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Provedores britânicos dizem que tentar deter a pirataria pode ser mais caro que ignorá-la

Trecho inicial da matéria no iG Tecnologia:

Os provedores britânicos estão alegando que terão mais prejuízo com combate à pirataria do que têm hoje as gravadoras. O prejuízo, segundo eles, será de quase o dobro das supostas perdas da indústria fonográfica, caso mecanismos anti-pirataria sejam implementados.

Desde que compartilhar arquivos via internet ficou simples, a indústria do entretenimento trava uma batalha sem fim contra a pirataria. Segundo a BPI, maior conglomerado da indústria fonográfica britânica, houve em 2008 uma perda de 180 milhões de euros, e em 2009 serão 200 milhões. Com base nesses números a BPI reivindica ações do governo, que tem analisado utilizar o modelo Three Strikes Law no combate à pirataria, suspendendo o acesso à internet de quem infringe direitos autorais por três vezes.

Mas agora quem se manifesta – e em posição contrária – são os provedores de internet. Segundo o site Ars Technica, os provedores britânicos são contra as leis anti-pirataria, pois elas acarretarão um prejuízo de 1 milhão de euros por dia, entre perda de clientes e custos de infraestrutura. Dessa forma, terão um prejuízo de cerca de 365 milhões de euros, quase o dobro do que tem hoje a indústria fonográfica britânica. (via tecnologia.ig.com.br)


• Publicado por Augusto Campos em 2009-10-02

Comentários dos leitores

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    Igor Cavalcante (usuário não registrado) em 2/10/2009 às 3:22 pm

    Bem seria interessante se estes provedores se afiliassem no partido pirata ;)
    A sorte está lançada.

    rev. Beraldo (usuário não registrado) em 2/10/2009 às 3:39 pm

    Ora, basta que os provedores se recusem a seguir as leis. Duvido que o governo britânico teria a coragem de fechar os provedores e deixar a população sem acesso à Internet…

    E, talvez, fazer as coisas pelas próprias mãos seja mais inteligente que se filiar ao partido pirata, como disse o Igor Cavalcante acima. Entendo o motivo, mas acho mais nobre quando as coisas são espontâneas e não políticas.

    Weber Jr . (usuário não registrado) em 2/10/2009 às 3:57 pm

    “basta que os provedores se recusem a seguir as leis. ”

    A coisa não é bem assim. Aqui no Brasil até pode ser, porque todo mundo sabe que a lei se cumpre mesmo é pra quem não tem dinheiro.

    O que pode ser interessante é que os provedores tem como buscar números concretos, bem embasados de quanto a vigilância vai custar. Preço de equipamentos, horas de uso, homem/hora…

    Podem levar relatórios com dados reais para reinvindicar ao governo.

    Já a indústria fonográfica trabalha muito em cima de estimativas, que por vezes vem com números no mínimo “estranhos”.

    No fim, o que vale mesmo é o velho lobby, força para influenciar.

    Renan (usuário não registrado) em 2/10/2009 às 4:07 pm

    As gravadoras calculam seus prejuízos baseadas na velha e furada ideia de que todo mundo que baixa, deixou de comprar.

    Acho mais fácil porcos caindo do céu do que elas darem o braço a torcer.

    Borges (usuário não registrado) em 2/10/2009 às 4:20 pm

    Mais Bahh Tech descobriram o Brasil.

    kristiang (usuário não registrado) em 2/10/2009 às 5:10 pm

    A solucao e simples, os provedores compram as gravadoras e liberam a pirataria na rede, huahuahua

    Filipe Saraiva (usuário não registrado) em 2/10/2009 às 5:38 pm

    Taí um argumento que eles poderão dar atenção agora.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 2/10/2009 às 6:59 pm

    “As gravadoras calculam seus prejuízos baseadas na velha e furada ideia de que todo mundo que baixa, deixou de comprar.”

    E na mais furada ainda: “todo mundo que deixar de baixar, vai comprar”.

    Não é só a pirataria, combater o tráfico de drogas também sai mais caro, combater o contrabando idem. O mundo está virando uma terra sem leis.

    Bremm (usuário não registrado) em 3/10/2009 às 6:15 am

    Acabar com a “pirataria” é fácil: mude o modelo de negócios.

    Atualmente, muitos músicos iniciantes liberam versões de demonstração de suas músicas na Internet, e caso o pessoal goste, acaba indo aos espetáculos, que é onde o músico realmente pode “enfiar a faca” (no bom sentido). O problema com as gravadoras é o oligopólio formado há décadas…

    Os norte-americanos (entenda-se por GMC e Ford) hoje estão quebrados porque os japoneses (Mazda, Toyota, Mitsubishi e Honda) entraram lá “pedalando” as indústrias locais e oferecendo melhores automóveis por um custo competitivo (mas sem o chamado “dumping”). O que vemos hoje é o resultado da estagnação do modelo de negócios criado pelo oligopólio da indústria automotiva dos EUA.

    Voltando ao tópico, tenho mais um exemplo: o filme “Mongol”, que teve uma rápida aparição nos cinemas brasileiros. O disco ainda não foi lançado no Brasil, mas importado pela Livraria Cultura, sai por R$175,00 (bluray). Na Amazon. cerca de US$10,00 (bluray também). E na Ozon (russa), por RUB1100,00 (cerca de R$70,00 o bluray).

    É por estas e por outras razões que a pirataria no Brasil e na Federação Russa é desenfreada, e nos EUA, não.

    (Quando fui postar esse comentário o br-linux estava “fora do ar” cerca 5:00 da madrugada)

    Em minha opinião hoje em dia o maior empencilho com relação à música é que: faz sucesso só quem é bom. Ganha dinheiro só quem tem talento, sabe fazer música. Original e inteligente, com um “que” a mais.

    Embora boa parte dos artistas que eu gosto sejam das antigas (na verdade boa parte já não existe mais :-)), do modelo de gravadora (anos 80, anos 90), este modelo garante que qualquer porcaria faça sucesso. Basta passar na TV ou no comercial da Coca Cola.

    Quando os artistas são menos dependentes das gravadoras, quando um deles faz sucesso (principalmente se for totalmente independente das gravadoras), é prejuízo certo para as gravadoras, até que finalmente o artista se “afilie” àquela. Então tudo volta á normalidade :-)

    Ah sim, estes cálculos das gravadoras é realmente muito interessante :-) Alguém aí já assistiu o filme “Obrigado por Fumar”?

    Ps: isso não significa que não saia muita coisa ruim do cenário independente. Minha nossa, youtube é cheio de porcaria. Mas ao menos a gente pode filtrar o que é bom ou não :-)

    Paulo Celso (usuário não registrado) em 4/10/2009 às 11:42 am

    O que a RIAA e suas equivalentes pelo mundo ainda não perceberam é a falência do modelo de negociar usando mídia física (CD, DVD etc.). Com o advento da Internet, deve-se pensar em outras formas mais dinâmicas de vender músicas. O que acontece com CDs, por exemplo, é que limita-se nossa liberdade de escolher o que queremos ouvir, pois muitas vezes acabamos comprando um CD por causa de uma ou duas músicas somente e o resto “vem no bolo”. Com o modelo de venda virtual, podemos escolher cada música e pagar o justo preço por elas. Isso forçaria uma disposição mais selecionada e de melhor qualidade de conteúdo e verdadeiramente refletiria o gosto do consumidor e faria com que este não pagasse por joio que vem no meio do trigo.

    Marcos Alexandre (usuário não registrado) em 4/10/2009 às 5:06 pm

    Hoje em dia é muito fácil compartilhar música e a tendência é ficar mais fácil ainda, com teconologia sem fio e maior velocidade de transmissão.

    Se eles não encontrarem outra forma melhor de ganhar dinheiro, infelizmente vão ter profissões que vão sumir e muita gente ainda vai perder o emprego, da mesma forma que a Revolução Industrial desempregou muita gente trocando o trabalho artesanal pelo manufaturado.

    Douglas (usuário não registrado) em 8/10/2009 às 5:20 pm

    Se reduzirem os impostos para algo entre 5% e 10% ao invés de mais de 40% (se considerar os impostos diretos e indiretos) a pirataria sofreria um golpe de morte

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