longo desta terça, 17 hackers iniciaram a tentativa de fraudar as urnas. Até sexta-feira (13), um total de 38 “investigadores”, como são chamados pelo TSE, trabalharão nas cinco ilhas montadas na sede do tribunal, em Brasília.”

Tem planos bem mais sofisticados ainda em execução. Vamos aguardar, porque de repente surge alguma possibilidade mais prática de comprometimento (essa do radinho foi classificada como impraticável, por seu próprio autor), e a respectiva correção ou melhoria.

E ao pessoal que anda colando os mesmos comentários sobre o assunto, em todo blog que trata desta notícia, peço que se não repitam o mesmo comportamento aqui. Comentários são bem-vindos, spam de propaganda não. Se quiserem expor sua opinião com mais detalhes, usem o link de envio de notícia (com um link para seu site contendo a versão completa do seu texto), e terei prazer em analisar.

Segue trechinho do relato sobre a experiência com a captação de RF:

Terminou na tarde desta terça-feira (10) a execução do primeiro plano de teste de segurança nas urnas eletrônicas de 2010 e no sistema eletrônico de votação.

O objetivo do plano era quebrar o sigilo do voto por meio da captação da radiação eletromagnética emitida pelo teclado da urna enquanto o eleitor digita o número do candidato. No entanto, o rádio utilizado pelo especialista em Tecnologia da Informação Sérgio Freitas somente conseguiu captar essa radiação em uma distância entre cinco e dez centímetros da urna eletrônica.

“Essa distância não é significativa em relação a possibilidade de quebra do sigilo do voto. As emissões foram captadas e gravadas no teste, mas até cinco centímetros”, disse Sérgio Freitas. (via agencia.tse.gov.br)


• Publicado por Augusto Campos em 2009-11-12

Comentários dos leitores

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    Anônimo (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 10:10 am

    Quanto ao uso do rádio, imagina se alguém coloca um gravado debaixo da mesa onde fica a urna, e recolhe isto depois?

    Não encontrei no texto mas, como ele poderia diferenciar a tecla numerica digitada que é do mesmo tamanho e emitiriam a mesma quantidade de sinal?

    Lewis (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 10:42 am

    Animal esse idéia do rádio, mas não vejo muito utilidade, já que o cara não vai saber quem votou, pois apenas grava quem recebeu o voto.

    chuck (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 10:45 am

    @anônimo e pra alguem faria isso? depois os votos vão ser contados mesmo.

    @ghost man. sinais eletricos possuem eletrico. e como saber qual é qual? do mesmo geito do computador. 000110110 é diferente de 01010111

    Leão do Sul o Apolitico (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 11:06 am

    Isso impediria do voto ser trocado por um par de sapatos ou um saco de farinha ?

    Adam (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 11:08 am

    Considerando a grafia da palavra jeito escrita com a letra “g” devemos nos preocupar com os hackers, pois além de fazerem “mau” para a tecnologia, podem também “faser” “mau” para a gramática, contribuindo para o “ecelente” nível de alfabetização do povo brasileiro.

    Rafael Rossignol Felipe (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 11:13 am

    1-Coloca o aparelho que capta radiação eletromagnética colado em baixo da urna enquanto vai votar (de manhã bem cedo)
    2-Junto desse aparelho, um outro que retransmite essas informações usando outra frequencia
    3-Fica um capanga do lado da janela da sala vendo a ordem de quem vai votar (ou uma camera mesmo)
    4-outros capangas pegam o cara que recebeu uma cesta básica pra votar no candidato X e votou no Y
    5-Os outros capangas quebram os dentes do pobre infeliz

    Pronto, ta fraudado.

    chuck o teclado é analógico, e emite uma consideravel quantidade de radiação provavelmente por cada botão possuir uma grande area onde o domo de borracha condutora, completa a corrente no caso do botão ser pressionado. Apos a corrente chegar aos circuitos e ser decodificada digitalmente em binario, creio que existam trilhoes de transistors fazendo 0110001 e impossivel de identificar cada um individualmente a distancia.

    Rafael
    Isso é muito complicado, é mais facil criar uma bolsa dentadura eleitoral. ;)

    çichárpi (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 11:45 am

    Se fosse possível descobrir em quem as pessoas votam, não haveria somente ameaças físicas e venda de votos.
    Eu já vi um sujeito com um cargo mais ou menos importante em uma grande empresa se candidatar a vereador e dizer que seus subordinados eram obrigados a votar nele, que ele iria saber se a pessoa votou ou não e iria demitir quem não votasse nele.

    curioso (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 11:58 am

    Alguém sabe dizer se as teclas emitem um tom diferente para cada dígito (similar ao que ocorre com DTMF)?

    Se for assim, dá pra aumentar a distância um bocado… :-)

    João (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 12:01 pm

    @curioso,

    Não emitem tons diferentes, senão nem seria necessário usar rádio. Bastaria um gravador de áudio.

    Anônimo (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 1:53 pm

    chuck, no Brasil não duvide nada.

    Para dar certo, basta ele marcar em um relógio de pulso, a hora que ele ligou o gravador, assim daria para saber as horas minuto a minuto pelo áudio gravado. Exemplo:

    7:30 comecou a gravar, e se deu 1h de gravação o áudio, daria para saber que 30m de gravação corresponderia à 8h.

    E se houvesse outra pessoa filmando quem sai da urna, daria para saber que foi o último a votar. Depois era só sincronizar o tempo do vídeo com o audio, e pronto!

    Rafael Rossignol Felipe (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 1:59 pm

    @çichárpi acredito que nesse caso, se cada pessoa votar em um colégio diferente tem como saber.
    Não sei se estou enganado, mas da pra saber quantos votos cada um teve em cada zona. No caso do exemplo, se cada subordinado votar em uma zona diferente ele tem q ter pelo menos 1 voto em cada, ou X votos dependendo do número de votos obtidos.
    Nesse caso o cara não quer ganhar e sim fazer chantagem por prazer.

    Marcos (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 4:13 pm

    A minha preocupação é com relação a implementação de biometria para as próximas eleições (parece que já teremos testes).
    Já pensaram que OFICIALMENTE, dá pra saber quem votou em quem apenas cruzando biometria + voto + horário!
    Simples né?
    A questão é, QUEM TERÁ ACESSO A ISSO?

    Diego (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 4:16 pm

    Não é pelo som que dá para se descobrir, mas sim pela radiação eletromagnética emitida pelo pressionar das teclas.

    Já tem ums caras que dizem fazer isso até a 20 metros (se não houver muitas outras fontes de interferência: http://www.youtube.com/watch?v=Kaq9P9B2BM0

    E dá para se descobrir quem votou, basta também verificar os botões pressionados pelo fiscal de sala quando digita o título do eleitor para liberar a urna.

    Gondim (usuário não registrado) em 12/11/2009 às 8:49 pm

    Se não houver relação entre a pessoa que está votando com o voto, acredito ser muito pouco provável fazer a associação. Vejo que o importante é registrar que a pessoa votou bastando na base de títulos estar lá setado 0 ou 1 onde 0 não votou e 1 votou. Não teria vínculo com a base onde estariam os candidatos e seus votos computados. Agora se existir algum vínculo entre o título de eleitor com o voto aí tá pedindo mesmo para identificar quem votou em quem. :( Uma forma também seria através de alguma análise de sequência na gravação se em cada gravação tanto de votos quanto de quem está votando houver algum ID seqüencial também daria para associar quem votou em quem. :)

    O cara usou aquele radinho ali da foto do link (tse)? Quem, parece ser um daqueles rádios made em china, que mal consegue sintonizar uma rádio regular em particular (‘pega’ todas misturados).
    Se tivesse usando o rádio que ilustra essa noticia(?), as chances de obter um resultado positivo seriam bem maiores.
    Deveria ter usando um rádio receptor como Icom RC-9500, ou pelo menos algo como um yaesu VR-120 ou VR-500.
    Mas, isso me leva a um questionamento, a urna passou por algum teste de emissão eletromagnética? Aparelhos eletrônicos, precisam ser submetidos a testes desses para obter aprovação da ANATEL (cabide) ou da FCC (um pouco mais séria).
    Pesquisem por tempest ali no google.

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