Passaralho no OLPC: relembrando o histórico
No final da semana passada noticiamos (em “O laptop de $0: OLPC muda, demite metade, passa adiante o Sugar“) o comunicado de Nicholas Negroponte sobre o novo capítulo na convoluta história de seu projeto de levar um laptop a cada criança: redução de 50% da força de trabalho, mudança de foco geográfico, mudança radical no envolvimento direto com a interface baseada em código aberto Sugar, e mais.
E este post do OLPCNews foi um pequeno passo além, colocando o passaralho e as demais mudanças anunciadas no contexto de outras mudanças anteriores, não necessariamente mencionadas no comunicado de Negroponte, e assim ausentes de boa parte da cobertura internacional.
Por exemplo, a nota do OLPCNews correlaciona o fim do envolvimento direto do OLPC com o desenvolvimento do Sugar com a saída de Walter Bender, que era diretor do projeto, alegadamente saiu por discordar das mudanças que estavam sendo introduzidas, e desde então vem desenvolvendo independentemente a interface, no Sugar Labs. Ou seja, interpretando a análise do OLPCNews: “se o Walter quer manter isso, que fique com ele (nós não queremos mais)”.
O texto também confronta a idéia de concentrar esforços no desenvolvimento do XO-2 com a ausência de Mary Lou Jepsen, que era a CTO original do projeto e foi instrumental para que o XO original chegasse de fato a se transformar em um produto.
O OLPCNews é bastante crítico, portanto recomendo ler com cautela. Mas seguir as trilhas apontadas pelo breve texto pode, no mínimo, conduzir a reflexões interessantes.
Leia também: “OLPC: Negroponte quer XP, diz que insistência no código aberto pode afastar consumidores“.
Saiba mais (olpcnews.com).
É uma pena que o projeto esteja virando pó (ou já tenha virado e eles ainda não tenha percebido totalmente), mas acredito que o acesso das crianças a computadores portáteis seja inevitável no futuro, apesar de ferir o interesse de muita gente:
- Editoras de livros
- Fabricantes de material escolar
- Professores anacrônicos
E outros que não tem interesse em ver o progresso da tecnologia na educação.
Enquanto isso, os filhos das classes superiores continuam tendo acesso a computadores (bem) antes que os outros…
A questão é que os computadores ainda são muito pouco aplicados na educação. Quando muito servem de “terminais burros” para acessar um site ou editar um texto. Basta ler o paper de 1972 de Alan Kay para ver que dá para ir muito além disso.
Como o dicionário citado está em uma área restrita aí está:
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Acepções
■ substantivo masculino
Regionalismo: Rio de Janeiro. Uso: informal, jocoso.
dispensa relativamente numerosa de empregados
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A etmologia eu tirei porquê não ia passar no filtro mesmo…
Donga
convoluta história = conturbada história.