Pesquisa da FGV-EAESP: Linux ganhando fatia de mercado brasileira que era da Novell e dos Unix
A recente pesquisa da FGV-EAESP sobre o uso de informática no Brasil foi bastante divulgada no início desta semana, mas pelo viés da inclusão digital: também pudera, ela apontou grande crescimento do número de PCs (“Brasil tem um computador para cada três habitantes, diz FGV – Segundo estudo, País tem cerca de 60 milhões de máquinas – sendo que 12,2 milhões delas foram vendidas no ano passado.”)
Mas a pesquisa vai bem além disso, tratando também da distribuição do mercado de sistemas operacionais, servidores de bancos de dados, linguagens de programação, entre outros.
Entre os sistemas operacionais nas empresas de médio e grande porte do país, a pesquisa aponta que o Linux ocupa uma fatia de 20%, crescendo sobre o espaço anteriormente ocupado pelas redes Novell (ainda presentes em 2%) e os sistemas Unix em geral (12%).
Trecho do ITWeb enviado por Tércio Martins (tercioΘpop·com·br):
20% nos SERVIDORES, que fique bem claro.
Na verdade a existe uma grande diferença entre brasil EUA sobre o uso de OS serves. Locaweb quem te viu quem te vê, colocava o bill na sua pagina inicial, e agora oferece vps com ubuntu.
E no BRASIL, que fique mais claro ainda.
O legal que na EAESP tem um pessoal que só usa linux. Pessoal totalmente fora da area de TI.
Eu não acho que 20% de linux nos servidores seja algo a comemorar, apesar de ser um número significativo e ter havido crescimento.
Eu realmente lamento e não vejo motivos técnicos ou financeiros para essa fatia não ser de 50% ou mais, já que o linux é maduro e respeitado como servidor pelo menos por quase todo mundo e onde os administradores de sistemas supostamente não teriam dificuldades em usar máquinas linux.
Os 66% (2/3) de servidores windows significam que ainda há muitos fornecedores de sistemas de gestão, contabilidade, etc e muita gente ainda desenvolvendo aplicações internamente nas empresas usando as tecnologias proprietárias e exclusivas do windows, o que gera um lock-in eterno.
há muitos fornecedores de sistemas de gestão, contabilidade, etc e muita gente ainda desenvolvendo aplicações internamente nas empresas usando as tecnologias proprietárias e exclusivas do windows
Eu, por exemplo, sou um deles.
Vai sugerir pro meu chefe Ruby On Rails, ou java…
É difícil até de convencer a usar ferramentas pra .net (NHibernate, Spring.Net) que não venham da “nave-mãe”…
Fora que o lock-in não é só por parte de ferramentas, é, também conceitual. Ex.: w3c define xForms, e Microsoft “vende” seu xAml, empurrando goela abaixo Silverlight, .NET…. etc… tudo quanto é framework Web decente usando MVC + REST, e sistemas web com asp.net usando “drag’s drop oriented development”, com os controles do System.Web… ou DevExpress… e um monte de “microsoft certified developer” por fora de padrões abertos, pra se dedicar ao aprendizado de uma arquitetura que será rapidamente descartada pela própria microsoft (ex.: datasets… agora nos Channel 9 da vida, só se escuta falar de Entity Framework… sendo que essa droga nem está completa…)
Até tem Asp.net MVC e coisas mais “arquiteturalmente luxuosas” non-microsoft para .net, como o S#arp Architecture… mas que desenvolvedor .net usa???
Vade retro satana…