Open Source na academia
“Cesar Taurion publicou um interessante artigo no Blog dos embaixadores acadêmicos da IBM sobre a utilização do modelo de desenvolvimento Open Source na vida acadêmica.
O artigo mostra os benefícios de se implementar tal modelo no ensino de TI nas faculdades brasileiras e demonstra que os alunos só teriam a ganhar com tal formato.
É uma leitura muito interessante, principalmente para coordenadores que podem se inspirar e alterar as formas como os TCCs são concebidos.”
Enviado por Juliano Martins (julianomΘbr·ibm·com) – referência (ibm.com).
Os alunos são medidos por testes e fazem, ao fim do ano o famoso TCC (trabalho de conclusão do curso) de forma individual. Colaboração e team-work não são valorizados nestes testes! São chamados de cola e combatidos…E na maioria das vezes os testes não colocam o problema no contexto, tendem a ser teóricos e fora da realidade do dia a dia do futuro profissional. Para mim este modelo deve ser repensado!
Lembro de uma coisa que um professor disse: “Se o aluno tira 9 na prova, nao tenho certeza que ele aprendeu. Mas se ele tira 2 eu tenho certeza que ele nao aprendeu nada”. Na minha opiniao os alunos empenhados em realmente aprender nao sofrem com o modelo atual, mesmo porque a maioria dos cursos de TI usam (e abusam) de trabalhos praticos pra avaliar os alunos, muitos deles em grupo. Quanto `a aplicabilidade do que se aprende no “mundo real”, ai depende da qualidade da instituicao e do professor, nao do modelo de avaliacao em si. Quando comecei a estudar aqui na Europa notei grandes diferencas nesse aspecto em relacao ao Brasil. Os trabalhos que os professores passam exigem muito do aluno, e muitas vezes sao problemas reais propostos por grupos de pesquisa ou empresas parceiras. Em algumas disciplinas que fiz rolou contratacao de aluno no final do semestre e ateh mesmo publicacoes.
b)Atividade real. Fazerem os alunos contribuírem com código real para uma comunidade Open Source existente ou a ser criada pelos próprios alunos, é um trabalho útil e uma experiência profissional sem preço.
Isso eh muito bonito na teoria, mas mesmo em um curso bom de Ciencia da Computacao eh muito improvavel voce ter pelo menos 10% dos alunos com capacidade e talento para contribuir de fato com um projeto real.
De resto, o artigo foi mais do mesmo. A principio achei que o autor falaria de software open source produzido na academia e empregados em pesquisas. No Brasil pelo menos a maioria desses softwares, muitas vezes de boa qualidade, nao eh open source. Ja trabalhei com orientadores que nao liberavam o codigo das suas aplicacoes nem pros alunos que faziam doutorado com ele. Falar em uma licensa livre era a mesma coisa que ofender a mae. Nao sei se eh por medo de plagio, ou por objetivos comerciais (e.g., fundar uma empresa no futuro e usar o software como base), mas o fato eh que a comunidade academica brasileira gosta muito de usar open source, mas na hora de abrir os codigos que produz, emprega de toda cautela.
“Imaginem um curso de graduação de quatro anos em ciência da computação. Metade do que o aluno aprende no primeiro ano estará obsoleto lá pelo terceiro ano. Os mecanismos de atualização dos cursos atuais ainda estão, em sua maioria, adaptados aos tempos pré-Internet e não conseguem acompanhar na velocidade adequada a evolução tecnológica.”
Este cara não cursou ciência da computação e não sabe o que tá falando aqui. Este comentário que ele fez faz sentido em um curso de tecnologia.
Vignatti falou certo…
Estou no mestrado e lembrando do meu primeiro semestre na graduação:
i) Álgebra Linear (base de Computação Gráfica)
ii) Cálculo (isso é base para quase tudo :P)
iii) Fundamentos de Programação (Pascal e C),
iv)Matemática Discreta (base para teoria)
v) Circuitos Digitais.
Realmente está tudo desatualizado e virou sucata…
Gostaria de saber quais as Universidades que o Sr. IBM pegou como referência…
Outra coisa, o Software Livre num surgiu dentro da Academia (GNU, X, BSD, Linux, PGsql e etc)? O artigo deveria ser “Open Source na Academia Brasileira”, faria muito mais sentido…
Atualizações são necessárias, mas esse artigo é bem fraco…
Att,
Roberto
Pessoal, certamente o autor não se refere as matérias fundamentais, e sim as tecnológicas. E isso é fato. Tenho contato com mais que 50 universidades, muitas ainda ensinam coisas do arco da velha. É fato que as faculdades são um pouco engessadas quando se fala em introduzir técnicas e tecnologias novas.
Qunato a contribuição com um projeto real, concordo que faltaria talento para os alunos contribuírem, então por que não fazer que eles mesmos criassem seus projetos?